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Tem grande capacidade de tirar a dor. Opiáceos: compostos estruturalmente relacionados ao ópio. Derivação estrutural. Opióides: qualquer composto que possua propriedades funcionais e farmacológicas de um opiáceo. Podem ser sintéticos, que não derivam do ópio. Opióides endógenos: endorfinas (β-endorfina) liberadas em momentos de prazer. Narcótico: relacionado a efeito de entorpecimento ou estupor, não necessariamente um opioide. Os Opióides possuem propriedade narcótica. Umas das drogas mais antigas do mundo. Eram usados por soldados americanos na guerra civil; a heroína, prod. sintético, foi utilizado como supressor da tosse e sedativo. Descoberta de 3 receptores Opióides em 1976 - mu (µ), kappa (κ) e delta (δ). Em 2000, nomenclatura dos receptores MOP (mu opioide peptídeo), DOP (delta opioide peptídeo) e KOP (kappa opioide peptídeo). Nos receptores de Opióides, o que tem expressão por maior quantidade de órgãos e o mais importante é o MOP, presente tanto no SNC quanto por toda medula e TGI, é ainda o mais relacionado aos efeitos Opióides como analgesia, sedação e a dependência. Mais responsável pela dependência e depressão respiratória. O µ é o mais espalhado por todo o SNC, espinhal e SNP. O delta e o κappa são mais espinhais e periféricos, não tem tanto efeito central, então servem mais para inibição da dor. Todos Opióides são periféricos então estão relacionados a motilidade. O fármaco mais eficaz para tratar tosse é o opioide. Ligam-se aos receptores (MOP, DOP e KOP) que são acopladas à PTN G; reduzem a adenilato ciclase e reduzem o conteúdo intracelular de AMPc. promove a abertura de canais de potássio (faz com que o íon positivo saia da célula) e inibem a abertura de canais de cálcio (impede a entrada do íon positivo) Causa uma hiperpolarização da membrana por aumento da condutância de K para FORA do neurônio, gera aumento da carga elétrica negativa no neurônio impedindo a entrada de Ca. Isso gera uma dificuldade de despolarização neuronal, e a redução da excitabilidade neuronal. O aumento da Carga negativa do neurônio está relacionado ao fato do cálcio não entrar e o potássio sair, tornando o neurônio hiperpolarizando. Impedem a liberação de neurotransmissores, impedem a entrada de cálcio. Isso porque a liberação de neurotransmissores depende da entrada do Cálcio. Cálcio não entra e K sai. Aumentam a atividade em algumas vias neuronais (via cortical) → supressão da deflagração (gera uma desinibição) de interneurônios inibitórios, justificando os sintomas eufóricos. Distribuição heterogênea de receptores: determinados neurônios e vias são afetados seletivamente. O local mais afetado é o corno posterior da medula, justamente o local que passa o estímulo da dor. Na membrana pré-sináptica, Quando a morfina se liga ao seu receptor acoplado a proteína G há uma redução da AC – adenilato ciclase, com isso diminui o AMPciclico intracelular. Há então a inibição da entrada de cálcio e por isso não há liberação dos neurotransmissores. Na membrana pós-sináptica, A morfina além de impedir a entrada de cálcio também aumenta a saída do potássio. Isso hiper polariza o potencial de ação e não transmite a dor – não tem sinal nociceptivo. Os neurônios sensitivos da dor têm sua neurotransmissão inibida, porque eles se tornam hiperpolarizados, pois não há entrada de Ca e há saída de K. Não vai haver a transmissão do estímulo álgico. O Fentanil por ser muito potente causa depressão respiratória e então fica reservado como opioide para anestesia geral ou na sedação contínua para pacientes com ventilação mecânica. Antagonistas como naloxona demoram um pouco mas revertem paradas respiratórios agudas por opioides. Agonistas puros: todas as drogas típicas semelhantes à morfina. A morfina é um agonista puro de todos os receptores Opióides. Alta afinidade pelos receptores MOP, menor afinidade pelos receptores DOP e KOP. Morfina, Codeína, Metadona, Fentanil, Petidina, Oximorfona, Etorfina, Dextropropoxifeno A Codeína, Metadona e Dextropropoxifeno são algumas vezes denominados agonistas puros fracos, porque causam efeitos menores e não produzem dependência. São Receita branca. Podem ser utilizados no tratamento de dependência de Opióides. Agonistas parciais e agonistas-antagonistas mistos: agonista de um receptor e antagonista de outro. Nalorfina é um agonista fraco e inibe competitivamente a Morfina o receptor MOP. Pentazocina e ciclazocina são antagonistas MOP e agonistas parciais DOP e KOP. Promovem analgesia sem causar depressão respiratória e dependência. O antagonismo ao MOP diminui os efeitos adversos da dependência. Antagonistas: Naloxona (narcan)- mais importante e Naltrexona. Potência e comparativo A morfina em 10mg equivale a 30 a 60 de codeína. O fentanil para chegar a 10 mg de morfina precisamos de 0,1. Meperidina tem valor equivalente a cadeina. Todas as vias: oral, sublingual, intravenosa, intradérmica, transdérmico, intratecal (raquianestesia), epidural (anestesia peridural). Absorção por via oral é variável. Morfina tem absorção lenta. Codeína tem boa absorção oral. Sofrem metabolismo de primeira passagem; Meia vida plasmática de 3 a 6 hrs; metabolização hepática por conjugação com glicuronideo; Morfina conjugada com glicuronideo é mais ativa que pura; Excreção urinaria e biliar, pois sofre reabsorção intestinal. Neonatos tem problema para conjugar morfina. Usamos petidina. Uma outra forma de administração é por bombas de injeção pelo próprio paciente, programando o máximo que pode ser utilizado em um determinado intervalo de tempo. A bomba, além de ter um bom efeito sobre a analgesia, apresenta um bom efeito psicológico, pois o paciente passa a ter controle sobre o analgésico e isso gera uma diminuição do estímulo álgico. Efeitos sobre o SNC Analgesia Trata dor aguda e crônica, com Menor atividade na dor neuropática (dor de hérnia de disco). Dor de origem neural tem menos efeito. Reduz, também, o componente afetivo da dor. Euforia Sensação de contentamento e bem-estar. Por isso há o perigo da dependência. Reduz a agitação e a ansiedade associadas a dor. A euforia está relacionada aos receptores MOP e a disforia está relacionada aos receptores KOP. Depressão respiratória Mediada por receptores MOP – mais expressivo. Quando o opioide age ele diminui a sensibilidade do centro respiratório ao aumento do CO2. O paciente acaba retendo CO2 e não disparando o centro respiratório. Aumento da pCO2. Redução da sensibilidade do centro respiratório à pCO2. → Normalmente, o aumento do CO2 dispara a respiração, porém, o uso de Opióides inibe esse reflexo. Não é acompanhada por depressão cardiovascular. Ocorre com doses habituais. É a principal causa de morte com uso de opioide. Depressão do reflexo de tosse Não se correlaciona com ações analgésicas ou depressora da respiração. Mecanismo ainda não elucidado. A codeína suprime a tosse em doses subanalgésicas. 4 vezes menor que a dose para analgesia. Folcodina é mais seletiva para tosse. Apresentam constipação como efeito colateral. IMPORTANTE. Náusea e vômito 40% dos pacientes que usam morfina apresentam (efeito da 1ª dose, principalmente). Estímulo químico ao vômito na área postrema no bulbo. Geralmente, são transitórios e desaparecem com a administração repetida. A náusea e o vômito ocorrem quando é administrado a primeira dose, depois com as repetidas doses isso diminui. O vômito pós-operatório é muito comum devido a esse efeito. Constricção pupilar Efeito central. Mediado por receptores MOP e KOP. Pupilas puntiformes. Pupilas finas Efeitos sobre o TGI Reduz a motilidade em muitas partes do TGI. Constipação que pode ser grave. Atraso no esvaziamento gástrico. Contração da vesícula e constricção do esfíncter biliar, podendo dar cólica biliar (efeito específico da morfina). A morfina, devidoa isso, é contraindicada como analgésico na pancreatite, porque se for uma pancreatite por cálculo, por exemplo, o paciente terá dificuldade de esvaziar tanto a secreção biliar quanto a secreção pancreática. Aumento de amilase e lipase. Os três receptores estão envolvidos nas ações no TGI. Outras ações Gera liberação de histamina pelos mastócitos Não é relacionada a receptores. Urticária e prurido, justificando o aparecimento no pós- operatório. Pode causar Broncoconstricção (petidina não causa) e hipotensão. Ação bulbar com altas doses Altas doses – doses tóxicas podem causar depressão cardíaca com Hipotensão e bradicardia por ação bulbar Espasmo de ureter, bexiga e útero Imunossupressão. Comum aumento da dose necessária para produzir efeito farmacológico. Ocorre rápido entre 12 e 24h após adm de morfina. Estende-se a quase todos os efeitos exceto para constipação intestinal e constricção pupilar, que podem ser causadas em qualquer dose. Viciados podem tomar 50 vezes a dose analgésica de morfina com pouca depressão respiratória, porém com acentuada constipação e constricção pupilar. Sua Síndrome de abstinência bem definida. A falta da droga pode gerar bocejos, dilatação pupilar, febre, sudorese, piloereção, náusea, diarreia e insônia. Surge em alguns dias após o uso crônico da droga. Sintomas podem se iniciar em 10-36 horas após a última dose. Pico em 2 dias e melhoram após 5 dias. muitas vezes o tratamento da síndrome de abstinência de opioide, nos primeiros 5 dias, é internar e sedar o paciente, para que o pico de ação seja evitado. Nalorfina foi o 1º a ser descoberto, sendo antagonista MOP e agonista DOP e KOP em altas doses. Naloxona (mais utilizado). Nome comercial Narcan. Antagonista opioide puro: bloqueia a ligação dos Opióides aos seus receptores. Reverte o efeito da morfina e de outros Opióides, e dos agonistas parciais. Pouco efeito em indivíduos normais, podendo impedir a analgesia. Utilizada na depressão respiratória. Também no RN com intoxicação aguda no parto. Exemplo: por complicações é feito cesariana com anestesia geral, o RN pode nascer intoxicado por opioide e faz o Narcan para reverter. Feito Intravenoso; Metabolizada no fígado; Duração do efeito de 2-4 horas. Em geral não tem efeitos adversos; pode desencadear síndrome de abstinência em viciados. Naltrexona. Similiar à naloxona. Duração de efeito mais prolongada, de 10 horas. O Naloxone (Narcan) ocupa o receptor competitivamente e expulsa o opioide. Ele é um antag competitivo reversível.
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