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Aula 4 - supply chain management

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AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
GERENCIAIS – SIG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Carlos Costa Cedro 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Como vimos anteriormente, o objetivo dos sistemas de informações 
gerenciais é suportar a tomada de decisão em diferentes níveis nas 
organizações (Munhoz, 2017). Nesta aula, vamos conhecer os principais 
sistemas de informações gerenciais encontrados nas empresas. 
TEMA 1 – SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) 
O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou Supply Chain 
Management (SCM) em inglês, é o sistema informatizado responsável pelo 
gerenciamento do produto, desde a etapa que precede a fabricação, na qual são 
adquiridos os insumos para a manufatura do produto, até a entrega do produto 
acabado para o consumidor final. Esse gerenciamento pode ser dividido em três 
grandes grupos, que cuidam de diferentes fases sequenciais do processo 
logístico: logística de suprimento, logística de produção e logística de 
distribuição. 
• Logística de suprimento – É responsável pela primeira fase do processo 
produtivo, no qual os recursos são extraídos da natureza e transportados 
para o fornecedor, que, por meio de processos físicos e químicos, 
transforma os recursos em matéria-prima bruta que será utilizada por 
outras fábricas. 
• Logística de produção – Depois de criada a matéria-prima bruta, é 
necessário um segundo passo no processo produtivo, que consiste em 
transformar a matéria-prima bruta em um componente, ou um produto 
semiacabado, que é uma parte do produto. Por exemplo, uma indústria 
automobilística subcontrata várias outras fábricas que produzem os 
componentes (pneus, vidros, bancos, entre outros) e, em seguida, recebe 
esses componentes e monta o produto acabado (o carro). 
• Logística de distribuição – O último passo no processo logístico 
consiste em levar o produto acabado até o consumidor, o qual pode ser 
executado de várias formas diferentes. Por exemplo, uma indústria pode 
ter vários centros de distribuição logística (grandes armazéns logísticos 
que estocam o produto acabado em regiões geograficamente 
estratégicas) ou, então, pode transportar o produto diretamente para o 
 
 
3 
consumidor, logo após a etapa de fabricação, sem a necessidade de 
estocagem. 
Historicamente, o gerenciamento da cadeia de suprimentos tem foco no 
aumento da produtividade e na redução de custos no processo logístico. Porém, 
com a mudança do perfil do consumidor, esses sistemas informatizados têm sido 
cada vez mais direcionados aos clientes, pois assumem a responsabilidade de 
atender suas expectativas, não só pela entrega do produto em um prazo 
razoável, mas também pelos processos antes, durante e após a entrega. 
A figura 1, a seguir, ilustra os benefícios do sistema de gerenciamento da 
cadeia de suprimentos em diferentes aspectos da indústria. 
Figura 1 – Supply Chain Management (SCM) 
 
Crédito: Trueffelpix/Shutterstock. 
O aspecto do gerenciamento, ou management em inglês, trata da 
organização de toda a cadeia produtiva. Por exemplo, por meio de uma 
plataforma aberta, baseada em computação em nuvem, a indústria pode utilizar 
o SCM para monitorar, em tempo real, o estoque de matéria-prima e de produtos 
semiacabados dos fornecedores e ajustar a sua programação de produção 
automaticamente com base nessas informações. 
Outro aspecto importante é a análise, ou analysis em inglês, que cuida da 
inspeção da matéria-prima, do componente ou do produto acabado em cada 
passo do processo logístico. Por exemplo, por meio da visão artificial, a indústria 
pode detectar avarias antes da entrega do produto para o cliente, melhorando o 
processo de qualidade e aumentando, consequentemente, sua satisfação. 
A logística, ou logistic em inglês, é outro aspecto importante, responsável 
por conectar fornecedores, fabricantes, distribuidores, armazéns e clientes. Por 
exemplo, um SCM pode utilizar técnicas de inteligência artificial para definir a 
 
 
4 
melhor rota de transporte dos produtos, economizando custos e aumentando a 
produtividade do processo logístico. 
O tempo para o mercado, ou time to market em inglês, por sua vez, 
representa o tempo necessário para que a organização comercialize um novo 
produto ou serviço. Sendo assim, o SCM pode auxiliá-la a encontrar os 
fornecedores necessários, por meio da conexão com outros SCM de plataforma 
aberta, geralmente baseados em computação em nuvem, com isso, é possível 
reduzir o tempo necessário para o lançamento do produto ou serviço. 
O planejamento, ou plan em inglês, é o aspecto que trata do 
planejamento do processo logístico. Um SCM pode, por exemplo, se conectar às 
fontes externas de dados, por meio de big data, e, em seguida, aplicar técnicas 
de inteligência artificial para prever o volume de vendas esperado. Com essa 
informação, é feito o planejamento e controle da produção, na logística de 
produção. 
A distribuição, ou distribution em inglês, é o aspecto referente à transição 
da matéria-prima e dos componentes para o fabricante e à transição do produto 
acabado para o cliente. Um SCM pode utilizar o big data para se conectar às 
redes sociais e extrair informação relevante sobre uma demanda futura de 
produtos, e isso pode auxiliar o planejamento da logística de distribuição. 
As compras, ou procurement em inglês, referem-se à aquisição dos 
insumos necessários para a fabricação do produto, seja a matéria-prima bruta ou 
o componente. Por exemplo, o SCM pode utilizar a plataforma de computação 
em nuvem para criar um site de licitação eletrônica, no qual os potenciais 
fornecedores podem se cadastrar e enviar as propostas comerciais, contribuindo 
para a redução de custos em toda a cadeia de suprimentos. 
O lucro, ou profit em inglês, é o aspecto que garante o resultado positivo 
do processo logístico, além disso, é responsável por gerenciar todos os custos 
em cada etapa da cadeia de suprimentos. Por exemplo, um SCM pode utilizar 
técnicas de aprendizado de máquina para adiantar a compra de matéria-prima 
bruta ou componentes quando houver algum fator externo relevante, como a 
previsão de aumento da taxa cambial do dólar. 
 
 
 
5 
TEMA 2 – CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) 
A gestão do relacionamento com o cliente, ou Customer Relationship 
Management (CRM) em inglês, trata da automação do processo de marketing, 
em que todos os pontos de contato com o cliente são automatizados, permitindo, 
assim, coletar, organizar e cruzar informações por meio de um sistema 
informatizado. 
Um exemplo prático do uso do CRM nas organizações poderia ser o 
cruzamento das informações da base de cadastro de clientes com as 
informações de acesso no site de comércio eletrônico, permitindo, assim, aplicar 
técnicas de inteligência artificial para descobrir quais os itens que o cliente tem 
maior probabilidade de adquirir naquele momento. 
O CRM é sustentado por quatro pilares: aquisição, transação, 
atendimento e retenção. A figura 2, a seguir, mostra um exemplo de como 
diferentes departamentos da organização atuam em cada um desses pilares. 
Figura 2 – Customer Relationship Management (CRM) 
 
Crédito: Bakhtiar Zein/Shutterstock. 
 
 
6 
A etapa de atração é conduzida pelo departamento de marketing e tem 
como objetivo gerar o máximo possível de leads para a organização. A área de 
marketing pode utilizar o SCM para disparar campanhas de marketing, como o 
envio de e-mails de mala-direta, por exemplo, para buscar atrair novos leads 
para a organização. 
Já a etapa de transação cuida do passo seguinte, que é motivar o lead 
atraído a concluir o processo de compra. Essa é uma responsabilidade do 
departamento comercial, ou sales em inglês. A área comercial pode usar o SCM 
para alavancar as vendas. Por exemplo, em um sistema de vendas recorrente, é 
possível utilizar técnicas de aprendizado de máquina para prever quando será a 
próximacompra de um determinado cliente e, assim, disparar campanhas 
promocionais e cupons de desconto algum tempo antes desse período, 
aumentando a probabilidade de conversão daquele lead. 
O atendimento é a etapa conduzida pelo departamento de suporte 
técnico, ou technical support em inglês, que tem como objetivo garantir ao 
cliente todas as informações necessárias para a utilização do produto, em um 
processo geralmente chamado de pós-venda. A área de suporte técnico pode 
utilizar a internet das coisas, por meio de sensores conectados à internet, para, 
juntamente com técnicas de aprendizado de máquina, realizar a manutenção 
preditiva de um determinado equipamento, acionando o cliente, proativamente, 
para a substituição de algum componente. 
Por fim, a etapa de retenção é, geralmente, responsabilidade do 
departamento de atendimento ao cliente, ou customer service em inglês. Essa 
etapa tem o objetivo de manter e fidelizar o cliente pelo maior tempo possível. A 
área de atendimento ao cliente pode utilizar o SCM para, no momento de um 
novo atendimento, consultar todo o histórico de contato daquele cliente, tanto 
nos meios físicos quanto nos digitais, garantindo um atendimento proativo, 
assim, o cliente não precisa explicar todo o contexto do atendimento a cada 
novo contato. 
TEMA 3 – MRP E MRP II 
 O Material Requirements Planning (MRP), ou planejamento de 
necessidades de materiais, e o Manufacturing Resource Planning (MRP II), ou 
planejamento dos recursos de produção, são sistemas de informações 
gerenciais que apoiam o processo produtivo. 
 
 
7 
O MRP é responsável pelo planejamento de todos os insumos 
necessários para o processo produtivo. Para realizar esse controle, o MRP faz 
cálculos complexos que envolvem o volume da produção, o tempo de fabricação 
e as matérias-primas e os componentes necessários para atender ao 
planejamento da produção. 
A figura 3, a seguir, mostra algumas das principais informações, obtidas 
de outros sistemas de informações gerenciais, que o MRP utiliza como fonte de 
dados para controlar o estoque de recursos de matérias-primas e componentes. 
Figura 3 – Material Requirements Planning (MRP) 
 
Crédito: VectorMine/Shutterstock. 
Enquanto o MRP cuida do planejamento dos insumos de produção, que 
são basicamente matérias-primas e componentes, o MRP II realiza o 
planejamento de todos os recursos necessários para atender a uma demanda 
futura. Por exemplo, o MRP é responsável por assegurar que os insumos 
necessários para a linha de produção estejam disponíveis no dia a dia, enquanto 
o MRP II planeja a necessidade de expansão da capacidade produtiva para 
 
 
8 
atender a uma demanda futura, prevendo a necessidade de aumento de outros 
tipos de recursos, como máquinas, capital e recursos humanos. 
Existem, ainda, outros sistemas de informações gerenciais que possuem 
uma ligação muito forte com o MRP e MRP II e também auxiliam no suporte à 
tomada de decisão sobre a produção. 
Um desses sistemas é o Advanced Planning and Scheduling Systems 
(APS), que é responsável por gerar programas de produção mais assertivos, por 
meio do sequenciamento das ordens de produção. 
Outro sistema muito importante para o gerenciamento da produção é o 
Manufacturing Execution Systems (MES), que é responsável pelo 
monitoramento em tempo real do “chão de fábrica” e produze indicadores para o 
acompanhamento do planejamento da produção. 
Os principais benefícios do MRP são: 
• Agilidade no planejamento; 
• Integração das áreas de produção e administração; 
• Redução de custos; 
• Redução de estoques; 
• Redução de atrasos na produção; 
• Aumento da produtividade no processo de manufatura; 
• Eficiência na emissão de ordens de compra e produção. 
As principais vantagens do MRP II são: 
• Redução da ociosidade de recursos humanos e máquinas; 
• Redução de custos; 
• Redução do tempo total de produção; 
• Suporte ao crescimento de demanda na produção; 
• Planejamento da capacidade dos recursos de produção; 
• Maior rapidez de resposta aos imprevistos em produção; 
• Maior assertividade quanto aos prazos de entrega. 
TEMA 4 – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (ERP) 
Os sistemas integrados de gestão, ou Enterprise Resource Planning 
(ERP) em inglês, representam a evolução dos sistemas de informações 
gerenciais nas organizações (Eleuterio, 2015). 
 
 
9 
O ERP nasceu com o objetivo de proporcionar uma visão integrada entre 
todos os processos da organização. Ao contrário dos sistemas informatizados 
departamentais, que não compartilham informações com outros sistemas, o ERP 
entrega um sistema informatizado capaz de executar os processos de diferentes 
departamentos, de forma centralizada e usando uma mesma base de dados. 
A figura 4, a seguir, apresenta alguns dos principais módulos do ERP 
Figura 4 – Enterprise Resource Planning (ERP) 
 
Crédito: Trueffelpix/Shutterstock. 
Para possibilitar a integração entre os diferentes departamentos da 
organização, o ERP trabalha com módulos, que são pequenas unidades 
funcionais do sistema informatizado e que possuem uma finalidade específica, 
como aqueles que vimos na figura 4. 
Como vimos anteriormente, o ERP é capaz de assumir as atividades de 
diferentes sistemas de informações gerenciais, ou seja, um único sistema 
informatizado capaz de cumprir o papel do SPT, SIG, SAD e SAE ao mesmo 
tempo. 
A organização pode optar pela implementação gradual do ERP como 
sistema de informações gerenciais, ativando os módulos sob demanda, em 
períodos diferentes, durante todo o processo de implementação. Assim, agora 
vamos ver o que faz cada um desses módulos. 
Inventário, ou inventory em inglês, refere-se ao módulo de SCM que faz o 
controle de todos os estoques da organização, sejam eles da logística de 
suprimento, de produção ou de distribuição. Esse módulo fornece informações 
muito relevantes, por exemplo: nível de estoque disponível de matérias-primas 
brutas e componentes; e nível de estoque de produtos acabados. 
Financeiro, ou financials em inglês, é o módulo responsável por todo o 
gerenciamento financeiro da organização, controlando processos como emissão 
 
 
10 
de nota fiscal, contas a pagar, contas a receber, entre tantos outros processos 
financeiros do dia a dia da empresa. Esse módulo fornece informações 
importantes, por exemplo: o capital disponível na organização e a quantidade de 
pedidos faturados, aspectos que alimentam o planejamento de outros 
departamentos, como a linha de produção. 
Gerenciamento de recursos humanos, ou human resources management 
em inglês, é o módulo responsável pelo gerenciamento dos recursos humanos 
da organização. Ele controla processos como controle de ponto, folha de 
pagamento, exames periódicos e muitos outros. Esse módulo fornece como 
principal informação a programação de férias dos funcionários, que é um dado 
extremamente importante para os outros departamentos da empresa, como a 
linha de produção, por exemplo, que precisa saber a capacidade produtiva 
disponível. 
Produção, ou production em inglês, é o módulo responsável por controlar 
todos os processos relacionados à atividade de manufatura. Ele fornece 
informações importantes, como quantidade de produtos fabricados, por exemplo. 
Serviços, ou service em inglês, é o módulo responsável pelo controle das 
ordens de serviço, como no caso de pedidos de assistência técnica, por 
exemplo. 
Compras, ou purchasing em inglês, é o módulo que controla todo o 
processo de compra da organização. Ele fornece informações muito úteis, como 
pedidos de compra de insumos, por exemplo. 
 O MRP, como estudamos nesta aula, é o módulo responsável pelo 
planejamento do estoque de matérias-primas brutas e componentes, para 
atender ao planejamento da produção. 
4.1 Benefícios do ERP 
 A centralização dos processos e da base de dados de vários módulos 
departamentais, que o ERP propicia, traz uma série de vantagens paraa 
organização, como economia, automação, aumento de produtividade, visão 
holística e segurança da informação. 
• Automação – O ERP permite a automação de processos operacionais 
integrados. Por exemplo: um mesmo processo pode envolver diversos 
departamentos da empresa, como o faturamento de um pedido pelo 
 
 
11 
departamento comercial, que cria um pedido para o departamento de 
produção e uma nova nota fiscal para o departamento financeiro. Esses 
processos podem ser automatizados pelo ERP, já que as informações 
são processadas em um único sistema informatizado. 
• Aumento da produtividade – Como o ERP centraliza os dados em um 
único sistema informatizado, não há a necessidade de integração de 
diferentes sistemas departamentais para obter a informação necessária. 
Esse fator reduz o erro de inconsistência dos dados e aumenta a 
velocidade na obtenção das informações. Consequentemente, isso 
contribui, juntamente com a automação dos processos operacionais, para 
o aumento da produtividade. 
• Visão holística – Como o ERP atende a vários departamentos da 
organização ao mesmo tempo, é possível aplicar modelos analíticos 
utilizados pelo SAD e pelo SIE, como vimos anteriormente, que criam uma 
visão holística da empresa. É possível, portanto, enxergar o desempenho 
de um determinado produto sob diferentes aspectos, por exemplo: o 
financeiro, a produção e a logística. 
• Segurança da informação – A centralização da base de dados fornecida 
pelo ERP reduz também o risco relacionado à segurança da informação, 
já que há menos dados trafegando na rede da empresa, por meio da 
integração com outros sistemas, pois o ERP pode, inclusive, reduzir essa 
necessidade de integração externa com outros sistemas informatizados. 
4.2 O ERP II 
Atualmente, foi criado um termo, chamado de ERP II, para o que seria a 
evolução natural do ERP. O ERP II estende o escopo do ERP, por meio de 
conexões com fontes de dados externas, via internet, utilizando técnicas 
computacionais avançadas para entregar novas funcionalidades para o usuário. 
Enquanto o ERP tem como foco a integração entre os departamentos 
internos da organização, o ERP II entrega também a integração com parceiros 
externos à organização, como fornecedores e distribuidores, por meio de 
plataformas abertas baseadas em computação em nuvem. 
O principal objetivo do ERP é atender aos processos operacionais 
relacionados com as atividades de manufatura e distribuição, já o ERP II inclui 
todos os setores e segmentos da organização em seus módulos. Por exemplo, 
 
 
12 
mesmo um processo sem ligação direta com a produção ou logística, como os 
processos internos de TI, também faze parte do escopo dos módulos do ERP II, 
que geralmente são transversais à organização. 
O ERP foi concebido para atender aos processos internos da 
organização, principalmente aqueles referentes à manufatura e distribuição, 
atendendo aos departamentos internos da organização. Já o ERP II permite que 
parte desses processos aconteça fora da organização. Assim, por meio de 
conexão via internet, o ERP II é capaz de monitorar também os processos 
externos que acontecem fora da empresa. 
Como o ERP centraliza os processos e a base de dados da organização, 
tornando possível o uso de um mesmo sistema informatizado por todos os 
departamentos, ele utiliza somente fontes de dados interna em seu 
processamento, já que toda a informação está presente em um mesmo banco de 
dados. O ERP II, por sua vez, permite conexão com as fontes de dados 
externas, utilizando técnicas avançadas como o big data, para melhorar a 
qualidade da informação no sistema e proporcionar uma tomada de decisão 
mais assertiva. 
O ERP consolida todos os sistemas informatizados da empresa em um 
único software, por isso, sua arquitetura, geralmente, é o que chamamos de 
monolito, que é uma arquitetura de software em que todas as funcionalidades 
são executadas como um único bloco. Por exemplo, o módulo financeiro e o 
módulo de produção utilizam uma mesma estrutura computacional. Assim, caso 
ocorra um erro no módulo financeiro, o módulo de produção pode também ser 
comprometido e deixar de funcionar. 
O ERP II, por sua vez, usa arquitetura de software componentizada, que 
trata cada módulo como uma unidade computacional independente, permitindo, 
inclusive, a integração com módulos de outros ERPs. 
A tabela 1, a seguir, mostra as principais diferenças entre o ERP e o ERP 
II: 
 
 
 
13 
Tabela 1 – Comparação entre ERP e ERP II 
ERP ERP II 
Foco nos departamentos internos. Integração com parceiros externos. 
Manufatura e distribuição. Todos os departamentos da empresa. 
Processos internos. Processos conectados externamente. 
Dados internos. Dados internos e externos. 
Monolito. Componentizado. 
Fonte: O autor. 
TEMA 5 – QUIZ 
Com base no que vimos até agora nesta aula, você é capaz de responder 
o quis a seguir, sobre ERP, ERP II, CRM, MRP, MRP II e SCM? 
Todas as respostas dos exercícios estão nas aulas gravadas. 
5.1 Diferença entre ERP e ERP II 
1) Qual é a principal diferença entre o ERP e o ERP II? Analise as 
alternativas a seguir e indique a resposta correta. 
a. O ERP II é baseado em software, enquanto o ERP é um processo 
manual que pode ser executado sem o computador. 
b. O ERP II estende as funcionalidades do ERP por meio da conexão com 
outros sistemas e fontes de dados externas à organização. 
c. Não existe diferença entre os dois. 
d. O ERP unifica todos os sistemas departamentais da organização em 
um único sistema informatizado, enquanto o ERP II distribui esses 
dados para parceiros externos por meio da internet. 
e. O ERP II é uma nova versão do software ERP que pode ser utilizada 
no modelo de computação em nuvem pelos clientes da organização. 
5.2 Características do CRM 
2) Entre as alternativas a seguir, qual apresenta as características de um 
CRM? 
a. O CRM é responsável pela automação de todos os processos que 
envolvem algum contato com o cliente. 
 
 
14 
b. O CRM é o sistema informatizado que integra os diversos 
departamentos da organização em um único software. 
c. Os pilares do CRM são: aquisição, transação, atendimento e retenção. 
d. O CRM contribui para o aumento da conversão de leads. 
e. O CRM é responsável pelo controle dos insumos em produção. 
5.3 Diferença entre MRP e MRP II 
3) Qual é a principal diferença entre o MRP e o MRP II? Analise as 
alternativas a seguir e escolha a resposta correta. 
a. O MRP II é a nova versão do MRP. 
b. Não existe diferença entre os dois. 
c. O MRP cuida dos insumos necessários à produção diária e o MRP II 
cuida de todos os recursos de produção necessários, inclusive, para 
atender uma demanda futura. 
d. O MRP II gerencia recursos que não fazem parte do escopo do MRP, 
como recursos humanos, máquinas e capital. 
e. O MRP tem foco no processo logístico, enquanto o MRP II cuida do 
relacionamento com os clientes da organização. 
5.4 Características do SCM 
4) Entre as alternativas a seguir, qual apresenta as características de um 
SCM? 
a. O SCM funciona de maneira isolada e não possui integração com 
outros sistemas internos ou externos da organização. 
b. O SCM é responsável pelo controle da logística de suprimento, 
logística de produção e logística de distribuição. 
c. Existem plataformas abertas, baseadas em computação em nuvem, 
que permitem que o SCM se conecte aos sistemas informatizados de 
fornecedores e outros fabricantes. 
d. A procura por novos fornecedores, geralmente feita por meio de 
licitação eletrônica, é uma das características do SCM. 
e. O SCM trabalha somente o escopo da cadeia de suprimentos, por isso 
não fornece informações relevantes para outros departamentos da 
organização. 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
ELEUTERIO, M. A. M. Sistemas de informações gerenciais na atualidade. 1. 
ed. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
MUNHOZ, A. S. Sistemas de informações gerenciais na gestãode pessoas. 
1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017.

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