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[Ebook] Acessibilidade Cultural - Museus

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Tudo o que você precisa saber para se adequar a Lei Brasileira de Inclusão!
Olá!
Que bom que você está aqui conosco, lendo um dos nossos materiais sobre acessibilidade! Eu sou o Hugo, o intérprete virtual da Hand Talk e vou te acompanhar nessa viagem pela inclusão! Mas antes, deixa eu te contar um pouquinho sobre a Hand Talk…
Nós somos um Negócio Social que tem como missão diminuir distâncias entre surdos e ouvintes. A gente faz isso através de diversos produtos, como o nosso Aplicativo e o nosso Tradutor de sites, que traduzem conteúdo em português para Libras - a Língua Brasileira de Sinais, levando acessibilidade e informação para surdos do Brasil e logo, logo, do mundo inteiro!
Com nossa série de ebooks informativos sobre acessibilidade, queremos que as pessoas falem mais sobre o tema e encontrem maneiras de deixar seu trabalho, sua casa, sua escola e todos os ambientes que vivem mais inclusivos! Te desejamos uma boa leitura e bora fazer a diferença, juntos!
Acompanha a gente em:
02
SUMÁRIO
Cultura Acessível - o quê, porquê e como?
Exemplos de peso: Pinacoteca de São Paulo
Mãos à Obra! Dicas e Ferramentas práticas!
04
08
13
03
Entendendo a LBI, A Lei Brasileira de Inclusão
17
Entendendo a LBI,
a Lei Brasileira de Inclusão.
Lei Brasileira de Inclusão: uma vitória e o início de mais uma batalha! 
Em 6 de julho de 2015, depois de 15 anos de lutas, o texto final da Lei Brasileira de Inclusão é aprovado e sancionado. O Estatuto da Pessoa com Deficiência virou lei, mas mesmo hoje, anos depois de sua aprovação, muita coisa ainda ficou pelo caminho.
A Lei, que foi baseada na Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência trouxe como principal inovação a mudança do conceito de Pessoa com Deficiência. Agora, ele não é mais uma condição biológica e estática pertencente a pessoa, mas uma consequência de espaços e relações sem acessibilidade. A deficiência vem da falta de acesso, não são pessoas que são deficientes, mas os lugares e situações que não estão prontos para lidar com suas necessidades.
Art, 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
05
A LBI (Lei Brasileira de Inclusão) trouxe luz para diversas demandas, relacionadas principalmente aos direitos fundamentais da pessoa humana - tópicos ainda bastante ineficientes em relação à acessibilidade. Saúde, Educação, Lazer, Trabalho, Moradia, Transporte são apenas alguns dos títulos abordados na Lei, que não é só uma compilação de várias leis sobre acessibilidade, mas uma revisão de todas essas leis para que façam sentido junto a Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Não são as pessoas que são deficientes, mas os lugares e situações que não estão prontos para lidar com suas necessidades.
06
Acessibilidade e Tecnologia: uma parceria perfeita!
Uma das grandes inovações da LBI foi a introdução da Tecnologia assistiva como uma das grandes aliadas da acessibilidade, dedicando um capítulo exclusivamente ao tema. O mesmo se deu com o acesso a comunicação e informação acessível, temática pouco abordada anteriormente e que vem com toda a força depois da Convenção da ONU.
Hoje, quando se fala em inclusão digital, o termo refere-se à possibilidade de uso da internet por pessoas de baixa renda. Mas, a verdade é um significado muito mais abrangente que este - não só o acesso é necessário, mas o acesso inteligente e por todas as pessoas, independentemente de sua condição.
A Lei também garante diversos tipos de aporte financeiro governamental para que tais adaptações sejam feitas. Seja na hora de comprar um programa de leitura de telas (o chamado voice over, próprio para cegos), quanto para aprovar projetos de tradução em Libras, como a Hand Talk.
07
A tecnologia é uma grande aliada pela acessibilidade, como por exemplo, para o acesso de pessoas cegas a grandes bibliotecas. A impressão em Braile hoje ainda é cara e pouco prática - um livro de 200 páginas poderia ter até o triplo do volume se impresso em Braile. As tecnologias de leitura de tela, o voice over, e a disponibilização de grandes acervos online proporcionam acesso e oportunidade à pessoas que antes, mesmo que de certa forma a possuíssem, não usufruiam, graças a dificuldade e pouca praticidade da solução.
Inovação em acessibilidade não é só oportunizar acesso, mas oportunizá-lo da melhor forma, da mais simples e mais eficiente. Como dissemos antes, hoje falamos de lugares deficientes e não pessoas - e isso também se aplica a ‘lugares virtuais’, como sites e portais.
Cultura Acessível:
o quê? porquê? como?
Cultura: um bem de todos?
O que faz um país ser um país e uma nação ser uma nação? Sem dúvida, a primeira coisa que vem a cabeça é a Cultura. A Cultura de um povo o diferencia e faz com que as pessoas se identifiquem e se reconheçam como parte de um mesmo grupo: uma nação. A Cultura aparece em diversas características - na sua comida, na sua dança, na arte, na música e na escrita. E todos sabemos que os melhores lugares para se encontrar a cultura de seu lugar é nos museus e espetáculos - onde as pessoas expõem e cultuam suas crenças e formas de arte.
Como pode ser tão comum, então, que praticamente um quarto da população brasileira não tenha pleno acesso a esses lugares? 
O Ministério da Cultura, em 2010, conseguiu aprovação do Congresso para o Plano Nacional de Cultura, que dispõe de diversas metas como metas de mapeamentos de projetos, número de museus e centros culturais catalogados, aumento na competitividade de destinos culturais dentro dos destinos turísticos brasileiros… ao todo, são 53 metas, promulgadas em 2010 e que tem até 2020 para serem alcançadas.
09
A acessibilidade cultural é abordada pela Meta 29, que dispõe que:
Até 2020, 100% de bibliotecas públicas, museus, cinemas, teatros, arquivos públicos e centros culturais atendendo aos requisitos legais de acessibilidade e desenvolvendo ações de promoção da fruição cultural por parte das pessoas com deficiência.
A Meta coloca acessibilidade como o ponto central na qualidade de vida e pleno exercício de cidadania das pessoas com deficiência. Logo, as instituições culturais do país devem se preparar, eliminando as barreiras existentes ao acesso, como:
adaptar o espaço físico e;
oferecer bens a atividades culturais em formato acessível.
Desde o último acompanhamento, em Dezembro de 2015, ainda estávamos longe do objetivo final. À época, apenas 51% dos museus poderiam ser considerados acessíveis, dentro dos parâmetros da Lei. Para as bibliotecas públicas, o número cai para 8,4% - no caso de cinemas, teatros e centros culturais, essas métricas nem mesmo existem. Se seguirmos uma projeção básica, percebemos que, nessa toada, não só não alcançaremos a meta, como ficaremos bem longe de oportunizar cultura de qualidade a todas as pessoas.
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	Requisitos	2010	2011	2012	2013	2014	2015
	Museus acessíveis	760	828	876	917	535	1015
	Museus pesquisados	1.500	1591	1666	1792	975	1967
	Porcentagem dos acessíveis	50,70%	52,00%	52,60%	51,20%	54,90%	51,60%
Projeção até 2020 baseada na evolução entre 2010 e 2015:
acessíveis
48,4%
51,6%
não acessíveis
De acordo com a projeção ao lado, atingiríamos menos de 60% da meta de ter todos os museus acessíveis até 2020.
58,30%
O que a LBI diz sobre isso?
Uma das legislações mais específicas em sobre acessibilidade em todos os âmbitos é a LBI - a Lei Brasileira de Inclusão, o que não é diferente em relação à Cultura. A LBI tem um capítulo todo dedicado a Cultura Acessível e nós vamos passar ponto a ponto, explicando cada um deles. 
11
1) Garantido acesso, em igualdade de oportunidades
O artigo 42 do Capítulo IX, que versa sobre o Direito à cultura, ao esporte, ao turismos e ao lazer, já deixa claro: a pessoa comdeficiência tem pleno direito a qualquer um dos tópicos citados no nome do capítulo e não só isso, mas tem direito a eles em igualdade de condições com as demais pessoas.
Isso significa que os bens culturais devem estar em formato acessível, e nestes estão englobados shows, espetáculos, peças, exposições etc. Também devem estar acessíveis os programas de televisão, cinema, transmissões esportivas, bem como a acesso a monumentos e locais de importância cultural ou qualquer espaço com eventos culturais ou esportivos.
Além disso, é absolutamente proibido não possuir formato acessível para tais eventos, ou ainda recusar-se a entregá-los a pessoas com deficiência. E para isso, o poder público se colocará como guardião da acessibilidade, garantindo soluções destinadas à eliminação, redução ou superação de possíveis barreiras para o acesso.
12
2) Protagonismo artístico da pessoa com deficiência
O artigo 43 dispõe sobre o protagonismo artístico da pessoa com deficiência e da promoção deste pelo poder público. É importante destacar que, por mais que o poder público se coloque como guardião da acessibilidade, isso acontece muito mais numa esfera de fiscalização e incentivo como de fato provedor das oportunidades. A responsabilidade por uma cultura mais acessível não é só da esfera pública, mas também e tanto quanto, da esfera privada.
Por isso, nos próximos 3 incisos, o poder público se coloca no papel de assegurar o acesso e a participação da pessoa com deficiência, além de incentivar a provisão de instrução, treinamento e de recursos adaptados para a prática das atividades artísticas.
3) Espaços reservados e assentos exclusivos
A LBI também dispõe, no artigo 44, sobre todos os requisitos necessários para a reserva de espaços e exclusividade de assentos para pessoas com deficiência. Essa é uma medida de facilidade e oportunização de acesso essencial para, por exemplo, as pessoas que têm algum tipo de perda de mobilidade. 
Um dos pontos mais importantes é que os lugares devem ser espalhados, em vários lugares do espaço, evitando-se ao máximo a concentração em um só lugar. A reserva de lugares é diferente de limitar as pessoas em único espaço permitido. Estamos falando de quem já sofre diariamente com preconceito e segregação - o que se quer é incluir, fazer com que todos possam ver o espetáculo, show, peça ou partida em igualdade de condições.
O mesmo se vê no artigo 45, o último do capítulo, em que é pedido que pelo menos 10% das vagas em hotéis sejam acessíveis, além de, claro, disponibilizar todos os recursos, inclusive de comunicação, de maneira acessível.
Exemplo de peso:
Pinacoteca de São Paulo
Um espaço eficiente para todas as pessoas.
Desde 2016, a Pinacoteca de São Paulo não mede esforços para que todos possam usufruir de um dos mais incríveis museus do Brasil.
O Museu passou por uma grande reestruturação e quis cobrir cada um dos seus cantos com acessibilidade. Hoje, a Pinacoteca conta com uma arquitetura amigável e acessível, com rampas e elevadores além de portas largas e espaços amplos, o que faz a visita ser agradável para qualquer pessoa, independente de suas necessidades. 
Com iniciativas como a Museu Para Todos, a Pinacoteca e sua área Educativa promovem a qualidade da experiência do público no contato com as obras, garantindo a ampla acessibilidade ao museu, além da inclusão de pessoas que habitualmente não são freqüentadoras, incentivando-as à visitação.
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06
Pra quem não pode ver, mas sente!
Uma das ações mais inovadoras do Museu foi a criação de uma área específica para cegos: a Galeria Tátil. Um projeto que ficará em exposição até janeiro de 2020, não só é adaptado para pessoas com deficiência visual, mas feito especialmente pra elas. Um acervo de 12 esculturas de bronze, que permitem ao público cego uma imersão nas texturas e formas, proporcionando uma experiência antes impossível. todas as obras também contam com folder explicativo em Braile e audiodescrição direto no aplicativo da Pinacoteca. 
Isso também mostra muito da Acessibilidade Atitudinal - quando os museus se preocupam não só em adaptar o que já está pronto, mas em pensar com empatia e compreender como é possível que a experiência artística seja cada vez mais completa e real para a pessoa com deficiência.
A exposição da galeria Tátil é um grande sucesso e pode ser visitada com ou sem a ajuda de um guia. A área educativa da pinacoteca garante educadores especializados e uma equipe treinada, pronta para receber visitantes.
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Obras acessíveis em Libras pelo Jardim
Uma outra ação pela acessibilidade do Museu, além das já visitas guiadas em Libras pelo setor de Educação, é a disponibilização de vídeo em Libras, direto do aplicativo da Pinacoteca e também com a possibilidade de acessá-los através um QRCode presente nas obras do jardim.
Com isso, a Pinacoteca dá acesso e independência para que surdos possam conhecer as obras e interagir com elas a qualquer momento. 
O plano é que todas as obras do museus estejam acessíveis nesse formato, mas ainda sem prazo para o projeto concluído. Enquanto isso, é possível agendar uma visita guiada com educadores fluentes em Libras. 
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Mãos à obra!
Dicas e ferramentas práticas
Mãos à obras pela cultura acessível!
Existem muitas maneiras de deixar o seu museu acessível. Agora, a gente vai dar dicas de como fazer isso acontecer de maneira organizada, dentro do prazo e dentro do orçamento!
1) Conheça os tipos de deficiência!
Existem muitos tipos diferentes de deficiência. Dentro das maiores categorias - a motora, sensorial e intelectual - é possível chegarmos a inúmeras diferentes adaptações. Em um primeiro momento você deve pensar "Isso vai custar uma fortuna!", pois você sabia que, quando planejado no começo, as adaptações de acessibilidade custam apenas 0,2% do projeto final? Quando você já possui uma estrutura pronta, pequenas mudanças podem fazer grandes diferenças, mas para isso é importante contratar alguém que saiba o que está fazendo.
Contratar uma boa consultoria em acessibilidade é indispensável para que o trabalho fique bem feito e eficiente. Não se esqueça que você está adaptando seu espaço para novas pessoas - novos clientes, espectadores e fãs! 
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Afinal, 25% da população brasileira possui algum tipo de deficiência e essa é uma parcela do público que você não quer deixar de fora! 
Obviamente que a gente não consegue esgotar todas as necessidades, aqui, mas a ideia é que os responsáveis pelo projeto possam usar a LBI como uma guia bastante interessante.
3) Pesquise por tecnologias assistivas
Não é à toa que a LBI dedica um capítulo apenas a tecnologias assistivas. Encontrar alternativas tecnológicas pode ser mais barato e fácil, além de dar um quê super inovador na hora de assegurar que sua exposição será acessível.
Hoje, além da estrutura em si, é extremamente importante que os meios de comunicação estejam acessíveis e que os responsáveis pelo projeto se lembrem de fazer a divulgação também em meios específicos - como por exemplo associações de surdos, escolas para alunos com necessidades especiais, buscar ajuda junto a secretaria da pessoa com deficiência da sua cidade, entre outros meios específicos.
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2) Lista de afazeres a la LBI
A Lei Brasileira de Inclusão é muito completa e deixou bem explicadinho tudo o que pode e o que não pode fazer na hora de pensar em acessibilidade nos diversos meios culturais. Para isso, a melhor coisa é revisar ponto a ponto o capítulo IX e fazer uma listinha: quais são as coisas que eu preciso adaptar? 
Para exemplificar, fizemos uma lista de quais seriam algumas das adaptações que um museu deveria fazer para a sua nova exposição:
Certificar-se de que as entradas possuem rampas de acesso, portas acessíveis e elevador, se for mais de um andar ou muitas escadas
Certificar-se de que existe pavimento tátil nas entradas e saídas do museu, bem como em sua extensão dentro das exposições
Possuir recursos multimídia acessíveis para deficientes visuais e auditivos, bem como guia em Libras ouvídeos explicativos em Libras e audiodescrição.
4) Acessibilidade na internet: já pensou sobre isso?
A gente nem precisa dizer da necessidade dos museus e atrações culturais possuírem um site bacana, bem explicado, que conte sobre a sua história, as exposições e dê informações básicas como o preço da entrada, o endereço, as melhores rotas de chegada e coisas assim. Mas, imagine ter todas essas informações disponíveis e mesmo assim, não poder usufruir delas - nada disso estar, de fato, disponível para o seu público.
É importantíssimo que o site do seu museu também esteja acessível. Existe uma normativa internacional de site acessíveis, que coloca quais são os requisitos que devem ser seguidos para deixar seu site acessível para diversos tipos de deficiências sensoriais. Essa normativa, chamada W3C coloca, entre os pontos de atenção, que o site deve possuir voice over, ou leitor de tela tanto para cegos quanto para pessoas que são analfabetas, também deve possuir controles simples de tamanho de letra e contraste, além de tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para o texto escrito.
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5) Visita Guiada e Acessibilidade Atitudinal
Se tem uma coisa que no final acaba sendo quase mais importante do que todas as adaptações é como o estabelecimento recebe o deficiente. 
Acessibilidade Atitudinal é o quanto a equipe do museu está pronta para receber, orientar e ajudar as pessoas com necessidades especiais. A equipe deve passar por dois tipos de treinamento: um instrumental, que vai ser responsável pelo conhecimento das diferentes deficiências, suas diversidades e necessidades, como por exemplo aula de Libras Básicas para os funcionários do Museus, além de um profissional especializado que possa fazer a visita guiada com surdos e de um profissional para audiodescrição, para cegos. O segundo treinamento tem o intuito de sensibilizar os profissionais - a Acessibilidade Atitudinal nasce da empatia e da certeza de que somos, sim, todos iguais. Aqui, toda as atividades são válidas, não só treinamento estáticos, mas pequenas atividades do dia a dia, depoimentos, tudo isso é material valioso na hora de criar essa consciência na equipe.
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Acessibilidade não é só projeto, é atitude.
Se tem uma conclusão que podemos tirar é que Acessibilidade não é só montar um projeto. Acessibilidade é sobre atitude, é sobre a empatia na hora de pensar numa nova exposição, na maneira em que organizamos nossos museus.
Mesmo depois de todas essas dicas e listas, é imprescindível que antes de tudo a gente trabalhe a sensibilidade da equipe, para conseguir levantar uma cultura acessível em uma base sólida.
Não é só falar de Lei, são pessoas como todas as outras, que merecem um tratamento tão incrível e uma experiência artística tão intensa quanto todos os outros. 
A arte e a cultura são partes importantes e inerentes da vida em sociedade e a preocupação pela acessibilidade deve nascer de dentro. Um investimento que se paga em pouco tempo, trazendo público e mostrando que a arte é de todos e para todos.
Referências
Apostila Oi Futuro! - Programa Educativo Museu das Telecomunicações: Acessibilidades.
Instituto Mara Gabrilli - Guia Sobre a LBI
Acessibilidade Cultural: uma longa jornada, por Thaís Seganfredo, disponível no blog Nonada.
Plano Nacional de Cultura, 2010 - Site Oficial do Ministério da Cultura.
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência - Comentada. SETUBAL, Joyce Marquezin; FAYAN, Regine Alves Costa (org.) Campinas: Fundação FEAC, 2016
Links Úteis
Ebook Grátis: Acessibilidade no Setor Público
Palestra Online: 10 Dicas de Acessibilidade para Gestores 
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