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Guia de Acessibilidade UX Writing Autoria: Carolyna Paiva Mentoria: Mariana Medina https://www.linkedin.com/in/carolyna-paiva/ https://www.linkedin.com/in/marixgm/ O que você vai encontrar aqui? Este é um documento para você aprender mais sobre acessibilidade com foco na escrita para web e consultar sempre que tiver alguma dúvida. Aqui você vai encontrar dicas e reflexões sobre o tema que vão te ajudar a criar um conteúdo mais representativo, inclusivo, simples, compreensível e escaneável. Para quem é este guia? Este guia procura ajudar, principalmente, profissionais que trabalham com a criação de textos para sites e aplicativos (conhecidos como UX Writers ou Content Designers) e que se preocupam em criar um conteúdo mais acessível para todas as pessoas. Mas convidamos quem quiser a se inspirar nas reflexões apresentadas! Olá! Sumário 1. O que é acessibilidade? 2. Acessibilidade na web 3. O Brasil pensa em acessibilidade? 4. Por que criar um site acessível? 5. Seu conteúdo conversa com quem vive no Brasil? 6. Afinal, acessível para quem? • Pessoas com limitações permanentes ou temporárias • Pessoas com alguma limitação situacional • Pessoas com alguma limitação de leitura • Pessoas com baixa representatividade • Pessoas com baixa familiaridade digital 7. Como tornar o site acessível? 8. Acessibilidade em UX Writing • Linguagem clara e compreensível • Linguagem simples e direta • Linguagem inclusiva • Linguagem representativa • Linguagem perceptível e escaneável O que é acessibilidade? Muitas vezes, associamos acessibilidade apenas a pessoas com deficiência. No entanto, esse é um processo muito mais amplo. A acessibilidade é, na verdade, a possibilidade de qualquer pessoa, com ou sem deficiência, acessar um lugar, serviço, produto ou informação de maneira simples e autônoma. Sem nenhum tipo de barreira. E acessibilidade na web? Acessibilidade na web significa permitir que qualquer pessoa possa usar a internet sem grande dificuldade. É preciso que o conteúdo, design e até desenvolvimento do site sejam feitos para que qualquer indivíduo possa perceber, entender, navegar e interagir. Estamos falando da criação de um produto que permita a todos em igualdade de oportunidades, segurança e autonomia a possibilidade de acessar qualquer site ou aplicativo online. Mas por que criar um site acessível? Acessibilidade web é uma requisição legal. De acordo com a Lei brasileira de inclusão (LBI), é obrigatória a acessibilidade nos sites de empresas com sede ou representação comercial no Brasil ou por órgãos de governo. Um site acessível terá menos rejeição e melhores resultados, porque não exclui ninguém. Ser acessível também é contribuir para uma sociedade mais inclusiva. Além disso, considerando que o Google é um “usuário cego”, se um site não estiver nem um pouco acessível, quais as chances do Google considerá-lo um bom site e rankeá-lo melhor? O Brasil pensa em acessibilidade? Menos de 1% dos sites brasileiros são considerados acessíveis, segundo a pesquisa feita pela BigDataCorp, realizada em parceria com o Movimento Web para Todos, em 2021. Os sites não são construídos com foco em acessibilidade, porque, em geral, as empresas não pensam sobre esse tema ou acham que é muito mais difícil, caro e demorado. Mas veremos que isso não é verdade e que o retorno pode ser muito maior quando se pensa em acessibilidade. Seu conteúdo conversa com quem vive no Brasil? Em geral, associamos acessibilidade apenas a pessoas com deficiência. Mas o termo vai muito além. Neste guia, vamos pensar em conteúdos voltados a atender vários segmentos distintos: • Pessoas com deficiências permanentes ou temporárias • Pessoas com alguma limitação situacional • Pessoas com alguma limitação de leitura • Pessoas com baixa representatividade • Pessoas com baixa familiaridade digital Para você entender melhor, vamos explorar um pouco cada um desses públicos. 51,8% são mulheres. +45 milhões têm alguma deficiência. +11 milhões são analfabetos funcionais. 3 milhões são não-binários. +32 milhões têm mais de 60 anos. +1 milhão são estrangeiros. Afinal, acessível para quem? Pessoas com limitações permanentes ou temporárias Audição limitada Perda total ou parcial da audição. Cerca de 80% dos surdos do mundo são analfabetos nas línguas escritas e precisam de tradutores em Libras. Quando alfabetizados, demandam legendas ou transcrições de áudio. Fala limitada Pessoas mudas ou em tratamento para voltar a falar. Em geral, usam a linguagem de Libras para se comunicar. Exigem formas de contato alternativas, como chat ou e-mail, em vez de telefone. Visão limitada Cegueira, baixa visão, daltonismo, outras patologias oculares. Usam softwares de leitores de tela, teclado, recursos de alto contraste e lentes de aumento. Funções motoras limitadas Paralisia cerebral, distrofia muscular, esclerose múltipla, Parkinson, artrite, tetraplegia. Têm dificuldade com uso touchpad, touch screen, teclado e mouse tradicionais. Pessoas com alguma limitação situacional Limitações técnicas Pessoas com conexão de internet ou pacote de dados limitados e/ou computadores antigos. Têm dificuldade em carregar imagens e vídeos. Guiam-se por informações textuais. Limitações de idioma Pessoas estrangeiras que vivem no Brasil podem não falar o português fluentemente. Demandam o uso correto da grafia e clareza, tanto para entenderem quanto para traduzirem o texto em um programa de tradução. Limitação motora situacional Pessoas com mão ou braço ocupados, como mães com bebê, entregadores, passeadores de cachorro; e pessoas com fraturas temporárias, como braço ou mão quebrados. Apresentam dificuldade com comandos que usem as duas mãos e realizam comandos com mais lentidão. Pessoas com alguma limitação de leitura Analfabetismo funcional Pessoas que não conseguem ler palavras, frases e/ou números ou que têm dificuldade para entender discursos figurativos. Costumam ter dificuldade de compreender e relacionar dados diversos, em seguir ordens longas e de preencher grandes blocos de textos. Crianças e adolescentes Cerca de 90% da população de 9 a 17 anos é usuária de internet no Brasil, o que equivale a 24,3 milhões de crianças e adolescentes. Quanto à navegação, apresentam redução da capacidade de atenção e dificuldade com textos muito longos e rebuscados. Limitações cognitivas ou neuronais Dislexia, autismo, déficit de atenção, afasia e Síndrome de Down. Costumam ter dificuldade em seguir ordens longas e de preencher e ler grandes blocos de textos. Apresentam capacidade de atenção reduzida. Pessoas com baixa representatividade Mulheres Normalmente os textos aparecem flexionados apenas no masculino, mesmo quando não se trata de generalizações – uso das flexões no plural. Gênero não binário Identidades de gênero que não são masculinas ou femininas, estando fora do binário de gênero e da cisnormatividade, costumam não ser contempladas em cadastros e formulários. Transgênero Pessoas que não se identificam com o gênero biológico muitas vezes são obrigadas a usar o nome de registro em cadastros e formulários, por não haver a opção de inserir o nome social. Pessoas com baixa familiaridade digital Idosos Pessoas acima de 60 anos estão cada vez mais conectadas. Cerca de 97% dos idosos acessam a internet, sobretudo para ler notícias e usar redes sociais (Facebook e WhatsApp)*. No entanto, enfrentam limitações para entender memes e gírias. Muitas ainda têm falta de familiaridade com uso de teclados e novas tecnologias web, apresentam dificuldade para distinguir informações verídicas de fake news. Quanto à navegação, têm problemas com leituras em letras pequenas. Analfabetos digitais São pessoas que não têm familiaridade com as tecnologias digitais. Têm dificuldade com entender o fluxo de navegação de sites e aplicativos, além de limitaçõescom com planilhas e editor de texto. Também apresentam falta de familiaridade ao digitar em teclados e ler conteúdos em telas. *Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/levantamento-indica-que-97-dos-idosos-brasileiros-acessam-a-internet/ Como tornar o site acessível? De forma resumida, a acessibilidade digital pode ser trabalhada das seguintes formas: UX: determina a distribuição dos elementos em tela, testa e entende comportamentos. UI: pensa na composição visual, como atenção ao tamanho de fontes, contraste de cores e adaptação aos vários tamanhos de tela. UX Writing: pensa a criação e apresentação de conteúdos compreensíveis para todas as pessoas. Desenvolvedores: garante que o código esteja adequado às boas práticas de acessibilidade, por exemplo por meio de atributos alt e aria e navegação por teclado. Acessibilidade em UX Writing Como o foco deste documento é acessibilidade para escrita, vamos trazer reflexões e exemplos com base em 5 princípios de linguagem: Clara e compreensível Representativa Perceptível e escaneável Simples e diretaInclusiva Conteúdo fácil de entender, independentemente da familiaridade da pessoa, de seus conhecimentos, aptidões linguísticas ou nível de concentração. Linguagem clara e compreensível Cuidado com uso de emojis Os emojis servem para transmitir emoções, mas não devem substituir palavras, porque sua interpretação é subjetiva. Eles podem ser usados para complementar o texto, mas sempre com o conteúdo textual primeiro, assim fica claro o que se quer dizer. E se for usar emojis, priorize os mais comuns, aqueles que as pessoas estão mais acostumadas, aumentado mais a chance de compreensão. Será que todas as pessoas entendem o sentido desses emojis? Eles podem gerar alguma dúvida? Essa repetição favorece ou prejudica? Já neste exemplo, primeiramente, o texto passou a mensagem positiva que foi complementada pelo emoji sorrindo. ❌ ✅ Identifique claramente o destino de cada link As pessoas precisam saber exatamente para onde vão ao clicar em um link. Links também são formas que o leitor usa para procurar rapidamente uma informação no site. Por isso, devem conter com clareza a informação da ação. Links com apenas “clique aqui” deixam vago para onde a pessoa será direcionada. O link deveria expressar com clareza para onde a pessoa irá. Ex: Clique aqui para acessar as Condições Gerais de Campanha Neste caso, a pessoa sabe que será direcionada para o site ao clicar no link. ❌ ✅ Muitas vezes, o uso do termo “clique aqui” é desnecessário, pois a pessoa consegue identificar a marcação como link. No entanto, alguns leitores de tela não identificam o texto corrido como link e a informação pode passar despercebida para pessoas cegas. ❌ Nomeie botões ou caixas de seleção de forma não genérica Assim como com links, as pessoas precisam saber exatamente para onde vão ao clicar em um botão. As ações devem expressar resultados sem ambiguidade. Por isso, não é recomendado botões apenas com “acesse” "conheça", ”saiba mais" e "tenho interesse”. Todos deixam vago para onde a pessoa será direcionada. Dicas: padronize o tempo verbal para manter a consistência do conteúdo e evite usar mais de 4 palavras, sendo recomendado até 3. O botão não deixa claro o destino da página. Um bom exemplo seria: “conheça o curso”. Em ambos os casos, o botão expressa claramente a ação e ajuda a pessoa a encontrar a informação que procura. ❌ ✅ ✅ Cuidado com uso de @, X ou E O uso e @, X ou E para substituir “o” e “a” nas palavras com gênero masculino e feminino se tornaram importantes num debate de representatividade. No entanto, é uma mudança inclusiva para todos? Pessoas não familiarizadas com web, que não dominam o idioma ou com limitações cognitivas e neuronais entendem o que está escrito? Além disso, por ser impronunciável, o X e o @ não são inclusivos para aqueles que usam leitores de tela, que ouvem “meninquis” e “menin arroba s”. Se seu objetivo for alcançar uma parcela mais ampla, pode ser que esteja dificultando a compreensão. Nossa recomendação é usar a flexão no masculino e feminino. Infelizmente, nesse caso, pessoas não-binárias não se identificarão. Por isso, se uma pesquisa mostrar que esse tipo de representatividade é importante, vale a pena explorar o uso do “e”. ❌ ❌ ❌ Senhas e formulários com informações claras Deixe o mais compreensível possível cada etapa de preenchimento de formulários ou criação de senhas. Deixe claro quais requisitos são obrigatórios. Mostre a evolução e o que ainda está pendente para a pessoa entender o que precisa ajustar. Em caso de não preenchimento, as mensagens de erro devem ser apresentadas junto ao campo. Explique ao máximo como preencher os campos e o que eles são. Adicionar comandos dentro das caixas de preenchimento pode ajudar a entender o comando. Para ajudar a inserção de texto rapidamente, evite uso obrigatório de pontuação onde não é necessário. ✅ ✅ ✅ ✅ Explique siglas e abreviações Escreva o significado de siglas e abreviações nas primeiras vezes que elas aparecerem. Garanta que elas tenham o mesmo significado todas as vezes que se repetirem no seu texto. Dica: é válido explicar a sigla em todas as páginas de um mesmo site. Pode ser que a pessoa venha de uma busca direta do Google para uma página interna e não a compreenda se estiver apenas na home. ❌ Neste caso, a sigla aparece no título sem o referente. Abaixo, consta o significado. Explique as mensagens de erro Quando uma mensagem de erro for exibida, ela deve identificar claramente qual é o elemento que gerou o erro de forma visual e audível. Diga o que aconteceu sem jargões e termos técnicos. Por fim, guie a pessoa para que ela saiba como consertar ou prosseguir. Se o erro for 404, não adianta apenas apresentar em destaque o termo técnico. É preciso garantir que a página ofereça uma experiência positiva, explicando sem dificuldade o que significa o erro e fazendo com que ele permaneça no seu site. No corpo de texto, vale a pena citar o código do erro, se houver, para casos em que as pessoas queiram entrar em contato com o suporte. Dessa forma, fica mais fácil explicar qual o problema. A página explica o que houve e sugere ações para que ele possa consertar sua busca. Ainda, fornece um contato para o caso de a pessoa não encontrar o que procura. ❌ ✅ ✅ A informação necessária deve ser passada de forma fácil e sem desvios. Apenas um conceito por vez e somente informações essenciais, gerando o mínimo de esforço cognitivo. Linguagem simples e direta Use uma linguagem conversacional Quanto mais gente for capaz de entender o seu texto, melhor. Por isso, priorize uma linguagem informal e popular, escrita de forma que uma criança na sexta série poderia compreender. Mas atenção, isso não quer dizer usar gírias ou abreviações. Dica: pense em como um humano falaria e evite uma linguagem robotizada. Aqui tem uma calculadora de leiturabilidade que pode ajudar você a avaliar seu texto. O Nubank e a Magazine Luiza mostram um jeito de conversar leve, humanizado e com clareza. O VTRADE usa termos em inglês e muito específicos, o que pode acabar afastando pessoas não tão familiarizadas com o assunto. Mesmo sendo uma empresa do setor financeiro, ela poderia deixar o conteúdo mais acessível para pessoas que querem começar a investir, mas têm dúvidas ou medos. ❌ ✅ ✅ https://docs.google.com/spreadsheets/d/1_jvitjNxyqew8DFvIDB3O3tmG_2KzLJ3ff6qqPmtl2c/edit Priorize voz ativa e ordem direta Textos escritos na ordem direta (sujeito, verbo, predicado e complementos) são mais facilmente entendidos, porque se assemelham mais à língua falada. Sempre que possível, evite a voz passiva e use verbos de ação direta. Dica: escreva no tempo presente, para trazer a sensação de que a pessoa está vivenciando a ação em tempo real. Ambos ostextos são claros e entendíveis, e destacam-se por usar uma linguagem conversacional e com verbos de ação direta. ✅ ✅ Use palavras curtas, simples e familiares Evitar memes, gírias, regionalismo e falas de filme. A não ser que o seu público seja muito específico, o ideal é criar conteúdos que todas as pessoas entendam. Priorize palavras conhecidas, sem jargões, termos técnicos ou estrangeirismos. Será que todos têm familiaridade com o termo OFF e com a expressão “Taca-le pau”? Por acreditar que não, é recomendado evitar palavras estrangeiras e memes. Neste caso, poderia substituir o OFF por “de desconto”, o que não prejudicaria o sentido e ainda transmitiria uma sensação de benefício. Alguns termos do Enjoei podem gerar dúvidas, como “enjubank” e “yeyezados”. Você consegue identificar para onde essa abas direcionam? Mesmo se tratando de uma empresa para público jovem, essas nomenclaturas divertidas podem mais confundir que ajudar. ❌❌ Evite parágrafos grandes e blocos de texto muito próximos Todo texto da página deve ter alguma utilidade e passar a mensagem de forma mais rápida e clara possível. Seja direto ao resolver o problema e comunique apenas o essencial para que as pessoas possam se concentrar no que precisam fazer. Prefira frases curtas. A disposição desses conteúdos também é essencial para a legibilidade. Esses são dois exemplos do mesmo produto. A leitura fica mais difícil no primeiro exemplo, enquanto a informação no segundo está mais sucinta e clara. É importante que seja possível ter acesso a mais informações, caso seja necessário, mas isso não precisa estar explícito para todas as pessoas, deixando o conteúdo muito técnico e dificultando a navegação. Nesse exemplo, a quantidade de texto e os blocos muitos próximos prejudicam a leitura. Recomendamos o máximo de 4 linhas num mesmo parágrafo e colunas não muito próximas ou que não ocupem a página inteira. ❌ ❌ ✅ Evite excesso de pontuação Defina um padrão para a pontuação do seu site. Ex: há pontuação nos títulos e subtítulos ou apenas no corpo de texto? É adequado o uso de exclamações? E mais importante: não use a mesma pontuação 2 vezes. Além de ser pior para leitores de tela, podem transmitir a ideia errada para as pessoas. Compare o uso de pontuações de um exemplo e outro. No primeiro caso, o uso exagerado de exclamações pode passar a ideias incertas e ambíguas, como ansiedade, desespero, grito. Enquanto no segundo, a mensagem é transmitida com clareza. ❌ ✅ Evite números por extenso Você já deve ter ouvido que todo número abaixo de dez deve ser escrito por extenso. Mas essa regra não se aplica quando pensamos em experiência web. Isso porque números em algarismo são lidos mais facilmente. Outra dica importante é usar as palavras mil, milhão, bilhão para evitar a repetição de zeros. Esses são dois exemplos do mesmo site. Teste você como a leitura é mais fácil no segundo. ❌ ✅ Comece pelo objetivo principal Quando uma frase descreve um objetivo e a ação para alcançá- lo, inicie por eles. Afinal, é isso que as pessoas precisam identificar logo de cara. Em ambos, os objetivos principais estão iniciando as orações, seguidos pela forma de como realizá-los. ✅ ✅ Leis e termos em linguagem acessível A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe a importância da privacidade dos dados, mas isso não significa que temos que falar difícil. Evite ao máximo termos jurídicos e seja transparente – o nível de compreensão deve ser para uma criança na sexta série. Se usar formulários, deixe claro o que a pessoa vai receber e reflita que dados são realmente essenciais. Dica: incentive o cuidado e a leitura com frases como “tire um tempo para ler isso” ou “é importante você saber”. Mais do que estar ciente ou permitir, as pessoas devem entender para que seus dados são coletados (entender mesmo) e ter a opção de não concordar ou concordar parcialmente. A Globo.com mostra com transparência e de forma fácil como coleta dados em seu site. Quando optar por pedir dados, em formulários, utilize sempre a caixa de aceite e deixe claro o que a pessoa receberá. ✅ ✅ ❌ ✅ Conteúdo voltado para incluir pessoas com alguma limitação permanente ou temporária. Linguagem inclusiva Use os emojis mais comuns Os emojis são lidos pelos leitores de tela, por isso, priorize aqueles mais comuns, cujos nomes padrões expressam melhor a emoção. Não repita emojis, porque os leitores leem o nome repetidamente. Cuidado também ao selecionar cor de pele, porque o leitor lerá “pele clara” ou “pele escura. Por isso, priorize os emojis padrão, de cores amarelas. Não use pontuações para criar emoctions ( :) >< *-* ) , porque o leitor vai ler exatamente a pontuação. O uso de emojis, neste caso, seria lido assim: Balão de fala círculo vermelho círculo laranja garfo e faca com prato ponto final já sabe o que é? Isso faria sentido para uma pessoa cega? Esta frase é lida: cadastre seu e-mail e receba um cupom de desconto especial dois pontos parênteses de fechamento. Saiba como são lidos alguns emojis: 😀 rosto gargalhando 😂 rosto chorando de rir 😊 rosto sorridente com olhos sorridentes e bochechas rosadas 😍 rosto com olhos em forma de coração 🤩 rosto gargalhando com olhos de estrela 😋 rosto sorridente lambendo os lábios Para saber mais, adicione a extensão do leitor de tela Screen Reader no seu navegador do chrome ❌ ❌ https://chrome.google.com/webstore/detail/screen-reader/kgejglhpjiefppelpmljglcjbhoiplfn Crie maiores áreas de clique em botões e links Botões maiores ajudaram pessoas que não têm precisão nos cliques a acessar conteúdos específicos. Insira links em uma frase e não apenas em uma palavra. Isso faz com que pessoas com deficiência motora tenham muito mais facilidade de clicar. Lembre-se de criar botões e links que não pareçam apenas textos. Evite expressões como "clique abaixo”, “continue após ouvir” ou “clique na cor”. Pessoas com alguma limitação auditiva ou visual podem ser prejudicadas. Pessoas com dificuldades motoras terão maior probabilidade de conseguires clicar nesses conteúdos porque a área de clique é grande. Neste caso, o único botão com área de clique fácil para pessoas com deficiência é o “assine já”. Além disso, os links “confira” nem parecem ser clicáveis. ✅ ❌ ✅ ✅ ❌ ❌ Quando usar texto alternativo em imagens e ícones Qualquer conteúdo "não textual" relevante para compreensão da informação, deve trazer uma descrição alternativa em texto (alt text). Descreva a imagem com precisão, mas de forma sucinta. A recomendação é não ultrapassar 125 caracteres. Dica: não é necessário começar o texto alternativo com “foto de” ou “imagem de”. Ferramentas de leitura de tela irão identificá-la como uma imagem. Esta imagem do site da Vivo tem o seguinte alt text: "Imagem ilustrativa para Vivo pré no Brasil”. Neste caso, a imagem não contém informações relevantes, por isso, o alt text pode ser dispensado, a não ser que seja acrescentada uma mensagem útil a ver com o produto. Neste caso os ícones são meramente ilustrativos. Não haverá ganho nenhum em descrevê-los, é apenas aumentar a quantidade de itens a ser lidos/ouvidos pela pessoa usuária de leitor de telas. Você descreve ícones ou imagens quando eles possuem uma chamada pra ação e neste caso a descrição é justamente a ação. Em casos específicos talvez seja importante descrever, pois serão relevantes ao entendimento do conteúdo. Quando for criar o alt text, considere o contexto em que a imagem está aplicada. As perguntas que precisamos nos fazer são: • Por que esta imagem existe neste contexto e é relevante? • Por qual motivo ela aparece? • O que eu desejo transmitir com esta imagem? Diferentemente da imagem das Americanas, em que o texto na imagem deve estar em alt para ser lido pelo leitor de tela por trazer uma informação extra relevante que não está em outrostextos. Forneça legendas, Libras e/ou transcrições para recursos multimídias Cerca de 80% dos surdos do mundo não entendem as línguas escritas e se comunicam em Libras. Sendo assim, qualquer conteúdo deve possuir tradução para língua de sinais, seja áudio, vídeo ou texto. Para vídeos e áudios, também forneça legendas, transcrições de sons ambientes e descrições de conteúdos visuais e de efeitos sonoros (ex: som de terror), se eles forem relevantes para o conteúdo. A Magazine Luiza oferece suporte em Libras e com legenda. O site do Jornal Nacional tem as matérias transcritas abaixo do vídeo principal. A CBN transcreve os destaques das matérias que também podem ser ouvidas na íntegra. A Azul tem o site adaptado para Libras. Esse é o Hugo, um programa desenvolvido pela handtalk.me/br ✅ ✅ ✅ ✅ Evite textos em imagens Os textos em imagens não são lidos por leitores de tela (por isso, novamente a importância do alt text). Portanto, são aceitáveis apenas nos casos em que essas imagens sejam decorativas e não essenciais para compreensão do conteúdo. <img alt="Até 60% off em eBooks - Especial Poesia" src="https://images-na.ssl-images- amazon.com/images/G/32/kindle/email/Agosto_2021/Esp_Poesia/3000x1200._CB663357664_.jpg" height="600px" width="1500px" data-a-hires="https://images-na.ssl-images- amazon.com/images/G/32/kindle/email/Agosto_2021/Esp_Poesia/3000x1200._CB663357664_.jpg"> <img ng-src="https://s.mlcdn.com.br/banner/campanhas/1807deskcartao30x.png" src="https://s.mlcdn.com.br/banner/campanhas/1807deskcartao30x.png"> <img src="https://tpc.googlesyndication.com/simgad/14566337535176009071" border="0" width="1152" height="280" alt="" class="img_ad"> Nestas 3 imagens do Méliuz, Magazine Luiza e Amazon respectivamente, apenas a da Amazon apresenta alt text, o que significa que as primeiras duas imagens apenas serão lidas por leitores de tela como “link”. As pessoas perderão todas as informações de destaque. Para descobrir qual o alt text das imagens, basta clicar na imagem do site, com o botão direito, e selecionar inspecionar. ✅ ❌ ❌ https://s.mlcdn.com.br/banner/campanhas/1807deskcartao30x.png https://s.mlcdn.com.br/banner/campanhas/1807deskcartao30x.png Forneça alternativas de contato em canais de atendimento Além de humanizados, os canais de atendimento devem fornecer diversos meios de contato. Telefone não é inclusivo a pessoas mudas, WhatsApp não abrange pessoas que não têm um celular e e-mail pode não atender a pessoas idosas. Por isso, devemos oferecer várias formas de contato, como formulários, chat, telefone, WhatsApp, e-mail e o que mais você tiver. A Magazine Luiza é um grande exemplo ao oferecer várias formas de contato que atendem diversos públicos e limitações. A drograria Pacheco é exemplo ruim, porque pessoas com limitações na fala não conseguirão entrar em contato. ✅ ❌ Evite comandos que funcionem apenas com ações do mouse Quem usa leitores de tela navega através de teclado ou outras ações que saltam entre os elementos. Ainda, pessoas com algumas deficiências físicas também podem fazer muito uso de navegação via teclado. Por isso, ações que sejam executadas exclusivamente por meio do mouse devem ser evitadas, como mouseover, seleção de conteúdos e arrastar e soltar. Este é um site que as informações apenas aparecem quando clicam-se nos círculos. Este é um exemplo ruim para pessoas que usam teclado como forma de navegação. O Miro apresenta uma funcionalidade de destravar telas apenas arrastando ou segurando o mouse por alguns segundos, o que também não é acessível para todas as pessoas. Garanta que outros recursos no código tornem essa ação acessível para mais pessoa, com o uso do teclado. ❌ ❌ Não use termos capacitistas ou racistas Expressões que gerem qualquer tipo de exclusão, ofensa ou sejam racistas não devem ser usadas, como “deficiência mental”, “que mancada”, “sem braço para isso”, “denegrir”, “a coisa tá preta” e “cor de pele / raça”. Alguns termos de botões e links, que aparecem com frequência, também devem ser evitados, porque não abrangem todas as pessoas, como “veja” (nem todos podem ver) ou “digite” (nem todos digitam), que podem ser trocados, respetivamente, por “conheça” e “preencha”. A biologia usa o termo “raça” como uma categoria de classificação dos seres. Para falar em raças biológicas é preciso haver uma diferença genética significativa entre grupos dentro de uma mesma espécie. Nos humanos não há variação genética que justifique o uso do conceito biológico de raça. Portanto, o termo é racista. Os termos “digite” e “veja” são excludentes, pois nem todas as pessoas podem digitar ou ver. ❌❌ ❌ Para destacar, não use apenas negrito ou cor Leitores de tela não leem alterações na formatação, como negritos ou destaques. Por isso, para enfatizar um texto, escreva expressões de ênfase, como “importante”, “vale lembrar que”, “fique de olho”. Ainda, mudar cor a pode fazer com que pessoas com daltonismo não vejam a diferença. Para saber como um daltônico enxergaria o seu site, insira a sua URL no site da Colorblind. Visão de uma pessoa com tritanopia. Visão de uma pessoa com acromatopsia. Visão de uma pessoa com Protanopia. Visão de uma pessoa sem patologia ocular. Aqui comparamos um mesmo site visto por pessoas com patologias oculares diferentes. Perceba que, ao usar a cor para destaque, nem todos têm a mesma experiência. Neste caso, a empresa ainda fala da “vida mais fácil e roxinha”, mas já identificamos que nem todos veem a cor roxa. ❌ https://www.toptal.com/designers/colorfilter Conteúdo que pretende fazer com que todos se sintam representadas e representados, que gere o mesmo valor para todas as pessoas, sem priorizar ou privilegiar uns em detrimento de outros. Linguagem representativa Evite generalizações no masculino Ao escrever, normalmente, flexionam-se adjetivos e substantivos para o gênero masculino, mesmo em sites em que a pessoa já identificou seu gênero em cadastros, como nos exemplos abaixo. Confira algumas dicas para você ser mais inclusiva e inclusivo: • Use feminino e masculino no lugar de apenas o masculino. Ex: Estado civil: solteiro/solteira • Não use o termo “homem” para se referir a homens e mulheres, como se fosse uma palavra universal. Ex: Substitua por “ser humano” ou “humanidade”. • Troque o sujeito por "pessoa” ou pelo nome da instituição. Ex: Os usuários devem enviar x As pessoas devem enviar Os senadores votaram a pauta x O Senado votou a pauta • Evite o uso de pronomes masculino (‘eles’, ‘aqueles’) para se referir a pessoas não identificadas ou desconhecidas. Use os termos “quem” ou “alguém”. Ex: Vou enviar para eles resolverem x Vou enviar para resolverem Bom para aqueles que precisam x Bom para quem precisa Se o cidadão pede informações x Se alguém pede informações • Use mais o termo "você”. Ex: O cliente determina a entrega x Você determina a entrega • Tire o artigo quando o termo for comum aos 2 gêneros. Ex: Os médicos atendem hoje x Médicos atendem hoje Pensando que mais da metade da população que vive no Brasil é mulher, excluímos um grande público. Usando uma linguagem mais ampla, é possível gerar mais identificação e respeito. ❌ ❌ ❌ Crie uma linguagem neutra e inclusiva Transgêneros e não-binários representam quase 2% da população brasileira. Por isso, torna-se cada vez mais importante incorporar escritas neutras. Além de evitar generalizações no masculino, a linguagem neutra visa incluir pessoas que não se identificam com gêneros binários (feminino e masculino). Um dos casos mais frequentes, que precisam mudar rapidamente, são a obrigatoriedade do nome de registro e a ausência da opção não-binária em cadastros e formulários. Essas tratativas são realmente necessárias para o cadastro? Como ficam as pessoas não-binárias? Este é um bom exemplo que apresenta opções não- binárias e ainda oferece a possibilidadede não informar. Prefira o uso do termo “gênero”, por se tratar de uma distinção sociológica, a “sexo”que é uma categoria biológica. Neste caso, também faltaram opções para pessoas não-binárias. Apesar de permitir o uso do nome social, este cadastro não é inclusivo ao exigir nome e sobrenome de registro. Também usa o termo “sexo” (não preferível), embora ofereça opção não-binárias. ✅ ❌ ❌ ❌ ✅ ✅ ❌ Relacionada à facilidade de encontrar informações. Refere-se à forma como a plataforma é percebida, oferecendo a melhor experiência ao acessar um site e minimizando erros. Linguagem perceptível e escaneável Crie um site fácil de encontrar informações Cada vez mais, as pessoas têm feito várias tarefas simultâneas, para gastar o menor tempo possível em alguma atividade. Por isso, em um site, elas precisam filtrar e escanear as informações facilmente. Se não, vão para outra página. Garanta que pessoas que acessam pela primeira vez ou de forma recorrente entendem o seu site de forma rápida e encontrem o que procuram. Confira algumas dicas: • Divida o conteúdo em blocos quando for muito extenso. • Quando houver uma lista ou muitas características de um mesmo tema, use ícones, marcadores ou numerações. • Escreva parágrafos curtos. Pule uma linha em caso de grandes blocos de texto. • Prefira textos alinhados à esquerda. O texto justificado é mais difícil de ler devido aos espaços disformes entre as palavras. • Mantenha textos mais importantes em fontes maiores ou encontre outras formas de destacá-los, como negrito e itálico. Perceba como reagrupar as informações em blocos menores e caracterizá-los com ícones, além de deixar o conteúdo mais claro, pode ajudar as pessoas a entenderem e encontrarem mais facilmente as informações no seu site. ANTES DEPOIS❌ ✅ Use breadcrumbs Breadcrumbs é uma sequência de textos que indicam a página em que a pessoa está e mostra o caminho que foi percorrido até chegar nela. Geralmente, os breadcrumbs aparecem na parte superior do site, à esquerda. Eles são essenciais para que as pessoas entendam o fluxo do site e se localizar melhor na navegação. Dois exemplos de breadcrumbs: ✅ ✅ A ajuda precisa ser facilmente localizável As pessoas precisam identificar rapidamente onde consegue obter ajuda, como canais de atendimento e área de dúvidas frequentes. Neste aplicativo, a AJUDA aparece dentro da categoria PROGRAMA VIVA SAÚDE, o que dificulta que a pessoa rapidamente identifique ao escanear a tela, já que teoricamente não há relação entre suporte e o programa. Ainda, é preciso percorrer mais 2 telas para obter uma forma de contato. O Méliuz apresenta no menu superior do site, em destaque, um campo de ajuda que direciona para os principais temas de dúvidas. No entanto, ao navegar, é difícil encontrar uma área para entrar em contato com um humano. A AJUDA é o primeiro tópico dentro de perfil no Nubank. Ao clicar, a pessoa pode se orientar por tópicos ou rapidamente obter ajuda de um humano ao acessar o botão “Converse com a gente”. ✅ ❌ ✅ Use tooltips Tooltip é uma informação que aparece quando passa-se o mouse em cima de um elemento da tela, como ícones, logos e imagens. Às vezes ele aparece em um ícone de informação, representado por um círculo com a letra “ï” dentro (como no exemplo ao lado). Os tooltops são importantes para ajudar as pessoas a entenderem uma informação que talvez não esteja suficientemente clara apenas com o conteúdo apresentado visualmente. O Booking é um excelente exemplo. Quando a pessoa passa o mouse sobre o ícone, aparece a explicação do que é aquele conteúdo. ✅ ✅ Ao passar o mouse sobre o símbolo de informação, abre-se uma caixa com uma explicação sobre o termo em negrito (Indústria 4.0). Introduza informações com o onboarding O onboarding é uma espécie de navegação guiada, com objetivo de aumentar as chances de uma pessoas navegar com sucesso na sua página. Geralmente, essas telas aparecem na primeira vez que uma pessoa acessa seu site, mas também pode ser configurado para quando novos recursos são criados. O Slack é uma excelente referência para entender e se inspirar ao criar um onboarding. Ele cria passos a passos que deixam bem mais claro como funciona o programa. ✅ Pense na hierarquia de conteúdo Os tamanhos dos textos e a ordem em que aparecem devem ser estruturados para que a pessoa consiga rapidamente entender a página e encontrar as informações principais. Manter um padrão entre os tamanhos de títulos, subtítulos e corpo do texto também é essencial para criar um padrão visual. É importante que os títulos principais descrevam a finalidade de cada página. Evite conteúdos muito longos. Páginas curtas são mais fáceis de serem escaneadas e subtítulos também podem ajudar nesse processo, trazendo informações de apoio. O Google é um excelente exemplo para entender a importância de escanear rapidamente informações. Ele usa tamanhos e cores para ajudar as pessoas a encontrarem facilmente o que procuram. Com essa página, percebe-se como manter um padrão entre tamanhos, cores, estrutura e quantidade de texto, por blocos, é importante para ter uma leitura mais linear e encontrar com facilidade as informações essenciais. ✅ ❌ Identifique tabelas, gráficos e infográficos Nomeie os cabeçalhos de linhas e colunas de tabelas de dados, gráficos ou infográficos. Use legendas para complementar as informações. Não parta do pressuposto de que todas as pessoas entenderão apenas pelo conteúdo. Neste caso, a pessoa não tem uma explicação sobre o que é cada coluna. Algumas colunas são mais fáceis de compreender, como o preço, no entanto, a que apresenta os dados de carbono não. ✅ ❌ A Amazon apresenta com clareza o referente de cada coluna e linha. Teste a acessibilidade do seu site Faça você mesmo Utilize leitores de tela, ative o modo acessibilidade do seu celular, leia seu site de longe (para ver o tamanho das letras) ou tente usar seu site apenas com a navegação em teclado. Perceba se o seu site atende todas as pessoas. Converse com outras pessoas Você pode fazer pesquisa com pessoas que têm as limitações listadas neste guia (pessoas com deficiências, idosos, estrangeiros, etc) para ver se o seu conteúdo está claro. Escute a experiência delas e pergunte o que poderia ser melhor. Carolyna Paiva paivacarolyna@gmail.com linkedin.com/in/carolyna-paiva Tem dúvida ou sugestão? Obrigada por chegar até aqui! Referências Acessibilidade e criação de conteúdo UX Acessibilidade: lista de verificação para melhorar a acessibilidade do seu site Cartilha de Acessibilidade na Web Comece a estudar acessibilidade digital desde já Como um site acessível gera oportunidades de negócio Guia completo para tornar o seu website acessível Guia sobre a LBI digital Guia WCAG Inclusão digital via acessibilidade web Introdução ao UX Writing: Acessibilidade, diversidade e localização Materiais gratuitos de acessibilidade da Hand Talk Material Design - Writing O UX Writing de Mãos Dadas com a Acessibilidade Digital Readability SEO e Acessibilidade web UX Writing com empatia de gênero: 12 técnicas para evitar o sexismo em conteúdo digital (e na vida) UX Writing: uma reflexão sobre linguagem inclusiva e diversidade UX Writing: sobre textinhos, pessoas e acessibilidade https://medium.com/ladies-that-ux-br/acessibilidade-e-produ%C3%A7%C3%A3o-de-conte%C3%BAdo-ux-913c4c55847c https://support.wix.com/pt/article/acessibilidade-lista-de-verifica%C3%A7%C3%A3o-para-melhorar-a-acessibilidade-do-seu-site https://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/cartilha-w3cbr-acessibilidade-web-fasciculo-I.html https://brasil.uxdesign.cc/comece-a-estudar-acessibilidade-digital-desde-j%C3%A1-d0c43dccd2ee https://docs.google.com/presentation/d/1dlYK8-nuZt3nG8Kb6vGfsDN5mk7ZMCEJ2IJuKjy7jrY/present?slide=id.g5c8a3b5a9f_0_0 https://acessibilidade.handtalk.me/kit-guia-completo-website-acessivel https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Guia-sobre-a-LBI-digital.pdfhttps://guia-wcag.com/ http://revista.ibict.br/liinc/article/view/3189/2851 https://www.domestika.org/pt/courses/798-introducao-ao-ux-writing/units/5995-escreva-para-a-experiencia-do-usuario/lessons/18952-acessibilidade-diversidade-e-localizacao https://handtalk.me/br/materiais https://material.io/design/communication/writing.html https://medium.com/uxmpretas/o-ux-writing-de-m%C3%A3os-dadas-com-a-acessibilidade-digital-50ec1944a9cf https://readable.com/readability/ https://globalad.com.br/blog/seo-e-acessibilidade-web https://medium.com/@emilia.alegre/ux-writing-con-empat%C3%ADa-de-g%C3%A9nero-9c8409195aba https://brasil.uxdesign.cc/ux-writing-uma-reflex%C3%A3o-sobre-linguagem-inclusiva-e-diversidade-c66a9eb47b54 https://www.youtube.com/watch?v=jrEBBWSZn1E&ab_channel=HowBootcamps
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