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Pulso arterial


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Julia Ladeira de Moraes - 07/04/2022
PAP - PULSO ARTERIAL
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~ A existência do pulso arterial é reflexo direto do volume sanguíneo ventricular ejetado, o qual, por sua vez, depende da atividade elétrica do coração
~ Avaliações do pulso arterial:
1) Frequência do pulso arterial:
- Normosfigmia (número de batidas do coração normal): De 60 a 100 bpm
- Bradisfigmia (número de batidas do coração abaixo do normal): Abaixo de 60 bpm
. Ex: Em pacientes atletas, com hipotireoidismo e com bradiarrtitmias
- Taquisfigmia (número de batidas do coração acima do normal): Acima de 100 bpm 
. Ex: Em pacientes em atividade física, em estados hiperdinâmicos, com hipertireoidismo, com taquiarritmias e com insuficiência cardíaca
2) Regularidade do pulso arterial:
- É dependente do sistema elétrico do coração 
- Ritmos cardíacos regulares geram pulsos regulares e ritmos cardíacos irregulares (ex: paciente com fibrilação atrial e 
com extra-sístoles) geram pulsos irregulares
. As ondas do pulso com ou sem regularidade são percebidas quando ele é palpado
3) Simetria do pulso arterial:
- A sensação tátil de amplitude de um pulso deve equivaler-se à avaliação do pulso contralateral, logo os pulsos 
do mesmo local de lados opostos devem ser palpados simultaneamente (com exceção do pulso carotídeo)
- A perda da simetria suscita alterações como: 
. Obstrução arterial crônica (ex: paciente fumantes e diabéticos) 
. Casos agudos de oclusão arterial por trombo
. Em crianças deve-se pensar em coarctação da aorta
Pulso regular
Pulso irregular
 Simetria do pulso
4) Característica da parede arterial:
- A artéria tem parede elástica, sendo, portanto, somente palpável na sístole quando a onda sistólica distende
- Não se palpa a artéria na diástole, já que a pressão de enchimento é baixa
. Em idosos, com o envelhecimento e degeneração da artéria, ela fica palpável mesmo na diástole, como se fosse um tendão na diástole que pulsa na sístole
. A artéria envelhecida e palpável com vários nódulos ateromatosos tem o aspecto de traqueia de passarinho
5) Amplitude do pulso arterial:
- Os fatores que influenciam a sensação tátil do pulso são:
. Volume ejetado: Quando ele é alto, a sensação tátil fica ampla, e, quando ele é baixo, a sensação tátil fica diminuída
. Elasticidade da parede: Quando as paredes são endurecidas, a sensação tátil fica maior, e, quando as paredes são elásticas, a sensação tátil fica menor
- O aumento da amplitude de pulso arterial ocorre em:
. Pacientes em estado hiperdinâmico/hipercinético (ex: anemia, gravidez, hipertireoidismo, estado febril, ansiedade, atividade física e infecção): Devido ao aumento do debito cardíaco
. Pacientes com insuficiência aórtica: Devido ao aumento do débito cardíaco, secundário à elevação do volume que enche o ventrículo retrogramente e à resistência vascular periférica baixa, na qual terá o pulso bisferiens/célere/de Corrigan/em martelo d’água, possuindo amplitude aumentada e duração reduzida
- A diminuição da amplitude de pulso arterial ocorre em:
. Paciente com causas não cardíacas (ex: hipovolemia e sangramentos)
. Pacientes com causas cardíacas relacionadas ao ventrículo esquerdo (ex: insuficiência 
mitral; estenose aórtica, na qual terá o pulso parvus et tardus, possuindo amplitude re-
duzida e duração prolongada; e miocardiopatias) e relacionadas ao ventrículo direito 
(ex: tamponamento cardíaco, embolia pulmonar e pericardite constritiva)
- É classificada de 0 a 3+, sendo comparada com o lado contralateral (0 = pulso ausente; 1+ = pulso reduzido; 2+ = pulso normal; e 3+ = pulso aumentado)
~ Técnicas de palpação do pulso arterial:
1) Pulso carotídeo:
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador e médio juntos ou com a ponta do polegar na face medial do músculo esternocleidomastóideo, na altura da cartilagem cricóide
2) Pulso braquial:
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador e médio juntos ou com a ponta do polegar na região medial ao tendão do bíceps, sendo que o paciente deve estar com a palma da mão virada para cima
3) Pulso radial:
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador e médio juntos na face lateral da superfície flexora do punho
4) Pulso femoral:
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador, médio e anelar juntos, comprimindo profundamente a região abaixo do ligamento inguinal a meio caminho entre a crista ilíaca e a sínfise púbica
5) Pulso poplíteo: 
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador, médio, anelar e mínimo juntos das duas mãos na linha média por detrás do joelho, comprimindo profundamente para dentro da fossa poplítea, sendo que o joelho do paciente deve estar ligeiramente fletido com a perna relaxada
6) Pulso tibial posterior:
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador e médio juntos, encurvando-os por detrás do maléolo medial do tornozelo
Pulso carotídeo
Pulso braquial
 Pulso radial Pulso femoral
 Pulso poplíteo Pulso tibial posterior
 Pulso pedioso
7) Pulso pedioso/Pulso tibial anterior: 
- Deve-se realizar a palpação com as pontas dos dedos indicador e médio juntos na região imediatamente lateral ao tendão extensor do grande artelho no dorso do pé