Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TERAPIA NUTRICIONAL EM ENFERMAGEM O foco inicial é a abordagem da Resolução n. 453/2014 do Conselho Federal de Enfermagem, a qual aprova a Norma Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional. 1. OBJETIVO Estabelecer diretrizes para atuação da equipe de enfermagem em Terapia Nutricional, a fim de assegurar uma assistência de Enfermagem competente e resolutiva. 2. DEFINIÇÕES • Terapia Nutricional (TN) – conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da Nutrição Parenteral ou da Nutrição Enteral. • Nutrição Parenteral (NP) – solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. A nutrição parenteral é destinada a terapia intravenosa. • Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) – conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NP. • Nutrição Enteral (NE) – alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. • Terapia de Nutrição Enteral (TNE) – conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE. • Nutrição Oral Especializada: (NOE) – consiste em utilização de dietas alimentares acrescidas de suplementos e/ou em utilização de suplementos de dietas enterais por via oral associada a alimentação diária. • Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) – um grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos um profissional médico, enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional (TN), podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério da unidade hospitalar 3. COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL A equipe de enfermagem envolvida na administração da TN é formada por Enfermeiros e Técnicos de 1 Enfermagem. Por ser considerada uma terapia de alta complexidade, é vedada aos Auxiliares de Enfermagem a execução de ações relacionadas à TN podendo, no entanto, executar cuidados de higiene e conforto ao paciente em TN. Os Técnicos de Enfermagem, participam da atenção de enfermagem em TN, naquilo que lhes couber, ou por delegação, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. De modo geral, compete ao Enfermeiro cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas: a. Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em TN, pautados nesta norma, adequadas às particularidades do serviço; b. Desenvolver ações de treinamento operacional e de educação permanente, de modo a garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em TN; c. Responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da NP e da NE; d. Responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente em TN, seja no âmbito hospitalar, ambulatorial ou domiciliar; e. Fazer parte, como membro efetivo, da EMTN; (médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico) f. Participar, como membro da EMTN, do processo de seleção, padronização, parecer técnico para licitação e aquisição de equipamentos e materiais utilizados na administração e controle da TN. 4. NORMAS GERAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM TERAPIA NUTRICIONAL a. Implementar ações visando preparar e orientar o paciente e familiares quanto a Terapia Nutricional, seus riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar como ambulatorial e residencial; b. Proceder a correta armazenagem do frasco de nutrição visando sua conservação e integridade; c. Estabelecer os cuidados específicos com a via de administração; d. Cuidados com a administração da nutrição, conferindo: prontuário, rótulo do frasco, nome do paciente, via de administração, volume e horário; e. Monitorar o paciente durante o procedimento; f. Comunicar à equipe Multiprofissional, as intercorrências relacionadas à Terapia Nutricional; g. Proceder as anotações em prontuário do paciente. VIA DE ACESSO NUTRIÇÃO PARENTERAL – NP A Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) pode ser administrada por via periférica ou central conforme a osmolaridade da solução. a. Periférica: É indicada para soluções com osmolaridade até 900 mOsm/L. b. Central: É indicada para soluções que tem osmolaridade maior que 700 mOsm/L. Utiliza-se veia central de grosso calibre e alto fluxo 1 sanguíneo, tais como: veias subclávias e jugulares. Está contraindicada a femoral pelo risco de infecção. Compete ao Enfermeiro: Nutrição Parenteral – NP a. Proceder a punção venosa periférica de cateter intravenoso de teflon ou poliuretano, ou cateter periférico central (PICC), desde que habilitado e/ou capacitado para o procedimento. b. Participar com a equipe medica do procedimento de inserção de cateter venoso central. c. Assegurar a manutenção e permeabilidade da via de administração da Nutrição Parenteral. d. Receber a solução parenteral da farmácia e assegurar a sua conservação até a completa administração. e. Proceder à inspeção visual da solução parenteral antes de sua infusão. f. Avaliar e assegurar a instalação da solução parenteral observando as informações contidas no rótulo, confrontando-as com a prescrição. g. Assegurar que qualquer outra droga, solução ou nutrientes prescritos, não sejam infundidos na mesma via de administração da solução parenteral, sem a autorização formal da equipe Multiprofissional de Nutrição Parenteral. h. Prescrever os cuidados de enfermagem inerentes a Terapia de Nutrição Enteral, em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar. i. Detectar, registrar e comunicar a EMTN ou ao médico responsável pelo paciente as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrativa. j. Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e evolução do paciente, quanto aos dados antropométricos, peso, sinais vitais, balanço hídrico, glicemia, tolerância digestiva entre outros Compete ao Técnico de Enfermagem: Nutrição Enteral – NE a. Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, garantindo a capacitação e atualização referente às boas práticas da Terapia Nutricional; b. Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido; c. Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda da TNE; d. Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual. NUTRIÇÃO ORAL ESPECIALIZADA – NOE A via oral é o método mais natural e desejável, deve ser de eleição em pacientes dotados de bom nível de consciência e que tenham algum grau de permeabilidade do tubo digestivo. A escolha para a ingesta de alimentos que servem para complementar a alimentação do paciente ou quando a dieta requer complementação, é destinada a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais. 1Compete ao Enfermeiro: Nutrição Oral Especializada – NOE a. Avaliar as condições de deglutição do paciente conjunto com a EMTN. b. Identificar, registrar e informar a EMTN fatores que aumentem o catabolismo do paciente, tais como: Úlcera por pressão, febre, diarreia, perdas hídricas, sinais de infecção, imobilidade prolongada. c. Avaliar a tolerância gastrointestinal ao suplemento nutricional, em consonância com a EMTN. d. Manter rigorosamente a oferta do suplemento nutricional nos horários estipulados na prescrição dietética. Prescrever cuidados de enfermagem. Estabelecer plano educacional ao paciente e familiares, no momento da alta. NUTRIENTES Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são absorvidas pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento. Também podemos dizer que os nutrientes são os produtos dos alimentos depois de degradados. • Tem-se, então, o alimento, que é quebrado (degradado) e transformado em nutrientes. Os alimentos são digeridos para que os nutrientes sejam absorvidos (processo pelo qual os nutrientes chegam ao intestino e, daí, passam para o sangue, agindo sobre o organismo). • Para que o nutriente seja absorvido, ele precisa, durante esse processo, ser digerido. NUTRIENTES – MACRONUTRIENTES Os macronutrientes são os nutrientes dos quais o organismo precisa em grandes quantidades e que são amplamente encontrados nos alimentos. São especificamente os carboidratos, os lipídeos e as proteínas. • Macro: em grandes quantidades. • Carboidratos: pães, massas, alguns tipos de frutas, batatas, tubérculos, mandiocas etc. • Lipídeos (ou gorduras): azeite, salmão, abacate etc. • Proteínas: ovo, carne do frango, carne suína, carne bovina, peixes, vegetais, grãos etc. NUTRIENTES – MICRONUTRIENTES São nutrientes que não precisamos absorver em grandes quantidades, embora eles sejam muito importantes para o bom funcionamento de nosso organismo. São os micronutrientes encontrados nos alimentos em concentrações pequenas. Existem dois tipos de micronutrientes: as vitaminas e os minerais. • Micro: em pequenas quantidades. • Vitaminas: frutas e legumes. • Minerais: hortaliças e vegetais. 1 TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS • Para que possamos andar, correr e até pensar, nós precisamos de muita energia. • Por isso, os alimentos energéticos são fundamentais para quem precisa ter energia para enfrentar as atividades do cotidiano como estudar, trabalhar e brincar. • Devido à sua importância, os nutrientes energéticos compostos por carboidratos são fundamentais, por isso não é recomendável excluir os alimentos energéticos da sua dieta diária. NUTRIENTES REGULADORES • Os chamados nutrientes reguladores incluem vitaminas, sais minerais, fibras e água. Cada nutriente tem um papel específico, mas todos têm a mesma função: regular o bom funcionamento do organismo. • Bom funcionamento do organismo: excreção adequada e consistência de urina e fezes. NUTRIENTES CONSTRUTORES • Nos nutrientes construtores há um tipo de macronutriente: proteínas. • Os alimentos que contêm os chamados nutrientes construtores estão incluídos no grupo das proteínas. • Eles participam da constituição de enzimas, anticorpos e hormônios, defendem o organismo de doenças e atuam na formação e reparação dos tecidos e promoção do crescimento. • Alguns desses alimentos ajudam na formação de ossos e dentes, na contração muscular e na renovação das células, entre outras funções. Apesar de estarem um nível acima das frutas e hortaliças na pirâmide alimentar, os alimentos construtores (proteínas) são importantes dentro de uma dieta saudável e equilibrada. Além de serem ricos em proteínas, esses alimentos contêm cálcio, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Os alimentos construtores devem ser ingeridos de 1 a 3 porções por dia. CARBOIDRATOS • Na química, os carboidratos são definidos como moléculas orgânicas que apresentam uma estrutura de carbono, hidrogênio e oxigênio. Além disso, podem ser denominadas como glicídios, hidratos de carbono ou ainda açúcares. • Os carboidratos são nutrientes que fornecem energia para o nosso organismo. • A ingestão de carboidratos evita que as proteínas dos tecidos sejam usadas para o fornecimento de energia. • Este macronutriente, quando ingerido, e absorvido é responsável por liberar glicose, fornecer energia para as células por ser a primeira fonte de energia celular e fazer a manutenção metabólica glicêmica para que o corpo continue funcionando bem. 1 • Por isso que o paciente diabético deve ter uma restrição (contagem) de ingestas de carboidratos, porque a degradação final do carboidrato é glicose (açúcar). TIPOS DE CARBOIDRATOS Existem 3 tipos de carboidratos: • Monossacarídeos apresentam as glicoses, encontradas no mel, na batata e nas farinhas, por exemplo: a frutose, que é o açúcar das frutas; e a galactose, que está presente no leite e seus derivados. • Dissacarídeos, também conhecidos como oligossacarídeos, nos quais se encontram a sacarose, composta pelo açúcar branco, por exemplo: maltose, obtida através de alguns cereais como a cevada; e a lactose, que é o açúcar do leite – aquele que muitas pessoas apresentam alergia ou intolerância. • Polissacarídeos são compostos pelo amido, que está presente em grãos e cereais, como o trigo, arroz e batata, e pela celulose, presente em frutas, legumes, hortaliças, nozes e cascas de sementes. CARBOIDRATO Tipos: Monossacarídeos: glicose, frutose, galactose e manose. Dissacarídeos ou oligossacarídeos: sacarose (glicose + frutose); maltose (glicose + glicose) e lactose (glicose + galactose). Polissacarídeos: amido, glicogênio e celulose. CARBOIDRATOS (monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos) Carboidrato simples: são os alimentos que possuem carboidratos refinados e que são rapidamente digeridos e absorvidos pelo organismo, aumentando os níveis de açúcar no sangue, são os mono e dissacarídeos. Por isso, devido à rápida absorção, esses alimentos provocam a sensação de fome em menos tempo do que outros tipos de alimentos. • Exemplos: Massas, arroz, mel, pães, uvas passas, pipoca, batata e mandioca e refrigerantes. Carboidratos complexos: eles fazem com que a digestão seja mais lenta, assim o açúcar demora mais tempo para chegar até o sangue, ocasionando sensação de saciedade por um período maior. Segundo os nutricionistas, além de serem ideais para os diabéticos, eles também devem ser consumidos por quem está fazendo dieta para emagrecer. Em geral, os alimentos com carboidratos complexos são mais ricos em fibras, vitaminas do complexo B, fibras, ferro e minerais. • A pessoa que consumir carboidrato simples sentirá mais fome em um espaço curto de tempo do que as que consomem o carboidrato complexo, porque o simples é rapidamente absorvido. 1 • Exemplos: maçã, pera, banana, leite, grão de bico, lentilha, cevada, trigo e iogurte. GORDURAS • As gorduras ou lipídeos são os principais fornecedores de energia, além dos carboidratos. • Também são responsáveis por proteger os órgãos contra lesões, manter a temperatura do0020corpo, ajudar na absorção de algumas vitaminas – lipossolúveis (A, D, E e K) e produzir uma sensação de saciedade depois das refeições. • As gorduras podem ser tanto de origem animal quanto vegetal. As de origem animal geralmente são sólidas à temperatura ambiente e as de origem vegetal são líquidas. GORDURA – COLESTEROL O tão falado colesterol não é um tipo de gordura. • É um composto parecido com esse nutriente e que participa de vários processos orgânicos envolvendo os lipídeos. • Tem importantesfunções, como estruturação das células, formação de hormônios e de vitamina D. Existem dois tipos de colesterol: • o colesterol “ruim”, chamado LDL, é aquele que se acumula no sangue. • o colesterol “bom”, chamado HDL, é responsável por retirar o colesterol “ruim” do sangue e levá-lo até o fígado para ser destruído. Todos nós temos os dois tipos de colesterol e existe um nível sanguíneo normal para cada um deles. • Quando se tem muito LDL (colesterol ruim) no sangue, aumenta a deposição de lipídeos, aumenta a deposição de gordura nas paredes das artérias, que terão o fluxo obstruído, fazendo então as placas ateroscleróticas, que decorrem de um grande aumento do LDL. • A função do HDL (colesterol bom) é de retirar o LDL do sangue, levá-lo ao fígado, para que seja então degradado. • Se não há muito HDL e o LDL subir, aumenta o risco cardiovascular. • Se os níveis de HDL são baixos, isso quer dizer que mesmo tendo níveis normais de LDL, há menos ligação para levar ao fígado. TIPOS DE GORDURAS Gorduras Insaturadas – Auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares. Isso porque, ao elevar o HDL e diminuir o nível do LDL, são reduzidos os níveis de triglicerídeos e o colesterol. Diminui a formação e manutenção de placas de gordura no sangue, as chances de a pessoa sofrer pressão alta, infarto ou derrame cerebral são reduzidas. • Exemplos: nozes, castanha de caju, quinoa, amêndoas, castanha do Pará, abacate, gordura dos peixes, azeite de oliva e óleo de canola. 1 Gorduras Monoinsaturadas – As gorduras monoinsaturadas permanecem na forma líquida quando se encontram à temperatura ambiente, mas solidificam quando refrigeradas. As gorduras monoinsaturadas são benéficas para o organismo, pois ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL no sangue, sem diminuir os de colesterol HDL. • Exemplos: abacate, oliva, açaí, óleo, óleo de girassol, amêndoas, nozes, amendoim, castanha de caju etc. Gorduras Poliinsaturadas – As gorduras poliinsaturadas encontram-se normalmente na forma líquida, independentemente da temperatura à qual estão armazenadas. São importantes para o organismo porque diminuem o colesterol “ruim” e aumentam o “bom”. • Exemplos: peixes, açafrão, azeitona, milho e óleo de soja. • Diminui o LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL (colesterol bom). Gorduras Saturadas – em temperatura ambiente, esse tipo de gordura apresenta-se em estado sólido. Elas são encontradas principalmente em produtos de origem animal, como nas carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata), azeite de dendê, óleo e derivados de coco, bacon, banha de porco, óleo de algodão. • Essas gorduras contribuem para o aumento do LDL (colesterol ruim). Gorduras trans – As gorduras trans são formadas através de um processo químico chamado de hidrogenação. Nesse processo, os óleos vegetais líquidos são aquecidos e transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida. Na indústria de alimentos, elas recebem o nome de gordura vegetal hidrogenada. • Eleva o LDL (colesterol ruim). • Exemplos: lanches de Fast Food, sanduíches, frituras, embutidos (batatas, amendoins, bolachas) e bolachas recheadas. Obs.: Mas por que a indústria se interessa por esse tipo de gordura? Porque ela ajuda a aumentar a validade do produto, melhora a consistência e o sabor dos alimentos, além de poder substituir os óleos feitos com gordura animal. PROTEÍNAS 1 Compostos bioquímicos que contêm nitrogênio em sua molécula e que contribuem para a estrutura do organismo. As proteínas estão intimamente relacionadas com a composição dos tecidos do organismo, como também estão presentes na composição de enzimas e hormônios. São componentes necessários para o crescimento, construção e reparação dos tecidos do nosso corpo e entram na constituição de qualquer célula. As proteínas ainda fazem parte da composição dos anticorpos do sistema imunológico corporal, participam ativamente de inúmeros processos metabólicos e de muitas outras funções do corpo. Quando necessário, são convertidas em glicose para fornecer energia. O seu excesso de consumo pode causar prejuízos, como a sobrecarga de trabalho no fígado e nos rins, aumento da excreção de cálcio e de outros minerais. O excesso de calorias na forma de proteínas se transforma em gordura, sendo depositada nos tecidos. As proteínas constituem a maior parte dos tecidos animais, junto com a água, e estão presentes também nas plantas, especialmente nas sementes. Obs.: O antígeno se liga ao anticorpo através de uma ligação proteica. Obs.: Devido à sobrecarga de trabalho no fígado e nos rins, por causa do excesso de proteínas, pode haver a formação de cálculos renais. Obs.: Os nutrientes são calculados em forma de calorias. Quando essas calorias superam as necessidades fisiológicas, as proteínas são armazenadas em forma de gorduras. Funções • Função de defesa: Os anticorpos são proteínas que atuam na defesa do organismo contra os organismos invasores, como bactérias, vírus e outras substâncias nocivas e estranhas. E as responsáveis pela coagulação do sangue e prevenção de perda sanguínea em caso de cortes e ferimentos estão outras proteínas de defesa, como a trombina e o fibrinogênio. Obs.: Os anticorpos estão relacionados ao sistema imunológico. Obs.: Na função de defesa do organismo, a proteína atua no sistema imunológico através da formação de anticorpos e cascata de coagulação (formação da rede de fibrina em casos de sangramento). • Função reguladora: Como proteínas reguladoras de atividades metabólicas, temos os hormônios. A insulina é um exemplo, pois é a responsável por reduzir a glicemia, ou seja, regular a taxa de glicose no sangue. Obs.: A insulina é uma enzima que vai fazer a captação da glicose no sangue. Possui, em sua composição, proteína. • Função nutriente: Muitas proteínas têm função nutriente, como a albumina do ovo. • Função estrutural: A proteína ajuda ainda a dar maior consistência e elasticidade aos tecidos. 1 Entre as proteínas estruturais, destaque para o colágeno (constituinte da cartilagem), fibrinogênio (presente no sangue) e queratina (proteína do cabelo). • Função transportadora: Proteínas encontradas nas membranas plasmáticas e intracelulares transportam substâncias, como aminoácidos e glicose, através das membranas celulares. Já a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, transporta oxigênio para os tecidos. Obs.: As proteínas facilitam a entrada e saída de algumas substâncias da célula. Ajudam a transportar substâncias do meio extracelular para o meio intracelular. • Função enzimática: Grupo mais variado de proteínas. As enzimas são capazes de catalisar reações químicas, e a sua função depende de sua estrutura. Acreditava-se que cada enzima (mais de 2000 são conhecidas) era capaz de catalisar apenas um tipo de reação química. No entanto, segundo pesquisas recentes, algumas enzimas podem catalisar diferentes reações químicas. VITAMINAS Principais Características Obs.: As vitaminas são micronutrientes. Não são produzidas pelo organismo, mas provenientes da alimentação. O organismo precisa de quantidades muito pequenas de vitaminas para realizar as suas funções vitais, o que não significa que não precisamos nos preocupar se a nossa alimentação está ou não nos fornecendo as vitaminas necessárias para uma vida saudável. Na verdade, quando nossa alimentação está desequilibrada, facilmente apresentamos carências de micronutrientes (tanto de vitaminas quanto de minerais). Isto pode acontecer porque o organismo humano não possui a capacidade de fazer grandes reservas de micronutrientes.O excesso é tóxico e grande parte é eliminada pelas fezes ou urina, e longos períodos de alimentação incorreta certamente leva a carências de vitaminas e minerais. Obs.: As vitaminas não são armazenadas, mas quando absorvidas, são utilizadas. Por isso, a importância da ingestão constante de vitaminas e minerais. Vitaminas Lipossolúveis As vitaminas lipossolúveis são representadas pelas vitaminas A, D, E e K. São solúveis em lipídeos (gorduras) e não solúveis em água. Depois de absorvidas pelo intestino (com a ajuda dos sais biliares produzidos pelo fígado), essas vitaminas são transportadas através do sistema linfático até o tecido adiposo, onde ficam armazenadas. As A e D são armazenadas principalmente no fígado, e a E nos 1 tecidos gordurosos. Já a vitamina K, é armazenada em pouca quantidade pelo organismo. As vitaminas são encontradas associadas a gorduras no leite, queijo, carne, gema de ovo, fígado. Não é necessário o seu consumo diário. Obs.: Essas vitaminas, no momento em que são absorvidas, têm que ser armazenadas em algum local para serem utilizadas. Vitamina A – Retinol Vitamina que está associada à composição das células do globo ocular e principalmente da retina. • Função: Papel muito importante na visão, no crescimento, desenvolvimento, manutenção da pele e imunidade, funcionamento de órgãos reprodutores. • Fonte: Gordura do leite, fígado, gema do ovo, manteiga, vegetais verde-escuros e alaranjados como brócolis, couve, cenoura e abóbora. Vitamina D – Calciferol • Função: Controla a absorção do cálcio e do fósforo; regula a formação e reconstituição dos ossos e dentes. Ajuda na prevenção de doenças como raquitismo, osteomalácia e osteoporose. • Fonte: Óleo de fígado de peixe, gema de ovo, manteiga. A pessoa deve ficar exposta aos raios solares para que haja produção de vitamina no organismo. Vitamina E – Tocoferol A maioria da composição da vitamina E é de origem vegetal. • Função: Contribui para o bom estado dos tecidos; auxilia na digestão das gorduras; importante função antioxidante, com excelente característica de defesa contra efeitos nocivos dos radicais livres; está relacionada à prevenção de condições associadas ao estresse oxidativo, tais como envelhecimento, câncer, doença cardiovascular, entre outras. • Fonte: Óleos vegetais, vegetais verde-escuros como espinafre, germe de trigo, gema de ovo, gordura do leite, nozes, grãos integrais. 1 Vitamina K – Menadiona • Função: É fundamental para a coagulação sanguínea e participa do metabolismo de minerais, como cálcio e ferro. • Fonte: Fígado, óleos vegetais, vegetais verdes. Também é produzida pelas bactérias do intestino. Obs.: As vitaminas lipossolúveis são aquelas que possuem solubilidade em lipídios. Exemplos: vitaminas A, D, E e K. Obs.: Vitaminas. Palavras-chaves: • A (retinol): visão; • D (calciferol): cálcio e fósforo; • E (tocoferol): antioxidantes; • K (menadiona):anticoagulante. Obs.: As vitaminas E e K têm como fontes principais os vegetais. As vitaminas A e D, os leites e derivados e algumas frutas específicas. Uma das fontes da vitamina D é a exposição aos raios solares. As vitaminas classificam-se em lipossolúveis e hidrossolúveis. São 13 tipos de vitaminas. Em seguida falaremos sobre os minerais: sódio, potássio, cálcio, cloro, cobre, magnésio e outros. Classificação das Vitaminas Vitamina C – ÁCIDO ASCÓRBICO Como o próprio nome sugere, é muito encontrado em alimentos ácidos. Sua maior fonte são as frutas ácidas. Função: • auxilia na absorção do ferro; • participa da formação de colágeno e do processo de cicatrização; • manutenção e integridade das paredes capilares; • formação de glóbulos vermelhos; • metabolismo de alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B; • e aumenta a resistência contra certas doenças como a gripe. Palavras-chave: gripe e absorção de ferro, são seus pontos fortes. Fonte: acerola, limão, laranja, abacaxi, maracujá, morango, kiwi, melão, abacaxi, brócolis, verduras. Ajuda no processo imunológico, aumentando a resistência contra as doenças. 1 COMPLEXO B O complexo B é formado pelas vitaminas B1, B2, B3, B5, B6 e B12. Cada uma com uma função e uma fonte específica. A maioria delas é de origem vegetal. VITAMINA B1 – TIAMINA Função: • é importante para o bom funcionamento dos músculos e do cérebro; • previne o envelhecimento, melhora a função cerebral, combate a depressão e a fadiga; • pessoas com deficiência de vitamina B1 apresentam inapetência, baixa aceitação da dieta e consequente perda de peso, confusão mental e fraqueza muscular; • em casos mais graves pode haver comprometimento do coração. Palavras-chave: funcionamento dos músculos e do cérebro. Combate ao envelhecimento e a depressão. Fonte: aves, peixes, leite e derivados, cereais, verduras, vegetais de folhas. VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA Função: • contribui para o bom estado das mucosas e da visão e acelera a cicatrização; • previne catarata; • ajuda na reparação e manutenção da pele e na produção do hormônio adrenalina. Palavras-chave: visão, cicatrização e adrenalina. Fonte: leite e derivados, cereais, carnes, fígado. VITAMINA B3 – NIACINA Função: • participa do metabolismo dos carboidratos e das proteínas e é essencial nas reações de obtenção de energia; • reduz triglicérides e colesterol; • auxilia no funcionamento adequado do sistema nervoso imunológico. Palavras-chave: carboidratos e proteínas. Redução de lipídeos – triglicérides e colesterol. Fonte: carnes vermelhas magras, peixe, amendoim, grãos, ovo, leite, leguminosas como lentilha, feijão, abacate, frutas secas, batata doce, tomate. VITAMINA B5 – ÁCIDO PANTOTÊNICO Para ajudar a memorizar lembre que 5 é penta – pantotênico. Função: • ajuda a transformar os nutrientes em energia e é importante para o funcionamento do cérebro; • auxilia na formação de células vermelhas do sangue e na desintoxicação química; • previne degeneração de cartilagens; e • ajuda na construção de anticorpos. Palavras-chave: cérebro e células vermelhas. Fonte: presente em quase todos os alimentos; carnes, ovos, leite, grãos integrais e inteiros, amendoim, levedura, vegetais (brócolis), algumas frutas (abacate), ovário de peixes de água fria, geleia real. 1 VITAMINA B6 – PIRIDOXINA Função: • participa do metabolismo das proteínas e dos glóbulos vermelhos (células do sangue); • reduz o risco de doenças cardíacas; • ajuda na manutenção do sistema nervoso central e no sistema imunológico; • alivia enxaquecas e náuseas. Palavras-chave: proteínas e glóbulos vermelhos. Sistema imunológico. Alívio de enxaquecas e náuseas. Fonte: carnes, ovo, leite, fígado, cereais integrais, semente de girassol, feijões (soja, amendoim, feijão), aves, peixes, frutas (banana, tomate, abacate) e vegetais (espinafre) VITAMINA B8 – BIOTINA Também pode ser chamada de Vitamina B7. Função: • auxilia na digestão de gorduras e participa de várias reações com a vitamina B5; • promove o crescimento celular; • auxilia na produção de ácidos graxos e redução de açúcar no sangue; • previne a calvície; e • alivia dores musculares. Palavras-chave: ácidos graxos, redução de açúcar e prevenção da calvície. Fonte: carne, leite, cereais, ovo, nozes e castanhas. VITAMINA B9 – ÁCIDO FÓLICO Função: • fundamental na divisão celular, especialmente das células do sangue; • atua no metabolismo do DNA; • promove a saúde dos cabelos e da pele; • fornece nutrientes para garantir a manutenção dos sistemas imunológico, circulatório e nervoso; • ajuda no combate do câncer de mama e de cólon; • ajuda no desenvolvimentodo sistema nervoso dos bebês durante a gestação. • a deficiência de vitamina B9 ou vitamina B12 pode levar a anemia megaloblástica. Palavras-chave: divisão celular e sistema nervoso. Fonte: frutas, fígado, cereais, verduras cruas, carnes, ervilha, couve, folhas verdes. VITAMINA B12 – CIANOCOBALAMINA Função: • ajuda a formar as células vermelhas do sangue e as moléculas de DNA; • age sobre células nervosas, no equilíbrio hormonal e na beleza da pele; 1 • quando o consumo de alimentos ricos em vitamina B12 é pequeno, deve-se tomar um suplemento alimentar dessa vitamina para evitar a anemia e outras complicações; • a falta de vitamina B12 pode provocar alterações neurológicas e anemia megaloblástica. • a deficiência de vitamina B9 ou vitamina B12 pode levar a anemia megaloblástica. Palavras-chave: células vermelhas e anemia. Fonte: carnes, peixes, leite e derivados. Terapia Nutricional em Enfermagem 1. Minerais Os minerais podem nos alimentos de origem animal e vegetal. As melhores fontes alimentares são aquelas nas quais os minerais estão presentes em maior quantidade e são melhor absorvidos pelo organismo, ou seja, quando são melhor aproveitados. Seja qual for a fonte, os minerais são indispensáveis para regular as funções do nosso organismo e compor a estrutura dos nossos ossos e dentes. Funções 1.1 Cálcio A principal função do cálcio é manter ossos e dentes fortes, sendo necessário no processo de calcificação e manutenção óssea. É necessário para o bom funcionamento do coração, atua na contração muscular, age na oxigenação dos tecidos. Sem o cálcio no sangue, o mineral precisa ser retirado dos ossos e dentes, deixando-os fracos, iniciando assim um processo de osteopenia e osteoporose. São fontes de cálcio, o leite e derivados (queijo, iogurte), feijão, lentilha, mariscos, ostra, salmão, vegetais com coloração verde-escuro (brócolis, couve, chicória). 1.2 Sódio É o responsável por regular os líquidos corporais; auxilia no processo de contração muscular. Quem apresenta grande retenção líquida ou constante perda líquida pode sofrer de baixa concentração de sódio, chamada de hiponatremia, cujos sintomas são fadiga, vômito, náusea, dor de cabeça, câimbra muscular e desorientação. 1 São fontes de sódio, sal utilizado no preparo dos alimentos. 1.3 Fósforo Sua principal função é produz e estoca energia. Está presente na composição do código genético (DNA e RNA) e nos ossos, auxiliando a manutenção óssea. Combinado ao cálcio, o fósforo forma o maior componente dos ossos e dentes. O corpo precisa do fósforo para equilibrar seu pH e, assim, garantir o sucesso das reações químicas que mantêm os órgãos funcionando. Sua falta ocasiona anemia, fraqueza muscular, diminuição de apetite, dor nos ossos e maior chances de contrair infecções. São fontes de fósforo: carne em geral, leite e derivados, ovo, peixes, cereais, leguminosas e legumes. 1.4 Potássio O potássio influencia a contração muscular, participa da transmissão do impulso nervoso e ajuda o funcionamento do coração. Se há baixa concentração de potássio no plasma, chamado de hipocalemia, pode ocorrer fadiga, cãimbra muscular, dor abdominal, fraqueza. A hipocalemia pode levar também à arritmia cardíaca. A perda de potássio pode ser ocasionada pela sudorese, diarreia crônica ou diuréticos. São fonte as frutas (banana, laranja), verduras, legumes, tomate, batata. 1.5 Cloro A sua principal função é atuar na regulação da pressão osmótica, juntamente com o sódio, mantendo o balanço aquoso. Participa da manutenção do pH sanguíneo. É absorvido de forma rápida no trato gastrointestinal. Sua falta pode provocar fraqueza muscular, letargia, perda de apetite. São fonte os ovos, leite, sal de cozinha, carnes, frutos do mar. 1.6 Magnésio A sua principal função é atuar nos ossos, na contração e no relaxamento dos músculos, incluindo o coração. A deficiência de magnésio diminui a resistência e pode produzir hiperatividade nas crianças. A falta do mineral pode provocar cãibras. São fonte as frutas, legumes, vegetais, cereais integrais, arroz integral, chocolate amargo, levedura de cerveja. 1 1.7 Enxofre Participa da formação do coágulo sanguíneo, do colágeno (substância importante na formação e manutenção da pele, ossos), do metabolismo de gorduras e carboidratos, da formação de algumas proteínas, da reparação e construção de tecidos e células, no processo de transferência de energia. Sua falta no organismo pode provocar dores nas articulações, ardor na garganta e no abdômen, redução do brilho e textura da pele, sensação de debilidade física, depressão, histerismo e outros problemas do sistema nervoso. São fontes frutas e verduras, carnes, peixes, ovos, leite e derivados. 1.8 Ferro Sua função é antioxidante (combate os radicais livres, evitando a formação de placas de gorduras nas artérias), aumenta as defesas do organismo, necessário para a produção de hemoglobina e responsável pela assimilação e transporte de oxigênio para as células. As mulheres devem consumir mais alimentos com ferro, pois perdem o dobro de ferro se comparado com os homens. A falta de ferro causa anemia e há predisposição para a fadiga crônica. São fontes: feijão, carne vermelha, ovo, cereais, beterraba, lentilha, marisco, leguminosas, legumes, fígado, vegetais verdes. 1.9 Cobre É antioxidante, ajuda na absorção do ferro, participa da produção de hemoglobina e regulador do colesterol. Necessário para a produção de energia. São fontes carnes, peixes, sementes, leguminosas, cereais integrais e abacate. 1.10 Iodo Regula a função da glândula tireoide, ajuda na proteção contra os efeitos tóxicos dos materiais radioativos, previne o bócio (aumento da glândula da tireoide). Participa das reações celulares que envolvem energia, incluindo o metabolismo dos nutrientes. São fontes: sal de cozinha iodado, laticínios, produtos do mar. 1.11 Zinco Protege o sistema imunológico. Necessário para a fertilidade do homem, pois a falta de zinco no organismo pode provocar a diminuição dos hormônios masculinos. A 1 falta de zinco pode desencadear infecções virais como gripes, resfriados e herpes. Suas fontes são carnes, frango, peixe, ovo, levedura de cerveja, cogumelo, ostras, leguminosas como feijão. 1.12 Manganês Possui função antioxidante. Necessário para o bom funcionamento do cérebro. São fontes de manganês: nozes, leguminosas, vegetais verdes, folhas de beterraba, castanhas, frutas. 1.13 Flúor Atua na formação dos dentes e ossos. Presente em baixa concentração nos alimentos. Suas fontes são água potável, chá, arroz, soja, espinafre. 1.14 Selênio Possui função antioxidante, protege o sistema imunológico, melhora o funcionamento do fígado. São fontes o gérmem de trigo, atum, brócolis, castanha- do-Brasil, leite e derivados, ovo. 1.15 Cromo Essencial para o funcionamento normal de todas as células, especialmente as da medula óssea, do sistema nervoso e do gastrointestinal. São fontes vísceras, aves, mariscos, leite e derivados. 1.16 Fibras As fibras são substâncias que também estão presentes nos alimentos. • Elas não são consideradas nutrientes, porque não são absorvidas pelo organismo, isto é, não vão para a corrente sanguínea; • São essenciais para manter o bom funcionamento do intestino (prevenindo a constipação), prevenir o câncer intestinal, auxiliar na sensação de plenitude gastrointestinal (a sensação de fome passa mais rápido e a sensação de saciedade dura mais tempo), diminuir o açúcar do sangue (ajudando no tratamento e controle da diabetes) e reduzir os níveis do colesterol, entreoutras funções; • Tanto os tecidos animais quanto os vegetais são compostos por fibras. • Mas o tipo de fibra importante para a nutrição é a de origem vegetal, também denominada fibra dietética; • Resumindo: as fibras são as partes dos vegetais que o organismo humano não digere. 1 a. Fibras solúveis: • As fibras solúveis não são digeridas, mas ficam presas no intestino. • Elas regulam a velocidade da passagem do bolo alimentar pelo estômago, duodeno e intestinos fino e grosso e, por isso, evitam a prisão de ventre, e melhoram o funcionamento do intestino. • O consumo de fibras solúveis pode ajudar no tratamento da obesidade, devido à maior sensação de saciedade. • Ajudam a normalizar os níveis de glicose, insulina e colesterol (devido à substâncias como goma, pectina e mucilagens), pois retardam a absorção de nutrientes como glicose e gorduras. • As fibras solúveis são encontradas principalmente em frutas com cascas (maçã, morango, framboesa), banana, pêssego, abacate, vegetais, hortaliças com talo, leguminosas (feijão, soja, ervilha, etc) e cereais integrais (centeio, cevada, aveia, farelo de trigo). b) Fibras insolúveis: • As fibras insolúveis não são digeridas completamente pelo organismo, mas são essenciais para a regulação do intestino. • Quando essas fibras estão presentes na alimentação, elas aceleram a formação do bolo fecal através do intestino e aumentam a excreção de ácidos biliares. • Para que a lubrificação do intestino seja melhorada e a eliminação da comida seja facilitada, é fundamental a ingestão de água, sendo recomendável pelo menos dois litros de água diariamente. • Em todos os alimentos vegetais, como a cenoura, são encontradas fibras insolúveis (formada por substâncias como celulose, hemicelulose e lignina). • Estão em maior quantidade nos farelos de cereais. Mas também são encontradas em frutas consumidas com a casca, como a maçã, pera e ameixa, em leguminosas como o feijão e a lentilha. Pão de trigo integral também reúne fibras insolúveis.
Compartilhar