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Profa. Ma. Silmara Quintana UNIDADE II Serviço Social e Processo de Trabalho A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais A intervenção profissional na gestão de organizações não governamentais – terceiro setor O assistente social e a atuação com assessoria e consultoria e na docência O exercício profissional do assistente social como supervisor e nos Conselhos Profissionais como agente fiscal Unidade II Os Conselhos Gestores de Políticas Sociais são aqueles organismos criados para realizar a gestão de serviços e políticas sociais, também são instituídos com a finalidade de promover a defesa dos direitos de determinados segmentos. A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais Fonte: http://governosabertos.com.br/sitev2/conselho s-de-usuarios-nos-precisamos-para-melhorar- os-servicos-publicos-com-a-lei-13460/ A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais Como nós, assistentes sociais, colaboramos com essas organizações? Como podemos estimular a participação popular e a democratização nesses espaços? Fonte: http://www.cedm.pr.gov. br/Noticia/Dia- Internacional-Contra- Exploracao-Sexual-e-o- Trafico-de-Mulheres-e- Criancas A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais Década de 1970 Início da participação popular Movimento antiditadura 1988 – Constituição Federal Gestão descentralizada Participação social Conselhos Gestores das Políticas Sociais Consultivos Deliberativos Gestão de políticas sociais: educação, saúde, assistência social, previdência social, habitação. Participação paritária: 50% representantes do Governo, 50% sociedade civil – representantes: usuários, organizações. A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais Finalidades Deliberar Fiscalizar Normatizar Assessorar informar Assistente social – participa como representante indicado, eleito, controle social A atuação dos assistentes sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Sociais Os Conselhos Gestores de Políticas Sociais são espaços de planejamento, gestão e também de democratização. Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as usuários/as: a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais; b - garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste Código; c- democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos/as usuários/as (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 1993, p. 29). Conselhos de Gestão das Políticas Sociais e de Direitos Sociais são espaços de participação social para formulação, monitoramento e controle social das políticas. Como os assistentes sociais têm acesso como conselheiros nos conselhos? a) Por indicação. b) Por votação. c) Por indicação da gestão pública e por votação de delegados representantes da sociedade civil. d) Assistentes sociais não são conselheiros dos Conselhos de Gestão das Políticas Sociais e de Direitos Sociais. e) Conselhos são espaços genuínos de participação social, portanto, apenas a sociedade civil deve ser representante. Interatividade Conselhos de Gestão das Políticas Sociais e de Direitos Sociais são espaços de participação social para formulação, monitoramento e controle social das políticas. Como os assistentes sociais têm acesso como conselheiros nos conselhos? a) Por indicação. b) Por votação. c) Por indicação da gestão pública e por votação de delegados representantes da sociedade civil. d) Assistentes sociais não são conselheiros dos Conselhos de Gestão das Políticas Sociais e de Direitos Sociais. e) Conselhos são espaços genuínos de participação social, portanto, apenas a sociedade civil deve ser representante. Resposta A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor ONG ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL MIROSC OSC ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL As organizações da sociedade civil: - são entidades privadas sem fins lucrativos; - desenvolvem ações de interesse público; - não têm o lucro como objetivo. Tais organizações atuam em: - promoção e defesa de direitos; - atividades nas áreas de direitos humanos, saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia, desenvolvimento agrário, assistência social, moradia, entre outras. A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor - formulação da política por meio da participação em conselhos, comissões, comitês, conferências; - compartilhamento de experiências de tecnologias sociais inovadoras; - execução, por meio de parcerias com o poder público; - monitoramento e avaliação no exercício do controle social. 1º SETOR ESTADO 2º SETOR MERCADO LUCRO 3º SETOR OSC SEM LUCRO A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor Globalização; Neoliberalismo; enxugamento do Estado; aumenta as ações de responsabilidade pública por meio do 3º setor 1543 – Casa de Misericórdia de Santos/SP 1960-1970 Movimentos populares 1988 – CF Participação da sociedade civil A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor - 2001-2010 – 118,6 mil OSC - 2010 – 2,1 milhões de trabalhadores - 2010 – 290,7 mil organizações Fonte: https://nossacausa.com/papel-e-importancia-das-instituicoes-do-terceiro-setor/ Gohn (2008) – 3 tipos de OSCs Caritativas – ações emergenciais Ambientalistas – ecologia, sustentabilidade Cidadania – defesa, proteção social, assessoramento A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor 820.400 organizações 2,9 milhões funcionários 83% organizações só têm voluntários Mobilização de recursos PPP Estado autonomia Diretrizes Estado A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor ASSISTENTES SOCIAIS - CLASSE TRABALHADORA – VENDA DA FORÇA DE TRABALHO - MERCADO NEOLIBERAL - ESTADO TERCEIRIZA RESPONSABILIDADE SOCIAL – INSTABILIDADE E DESCONTINUIDADE - PRECARIZAÇÃO SALARIAL-EXPLORAÇÃO - RECURSOS LIMITADOS - CARIDADE/FILANTROPIA - LEITURA CRÍTICA – DIMENSÕES DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL Assistente social Em OSC???? Fonte: autoria própria. A intervenção profissional na gestão de organizações da sociedade civil no terceiro setor ASSISTENTES SOCIAIS - MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL - GESTÃO DE SERVIÇOS - FORMULAÇÃO, PACTUAÇÃO E CONTROLE SOCIAL POLÍTICA SOCIAL – CONSELHOS - PESQUISA, DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL, INDICADORES SOCIAIS - ORÇAMENTO PÚBLICO – ORÇAMENTO PARTICIPATIVO - PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO, MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO - TRABALHO EM EQUIPE INTERDISCIPLINAR - TRABALHO EM REDE – SGD, INTERSETORIAL - MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS - USAM TODA A INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL Assistente social MILITÂNCIA???? Fonte: autoria própria. É responsabilidade do Estado prover recursos e executar a proteção social aos cidadãos. Contudo, além da operacionalização direta de serviços, programas, projetos e benefícios; o Estado pode desenvolver parcerias público-privadas, na perspectiva de construção das políticas públicas e de orçamento para que a proteção social se materialize. O profissional de Serviço Social pode atuar em organizações públicas e privadas, sendo as privadas reconhecidas como de qual setor econômico e como são reconhecidas? a) 1º setor – OG. b) 2º setor – empresas. c) 3º setor – OSC. d) 3º setor– ONG. e) 2º setor – PPP. Interatividade É responsabilidade do Estado prover recursos e executar a proteção social aos cidadãos. Contudo, além da operacionalização direta de serviços, programas, projetos e benefícios; o Estado pode desenvolver parcerias público-privadas, na perspectiva de construção das políticas públicas e de orçamento para que a proteção social se materialize. O profissional de Serviço Social pode atuar em organizações públicas e privadas, sendo as privadas reconhecidas como de qual setor econômico e como são reconhecidas? a) 1º setor – OG. b) 2º setor – empresas. c) 3º setor – OSC. d) 3º setor – ONG. e) 2º setor – PPP. Resposta Movimento de Reconceituação Espaços sócio-ocupacionais do Serviço Social 1980 – assessoria na prestação de serviço especializado 1990 – instabilidade profissional – descontinuidade/retração estatal junto à proteção social 2000 – fundamentação teórica própria Assessor e consultores – experiência na docência do Serviço Social e Gestão Pública O assistente social e a atuação com assessoria e consultoria Fonte: autoria própria. Assessoria “[...] é aquela ação que visa auxiliar, ajudar, apontar caminhos” (MATOS, 2009, p. 5). Acompanhamento por um determinado tempo. O assessor busca propor uma ação para viabilizar mudanças que são necessárias em uma dada organização. A assessoria almeja produzir alterações na realidade. Requer profissional – comprometido com formação continuada, conhecimento profundo da área específica do objeto da assessoria, agir e propor prática qualificada, resulta em um produto final: equipe, serviço qualificado. O assistente social e a atuação com assessoria e consultoria Fonte: autoria própria. Consultoria “[...] vem da palavra consultar, que significa pedir uma opinião” (MATOS, 2009, p. 5). Caráter pontual. Respostas às questões específicas. Processo em execução. Domínio da área específica objeto da consultoria. O assistente social e a atuação com assessoria e consultoria Diagnóstico Planejamento Objetivos Estratégias metodológicas Resultados Fonte: autoria própria. Código de Ética do Assistente Social (1993) “Art. 4º Constituem competência do Assistente Social: [...] VIII – prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX. prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; [...] Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: III – assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social [...].” O assistente social e a atuação com assessoria e consultoria Fonte: autoria própria. O assistente social e a atuação na docência Docência Produção de conhecimento Mudança social Diretriz curricular Docência Formação política Formação ética Ensino Pesquisa Extensão O assistente social e a atuação na docência Núcleo de fundamentos teórico- metodológicos da vida social, que compreende um conjunto de fundamentos teórico-metodológicos e ético-políticos para conhecer o ser social como totalidade histórica: sociedade burguesa em seu movimento contraditório. Núcleo de fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira resguardando as características históricas particulares que presidem a sua formação e o desenvolvimento urbano e rural, em suas diversidades regionais e locais. Compreende o Serviço Social em seu caráter contraditório, no bojo das relações entre as classes. Núcleo de fundamentos do trabalho profissional que compreende todos os elementos constitutivos do Serviço Social como uma especialização do trabalho: sua trajetória histórica, teórica, metodológica e técnica; os componentes éticos que envolvem o exercício profissional, a pesquisa, o planejamento, a administração e o estágio supervisionado. Esta disciplina “Processos de Trabalho e Serviço Social” se fundamenta em qual núcleo de formação proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Serviço Social? a) Núcleo docente estruturante. b) Docência. c) Núcleo dos fundamentos sócio-históricos. d) Núcleo dos fundamentos teórico-metodológicos. e) Núcleo do trabalho profissional. Interatividade Esta disciplina “Processos de Trabalho e Serviço Social” se fundamenta em qual núcleo de formação proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Serviço Social? a) Núcleo docente estruturante. b) Docência. c) Núcleo dos fundamentos sócio-históricos. d) Núcleo dos fundamentos teórico-metodológicos. e) Núcleo do trabalho profissional. Resposta Código de Ética – Art. 5º, “VI – treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social”. O exercício profissional do assistente social como supervisor de estágio Supervisão acadêmica Supervisão de Campo Assistente social com registro ativo no Cress regional Fonte: http://www.abepss.org.br/not icias/souassistentesocialesu pervisionoestagioasupervisa oqualificaaformacaoeotrabal ho-157 Código de Ética, art. 4º “[...] d) compactuar com o exercício ilegal da profissão, inclusive nos casos de estagiários que exerçam atribuições específicas, em substituição aos profissionais; e) permitir ou exercer a supervisão de aluno de Serviço Social em instituições públicas e/ou privadas que não tenham em seu quadro assistente social que realize acompanhamento direto ao aluno estagiário.” O exercício profissional do assistente social como supervisor e nos Conselhos Profissionais como agente fiscal Fonte: autoria própria. Estágio Supervisionado: é uma atividade curricular obrigatória que se configura a partir da inserção do aluno no espaço socioinstitucional, objetivando capacitá-lo para o exercício do trabalho profissional, o que pressupõe supervisão sistemática. Essa supervisão será feita pelo professor supervisor e pelo profissional do campo, por meio de reflexão, acompanhamento e sistematização com base em planos de estágio, elaborados em conjunto entre Unidade de Ensino e Unidade Campo de Estágio, tendo como referência a Lei n. 8662/93 (Lei de Regulamentação da Profissão) e o Código de Ética do Profissional (1993). O Estágio Supervisionado é concomitante ao período letivo escolar (ABEPSS, 1996, p. 19). O exercício profissional do assistente social como supervisor e nos Conselhos Profissionais como agente fiscal Resolução 533/2008 Estágio supervisionado Fonte: autoria própria. De acordo com a Lei que Regulamenta a Profissão do Assistente Social, em seu artigo 5º, são atribuições privativas dos profissionais habilitados: “XI. fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; XIII.ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional.” O exercício profissional do assistente social nos Conselhos Profissionais Fonte: http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1318 Orientar os assistentes sociais a se manifestar sempre que existir qualquer violação aos direitos dos assistentes sociais em suas relações com usuários, com instituições empregadoras e também com outros profissionais. O exercício profissional do assistente social como agente fiscal “Art. 23 As infrações a este Código acarretarão penalidades, desde a multa à cassação do exercício profissional, na forma dos dispositivos legais e/ou regimentais.” Fonte: http://www.cresspr.org.br/site/ semana-da-agente-fiscal- conheca-as-atribuicoes-e- importancia-da-funcao/ Para o processo de supervisão de estágio curricular obrigatório e não obrigatório, qual(ais) a(s) condição(ões) exigida(s) para oassistente social supervisor? a) Ter conhecimento na área específica do estágio. b) Ser assistente social habilitado e compor o quadro funcional efetivo da organização cedente de estágio. c) Para ser supervisor acadêmico não é necessário ser assistente social. d) Ter sido membro do Cfess e do Cress. e) Desenvolver ação voluntária. Interatividade Para o processo de supervisão de estágio curricular obrigatório e não obrigatório, qual(ais) a(s) condição(ões) exigida(s) para o assistente social supervisor? a) Ter conhecimento na área específica do estágio. b) Ser assistente social habilitado e compor o quadro funcional efetivo da organização cedente de estágio. c) Para ser supervisor acadêmico não é necessário ser assistente social. d) Ter sido membro do Cfess e do Cress. e) Desenvolver ação voluntária. Resposta ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL. Diretrizes Gerais para o curso de Serviço Social. Brasília: ABEPSS, 1996. CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIA (CFESS). Código de Ética Profissional do Assistente Social. Brasília, 1993. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf GOHN, M. G. Movimentos e lutas sociais na História do Brasil. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2008. MATOS, M. C. de Assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica In. CFESS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília-DF: CFESS/ABEPSS, 2009. Disponível em: http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/4UkPUxY8i39jY49rWvN M.pdf Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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