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Metabolismo dos carboidratos Após 2h de ter sido ingerida, a glicose chega a 140mg/dl de sangue, sendo então absorvida pelas célu- las para só então ser armazenada, após a secreção de insulina Para esse armazenamento, a glicose deve ser fosfori- lada pela enzima hexocinase, aprisionando-se dentro das células No formato de glicose-6-fosfatoglicose-6-fosfatoglicose-6-fosfato ela pode então dar início a 3 vias distintas: A glicogênese: armazenamento em forma de glicogênio Via glicolítica: uso de glicose para fornecimento de energia, a glicose é oxidada a compostos de 3 átomos de carbonos (piruvato) Via das pentose fosfato: via alternativa de oxidação de glicose-6-fosfato, produz ribose para a síntese de áci- dos nucleicos e NADPH para processos biossintéticos redutores Glicólise Na glicólise, uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, geran- do duas moléculas do composto de 3 átomos de carbo- no, o piruvatopiruvatopiruvato Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH Catabolismo anaeróbico e aeróbicoCatabolismo anaeróbico e aeróbicoCatabolismo anaeróbico e aeróbico A glicólise é anaeróbica No catabolismo aeróbico dos carboidratos ocorre a de- gradação da glicose na presença de O2 (respiração ce- lular), os piruvatos produzidos na glicólise são transpor- tados para dentro da mitocôndria No catabolismo anaeróbico ocorre a degradação da gli- cose na ausência de O2, produzindo ácido láctico e pouca energia (fermentação láctica), o piruvato é transformado em lactato Visão geral da glicóliseVisão geral da glicóliseVisão geral da glicólise A quebra da glicose ocorre em 2 fases, divididas em 10 etapas As 5 primeiras etapas constituem a fase preparatória As 5 últimas etapas constituem a fase de pagamento O piruvato resultante pode seguir a rota do ciclo do ácido cítrico, a redução a lactato (fermentação láti- ca) ou a da fermentação alcoólica O piruvato também pode ter destinos anabólicos, ex: pode prover o esqueleto carbônico para a síntese de a.a alanina ou síntese de ácidos graxos Durante a glicólise, parte da energia da molécula de gli- cose é conservada na forma de ATP, mas a maior parte da energia permanece no piruvato (energia que pode ser extraída no ciclo do ácido cítrico) Todos os intermediários da glicólise situados entre a gli- cose e piruvato são fosforilados Tem equação global de: Glicose + 2NAD + 2ADP +2P --> 2 piruvato + 2NADH + 2H +Glicose + 2NAD + 2ADP +2P --> 2 piruvato + 2NADH + 2H +Glicose + 2NAD + 2ADP +2P --> 2 piruvato + 2NADH + 2H + 2ATP + 2H2O2ATP + 2H2O2ATP + 2H2O Glicólise Fase preparatória Na fase preparatória, duas moléculas de ATP são con- sumidas e a cadeia carbônica da hexose é clivada em duas trioses-fosfato 1- Fosforilação da glicose1- Fosforilação da glicose1- Fosforilação da glicose A glicose, para entrar e ser armazenada dentro das células, deve ser fosforilada Nessa etapa, a glicose é ativada para as reações sub- sequentes Ocorre a fosforilação em C-6 formando glicose-6-fos-glicose-6-fos-glicose-6-fos- fatofatofato, com ATP como doador do grupo fosforil Essa reação, irreversível em condições intracelulares, é catalisada pela hexocinasehexocinasehexocinase Cinases são enzimas que catalisam a transferência do grupo fosforil do ATP a um aceptor O aceptor da hexocinase é uma hexose, geralmente a D-glicose A hexocinase requer Mg²+ para sua atividade 2- Conversão de glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfa-2- Conversão de glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfa-2- Conversão de glicose-6-fosfato a frutose-6-fosfa- tototo A enzima fosfo-hexose-isomerase (fosfoglicose-iso-(fosfoglicose-iso-(fosfoglicose-iso- merase)merase)merase) catalisa a isomerização reversível da glicose- 6-fosfato (aldose) a frutose-6-fosfato (cetose) O mecanismo dessa reação envolve um intermediário enediol A reação ocorre facilmente em ambos os sentidos A enzima também requer Mg²+ 3- Fosforilação da frutose-6-fosfato3- Fosforilação da frutose-6-fosfato3- Fosforilação da frutose-6-fosfato Ocorre a fosforilação da frutose-6-fosfato a fruto-fruto-fruto- se-1,6-bifosfatose-1,6-bifosfatose-1,6-bifosfato Catalisada pela enzima fosfofrutocinase-1 (PFK-1)fosfofrutocinase-1 (PFK-1)fosfofrutocinase-1 (PFK-1) Ocorre a transferência de um grupo fosforil do ATP para a frutose-6-fosfato A reação é irreversível em condições celulares É a primeira etapa “comprometida” da via glicolítica, a glicose-6-fosfato e a frutose-6-fosfato têm outros destinos possíveis, mas a frutose-1,6-bifosfato é dire- cionada para a glicólise A PFK-1 tem a atividade aumentada sempre que o su- primento de ATP da célula estiver prejudicado ou quan- do ocorrer acúmulo dos produtos da degradação de ATP, ADP e AMP A PFK-1 é inibida sempre que a célula tiver muito ATP e estiver bem suprida por outro combustível, como ácidos graxos 4- Clivagem da frutose-1,6-bifosfato4- Clivagem da frutose-1,6-bifosfato4- Clivagem da frutose-1,6-bifosfato A enzima frutose-1,6-bifosfato-aldolase (aldolase)(aldolase)(aldolase) catalisa uma condensação aldólica reversível A frutose-1,6-bifosfato é clivada para a formação de duas trioses-fosfato diferentes: A aldose gliceraldeído-3-fosfato e a cetose di-hidroxia- cetona-fosfato 5- Interconversão das tioses-fosfato5- Interconversão das tioses-fosfato5- Interconversão das tioses-fosfato Apenas o gliceralaldeído-3-fosfato pode ser direta- mente degradada nas etapas subsequentes da glicólise A di-hidroxiacetona-fosfato é rápida e reversivelmen- te convertida a gliceraldeído-3-fosfato pela enzima tri- tri- tri- ose-fosfato-isomeraseose-fosfato-isomeraseose-fosfato-isomerase Essa reação completa a fase preparatória da glicólise A molécula de hexose foi fosforilada em C-1 e C-6 e então clivada para formar duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato Fase de pagamento/ganho Inclui as etapas de fosforilação que conservam energia Parte da energia química da molécula da glicose é con- servada na forma de ATP e NADH Para cada molécula de glicose, entram na fase de ga- nho energético duas moléculas de gliceraldeído-3-fos- fato Portanto, todo saldo de ATP a cada reação será multi- plicado por 2 6- Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfogli-6- Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfogli-6- Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato a 1,3-bifosfogli- ceratoceratocerato Catalisada pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidro- genase É a primeira das duas reações de conservação de energia da glicólise que no final leva a formação de ATP Cada molécula de gliceraldeído-3-fosfato ganha um áto- mo de fósforo inorgânico 7- Transferência de grupo fosforil de 1,3-bifosfoglice-7- Transferência de grupo fosforil de 1,3-bifosfoglice-7- Transferência de grupo fosforil de 1,3-bifosfoglice- rato a ADPrato a ADPrato a ADP A enzima fosfoglicerato-cinasefosfoglicerato-cinasefosfoglicerato-cinase transfere o grupo fos- foril do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP, formando ATP e 3-fosfoglicerato 8- Conversão de 3-fosfoglicerato a 2-fosfoglicerato8- Conversão de 3-fosfoglicerato a 2-fosfoglicerato8- Conversão de 3-fosfoglicerato a 2-fosfoglicerato A enzima fosfoglicerato-mutasefosfoglicerato-mutasefosfoglicerato-mutase catalisa o deslocamen- to reversível do grupo fosforil entre C-2 e C-3 do gli- cerato Depende de Mg+2 9- Desidratação de 2-fosfoglicerato a fosfoenolpiru-9- Desidratação de 2-fosfoglicerato a fosfoenolpiru-9- Desidratação de 2-fosfoglicerato a fosfoenolpiru- vatovatovato A enolaseenolaseenolase promove a remoção reversível de uma molé- cula de água do 2-fosfoglicerato para gerar fosfoenol- piruvato (PEP) 10- Transferência de um grupo fosforil do fosfoenol-10- Transferência de um grupo fosforil do fosfoenol-10- Transferência de um grupo fosforil do fosfoenol- piruvato para ADPpiruvato para ADPpiruvato para ADP Catalisada pelo piruvato-cinasepiruvato-cinasepiruvato-cinase Exige K+ e Mg+2 ou Mn+2 A molécula de fosfoenolpiruvato é convertida em piru- vato, formando mais uma molécula de ATP Resumo As 10 enzimas glicolíticasestão no citosol, e os 10 in- termediários são compostos fosforilados de 3 ou 6 carbonos A glicólise é rigidamente regulada de forma coordenada com outras vias geradoras de energia Há três reações irreversíveis (1ª, 3ª e a 10ª), sendo elas as reguladorasreguladorasreguladoras da via glicolítica Porém, a principal reguladora é a enzima fosfofrutoci- enzima fosfofrutoci- enzima fosfofrutoci- nasenasenase (3ª reação), que não permite a continuação da via se houver algum erro
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