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Resumo Direito da Família

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Resumo Direito da Família
I - Petição inicial – art. 319 CPC
Lei de Alimentos – 5.478/68
Requisitos da petição inicial:
1) Juízo competente (arts. 42 a 46, CPC) (EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO - RJ);
2) Partes legítimas e sua qualificação;
3) Escolha da ação (nome da ação);
4) Fatos e fundamentos jurídicos;
5) Requerimento de citação;
6) Pedidos e suas especificações (pedir alimentos provisórios liminarmente, posteriormente convertidos em definitivos);
7) Protesto por provas;
8) Opção por audiência de conciliação ou não;
9) Valor da causa.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
 Imperioso que se destaque a necessidade da concessão da Justiça Gratuita ao Autor, já que não possui condições de arcar com as custas processuais, conforme faz prova a declaração de hipossuficiência ora anexada, amparada pelo art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil.
II - Agravo de instrumento – arts. 1015 a 1020, CPC.
Pode ser interposto contra decisões interlocutórios (inclusive a decisão que decreta a prisão do devedor de alimentos).
O rol do art. 1015 possui taxatividade mitigada e o recurso poderá ter efeito suspensivo (art. 1019, I, CPC).
OBS: pedir efeito suspensivo quando interpor agravo.
Endereçamento da petição: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ
FULANO, já qualificado nos autos em epígrafe, inconformado com a decisão proferida em fls. XX, do processo nº 000-00.8.19.0001, que lhe move JOÃO, com base nos arts. 1015 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor:
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO
(pular uma folha)
Processo: 000-00.8.19.0001
Agravante: FULANO
Advogado do agravante: eu mesmo
Agravado: JOÃO
Advogado do agravado: BELTRANO
*Inserir síntese da decisão agravada e pedir a manutenção da gratuidade de justiça.
Requisito: preparo 
III – Ação Revisional de Alimentos
Art. 15 da lei de alimentos (5.478/1968) prevê que a decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado, podendo ser revisada a qualquer tempo, em face da modificação da situação financeira dos interessados.
Destarte, deve ser utilizada a modificação de cláusula para acordos e sentenças homologatórias de acordos.
Para sentença condenatória e revisão de valores deve ser utilizada a ação revisional de alimentos.
a) A Ação Revisional de Alimentos, tem rito especial, pois fundada na Lei de Alimentos (5.478/68) e no CPC;
b) A competência para a propositura da ação revisional é a do domicílio do alimentando, ou seja, daquele que recebe a verba alimentar, nos termos do artigo 53, II, do CPC, artigo 147 do ECA e Súmula nº 383 do STJ (ver julgado do STJ, AgRg no AREsp 240.127/SP);
c) Deve ser livremente distribuída a uma das Varas de Família e Sucessões da comarca do domicílio do alimentando. Não cabe distribuição por dependência à ação principal que fixou ou homologou os alimentos, tendo em vista que aquela ação já foi extinta, com trânsito em julgado, razão pela qual não se observa justificativa apta a atrair a distribuição por dependência regulada no artigo 286, do novo CPC;
d) A Intervenção do Ministério Público é obrigatória, sob pena de nulidade, por força do art. 178, II, do novo CPC, quando envolver interesse de incapazes. A doutrina entende necessária a intervenção ministerial mesmo em caso de filho maior;
e) O valor da causa deve corresponder ao proveito econômico pretendido, sendo ditado na ação revisional pelo valor anual da diferença entre o valor da pensão já fixada e o valor pretendido, nos termos do art. 292, III, e § 3º, do CPC.
Fundamentação legal: 
Direito Material: art. 1.699, CC: “Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”; e
Direito Processual: art. 15, Lei de Alimentos: “A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados”, e 
Art. 505, do CPC, que prescreve: "Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; II - nos demais casos prescritos em lei."
IV - Cumprimento de Sentença – arts. 528 a 533, CPC.
Não existe mais a necessidade de uma ação de execução no caso de inadimplemento obrigacional, sendo suficiente uma petição exigindo o cumprimento da sentença transitada em julgado.
Modelo:
JOÃO, já qualificado nos autos, representado por sua genitora, vem pela presente, nos autos da Ação de Alimentos que move em face de FULANO, diante do inadimplemento, vem requerer o processamento do
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
E o faz com base nos arts. 528 e seguintes do CPC, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
DOS FATOS
Houve sentença condenatória, obrigando FULANO a pagar um salário mínimo por mês, e ele o fazia regularmente, porém, desde março do corrente ano, o referido não pagou mais a pensão, ficando em aberto os meses de março, abril e maio. Fato que justifica o presente requerimento.
Diante do exposto, requer:
I – Intimação de FULANO para pagar o valor de R$ 3.636,00, conforme cálculo em anexo, no prazo de três dias, sob pena de ser expedido o mandado de prisão, com base no art. 528 (caput e §3º);
II – Condenação em custas e honorários.
Nestes termos, pede deferimento.
 
	 
	Lei de Alimentos (especial)
	CPC (Lei Geral)
	Prazo de Contestação
	Art. 5º, §1º: o juiz fixará o prazo razoável que possibilite ao réu a contestação da ação.
	Art. 335, I: 15 dias úteis, contados da audiência de conciliação.
	Prazo Prisão
	Art. 19: até 60 dias.
	Art. 518, §3º: 1 a 3 meses.
	Regime Prisional
	Art. 21: detenção de 1 a 4 anos + multa. 
	Art. 528, §4º: regime fechado (reclusão), de 1 a 3 meses.
	Revelia
	Da audiência; art. 7º.
	Art. 344.
	Testemunhas
	Art. 8º: máximo de 3 testemunhas.
	Art. 357, §6º: 10 ou menos, sendo no máximo 3 para cada fato.

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