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1 A SAÚDE DAS ORGANIZAÇÕES BENNIS (1962) Saúde organizacional = raízes no conceito de efetividade organizacional Figura 2 - Saúde Organizacional BENNIS E A CRITICA A AVALIAÇÃO DA AFETIVIDADE EMOCIONAL × São inadequadas e, com frequência, enganadoras; × Critérios insensíveis às necessidades dos indivíduos; × Critérios de efetividade = desatenção ao problema de adaptação à mudança. CONCEITO DE SAÚDE ORGANIZACIONAL PARA BENNIS PROCESSO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Organização saudável = métodos adequados para resolver problemas → Capacidade de assimilar e comunicar informações de modo confiável e válido; → Flexibilidade interna e criatividade para efetuar as mudanças impostas pelo ambiente; → Integração dos inúmeros objetivos da organização, disposição para mudar; → Clima interno de apoio e ausência de ameaças e capacidade de replanejar continuamente sua estrutura Principal desafio: atender às condições de mudança e de adaptar-se à tensão externa Maior dificuldade dos critérios de efetividade: falta de atenção ao problema de adaptação à mudança Bennis critica a avaliação da afetividade organizacional As características básicas de uma organização saudável apoiam-se nos métodos adequados para resolver problemas Saúde Organizacional Adaptabilidade Capacidade de resolver problemas Depende da flexibilidade organizacional (liberdade de aprender por meio da experiência) Sentimento de identidade Conhecimento que a organização tem sobre o que ela é, quais são suas metas e o que deve fazer Necessita ter uma identidade claramente definida Capacidade de testar a realidade Habilidade organizacional para perceber, conhecer e interpretar de forma correta as condições do meio ambiente que são relevantes para o funcionamento da organização, Estas condições podem ser internas ou externas. Integração de pessoas à organização (Argyris, 1964) Um estado de integração entre as subpartes da organização total, de modo que as partes não funcionem com finalidades cruzadas, mas interdependentes Figura 1 – 1º teórico a conceitualizar saúde organizacional 2 ORGANIZAÇÃO SAUDÁVEL ✓ Representação forte de sua identidade e missão; ✓ Adapta-se rapidamente e muda; ✓ Mercado favorável; ✓ Sistema de informações eficiente; ✓ As organizações devem selecionar os empregados cujo estilo da resposta do estresse se adeque a seus climas organizacionais; ✓ Ambiente estável em que as pessoas sabem o que se esperam delas e o que têm que fazer para permanecer na empresa; ✓ Oferecer suporte social; ✓ Oportunidades e promoções igualitárias e acessíveis a todos; ✓ Objetivos amplamente compartilhados pelos seus membros, os quais se sentem à vontade para falar sobre os problemas percebidos diretamente com as pessoas envolvidas; ✓ Essa organização daria ênfase à resolução prática de problemas, tomando decisões caracterizadas pela competência e responsabilidade; ✓ Ausência de estresse; ORGANIZAÇÃO NÃO SAUDÁVEL × Restrições à produção; × Competição destrutiva; × Apatia; × Pouco investimento pessoal nos cumprimentos dos objetivos organizacionais; × As pessoas veem coisas erradas, mas não fazem nada quanto a isso; × O controle do processo decisório é centralizado; × Sinais de status são prioridade; × Pessoas de níveis mais baixos não são respeitadas; × Conflitos encobertos por meio de manobras políticas; × É difícil aprender. Faz-se segredo; × As pessoas não procuram seus colegas para lhes ensinar; × Relações contaminadas pelo jogo de mascaras, fachadas e aparências falsas; × O chefe controla com rigor as despesas e quer sempre explicações a respeito; × “Mais um erro e você será despedido”; 3 CRITÉRIOS DE SAÚDE ORGANIZACIONAL MELLO (1978) 1) Identidade (como a organização enxerga seu passado, suas conquistas, como fez, como faz, ou seja, como se identifica); 2) Orientação (os objetivos que edificam a organização); 3) Sensibilidade Realista (percepção e identificação de mudanças internas e externas); 4) Criatividade (capacidade de renovar, inovar, adequar-se, solucionar); 5) Flexibilidade (adaptação às mudanças); 6) Integração (sintonia entre as metas da organização e as necessidades dos indivíduos); 7) Reserva de energia (capacidade na obtenção de suprimentos necessários para seus resultados no meio externo e existência de reservas de recursos energéticos no meio interno). PERSPECTIVAS TEÓRICAS CONCEITO DE SAÚDE ORGANIZACIONAL JAFFE (1995) Jaffe (1995) analisou a perspectiva da organização saudável como uma entidade (como uma pessoa) Perspectivas teóricas que contribuíram para o conceito de saúde organizacional: Perspectiva Descrição Estresse no trabalho (variável psicofisiológica que interfere no local de trabalho, na saúde física e emocional dos indivíduos) O estresse emana de uma mistura de pressão no trabalho e de respostas individuais a elas, não sendo um fenômeno objetivo, porque as pessoas experimentam e percebem circunstâncias organizacionais diferentemente. Redesenho ou desenvolvimento organizacional Refere-se a uma aproximação entre as estruturas, processos e modelos organizacionais e o empregado, pois esta ação irá influenciar diretamente a motivação, satisfação e a efetividade no trabalho. Políticas de recursos humanos ou organizacionais que promovam saúde O que traz maior saúde para a organização seriam: 1) Fatores culturais: qualidade da cultura, normas, valores, bons relacionamentos, expectativas boas e uma liderança exemplar 2) Fatores políticos: políticas internas, programas, e a iniciativa da organização em fornecer benefícios aos trabalhadores reforçando a política de recursos humanos. Psicodinâmica dos líderes Criação de ambientes de trabalho que forneçam experiências de aprendizagem para desenvolver novas lideranças, sem consequências pessoais negativas. ORGANIZAÇÕES POSITIVAS (KEYES, HYSOM E LUPO, 2000) Empresas que não pensam somente em negócios que buscam estritamente o lucro ou que só implementam ações para aumentar os valores de suas ações no mercado. Essas organizações também procuram promover o oferecimento de bem-estar no trabalho, procuram legitimar autonomia aos líderes e dar consistência ao relacionamento no trabalho. 4 ABORDAGEM MULTINÍVEL (PETERSON E WILSON, 2002) Os autores definiram saúde organizacional como o bem-estar da organização toda, mensurada em termos de produtividade, desempenho, qualidade, competitividade e lucratividade, enquanto saúde do empregado envolve medidas tradicionais como doença física e mental, absenteísmo e fadiga dos trabalhadores. MODELO TEÓRICO SAÚDE – TRABALHO – CULTURA Para Peterson e Wilson (2002), um ambiente estável em que as pessoas sabem o que se esperam delas e o que têm que fazer para permanecer na empresa seria, em certo sentido, confortável e redutor de estresse. Saúde individual - (mesmo valor) - Saúde organizacional A ênfase exclusiva sobre a saúde do trabalhador pode impor restrições e regulações que acabam por comprometer a saúde da empresa; mas também a ênfase exclusiva na saúde da organização pode, por sua vez, criar um ambiente negativo que estimule o sucesso imediato, mas que em longo prazo, induza a doenças crônicas, estresse nos trabalhadores e baixo desempenho. CONCEITO DE SAÚDE ORGANIZACIONAL (SHOAF E COLABORADORES, 2004) Figura 3 - Abordagens que sustentam a saúde Organizacional INSTRUMENTO DE MEDIDA DE PERCEPÇÃO DE SAÚDE ORGANIZACIONAL (IPSAO) Avaliação da Percepção de Saúde Organizacional = Instrumento de Medida de Percepção de Saúde Organizacional(IPSaO) CARACTERÍSTICAS: → Multifatorial; → Composto de 32 itens distribuídos em dois fatores (Integração de Pessoas e Equipes e Flexibilidade e Adaptabilidade a Demandas Externas); Abordagem centrada no individual: valoriza a promoção de saúde por meio da qualidade de vida dos trabalhadores. As características pessoais do líder e o seu estilo de liderança são vistos como base do bem-estar na organização Função organizacional que enfatiza fatores como autonomia da instituição, oferecimento de suporte social aos empregados, fortalecimento aos grupos de trabalho autônomos que possibilitariam liberdade, competência e possibilidade de aprendizagem Desenvolvimento organizacional estruturado na definição dos cargos da empresa, focando-se nas habilidades, tarefas, competências, autonomia e feedback necessários para o funcionamento da organização. 5 → Observa-se a sua aglutinação em torno do conceito “saúde do empregado”. → Logo, sua definição constitutiva é delimitada como crenças dos empregados em relação à capacidade da organização fornecer apoio e manutenção de suas saúdes física e mental. Denominações Definições dos itens integrantes e índices de precisão dos fatores do IPSaO Saúde do empregado Crenças do empregado com relação a capacidade da organização fornecer apoio e de manter sua saúde física e mental Desenvolvimento e Gestão dos processos organizacionais Crenças do empregado sobre a capacidade da organização em gerir todos os seus componentes internos, capacidade de se adaptar, se desenvolver e apresentar uma imagem externa favorável FASES DO DIAGNÓSTICO: 1. O envolvimento das pessoas a quem o diagnóstico se dirige e quem será solicitada a participação: sugere-se que a área de gestão de pessoas e demais gestores esclareçam os objetivos e desdobramentos posteriores do diagnóstico, comuniquem seus resultados e busquem o compromisso das pessoas com possíveis ações no futuro. Sugere-se que somente a área de gestão de pessoas tenha livre acesso aos dados. 2. A aplicação do Instrumento: pode ser individual ou coletiva (é autoaplicável). A definição de um período para coleta de dados é recomendada. Por se tratar de uma medida validada, recomenda-se sua utilização seguindo as instruções do questionário assim como o conteúdo dos itens, a fim de evitar equívocos tanto nas respostas quanto nas dimensões avaliadas. 3. A coleta de dados: pode ser realizada mediante questionário impresso ou via web. Recomendando-se a digitação das respostas em um programa estatístico que permitirá o cálculo de estatísticas (média, moda, mediana, desvio-padrão e frequências). 4. Divulgação dos resultados: Este momento também é oportuno para o delineamento de um plano de ação visando alterar resultados desfavoráveis. 5. O acompanhamento do plano de ação: poderá ser desenvolvido por meio de dinâmicas de grupo – sempre realizadas por profissional qualificado – ou entrevistas individuais com os gestores das unidades administrativas da organização. REFERENCIAS Livro: Análise e diagnóstico organizacional: teoria e pratica
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