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UNIVERSIDADE PAULISTA SEPI – SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBIES MANAUS / AMAZONAS 2022 UNIVERSIDADE PAULISTA SEPI – SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL INTERATIVO ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBIES Semana de Seminário, referente ao curso Ciências Contábeis do 4º e 5º período da Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Roberto Pereira da Silva Junior MANAUS / AMAZONAS 2022 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo mostrar as Estruturas das Demonstrações Contábeis que são utilizadas e apresentam a realidade econômica das entidades. E também as análises das estruturas de posição patrimonial e financeira em determinada transações, que são realizadas em um certo período, e suas técnicas de análise é fundamental para se interpretar essa realidade econômica. Com seguinte objetivo desse trabalho é explanar as demonstrações contábeis do Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstrações do Valor Adicionado e Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido. E o entendimento que traz a ITG 2002 e Norma NBCT 10.19, que estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação e reconhecimento das transações e variação do patrimônio e a estruturação das demonstrações contábeis. Em conclusão, Estruturas das Demonstrações Contábeis tem o entendimento dos setores econômicos, investimento em ações, analise de credito e o impacto das transações financeiras das entidades. Palavras-chave: Contabilidade, Financeiro, Balanço, Patrimônio Líquido, Estruturas. ABSTRACT The present work aims to show the Structures of the Financial Statements that are used and present the economic reality of the entities. And also the analysis of equity and financial position structures in certain transactions, which are carried out in a certain period, and their analysis techniques is fundamental to interpret this economic reality. With the following objective of this work is to explain the financial statements of the Balance Sheet, Statement of Income for the Year, Statement of Profit or Loss Statement of Cash Flows, Statements of Origins and Applications of Resources, Statements of Added Value and Statements of Changes in Equity. And the understanding that brings the ITG 2002 and the NBCT 10.19 Standard, which establishes specific criteria and procedures for the evaluation and recognition of transactions and changes in equity and the structuring of the financial statements. In conclusion, Financial Statement Frameworks has an understanding of economic sectors, equity investment, credit analysis and the impact of entities' financial transactions. Keywords: Accounting, Financial, Balance Sheet, Equity, Structures. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 1. BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................. 4 1.1 Composição ................................................................................................ 4 1.2 Para que serve o Balanço Patrimonial ........................................................ 4 1.3 Quando deve ser feito o Balanço Patrimonial ............................................. 5 1.4 Procedimento para Elaboração do Balanço Patrimonial ............................. 5 1.5 Capital Circulante Líquido ........................................................................... 6 1.6 O Registro Contábil Obrigatório .................................................................. 7 1.7 Penalidade pela não confecção do Balanço Patrimonial ............................ 7 1.8 Conciliação dos Saldos Contábeis ............................................................. 8 1.9 Ajustes e Reclassificação patrimoniais ....................................................... 8 1.10 Lançamentos de Encerramento do Exercício ........................................... 8 2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................................. 10 2.1. Qual o Objetivo do DRE ........................................................................... 10 2.2. Base Legal do DRE.................................................................................. 11 2.3. Estrutura do DRE ..................................................................................... 11 3. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS ............... 16 3.1 Qual o objetivo da DLPA ........................................................................... 16 3.2 O que diz a legislação sobre a DLPA ....................................................... 17 3.3 Estrutura e Elaboração do DLPA ............................................................. 17 3.4 A diferença entre a DLPA e a DMPL ........................................................ 11 4. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ..................................................... 21 4.1 As atividades Operacionais ....................................................................... 22 4.2 As atividades de Investimento .................................................................. 22 4.3 As atividades de Financiamento ................................................................ 22 4.4 As vantagens e desvantagens ................................................................... 24 5. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS .......... 26 5.1 As origens dos recursos, agrupados .......................................................... 27 5.2 As aplicações dos recursos, agrupados..................................................... 27 6. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ............................................... 31 6.1 O que é a DVA ........................................................................................... 31 6.2 Quais são os objetivos da DVA na Contabilidade ...................................... 32 6.3 Quais empresas devem elaborar o DVA .................................................... 32 6.4 Estrutura DVA ............................................................................................ 33 7. DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................. 39 7.1 O que é a DMPL ........................................................................................ 39 7.2 Qual objetivo do DMPL .............................................................................. 39 7.3 O que são as mutações nas contas patrimoniais ....................................... 40 7.4 Quais são as orientações para elaboração da DMPL ................................ 41 7.5 Estrutura do DMPL..................................................................................... 42 8. CONCLUSÃO ................................................................................................... 44 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 47 1 INTRODUÇÃO As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir. (Motarazzo 2010 p.3) O cenário econômico-financeiro, sofre renovações constantemente com passar dos anos. A realidade das empresas no cenário atual, necessita esta buscado novas estratégias e um sistema de gestão financeira das organizações, como uma maneira em que possam utilizare interpretar as informações geradas pela Contabilidade, onde essas informações são utilizadas na Análise das Demonstrações Contábeis ou Analise de Balanço. Nesse sentido, essa pesquisa tem como base a Análise das Demonstrações Contábeis que é importante para saber como anda as demonstrações financeiras das empresas no mundo corporativo e auxilia a gestão financeira a tomada de decisões que possibilitam grandes retornos financeiro na atualidade e na competitividade de mercado, adotando critérios que poderão dá retorno positivos e assim superando possíveis expectativas futuras de retorno financeiro. Com seguinte, as Demonstrações Contábeis são parte integrante das informações financeiras divulgadas por uma empresa, e com isso o conjunto completo de Demonstrações Contábeis inclui normalmente o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração de Origens de Recursos, Demonstração do Valor Adicionando e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Portanto, com base na Análise das Demonstrações Contábeis, podemos expressar os resultados nos quais as empresas ou entidades, poderão obter dados específicos que auxiliam seus gestores, administradores ou diretores na tomada de decisões, onde esses dados de exercícios passados e presentes, podem ser analisados, comparados e interprestados aos valores, possibilitado assim a identificação dos pontos negativos, para que se possa fazer um planejamento 2 empresarial, revertendo assim em aspectos positivos para gestão organizacional da empresa. 3 Equipe de Pesquisa: GLAUCIA DA SILVA GAMA SANCHES THAINA RAPOSO RAMOS SADIA DOS SANTOS MACIEL NILCILENE DE LIMA MORAES Apresentação: ADRIELLE SILVA HALISSON REINALDO FERNANDES BALANÇO PRATRIMONIAL BP 4 01. BALANÇO PATRIMONIAL. Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio e serem agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação. 01.1 Composição. O Balanço Patrimonial é constituído pelo: Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros. Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade. 01.2 Para que serve o Balanço Patrimonial. O Balanço Patrimonial é uma ferramenta contábil que serve para: Analisar o comportamento financeiro de um negócio; Compreender o trajeto dos recursos financeiros da empresa; Ser utilizado como base para a elaboração do planejamento estratégico; Ajudar na composição do planejamento tributário, identificando tributos pagos e meios de reduzi-los; Tomar decisões financeiras mais assertivas; Apresentar dados financeiros e contábeis a possíveis investidores. 5 01.3 Quando deve ser feito o Balanço Patrimonial De modo geral, costuma ser elaborado a cada 12 mês. Porém, nada impede que seja feito em menos tempo para ser utilizado para alguns dos objetivos citados anteriormente. No entanto, de acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, ao final de cada exercício social, as empresas devem apresentar uma série de demonstrativos financeiros, que têm como base de elaboração a escrituração contábil do negócio. Aqui, é fundamental ressaltar que, junto com esse documento, é preciso preparar também o DRE, Demonstrativo de Resultados do Exercício. Figura 1: Demonstração Gráfica do Balanço https: https://gennegociosegestao.com.br/tudo-sobre-balanco-patrimonial/ É importante ressaltar que o Total de Ativos deve ser igual ao Total de Passivos. Quem irá garantir que essa conta “feche” é o Patrimônio Líquido. Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Uma das vantagens do Balanço Patrimonial é a possibilidade de fazer diferentes análises. 01.4 Procedimento para Elaboração do Balanço. 6 Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão. No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve. Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações. Daí a necessidade de se fazer o ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem a realidade, dos componentes do patrimônio, bem como suas variações no exercício. 01.5 Capital Circulante Líquido. É importante ressaltar que uma das análises mais importantes do Balanço Patrimonial é a do Capital circulante líquido que corresponde a diferença entre o Ativo e o Passivo Circulante. Pois através do capital da empresa podemos analisar a sua liquidez. 1. Ativo circulante (AC): ele representa as disponibilidades de uma empresa, o que inclui os títulos negociáveis, estoques, etc. Ou seja, é tudo aquilo que possui liquidez em num prazo máximo de até 12 meses. 2. Passivo circulante (PC): esse conceito representa as obrigações de uma empresa que vencerão em até 12 meses, dentre elas podemos ter financiamentos, pagamentos a funcionários, obrigações tributárias, pagamento a fornecedores, entre outras. Podemos calcular o capital de giro líquido (CGL) subtraindo dos ativos circulantes os passivos circulantes, como na seguinte formula: CGL = AC – PC 7 Figura 2: Capital Circulante Líquido Autor: Andriele Silva 01.6 O Registro Contábil Obrigatório. De acordo com as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Relatório Contábil e o registro dos fatos contábeis e financeiros são obrigatórios a todas as empresas, incluindo as optantes do Simples Nacional (exceto MEI, Microempreendedores Individuais). 01.7 Penalidade pela não confecção do Balanço Patrimonial. Impedimento de dividir os lucros isentos acima da presunção entre os sócios; Dificuldades para determinar a parte cabível a cada sócio em caso de dissolução da sociedade; Impossibilidade de usar os dados fiscais e contábeis como argumento de defesa em casos de processos tributários; Impossibilidade de requerer recuperação judicial; Não conseguir analisar nem acompanhar o desempenho financeiro da empresa. 8 01.8 Conciliação dos Saldos Contábeis. A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise. As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratosbancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa etc. 01.9 Ajustes e Reclassificação patrimoniais Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas contas patrimoniais, como estoques, empréstimos etc. Calcula-se também a provisão para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com as normas tributárias vigentes, fazendo-se a respectiva contabilização. 01.10 Lançamentos de Encerramento do Exercício. Para apuração do resultado do exercício, faz-se os lançamentos de encerramento, debitando-se as contas de receitas e creditando-se uma conta transitória, chamada de “apuração do resultado do exercício”. 9 Equipe de Pesquisa: KEULIANE DA SILVA LARANJEIRA KAREN SABRINE SILVA KARINA CAMPELO FABIELLE SILVA MURTA HELLEN CABRAL Apresentação: LARISSA NATHALIA MARIANGELA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO DRE 10 02. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO – DRE A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório que mostra um resumo das operações feitas na empresa, como por exemplo, receitas, despesas, custos, investimentos, etc. Ela deve ser realizada anualmente, mas também ser apresentada de forma simplificada tanto mensalmente por motivos administrativos quanto trimestralmente para avaliação de gastos. A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada por um contador habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Pela lei, o relatório é obrigatório para todas as empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente (após o encerramento do ano-calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano). Em uma primeira tentativa de apresentação da DRE, teremos: DRE Receitas 100 Despesas (80) = Resultado do exercício 20 02.1 Qual o Objetivo do DRE? O seu principal objetivo é fornecer informações das demonstrações financeiras, informações essas que são essenciais para a formação do entendimento sobre se a empresa está tendo lucro ou prejuízo. Sendo assim, de extrema importância para a tomada de decisões, ou seja, é uma grande aliada do empreendedor, e saber usá-la é tão importante para administração da empresa. Com esse relatório podemos confrontar os dados das receitas e das despesas da empresa, mostrando assim o resultado líquido do seu desempenho e detalhando a real situação operacional de uma empresa. Além de ser útil para o controle gerencial da empresa, também é um grande aliado para o empreender podendo até mesmo ser utilizada por agentes externos, como é o caso do governo que utiliza a DRE para verificação dos impostos e se eles foram declarados de forma correta pelos sócios no IRPF. 11 Podemos citar também sua utilidade na hora de conseguir credito e investimentos, uma empresa saudável sempre tem maiores chances de conseguir investimentos externos, pois uma análise positiva da mais segurança para bancos e investidores. 02.2 Base Legal do DRE. A seção V da Lei nº 11.638/07, no seu único artigo, o artigo 187, determina a estrutura da DRE (BRASIL, 1976). Seção V Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do Resultado do Exercício discriminará: I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995). V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007). VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em 12 moeda; e os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos (BRASIL, 1976). 02.3 Estrutura do DRE. O método usado para formalizar a estrutura de uma DRE é vertical, tendo como seu principal objetivo sintetizar as contas de sua empresa. Dessa forma, é interessante que você fique atento a estrutura de uma DRE e quais são as informações que nela deve conter. Para as empresas brasileiras, a Demonstração do Resultado do Exercício é obrigatória, de acordo com a lei n° 11.638/07, publicada em 27 de dezembro de 2007. Resumidamente, a DRE de uma empresa se estrutura da seguinte maneira: Receita Bruta (-) Deduções e abatimentos (=) Receita Líquida (-) CPV (Custo de produtos vendidos) ou CMV (Custos de mercadorias vendidas) (=) Lucro Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Administrativas (-) Despesas Financeiras (=) Resultado Antes IRPJ CSLL (-) Provisões IRPJ E CSLL (=) Resultado Líquido. No entanto, é importante saber que também existem outras alternativas, pois, quanto mais detalhada for a operação, mais próxima ela se tornará da realidade. Quanto maior for a abrangência, maior também será a estratégica e a visão, lembrando que é possível reduzir a estrutura a nove ou dez pontos, além de poder discriminar os grupos de despesas por cada período. 13 Modelos de DRE Figura 3: DRE https://www.jornalcontabil.com.br/dre-conheca-a-estrutura-e-observe-os-modelos/ Figura 4: DRE https://blog.contaazul.com/modelo-de-dre/ 14 Ao fazer a leitura de uma DRE, é possível visualizar a saúde do negócio de uma empresa, com maior facilidade e precisão. Assim, na hora de tomar decisões, você terá dados confiáveis para saber se está no momento de cortar gastos com algo específico ou se é possível usar o lucro para investir ainda mais na empresa – como vender uma nova linha de produtos ou serviços, comprar novos equipamentos e materiais ou até mesmo abrir novas lojas com o objetivo de expandir sua marca. 15 Equipe de Pesquisa: INAELMA BENTES RIBEIRO THAYANE DA PAZ FONSECA Apresentação: LUDMILLA KELIANE DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS DLPA 16 03. DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS – DLPA A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados configura ações de revestimento do capital, do lucro líquido a partir da Integração com o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício, ou seja, é um relatório contábil que tem por finalidade evidenciar: o lucro líquido do exercício, os ajustes contábeis relativos a resultados de exercícios anteriores, as reversões de reservas, as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital, bem como os saldos da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados no início e no final do período. Essa demonstração tem como principal função, evidenciar a distribuição do resultado do exercício. Enquanto na DRE sua função é apurar o lucro, na DLPA temos a apresentação da destinação do lucro, de que forma o lucro líquido é aplicado. 03.1 Qual oobjetivo do DLPA? A DLPA tem como objetivo tornar o relatório fundamental na distribuição do resultado do exercício para que aconteça corretamente, a DLPA também é um instrumento que diz muito sobre como anda a saúde financeira da empresa. Mais do que isso, ajuda na administração na tomada de decisões mais acertadas, ajuda a melhorar processos internos e a identificar problemas. É um documento que aponta as mudanças patrimoniais, apresentando os detalhes e as variáveis que influenciaram na alteração entre o saldo inicial e o final da empresa. Essas mudanças podem ser tanto no aumento do lucro ou do prejuízo acumulado do período analisado. Este tipo de controle financeiro do DLPA, é muito importante para ajudar os gestores a terem uma visão mais realista sobre as decisões que devem ser tomadas. Com as informações do DLPA podemos observa as variações do caixa, períodos em que há mais lucros ou prejuízos, assim, ent4nder a extensão de crescimento da empresa e a saber se existe viabilidade econômica para um determinado investimento, por exemplo, compra de equipamentos, contração de mão de obra. 17 03.2 O que diz a legislação sobre o DLPA? O DLPA é obrigatório para as Sociedade Limitadas, e outras empresas que são tributadas com base no Lucro Real, conforme a legislação do Imposto de Renda. O artigo 176, da Lei 6.404 de 1976, que ao fim de cada exercício social, a diretoria, a administração de uma empresa precisa elaborar, como base na escrituração mercantil da companhia, cinco demonstrações financeiras/contábeis (Balanço Patrimonial, DLPA, DRE, DFC e a demonstração do valor adicionado), isso dever apresentar a situação real do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas durante o período. O artigo 186 diz que a demonstração de lucros ou prejuízo acumulados descriminará: I – O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II – As reversões de reservas (lembrando que a reversão se dá pelo débito na reserva de lucros e créditos nos Lucros Acumulados, que é justamente o lançamento invertido à constituição de reservas) e o lucro líquido do exercício; III – As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social (na DRE, consta que deve informar o lucro líquido por ação) e poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia. 03.3 Estrutura e Elaboração do DLPA. A estrutura da DLPA, conforme consta do art. 186o da Lei n. 6.404/1976, evidencia o movimento ocorrido na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, da seguinte maneira: 18 • o saldo do início do período; • os ajustes de exercícios anteriores; • as reversões de reservas; • o lucro líquido do exercício (ou o prejuízo); • as parcelas destinadas à constituição de reservas; • os dividendos distribuídos; • a parcela dos lucros incorporada ao capital; • a saldo no fim do período; e • a montante do dividendo por ação do Capital Social. Para se elaborar a DLPA, basta coletar dados diretamente das Fichas de Razão das contas envolvidas, conforme consta da própria DLPA. Os dados para elaboração dessa demonstração são extraídos do livro Razão, bastando, portanto, consultar a movimentação ocorrida durante o exercício social, na conta sintética Lucros ou Prejuízos Acumulados (ou nas contas analíticas Lucros Acumulados e Prejuízos Acumulados e também na conta Juros sobre o Capital Próprio a Pagar.) A DLPA também é apresentada no formato vertical. Figura 5: DLPA Autor: Inaelma Bentes Ribeiro 19 03.4 A diferença entre a DLPA e a DMPL. A DLPA vai evidenciar apenas as movimentações corridas na conta lucros ou prejuízos acumulados. Na DMPL, de forma mais completa, evidencia todas as movimentações ocorridas no grupo do patrimônio líquido (capital social, reservas de lucros etc.) incluindo também a própria conta de lucros ou prejuízos acumulados. Dessa maneira, não é difícil concluir que as informações trazidas pela DLPA também farão parte da DMPL. A própria Lei 6.404/76 permite que a DLPA possa ser incluída na DMPL, caso esta demonstração seja elaborada, já que esta é mais completa que aquela. Fazer anualmente a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, além de obrigatório, é extremamente importante para saber como andam as finanças da sua empresa e, principalmente, quais medidas são necessárias para garantir um futuro bem-sucedido. Além de auxiliar na tomada de decisão, com as informações desse relatório é possível montar um orçamento muito mais realista, que realmente esteja de acordo com a saúde financeira da organização. 20 Equipe de Pesquisa: LARISSA ALBURQUEQUE LAURICE DIAS PAMELA CRISTINA PATRICIA GOMES Apresentação: JULIO RIBEIRO PATRYK MAYKE DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DFC 21 04. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – DFC A DFC – demonstração de fluxo de caixa– é um relatório contábil em que são listadas as origens de todos os recursos que uma empresa obteve em um certo período e como eles foram aplicados. Em suma, ele traz todo o movimento de entradas e saídas do caixa da empresa. A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial. (DFC) que veio a substituir a antiga Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), cuja elaboração não é mais obrigatória a partir de 01.01.2008. A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais. Além do fluxo de caixa, esse relatório ainda pode considerar alguns outros fatores em sua elaboração, tais como as contas bancárias e aplicações com liquidez imediata feitas pela companhia. Portanto, o objetivo da DFC é analisar a capacidade que uma empresa possui para a geração de caixa equivalente ao longo de um dado período, mostrando, dessa forma, como anda a saúde financeira de uma empresa, bem como detectar possíveis erros contábeis ou fraudes no caixa. Por isso, ter acesso ao DFC antes de investir em uma empresa pode ser um diferencial, antes de investir o seu dinheiro nela. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. 22 Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: I - Atividades Operacionais; II - Atividades de Investimento; III - Atividades de Financiamento. 04.1 As Atividades Operacionais São explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. Exemplos: pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços 04.2 As Atividades de Investimento São os gastos efetuadosno Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. Exemplos recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo 04.3 As Atividades de Financiamento São os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros. Exemplos: Amortização de empréstimos e financiamentos; Há 2 métodos para elaboração da DFC: Método direto – com entradas e saídas obtidas diretamente da movimentação contábil (razão) de cada conta (recebimento de clientes, pagamento a fornecedores, empréstimos, etc.) 23 Figura 6: DFC Direto Autora: Larisse Alburquerque Método indireto – feito com base nos ajustes do lucro líquido do exercício que se encontra na Demonstração de Resultado. Figura 7: DFC Indireto Autora: Larisse Alburquerque 24 04.4 Vantagens e desvantagens da DFC Existem várias vantagens nas empresas que fazem o uso da demonstração de fluxo de caixa. A primeira delas é que esse demonstrativo funciona como um espelho, que reflete a saúde financeira do negócio e auxilia na tomada de decisões. Ao apresentar o fluxo de caixa da companhia, a DFC também permite identificar se, em um dado período, o resultado do caixa da empresa foi positivo ou negativo, permitindo que os administradores tomem medidas tempestivas para corrigir possíveis desequilíbrios nesse caixa. A segunda vantagem é que a DFC ainda permite a identificação de possíveis fraudes contábeis, o que é importante, visto que tais atos são altamente prejudiciais para a empresa e seus investidores. Já como desvantagem podemos citar o fato de que a DFC consome um tempo considerável em sua elaboração. Tanto a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) quanto a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) são demonstrativos contábeis de grande importância. No entanto, a principal diferença entre os dois é o tipo de registro contábil. Lembre-se: manter o fluxo de caixa positivo e crescente deve ser o principal objetivo de qualquer empresa, uma vez que é isso que permitirá que ela cresça e que traga cada vez mais lucro aos seus investidores e demais interessados. 25 Equipe de Pesquisa: CRISTIANE CAMPOS DANIELA SALES DANIELLE DE SOUZA RODRIGUES GABRIELLE BRANDÃO JOSÉ FELIPE BORGES Apresentação: LARISSA MENDES ANA CAROLINA DE MENEZES DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOAR 26 05. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – DOAR A DOAR procura evidenciar as origens e as fontes dos valores que afetam o Capital Circulante Líquido, assim, é possível avaliar mais adequadamente a liquidez de curto prazo de uma empresa, identificando os fatores que contribuem para a alteração da posição financeira de curto prazo. A DOAR por ser uma demonstração de caráter financeira das demais demonstrações constantes na Lei 6.404 Artigo 176, qual cita: conforme artigo176 da lei n°6.404/76 as demonstrações contábeis devem ser elaboradas ao final de cada exercício social e devem apresentar a situação patrimonial da empresa com clareza, além de demonstrar as mutações ocorridas no exercício. Por meio dela, era possível entender a variação financeira de uma companhia ao longo de um ano. No documento eram necessárias as seguintes informações: Origem dos recursos; Aplicações de recursos; Excesso ou insuficiência da origem em relação às aplicações; Saldo no início e fim do exercício. Assim era possível compreender a situação patrimonial da empresa, sendo muito útil aos acionistas, para que eles tivessem controle e conhecimento de tudo que acontecia com as finanças da empresa. A DOAR Proporcionava uma visão de forma macroeconômica para fins de análise financeiros. Sendo considerada uma demonstração de difícil interpretação por parte dos não contadores, usuários da contabilidade, como analistas de mercado, da área financeira. A saber, da estrutura que indicará as modificações na posição financeira da companhia, discriminando: 27 05.1 As origens dos recursos, agrupadas. Lucro do exercício; realização do capital social e contribuições para reservas de capital; recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado; 05.2 As aplicações de recursos agrupados. Dividendos distribuídos; aquisição de direitos do ativo imobilizado; aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido; redução do passivo exigível a longo prazo; O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido; Os saldos no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício. 05.3 Estrutura do DOAR Figura 8: Estrutura Básica de DOAR Autor: Alexsandra Bentes Gonsalves 28 Modelo Com Aplicações de Recurso: Figura 9: Estrutura com Aplicações de Recursos Autor: Alexsandra Bentes Gonsalves DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) até 31.12.2007, era um documento contábil obrigatório a todas as empresas abertas com patrimônio líquido superior a R$1 milhão até o momento do Balanço Patrimonial. Esta Lei apesar de obter benefícios para a contabilidade brasileira foi extinta pela lei 11.638/07, A partir do dia 01 de janeiro de 2008, a DOAR foi extinta pela Lei 11638/07, obrigando a apresentação de todas as demonstrações contábeis apenas 29 até 31 de dezembro de 2007. Entretanto, ela pode ser incluída nos balanços patrimoniais, cabendo a decisão à administração responsável da companhia. Após a extinção, a DOAR foi substituída pela DVA (Demonstração do Valor Adicionado). Ela também é um demonstrativo contábil obrigatório a todas as empresas de capital aberto, as chamadas S.A. (Sociedade Anônima) — que são aquelas cujo capital social é formado por ações na Bolsa de Valores, negociadas livremente. O que muda no DOAR para a DVA é, basicamente, a separação da Demonstração do Fluxo de Caixa, que ficou mais clara. 30 Equipe de Pesquisa: ALEXSANDRA DIOGO LAVAREDA VERÇOSA CLEISON RENATO ARIVAL DUARTE ELY KELLI OLIVEIRA DE SOUZA Apresentação: FABIANO DE SOUZA TAVARES GREYCE KELLY LIMA ARAUJO DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DVA 31 06. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – DVA A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição. Obviamente, por se tratar de um demonstrativo contábil, suas informações devem ser extraídas da escrituração, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da Competência. A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa. 06.1 O que é a DVA? Você deve saber que as empresas que comercializam ou produzem bens e serviços para o mercado assumem custos, despesas e riscos em sua operação. Além disso, a fontede geração de riqueza dos negócios decorre da capacidade que eles têm de agregar valor aos custos totais de produção e comercialização de produtos e serviços. Juntando esses dois fatores, para uma empresa ser saudável, ela deve vender suas soluções a um preço que supere seus gastos. É justamente nesse ponto que a DVA entra. Basicamente, ela é um relatório contábil oficial que demonstra quanto uma empresa conseguiu produzir em valor agregado dentro de um período. Apesar de existir a obrigatoriedade desse demonstrativo para alguns negócios, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) encoraja os contadores a prepararem esse demonstrativo em todas as empresas. Afinal, trata-se de uma ferramenta de gestão muito interessante, que fornece informações essenciais para que o contador auxilie o empresário a tomar decisões importantes no negócio. Um detalhe interessante da Demonstração de Valor Adicionado é o fato de ela compor o Balanço Social das empresas. Assim, ela evidencia a riqueza criada pela entidade e o impacto que esse resultado positivo pode ocasionar à sociedade. A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma: 32 1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e 2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas. O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção. A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. 06.2 Quais são os objetivos da DVA na Contabilidade? Em termos empresariais, a DVA tem alguns focos muito importantes para a empresa. Entre eles, está a capacidade de transformar os seus recursos produtivos em valor monetário. Isso ocorre pelo fato de esse demonstrativo proporcionar aos usuários informações relativas à riqueza criada pela entidade, além de como essas riquezas foram distribuídas. 06.3 Quais Empresas devem elaborar a DVA. Se analisarmos de forma prática e técnica, toda empresa deveria fazer a DVA. Contudo, apenas as sociedades de capital aberto são obrigadas a emitir o documento. Essa obrigatoriedade foi perpetrada pela Lei 11.638/2007. O foco da legislação é forçar as Sociedades Anônimas (SA) a darem publicidade aos seus números — entre eles, os valores agregados. Contudo, mesmo que, como vimos, as demais empresas não sejam obrigadas a elaborar esse documento, é papel do contador mostrar a importância dele. Para se ter uma ideia, até mesmo as companhias de capital fechado e mistas já estão aderindo à DVA. 33 06.4 Estrutura da DVA. Agora que você entendeu como funciona a estrutura da DVA, mostraremos um modelo básico do demonstrativo explicando cada um de seus possíveis tópicos. Modelo Básico DVA Receitas No topo do demonstrativo, temos as receitas. Nessa parte, são inseridas informações como: venda de mercadorias, prestação de serviços e produção. Aqui, não se deve esquecer de incluir nenhuma informação que impacte o montante máximo de receitas geradas. Um exemplo são os resultados não operacionais, como venda de bens com lucratividade e dedução ou devolução de compras. Outro exemplo de dado de receita são as provisões para crédito de liquidação duvidosa, seja com relação à constituição ou à reversão. Insumos adquiridos de terceiros O próximo ponto da Demonstração de Valor Adicionado são os valores relacionados a insumos que foram adquiridos de outras empresas. Ou seja, seus fornecedores de matérias-primas consumidas na produção ou outros materiais utilizados nas vendas e prestação de serviços. Além disso, é inserido o Custo de Mercadorias Vendidas (CMV), presente na Demonstração de Resultados. Os gastos com outros materiais administrativos, consumo de energia elétrica e a contratação de serviços utilizados na atividade-fim da empresa também são inseridos nesse tópico. Por fim, temos valores de perdas ou recuperação dos valores de bens. Todos esses dados são extraídos dos mais variados relatórios gerenciais gerados pelo sistema de contabilidade ou, até mesmo, pelo software de gestão financeira de seus clientes. Valor adicionado bruto O próximo ponto da Demonstração de Valor Adicionado é um resultado parcial. Basicamente, é a subtração dos itens relacionados no campo das receitas, deduzidos 34 os insumos adquiridos de terceiros. A partir desse ponto, já é possível fazer algumas análises antes de aplicar retenções e outros valores agregados. Retenções Por falar em retenções, na próxima etapa, nós temos gastos relacionados à depreciação dos bens registrados no Ativo Não Circulante. Nessa etapa, também são aplicadas as amortizações de empréstimos e financiamentos, bem como eventuais exaustões. Esse é um ponto importante na DVA, tendo em vista que demonstra uma parte do patrimônio da empresa que não tem valor real. Ou seja, um bem exaurido não pode ser enxergado por seu valor monetário. Se isso for feito, a tendência é que se extraia um resultado incompatível com a realidade da empresa. O desafio desta etapa é a contabilização correta dos itens. Isso, porque a realidade nos escritórios de contabilidade é a escrituração incorreta desses dados, principalmente pelo fato de as informações enviadas à empresa de contabilidade não compreenderem esses elementos. Sendo assim, o contador tem um grande desafio para registrar essas retenções na DVA. O ponto que queremos deixar claro é que a contabilidade gerencial deve ser muito bem desenvolvida para a aplicação das informações nesse demonstrativo, abrangendo, assim, todos os detalhes contábeis e financeiros da empresa. Valor adicionado produzido pela empresa Neste tópico da DVA, é inserido o valor adicionado líquido produzido pela entidade. A obtenção dele é o resultado da parcial obtida com o valor adicionado bruto deduzido das retenções extraídas no tópico anterior. Valor adicionado recebido em transferências As transferências são as rotinas contábeis que passam informações relativas à apuração de resultados para o demonstrativo patrimonial, que é a DVA. Assim, são inseridos os resultados de equivalência patrimonial, sejam eles negativos ou positivos. 35 Também é incluída a receita financeira, bem como outras oriundas de aluguéis, doações etc. Valor adicionado a distribuir O próximo tópico deve ser o resultado da subtração do item anterior com o valor adicionado recebido em transferências. Assim, temos em mãos o valor adicionado a distribuir na sua Demonstração de Valor Agregado. Distribuição do valor adicionado O tópico final da Demonstração de Valor Agregado é a distribuição do valor que foi adicionado. Assim, são demonstradas informações de pessoal — como remuneração direta dos salários, 13°, comissões, férias, horas extras, plano de saúde, vale-transporte e FGTS. Também são demonstrados tributos federais, estaduais e municipais. Além disso, deve-se incluir a remuneração de capitais de terceiros, tais como juros e aluguéis, entre outros dados. Por fim, temos a remuneração de capital próprio: Juros sobre o capital próprio; Dividendos; Lucros ou prejuízos que foram auferidos durante um exercício social; Participaçãonos lucros de pessoas que não são controladoras da companhia. Ao final desse tópico, você terá em mãos o relatório final da Demonstração de Valor Agregado, possibilitando todos os tipos de análises. 36 Figura 10: DRE Autor: Cleison Renato Arival Duarte Figura 11: DVA Autor: Cleison Renato Arival Duarte A DVA não deve ser utilizada apenas para preencher uma simples obrigação legal. Ela pode servir como uma ferramenta de gestão para o negócio. Contudo, é 37 preciso saber analisar esses dados. Inicialmente, é fundamental entender com profundidade cada um dos dados, para passar as informações ao seu cliente. A análise principal deve analisar como a receita foi impactada com os gastos financeiros que ocorreram ao longo do período verificado e, além disso, verificar o crescimento dos custos e despesas operacionais ou administrativos da empresa. Essa é a forma mais eficiente de se analisar esse documento. 38 Equipe de Pesquisa: ANDRESSA VIEIRA DE OLIVEIRA CARINA FERNANDES GABRIELA DUARTE DE OLIVEIRA GABRIELE CASTRO AMORIM Apresentação: AMAROM AMAZONAS PASSOS DIEGO PEREIRA DOS SANTOS DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DMPL 39 07. DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – DMPL A Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) faz parte do rol de instrumentos de apoio da gestão administrativa, econômica e financeira. O bom funcionamento de uma empresa depende do controle e da gestão de todas suas movimentações, que incluem informações financeiras, contábeis, fiscais e outras. Para isso, é necessária a utilização de instrumentos que possibilitem entendimento mais conciso de todas as informações, de forma que os usuários possam compreender os fatos ocorridos em determinado período na empresa. Sendo assim, são utilizadas as demonstrações contábeis para que os fatos da organização possam ser divulgados. De forma geral, tais ferramentas demonstram a vida da empresa e sua evolução, bem como onde os recursos são aplicados. 07.1 O que é a DMPL? É uma demonstração que substituiu a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA). Assim, todas as informações que faziam parte da DLPA passaram a compor a DMPL. A DMPL demonstra todas as movimentações ocorridas no patrimônio líquido da organização em determinado período, além da formação de todas as reservas. Antes de entrar em vigor a Resolução nº 1.185/2009, as empresas não eram obrigadas a publicar a DMPL, no entanto ela passou a fazer parte do conjunto de demonstrações de divulgação obrigatória. De maneira simplista, a DMPL é uma das demonstrações contábeis mais completas, representando as movimentações ocorridas no patrimônio líquido em determinado período durante o exercício social da organização. 07.2 Qual o objetivo da DMPL? A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido evidencia todas as movimentações realizadas durante o exercício social nas contas que compõem o 40 patrimônio líquido: reservas de capital, de lucros, de reavaliação, capital social e lucros ou prejuízos acumulados. Por meio da DMPL, o gestor ou administrador pode avaliar se as contas estão equilibradas ou se há entraves que precisam ser resolvidos com prioridade a partir do próximo exercício social, a fim de garantir o bom andamento dos negócios e o alcance dos resultados planejados. Dessa forma, a DMPL precisa evidenciar com clareza a posição de cada conta que compõe o patrimônio líquido, devendo ser elaborada conforme as normas brasileiras de contabilidade para representar fielmente as movimentações ocorridas na companhia. 07.3 O que são as mutações nas contas patrimoniais? A DMPL proporciona uma visão precisa da forma como os recursos são geridos na organização, mostrando detalhadamente como eles variam em determinado período. Por isso, é importante acompanhar constantemente cada transação de entrada e saída de recursos, de modo que eles sejam corretamente administrados, os lucros entre os sócios e acionistas sejam distribuídos, e as reservas sejam geridas de maneira eficiente. A DMPL avalia as movimentações ocorridas nas contas do patrimônio líquido durante o exercício fiscal, ou seja, o período escolhido para a elaboração das demonstrações contábeis. No entanto, é possível haver variações que podem ou não alterar o patrimônio líquido. Isso sugere que é fundamental conhecer e entender esses fatores para compreender a situação financeira da empresa e qual a origem e aplicação dos recursos. Assim, a DMPL não significa apenas uma análise sobre o lucro auferido no período, mas sobre todas as movimentações do patrimônio líquido. Vejamos quais fatores podem alterar ou não o patrimônio líquido: Elementos que alteram o patrimônio líquido; Acréscimo ou redução decorrente, respectivamente, do lucro ou do prejuízo; 41 No caso de resultado credor, há um acréscimo por revisão dos ativos; Ajustes de registros contábeis antigos, mais conhecido como ajuste de exercícios anteriores, seja por mudança de estimativa ou de critério; Valor de bônus proveniente de subscrição e da alienação de partes beneficiárias; Doações e subvenções provenientes de investimentos recebidos; Prêmio recebido em debêntures; Subscrição e integralização de capital; Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo pela venda das ações; Diminuição por parcelas do lucro apurado; Recebimento de quantia que exceda o valor nominal das ações já integralizadas ou o valor das ações sem o valor nominal. Elementos que não alteram o patrimônio líquido Uso do lucro e das reservas para aumentar o capital; Transferências das reservas patrimoniais para a conta de lucros e/ou prejuízos acumulados; Compensação de prejuízos com a utilização de reservas; Reversão das reservas patrimoniais à conta de lucros ou prejuízos acumulados. 07.4 Quais são as orientações para a elaboração da DMPL? De modo geral, a elaboração da DMPL consiste na representação das contas do patrimônio líquido, das quais fazem parte o capital social, as reservas (de capital, de lucro, de reavaliação e das ações de tesouraria), além dos lucros e prejuízos acumulados. Todas as mudanças que ocorrerem no patrimônio líquido das empresas devem ser apresentadas na DMPL, entre as quais: Acréscimo ou redução das reservas; Integralização de capital; 42 Destinação de resultados do período; Compensação de prejuízos; Ajustes realizados nos períodos passados; Saldos existentes no início do período; Acréscimo de capital; Destinação do lucro líquido do exercício; Reavaliação de ativos; Saldos no final do exercício. 07.5 Estrutura do DMPL. Figura 12: DMPL Autor: Andressa Vieira de Oliveira Figura 13: DMPL https://ajuda.projetusti.com.br/images/6/6c/DMPL-03.png Com essas informações é possível estruturar a DMPL. De forma prática, a estruturação corresponde à elaboração de uma tabela composta por todas as contas 43 que formam o patrimônio líquido da empresa, sendo que a última coluna corresponde ao resultado total. No entanto, o processo de elaboração da DMPL manualmente já não comporta as necessidades atuais das empresas, que passam a contar com a tecnologia para ajudar na elaboração dessa demonstração. Assim, a adoção de sistemas automatizados e integrados proporciona inúmeras facilidades para as empresas, possibilitando o acesso aos dados quando for preciso. Isso é um ponto bastante estratégico para o bom andamento das atividades e o acompanhamento dos resultados sempre que necessário. Aliás, é sempre bom lembrarmos do acompanhamento de profissionaisqualificados e devidamente habilitados para a elaboração da DMPL. Esse acompanhamento minucioso evita que os gestores se percam nas movimentações sem saber a origem ou o destino de algum capital. Com isso, é possível ter uma visão completa de como os recursos da empresa estão sendo aplicados durante o exercício social, o que é essencial para se ter mais controle do capital da organização. 44 08. CONCLUSÃO Este trabalho de Demonstração Contábil, demonstra a importância das informações geradas através do estudo sobre a economia e o financeiro, de uma empresa, de maneira que venha viabilizar a tomada de decisões e o planejamento de melhorias dentro de gestão contábil e administrativa, com futuras contribuições para evolução financeira de uma organização. E o instrumento principal para esta análise é a Contabilidade, que traz os instrumentos e as ferramentas mais eficaz, dando origem as informações necessárias e uteis na hora de auxiliar os gestores a tomarem as decisões coerentes conforme a necessidade da empresa. Segundo Ichak Adizes autor do livro, lançado em 1988, “Os ciclos de Vida das Organizações” a chave para administrar bem uma empresa em todas as fases é se concentrar naqueles problemas que são mais pertinentes ao estágio atual da organização no ciclo de vida. Neste contexto manter as Demonstrações Contábeis é uma forma de prolongar a vida das empresas. Em cada Demonstração podemos analisar as mutações do patrimônio, com suas respectivas estruturas. No Balanço Patrimonial é possível analisar, qualitativamente e quantitativamente as mutações do patrimônio. Por meio da DRE, DFC, DVA e DMPL, o gestor ou administrador pode avaliar e apurar o lucro ou prejuízos, identificar possíveis fraudes, evidenciar a capacidade da empresa transformar seus recursos produtivos em valores monetários e se as contas estão equilibradas ou se há entraves que precisam ser resolvidos com prioridade a partir do próximo exercício social, a fim de garantir o bom andamento dos negócios e o alcance dos resultados planejados. Ao perscrutarmos cada um desses demonstrativos, podemos ter diferentes visões quantitativa, pois em ambos podemos estudar e avaliar suas métricas numéricas. E por fim as empresas devem elaborar seus demonstrativos segundo a Lei 6.404/76 e suas respectivas alterações respeitando seus artigos e incisos. Para assim não perder o controle do andamento de suas mutações ou serem penalizados por 45 descumprir as normas de escrituração, mensuração e controle o que pode acarretar recolhimentos indevidos de impostos ou multas por descumprimentos das regulamentações. 46 REFERENCIAS: Pesquisa: BALANÇO PATRIMONIAL Portal de Contabilidade. Disponível em: < http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm> Contabilizei.blog. Disponível em: < https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/> Suno. Disponível em: < https://www.suno.com.br/artigos/capital-circulante-liquido/> Pesquisa: DLPA Ribeiro-Osni-Moura-Contabilidade-Intermediaria-4-edição-2013. Pesquisa: DFC Ribeiro-Osni-Moura-Contabilidade-Intermediaria-4º-edição-2013. Contabilidade Avançada e análise das demonstrações financeiras - 17 edições 2013. Expert. DFC: Saiba o que é e como fazer a Demonstração de Fluxo de Caixa Disponível em: <conteudos.xpi.com.br> Pesquisa: DOAR Portal de Contabilidade Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstorigaplirecursos.htm> 2022. Diário Oficial Disponível em: <https://e-diariooficial.com/doar-dva-tudo-sobre/> 2022. Pesquisa: DVA Portal de Contabilidade Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracaodovalor.htm > 2022. Ribeiro-Osni-Moura-Contabilidade-Intermediaria-4º-edição-2013 47 Ribeiro-Osni-Moura-Estrutura e Análise de Balanços-12º-edição-2013 Pesquisa: DMPL BLB Brasil Disponível em: <https://www.blbbrasil.com.br/blog/dmpl/> 2018. Ribeiro-Osni-Moura-Contabilidade-Intermediaria-4º-edição-2013
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