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ATIVIDADE EMPRESARIAL

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6ª) aula. 07/03/2022. Cap.2, Regime Jurídico da Livre Concorrência, item 2, proteção da ordem econômica e da concorrência. 3,5 páginas. Questões 59 a 74.
59) O legislador ordinário estabeleceu mecanismos de amparo a liberdade de competição e iniciativa. Quais as duas categorias em que se agrupam estes mecanismos visando a coibição de práticas empresariais incompatíveis com o regime adotado?
R: As categorias são abuso de poder econômico e concorrência desleal.
60) De que depende a caracterização como lícita ou ilícita afim de configurar uma infração a ordem econômica?
R: A conduta ilícita é aquela que fere à ordem econômica quando sua adoção tem por objeto ou possa acarretar os seguintes efeitos, ainda que só potencialmente: limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência; aumentar arbitrariamente os lucros do agente econômico; dominar mercado relevante de bens ou serviços; ou quando tal conduta significar que o agente econômico está exercendo seu poder de mercado de forma abusiva.
61) Se o empresário buscou prejudicar a livre concorrência, dominar mercado relevante ou aumentar arbitrariamente os preços ou se um desses efeitos se realizou mesmo sem a intenção dele, então a conduta é infracional? Caso contrário, se os objetivos pretendidos não tem relação haverá ilicitude?
R: Sim, a conduta do empresário é infracional caso ele haja dessa maneira, e mesmo que seus objetivos não sejam esses haverá sim a ilicitude
*
Nas duas questões a seguir responder conforme a Lei das Infrações contra a Ordem Econômica (Lei 12529/11).
*
62) Se o empresário combinar com o concorrente os preços de serviços ofertados individualmente e desta combinação ambos possam exercer de forma abusiva posição dominante no respectivo mercado, haveria infração contra a ordem econômica? Justificar.
R: Sim, nesse caso eles estão agindo em cartel, que é qualquer acordo ou prática concertada entre concorrentes para fixar preços, dividir mercados, estabelecer quotas ou restringir produção, adotar posturas pré-combinadas em licitação pública, ou que tenha por objeto qualquer variável concorrencialmente sensível. Os cartéis, por implicarem aumentos de preços e restrição de oferta e nenhum benefício econômico compensatório, causam graves prejuízos aos consumidores, tornando bens e serviços completamente inacessíveis a alguns e desnecessariamente caros para outros.
63)É lícito o tratamento diferenciado de adquirentes, com a fixação de preços ou condições especiais para um ou mais deles? Justificar.
R: Depende, pois se o produtor utiliza o seu poder de mercado para fixar preços diferentes para o mesmo produto ou serviço, discriminando-os entre compradores, de forma a se apropriar de parcela do excedente do consumidor e, assim, elevar os seus lucros.
Agora, existem casos em que a prática de preços diferentes por razões específicas é uma política comercial legítima em que agentes econômicos desiguais são tratados de maneira desigual (como, por exemplo, a prática de descontos por volume consumido ou para determinado perfil de consumidores, como descontos para entradas de cinema para estudantes e idosos). Mas há casos em que pode ser uma forma de financiar estratégias predatórias por meio de subsídios cruzados, devendo tal prática ser coibida.
64)Em que hipótese qualquer prática empresarial, ainda que não relacionada no Lei das Infrações contra a Ordem Econômica (Lei 12.529/11, art.36, par.3o) poderia configurar infração contra a ordem econômica?
R: As condutas de limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa e exercer de forma abusiva posição dominante
65)Responder, fundamentando, se a culpa é relevante para caracterização de infração contra a ordem econômica.
R: De acordo com o artigo 36 da Lei nº 12.529/11, não é necessário a culpa para caracterizar a infração contra a ordem econômica.
66)Qual o ente competente (responsável) pela repressão de natureza administrativa à caracterização de infração contra a ordem econômica?
R: O órgão competente pela repressão administrativa da infração contra a ordem econômica é Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
67)Como se processa a repressão de natureza administrativa das infrações contra ordem econômica?
R: A função repressiva consiste em investigar e julgar demais atos anticompetitivos, como os já mencionados trustes e cartéis e aqueles previstos como “infrações à ordem econômica” no art. 36 da Lei de Defesa da Concorrência. As penas para essas infrações estão previstas no art. 37 e seguintes. De forma geral, aplicam-se multas proporcionais ao ganho do infrator com a violação, mas a legislação também prevê sanções como proibição para contratar e exercer comércio por prazo determinado, cisão da sociedade empresarial (transferência de parcelas da sociedade para outra) e publicação da condenação em jornal.
68)Que sanções administrativas são aplicadas aos empresários condenados pela prática de infração à ordem econômica?
R: Conforme o artigo 7 da lei nº 12.529/11 prevê as seguintes sanções: I - no caso de empresa, multa de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido, no último exercício anterior à instauração do processo administrativo, no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;
II - no caso das demais pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como quaisquer associações de entidades ou pessoas constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, que não exerçam atividade empresarial, não sendo possível utilizar-se o critério do valor do faturamento bruto, a multa será entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais);
III - no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, quando comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por cento) a 20% (vinte por cento) daquela aplicada à empresa, no caso previsto no inciso I do caput deste artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos previstos no inciso II do caput deste artigo. 
§ 1o  Em caso de reincidência, as multas cominadas serão aplicadas em dobro.
§ 2o  No cálculo do valor da multa de que trata o inciso I do caput deste artigo, o Cade poderá considerar o faturamento total da empresa ou grupo de empresas, quando não dispuser do valor do faturamento no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, definido pelo Cade, ou quando este for apresentado de forma incompleta e/ou não demonstrado de forma inequívoca e idônea. 
	
69)Qual a natureza jurídica das decisões administrativas condenatórias proferidas pela prática de infração contra a ordem econômica?
R: Tem natureza repressiva as decisões administrativas condenatórias pela prática de infração contra a ordem econômica.
70)Descrever a forma de execução da decisão administrativa condenatória proferida por infração contra a ordem econômica e citar restrição aplicável pelo juiz.
R: O artigo 18 A da lei 12.529/11 diz que A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito ou a prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte:
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um terço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu;
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções.
Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos."
71)Responder se o órgão competente para repressão à infração contra a ordem econômica atua preventivamente e citar o modo e objetivo pretendido.
R: O Cade, entre as funçõesprevistas no art. 7º da Lei nº 8.884/94, compete decidir os processos administrativos instaurados pela SDE; decidir sobre a existência de infração à ordem econômica e aplicar as penalidades previstas na lei, considerando a gravidade da conduta caracterizadora da infração; apreciar os atos e condutas que possam limitar ou prejudicar a livre concorrência ou resultar no domínio de mercado, fixando compromisso de desempenho quando aprová-los.
Atendendo aos dispositivos previstos na lei, o Cade atua de forma preventiva e repressiva, ora proibindo certas negociações e intervindo nos possíveis efeitos prejudiciais da atuação empresarial, ora fiscalizando e punindo os responsáveis por comprovadas infrações à ordem econômica. O Cade supervisiona os atos e atividades empresariais orientando-se pela defesa da concorrência, não lhe competindo estimulá-la, pois não é órgão formulador de política de fomento à concorrência.
72)À parte da repressão à infração contra a ordem econômica, existe a repressão à concorrência desleal. Pergunta-se: quais os dois níveis de repressão à concorrência desleal feita pelo Direito?
R: O âmbito civil e o âmbito penal.
73)Em cada um dos dois níveis de repressão à concorrência desleal, descrever a conduta/sanção aplicável.
R: No plano civil, o prejudicado pela concorrência desleal pode pedir a reparação pelos danos havidos, por via de ação ordinária de reparação, com as particularidades próprias: dispensa de prova de intenção e de prejuízo.
A concorrência desleal que vai incidir na esfera penal é aquela mais gravosa. Por apresentar uma mais significativa deslealdade, deve-se ir além, tipificando-se a conduta e ameaçando-a, abstratamente com uma pena criminal, sem se renunciar, contudo, à reparação dos danos. 
Portanto, concorrência desleal criminosa compreende as condutas que o legislador optou por tipificar, ou seja, converter em ações penalmente relevantes.
74)Explicar a distinção dentre à concorrência regular (não sancionada pelo direito) e a concorrência desleal (penalizada pelo direito), analisando a questão à luz da Teoria Clássica da Culpa.
R: A concorrência regular utiliza a liberdade e a valorização da livre iniciativa do trabalho para conseguir lucros de forma moral, lícita e leal. Quando a livre iniciativa promove desigualdades nas relações econômicas, o próprio Estado cria ações para promover ordem econômica e restabelecer a igualdade entre a empresa mais forte e a empresa mais fraca, possibilitando assim a permanência de ambas no mercado. 
Já a concorrência desleal é caracterizada quando a empresa usa de meios fraudulentos e desonestos para influenciar a clientela do concorrente, desviando a conduta moral, violando princípios da honestidade comercial, bons costumes e da boa-fé. É considerada uma prática ilícita e pode levar ao pagamento de indenizações e até aplicação de penas criminais. 
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