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Farmacologia dos Opioides Relato de caso Opioide gerou uma dependência, levando a uma pessoa adicta, a qual faz de tudo para obter a droga. Nos EUA o uso de opioides é considerado uma epidemia (heroína) Relembrando: dor • Dor é uma resposta fisiológica que temos mediante a um potencial estímulo nocivo, que possa levar a uma lesão tecidual ou nervosa – mecanismo de proteção • Experiência subjetiva, forte componente emocional • Na dor crônica teremos uma alteração da função neural – remodelação da via Via Nociceptiva: • Temos um estímulo nocivo na periferia, como alfinetada, um corte, temperatura elevada ou presença de mediadores inflamatórios, os quais será detectado pelos neurônios aferentes chamados de nociceptores ou 1º neurônio (fibras A delta e C) levando a um potencial de ação devido ao influxo de sódio ou cálcio gerando a despolarização e a transdução do sinal , que será conduzido da periferia até o corno dorsal da medula espinhal, fazendo outra sinapse com o 2º neurônio que vai em direção ao tálamo onde está o 3º neurônio e esse é responsável por levar a informação para o córtex • Então alguns fármacos têm como objetivo diminuir esse processo de condução do estímulo nervoso da periferia até o corno dorsal da medula espinhal ou diminuir a transmissão do sinal da medula até o córtex • Lembrando que temos uma via descendente da dor inibitória, que sai do tronco encefálico e faz sinapse com o 2º neurônio, levando a uma diminuição da transmissão para modular a dor • TRPV1: receptores de canais transientes do tipo caniloides – importantes no processo de dor e analgesia, e alguns canabiodes modulam esse tipo de canal iônico encontrado na periferia e no corno dorsal Pontos de Atuação dos Fármacos • Condução do estímulo da periferia até a medula. Exemplo: anestésicos locais + opioides + AINES (anti-inflamatórios não esteroidais), que atuam bloqueando canais de sódio voltagem dependente localizados no neurônio aferente primário diminuindo a despolarização. • Processo de transmissão: da medula até a subida do sinal doloroso até o tálamo ou córtex somatossensorial. Exemplos opioides, antidepressivos, anticonvulsivantes e canabioides atuam na sinapse do neurônio aferente secundário • Ativação da via descendente inibitória, que tem como objetivo diminuir a transmissão do impulso doloroso. Exemplo: opioides, anestésicos gerais (principal alvo é a potencializar a ação do GABA) agindo no sistema límbico Formas de atuação dos Opioides: 1. ↓Transmissão do sinal da periferia para SN 2. Modulam percepção central da dor 3. Ativam neurônios da via inibitória descendente Classificação da dor: • Pode ser leve, moderada, intensa ou refrataria a farmacoterapia e dependendo do degrau temos formas de manejos farmacológicos diferentes • Leve (degrau 1): analgésicos e AINE (anti- inflamatórios não esteroidais) • Moderada (degrau 2): associação de analgésico e AINE com esteroides fracos • Intensa (degrau 3): analgésico e AINES com os opioides fortes • Refratarias (degrau 4): procedimentos intervencionistas + opioides fortes + analgésicos e AINES Obs: tratamentos intervencionistas incluem: analgesia espinhal, vertebroplastias, bloqueio de nervos e plexo Tipos de opioides • Opioides fracos: codeína, tramadol • Opioides fortes: morfina, metadona, oxicodona, fentanil, remifentanil, sufentanil Recomendações do uso de opioides no tratamento da dor de forma geral 1. Rigor na indicação, prescrição e monitorização do uso de opioides - estabelecimento de metas terapêuticas 2. Conhecimento da farmacodinâmica e farmacocinética do opioide 3. Titulação da dose: a dose deve ser individualizada devido à variabilidade individual na metabolização e à tolerância aos opioides 4. Reavaliar com frequência, para reajuste da dose, via de administração ou troca da medicação 5. Avaliar risco de abuso e vício 6. Assegurar abordagem multimodal para controle da dor em pacientes em uso de opioide por tempo prolongado ou em altas doses 7. Promover redução gradual e plano de acompanhamento a. Não há esquema padrão específico de redução b. Pacientes dependentes de opioides devem ter a dose reduzida em 10 a 25% a cada duas a quatro semana Opioides Nomenclatura • Ópio: extrato do suco da papoula Papaver somniferum que contém opiáceos - morfina, codeína e alcaloides relacionados • Opioide: qualquer substância, endógena ou sintética, que produz efeitos semelhantes aos da morfina e que são bloqueados por antagonistas como a naloxona • Analgésicos narcóticos: termo antigo para opioides; refere-se à capacidade de induzir o sono Opioides endógenos 1. Encefalinas: distribuição ampla por todo o SNC 2. Endorfinas: hipotálamo, núcleo do trato solitário e lobo anterior da hipófise 3. Dinorfinas: hipotálamo, células superiores do lobo da hipófise 4. Inibem a transmissão sináptica e são liberados em vários locais do SNC em resposta a estímulos nocivos Receptores Opioides 1. Distribuem-se amplamente no cérebro e medula, porém temos alguns também na periferias 2. Temos quatro tipos, sendo o MOPr (μ), DOPr (δ)e o COPr (K0) os mais importantes e o outro tipo é o ORL1 (NOP) 3. ORL1 - receptor tipo opioide 1, agonista endógeno é a orfanina/nociceptina, naloxona não se liga 4. De maneira geral o MOPr (μ) é responsável pela maior parte dos efeitos, são encontrados na periferia (nociceptores), a nível espinhal (medula) e supraespinhal (tronco encefálico, córtex, sistema límbico) 5. Receptor DOPr (δ-delta) é responsável pela analgesia espinhal 6. COPr (K0): a nível espinhal e periférico Mecanismos de ação dos opioides • Mecanismo normal: Temos os nociceptor que nas suas terminações tem receptores especializados em detectar estímulos nociceptivo (químico, térmico ou mecânico) gerando abertura de canais levando a entrada de sódio principalmente e de cálcio despolarizando o neurônio 1, fazendo aberturas de canais de cálcio dependente de voltagem desencadeando a fusão das vesículas na membrana para liberação de neurotransmissores excitatórios como o glutamato que quando se liga a seus receptores no neurônio 2 permite a entrada de sódio e cálcio, além de ter neuropeptídeos que se ligam a receptores ajudando nesse processo de despolarização do neurônio 2 • Lembrando que temos três classes de canais de glutamato: dois iônicos (NMDA e AMPA) e um metabotrópico • Os opioides podem agir na periferia diminuindo a liberação de neurotransmissores excitatórios, no terminal axonal do neurônio pré-sináptico temos receptores do tipo MOR (μ), os quais também são encontrados no corpo celular do neurônio pós- sináptico • A nível pré-sináptico quando temos a atuação do opioide se ligando, esses receptores são do tipo acoplados a proteína Gi (mesmo tipo do receptor alfa 2 ligante da noradrenalina), a qual inibe a enzima adenilato ciclase que sintetiza o secundo mensageiro AMPc, então ativação da desses receptores acoplados a proteína Gi causa o fechamento dos canais de cálcio, voltagem dependente e ao impedir o influxo de cálcio teremos menos deslocação das vesículas e da liberação de neurotransmissores excitatórios e a nível pós-sináptico esses canais induzem a abertura de canais de potássio causando a hiperpolarização e a diminuição de excitabilidade pós sináptica Obs: lembrando que temos três tipos de canais de GABA – A,B e C, três receptores de glutamato que são o AMPA, NMDA e o cainato e a noradrenalina se liga ao receptor pré-sináptico alfa 2 diminuindo a neurotransmissão, pois é acoplado a proteína Gi Neuropeptídeos: principalmente peptídeo relacionado com o gene da calcitonina [PRGC] e a substância P. MOR: receptores de opioides μ Efeitos celularesdos opioides: • Inibem a abertura de canais de cálcio (↓neurotransmissão) • Induzem a abertura canais de potássio (↓ excitabilidade pós-sináptica) • Ativam neurônios inibitórios na via descendente → inibição da transmissão para corno dorsal Regulação inibitória da neurotransmissão • A norepinefrina, o GABA e os opioides, que são liberados por neurônios inibitórios descendentes e/ou de circuito local, atuam em nível tanto pré- sináptico quanto pós-sináptico, inibindo a neurotransmissão. • Neurônio pré-sináptico, possuem receptores metabotrópicos acoplados a proteína Gi do tipo GABAb, alfa 2, MOR (μ), os quais vão inibir o canal de cálcio diminuindo a liberação de neurotransmissores excitatórios como o glutamato, ocasionando indiretamente a diminuição do influxo de sódio e potássio na membrana pós-sináptica dificultando a despolarização desse neurônio. No nível pós- sináptico temos o GABAa levando a uma hiperpolarização que é favorecida pela saída também do potássio. Todos esses eventos juntos levam a diminuição do potencial de ação, por isso é uma a descendente é inibitória • Lembrando que o principal neurotransmissor inibitório é o GABA e também ativação de canais de potássio que ao sair • Receptores GABAa e GABAc são canais iônicos de cloreto que se encontram na membrana pós- sináptica Agonistas e Antagonistas Agonistas opioides 1. São fármacos que se ligam nos receptores opioides: MOPr (μ), DOPr (δ ) e COPr (K) 2. Opioides fortes, tem uma alta afinidade estabelecendo o receptor em uma conformação ativa, lembrando que ao ativá-lo teremos analgesia e outro efeitos colaterais como: depressão respiratória, redução da motilidade, euforia, dependência física Obs: A estrutura da morfina difere da codeína devido a um grupo metil a mais no opioide fraco (codeína). • A metadona tem um tempo de meia vida acima de 24horas diferente da morfina que seu tempo é em torno 3/6 horas • O Fentanil tem a mesma eficácia que a morfina, pois os dois são opioides fortes, porém o fentanil é mais potente que a morfina, ou seja, precisamos de uma dosagem menor para ter o efeito desejado e seu tempo de meia é extremamente baixo ficando em torno de 5 minutos Agonistas Parcial ou Misto • São agonista menos eficaz do que o agonista total • Principal é a buprenorfina, que tem muita afinidade pelo receptor MOPr (μ) sendo agonista dele, porém ela é antagonista do COPr (K) Antagonista 1. São fármacos com efeito contrário ao agonista, bloqueiam o receptor 2. Naloxona e naltrexona, que se ligam em todos os receptores opioides, são semelhantes na afinidade a diferença entre eles é farmacocinética o primeiro tem um início de ação rápida e a duração também, o segundo tem início de ação mais lento e sua duração também 3. Uso clínico: emergência onde a pessoa teve uma intoxicação por opioides, nesse caso usaria o naloxona devido a seu início de ação rápido. Outra aplicação seria e paciente fazendo tratamento para dependência de opioides, para caso tenha uma recaída e com os receptores bloqueados ele não vai conseguir ter a euforia procurada. Efeitos Farmacológicos 1. Efeitos no SNC Analgesia (μ): ação no cérebro, tronco encefálico, medula espinal e terminações periféricas dos neurônios aferentes primários • Efeitos na maioria dos tipos de dores agudas e crônicas somática e visceral • Morfina também reduz o componente afetivo da dor – age no sistema límbico • Menos eficazes na dor neuropática, pois temos vários tipos de canais de sódio e no processo de fisiopatologia da dor neuropática temos alterações na alteração no perfil desses canais. Euforia (μ): a morfina causa intensa sensação de contentamento e bem-estar • Morfina e heroína IV: ímpeto súbito (“onda”), pronunciada em pacientes angustiados • Ocorre menos com codeína Depressão respiratória (μ): pode ocorrer com doses terapêuticas • Ocasiona a diminuição da sensibilidade do centro respiratório (no bulbo) à pCO2 e inibição da geração do ritmo respiratório • Causa mais comum de óbito Obs: geralmente não inibem o sistema vasomotor, então uma pessoa com overdose de opioide vai chegar com depressão respiratória, mas nem sempre com bradicardia ou hipotensão – isso ajuda a distinguir de outras intoxicações, como a colinérgica que causa miose, salivação excessiva e com bradicardia Depressão do reflexo da tosse: mecanismo não relacionado com as ações analgésicas • Codeína suprime a tosse em doses subanalgésicas; porém causam constipação como efeito adverso Náuseas e vômitos • Ocorrem em até 40% dos pacientes que utilizam a morfina (ação na zona quimiorreceptora do gatilho) • Geralmente são transitórios e desaparecem com a repetição da administração Constrição pupilar (miose): estimulação do núcleo do nervo oculomotor (receptores μ e κ) • Pupilas puntiformes são características importantes para diagnóstico na intoxicação por opioides 2. Efeitos no TGI (μ, δ e κ) • ↑espasmos no intestino delgado ↓ peristaltismo no intestino grosso • Constipação, que pode ser grave • Diminuição do esvaziamento gástrico (altera absorção) • Aumento da pressão no trato biliar (contração do esfíncter biliar) = aumenta dor em pacientes com cálculo biliar 3. Outras ações dos opioides • A morfina libera histamina dos mastócitos (ação não relacionada com os receptores opioides). • Urticária e prurido no local da injeção, broncoconstrição (não deve ser administrada em asmáticos), hipotensão e bradicardia (doses elevadas) • Efeitos imunossupressores complexos (uso abusivo Usos clínicos • Tratar e prevenir dor: o No pré e no pós-operatório o Em afecções dolorosas comuns, incluindo dismenorreia, trauma, queimaduras o Em muitas emergências clínicas e cirúrgicas (p. ex., infarto do miocárdio e cólica renal) o Em doença terminal (especialmente câncer metastático) o ‣ A escolha e a via de administração dos analgésicos dependem da natureza e da duração da dor. o ‣ Uso direcionado pela escala analgesia • Anestesia: agente pré-anestésico, coadjuvante de outros agentes • Reduzir dor durante trabalho de parto (meperidina produz menos depressão respiratória neonatal) • Supressão da tosse: com doses menores que as necessárias para analgesia (Codeína, Dextrometorfano) • Diarreia: com doses menores que as necessárias para analgesia o Difenoxina (+ atropina); Loperamida; Elixir paregórico (Papaver somniferum) Farmacocinética • Via oral (incluindo liberação prolongada), parenteral (intravenoso, intramuscular, intercutâneo), intratecal (injeta no líquido cefalorraquidiano), peridural (injeção ao redor da medula- alívio da dor sem comprometer função motora), dispositivos de analgesia controlada (adesivos trans dérmicos) • Absorção oral variável (exceto codeína) • Grande metabolismo de primeira passagem (oral e retal) • 1⁄2 vida em torno de 3-6h – alguns diferem desse tempo como a metadona e o fentanil Resumo do esquema: Codeína é um pró-fármaco e assim como a heroína precisa ser metabolizado em morfina, que por sua vez também será metabolizada em metabolitos com atividade analgésica como a morfina-6-glicuronídeo, esse metabolito foi conjugado com o glicunorideo na fase 2, a qual na recirculação enterohepatica as bactérias clivam essa ligação liberando morfina novamente que chega na circulação sistêmica e no SNC – então esse processo de recirculação é importante para prolongar a analgesia da morfina • Lembrando que a conversão de codeína em morfina é feita pela enzimas CYP2D6, que faz uma reação de desmetilação (remove o grupo metil) formando a morfina, que no tem ação no SNC e no fígado é convertido em seu metabolito que tem função analgésica • A morfina é um opioideforte, mas a codeína é considerada um opioide fraco, pois apenas 5 ou 10% dela será convertida em morfina. • Cerca de 10% da população não consegue fazer essa conversão, devido a polimorfismo na enzima CYP2D6 – então a pessoa não responde a codeína Morfina: é protótipo do grupo dos opioides, usados normalmente para dores intensas • Receituário de controle A1 - notificação de receita amarela • Comprimido, Cápsulas com liberação prolongada, Solução oral, Injetável (IV, IM, peridural, intratecal) • Liberação de histamina pode causar prurido, urticaria • Opioides fortes: morfina, metadona, oxicodona, fentanil Metadona: usado para dores no geral e importante uso na finalização de tratamento dos pacientes que fizeram uso prolongado de opioides, a fim de evitar uma síndrome de abstinência, então usamos como essa forma de desmame - meia vida prolongada em torno de 24 horas Gráfico: mostra um paciente adicto, faz uso de heroína injetável (curva vermelha) e temos um pico de concentração plasmática alta dando o efeito da “onda” e para o tratamento não podemos deixar essa concentração cair abruptamente para não gerar uma síndrome de abstinência. Como a morfina tem um tempo de meia vida curto, iríamos precisar aplicar várias vezes diferente da metadona que seu tempo de meia vida é longo e seu uso é via oral, com isso metade da sua potência cai, ela não gera um pico e mantem concentrações plasmáticas com espaçamento da administração afim de diminuir as doses com o tempo, mesmo com uma síndrome de abstinência os sintomas será menor e menos grave Obs: adicto (termo correto para se referir a pessoas viciadas • Opioides fracos (codeína e tramadol)- receituário C1 • Tramadol: também inibe recaptação de noradrenalina (aumenta seu nível na fenda) e aumenta a liberação de 5-HT (serotonina) – papel importante na via descendente inibitória Superdosagem Sintomas clínicos primários: “Tríade de sinais” • Letargia ou coma • Depressão respiratória - causa da morte • Pupilas puntiformes (miose) Sintomas Secundários • Hipotensão • Hipotermia com pele úmida ou fria • Edema pulmonar • Convulsões (principalmente em crianças) Obs: normalmente outros fármacos com atividade sedativa deixa a pupila dilatada diferente dos opioides. Tratamento • Assistência respiratória e a outras funções vitais • Administração de antagonista: naloxona intravenoso (meia-vida curta ~ 30 a 80 min) • Problema: pode precipitar síndrome aguda abstinência • Se determinado que outras drogas foram também usadas, trata-se também a superdosagem dessas drogas Obs: temos dois antagonistas naloxona e o naltrexona, sendo a diferenças entre eles o tempo do início da ação, sendo o primeiro mais rápido por isso é usado em emergências Tolerância • Pode ser detectada em poucos dias • Estende-se à maioria dos efeitos farmacológicos, mas afeta muito menos as ações constipantes e constritora da pupila • Dessensibilização dos receptores de opioides μ e alterações adaptativas em níveis celular e sináptico • Necessário ↑ dose para obter analgesia Dependência 1. Caracteriza-se por síndrome de abstinência 2. Habituação cerebral e comportamental 3. Grupos de maior risco: usuários de heroína, pacientes com dor crônica e profissionais de saúde 4. Sinais menos intensos se a retirada do opioide for gradual 5. Dura dias ou semanas Mecanismos: 1. Ativação do sistema dopaminérgico mesolímbico – relacionado a via de recompensa e do prazer 2. Hiperexcitabilidade reflexa espinhal 3. Início: 8-12 h, pico: 36-72h, duração: 5-10 dias Adição • Busca patológica por recompensa e alívio • Dependência física acompanhada do uso abusivo • Caracterizada por: 1. Incapacidade de abstinência consistente 2. Comprometimento no controle comportamental 3. Fissura (desejo intenso) 4. Reconhecimento diminuído dos problemas associados aos comportamentos e relações interpessoais Tratamento de Dependência Metadona • É usada para evitar a síndrome de abstinência e bloquear os efeitos de euforia do consumo de opioides • Pode causar arritmia ventricular e aumento de morte associada a esse opioide • Potencial de dependência Buprenorfina • É um agonista parcial μ bem tolerado, utilizado no tratamento de manutenção, com baixo risco de sobredose e de abuso • Ação longa duração • Normalmente associada com naltrexona (antagonista) • A dissociação a partir dos receptores é lenta com menos sinais e sintomas de abstinência em relação a outros opioides Atividade do Nearpod
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