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TERAPIA NUTRICIONAL EM ENFERMAGEM

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1 
TERAPIA NUTRICIONAL EM ENFERMAGEM 
O foco inicial é a abordagem da Resolução n. 453/2014 do Conselho Federal de Enfermagem, a qual aprova a Norma 
Técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional. 
1. OBJETIVO 
Estabelecer diretrizes para atuação da equipe de 
enfermagem em Terapia Nutricional, a fim de assegurar 
uma assistência de Enfermagem competente e resolutiva. 
 
2. DEFINIÇÕES 
• Terapia Nutricional (TN) – conjunto de 
procedimentos terapêuticos para manutenção ou 
recuperação do estado nutricional do paciente por meio 
da Nutrição Parenteral ou da Nutrição Enteral. 
• Nutrição Parenteral (NP) – solução ou 
emulsão, composta basicamente de carboidratos, 
aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e 
apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou 
plástico, destinada à administração intravenosa em 
pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção 
dos tecidos, órgãos ou sistemas. A nutrição parenteral é 
destinada a terapia intravenosa. 
• Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) – 
conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção 
ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio 
de NP. 
• Nutrição Enteral (NE) – alimento para 
fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na 
forma isolada ou combinada, de composição definida ou 
estimada, especialmente formulada e elaborada para uso 
por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada 
exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar 
a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, 
conforme suas necessidades nutricionais, em regime 
hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou 
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
• Terapia de Nutrição Enteral (TNE) – 
conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção 
ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio 
de NE. 
• Nutrição Oral Especializada: (NOE) – 
consiste em utilização de dietas alimentares acrescidas de 
suplementos e/ou em utilização de suplementos de dietas 
enterais por via oral associada a alimentação diária. 
• Equipe Multidisciplinar de Terapia 
Nutricional (EMTN) – um grupo formal e obrigatoriamente 
constituído de, pelo menos um profissional médico, 
enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, habilitados e com 
treinamento específico para a prática da Terapia 
Nutricional (TN), podendo ainda incluir profissionais de 
outras categorias a critério da unidade hospitalar 
 
3. COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM 
TERAPIA NUTRICIONAL 
A equipe de enfermagem envolvida na administração da 
TN é formada por Enfermeiros e Técnicos de 
 
 
1 
Enfermagem. Por ser considerada uma terapia de alta 
complexidade, é vedada aos Auxiliares de Enfermagem a 
execução de ações relacionadas à TN podendo, no 
entanto, executar cuidados de higiene e conforto ao 
paciente em TN. 
Os Técnicos de Enfermagem, participam da atenção de 
enfermagem em TN, naquilo que lhes couber, ou por 
delegação, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. 
De modo geral, compete ao Enfermeiro cuidados de 
Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam 
conhecimentos científicos adequados e capacidade de 
tomar decisões imediatas: 
a. Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à 
atenção de enfermagem ao paciente em TN, 
pautados nesta norma, adequadas às 
particularidades do serviço; 
b. Desenvolver ações de treinamento operacional e 
de educação permanente, de modo a garantir a 
capacitação e atualização da equipe de 
enfermagem que atua em TN; 
c. Responsabilizar-se pelas boas práticas na 
administração da NP e da NE; 
d. Responsabilizar-se pela prescrição, execução e 
avaliação da atenção de enfermagem ao 
paciente em TN, seja no âmbito hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar; 
e. Fazer parte, como membro efetivo, da EMTN; 
(médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico) 
f. Participar, como membro da EMTN, do processo 
de seleção, padronização, parecer técnico para 
licitação e aquisição de equipamentos e materiais 
utilizados na administração e controle da TN. 
 
4. NORMAS GERAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM 
TERAPIA NUTRICIONAL 
a. Implementar ações visando preparar e orientar o 
paciente e familiares quanto a Terapia Nutricional, 
seus riscos e benefícios, tanto em nível hospitalar 
como ambulatorial e residencial; 
b. Proceder a correta armazenagem do frasco de 
nutrição visando sua conservação e integridade; 
c. Estabelecer os cuidados específicos com a via de 
administração; 
d. Cuidados com a administração da nutrição, 
conferindo: prontuário, rótulo do frasco, nome do 
paciente, via de administração, volume e horário; 
e. Monitorar o paciente durante o procedimento; 
f. Comunicar à equipe Multiprofissional, as 
intercorrências relacionadas à Terapia Nutricional; 
g. Proceder as anotações em prontuário do 
paciente. 
 
VIA DE ACESSO NUTRIÇÃO PARENTERAL – NP 
A Terapia de Nutrição Parenteral (TNP) pode ser 
administrada por via periférica ou central conforme a 
osmolaridade da solução. 
a. Periférica: É indicada para soluções com 
osmolaridade até 900 mOsm/L. 
b. Central: É indicada para soluções que tem 
osmolaridade maior que 700 mOsm/L. Utiliza-se 
veia central de grosso calibre e alto fluxo 
 
 
1 
sanguíneo, tais como: veias subclávias e jugulares. 
Está contraindicada a femoral pelo risco de 
infecção. 
Compete ao Enfermeiro: Nutrição Parenteral – NP 
a. Proceder a punção venosa periférica de cateter 
intravenoso de teflon ou poliuretano, ou cateter 
periférico central (PICC), desde que habilitado 
e/ou capacitado para o procedimento. 
b. Participar com a equipe medica do procedimento 
de inserção de cateter venoso central. 
c. Assegurar a manutenção e permeabilidade da via 
de administração da Nutrição Parenteral. 
d. Receber a solução parenteral da farmácia e 
assegurar a sua conservação até a completa 
administração. 
e. Proceder à inspeção visual da solução parenteral 
antes de sua infusão. 
f. Avaliar e assegurar a instalação da solução 
parenteral observando as informações contidas 
no rótulo, confrontando-as com a prescrição. 
g. Assegurar que qualquer outra droga, solução ou 
nutrientes prescritos, não sejam infundidos na 
mesma via de administração da solução 
parenteral, sem a autorização formal da equipe 
Multiprofissional de Nutrição Parenteral. 
h. Prescrever os cuidados de enfermagem inerentes 
a Terapia de Nutrição Enteral, em nível hospitalar, 
ambulatorial e domiciliar. 
i. Detectar, registrar e comunicar a EMTN ou ao 
médico responsável pelo paciente as 
intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou 
administrativa. 
j. Garantir o registro claro e preciso de informações 
relacionadas à administração e evolução do 
paciente, quanto aos dados antropométricos, 
peso, sinais vitais, balanço hídrico, glicemia, 
tolerância digestiva entre outros 
 
Compete ao Técnico de Enfermagem: Nutrição Enteral – 
NE 
a. Participar de treinamento, conforme programas 
estabelecidos, garantindo a capacitação e 
atualização referente às boas práticas da 
Terapia Nutricional; 
b. Promover cuidados gerais ao paciente de acordo 
com a prescrição de enfermagem ou protocolo 
pré-estabelecido; 
c. Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência 
advinda da TNE; 
d. Proceder o registro das ações efetuadas, no 
prontuário do paciente, de forma clara, precisa e 
pontual. 
 
NUTRIÇÃO ORAL ESPECIALIZADA – NOE 
A via oral é o método mais natural e desejável, deve ser 
de eleição em pacientes dotados de bom nível de 
consciência e que tenham algum grau de permeabilidade 
do tubo digestivo. A escolha para a ingesta de alimentos 
que servem para complementar a alimentação do 
paciente ou quando a dieta requer complementação, é 
destinada a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais. 
 
 
1Compete ao Enfermeiro: Nutrição Oral Especializada – 
NOE 
a. Avaliar as condições de deglutição do paciente 
conjunto com a EMTN. 
b. Identificar, registrar e informar a EMTN fatores 
que aumentem o catabolismo do paciente, tais 
como: Úlcera por pressão, febre, diarreia, perdas 
hídricas, sinais de infecção, imobilidade prolongada. 
c. Avaliar a tolerância gastrointestinal ao 
suplemento nutricional, em consonância com a 
EMTN. 
d. Manter rigorosamente a oferta do suplemento 
nutricional nos horários estipulados na prescrição 
dietética. Prescrever cuidados de enfermagem. 
Estabelecer plano educacional ao paciente e 
familiares, no momento da alta. 
 
NUTRIENTES 
Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem 
parte dos alimentos e que são absorvidas pelo organismo, 
sendo indispensáveis para o seu funcionamento. Também 
podemos dizer que os nutrientes são os produtos dos 
alimentos depois de degradados. 
• Tem-se, então, o alimento, que é quebrado 
(degradado) e transformado em nutrientes. Os 
alimentos são digeridos para que os nutrientes 
sejam absorvidos (processo pelo qual os 
nutrientes chegam ao intestino e, daí, passam 
para o sangue, agindo sobre o organismo). 
• Para que o nutriente seja absorvido, ele precisa, 
durante esse processo, ser digerido. 
NUTRIENTES – MACRONUTRIENTES 
Os macronutrientes são os nutrientes dos quais o 
organismo precisa em grandes quantidades e que são 
amplamente encontrados nos alimentos. São 
especificamente os carboidratos, os lipídeos e as proteínas. 
• Macro: em grandes quantidades. 
• Carboidratos: pães, massas, alguns tipos de frutas, 
batatas, tubérculos, mandiocas etc. 
• Lipídeos (ou gorduras): azeite, salmão, abacate 
etc. 
• Proteínas: ovo, carne do frango, carne suína, 
carne bovina, peixes, vegetais, grãos etc. 
 
 
NUTRIENTES – MICRONUTRIENTES 
São nutrientes que não precisamos absorver em grandes 
quantidades, embora eles sejam muito importantes para o 
bom funcionamento de nosso organismo. São os 
micronutrientes encontrados nos alimentos em 
concentrações pequenas. Existem dois tipos de 
micronutrientes: as vitaminas e os minerais. 
• Micro: em pequenas quantidades. 
• Vitaminas: frutas e legumes. 
• Minerais: hortaliças e vegetais. 
 
 
 
 
 
1 
TIPOS DE NUTRIENTES 
NUTRIENTES ENERGÉTICOS 
• Para que possamos andar, correr e até pensar, 
nós precisamos de muita energia. 
• Por isso, os alimentos energéticos são 
fundamentais para quem precisa ter energia 
para enfrentar as atividades do cotidiano como 
estudar, trabalhar e brincar. 
• Devido à sua importância, os nutrientes 
energéticos compostos por carboidratos são 
fundamentais, por isso não é recomendável excluir 
os alimentos energéticos da sua dieta diária. 
 
NUTRIENTES REGULADORES 
• Os chamados nutrientes reguladores incluem 
vitaminas, sais minerais, fibras e água. Cada 
nutriente tem um papel específico, mas todos têm 
a mesma função: regular o bom funcionamento do 
organismo. 
• Bom funcionamento do organismo: excreção 
adequada e consistência de urina e fezes. 
 
 
NUTRIENTES CONSTRUTORES 
• Nos nutrientes construtores há um tipo de 
macronutriente: proteínas. 
• Os alimentos que contêm os chamados nutrientes 
construtores estão incluídos no grupo das 
proteínas. 
• Eles participam da constituição de enzimas, 
anticorpos e hormônios, defendem o organismo 
de doenças e atuam na formação e reparação 
dos tecidos e promoção do crescimento. 
• Alguns desses alimentos ajudam na formação de 
ossos e dentes, na contração muscular e na 
renovação das células, entre outras funções. 
Apesar de estarem um nível acima das frutas e hortaliças 
na pirâmide alimentar, os alimentos construtores 
(proteínas) são importantes dentro de uma dieta saudável 
e equilibrada. Além de serem ricos em proteínas, esses 
alimentos contêm cálcio, ferro, zinco e vitaminas do 
complexo B. Os alimentos construtores devem ser ingeridos 
de 1 a 3 porções por dia. 
 
CARBOIDRATOS 
• Na química, os carboidratos são definidos como 
moléculas orgânicas que apresentam uma 
estrutura de carbono, hidrogênio e oxigênio. Além 
disso, podem ser denominadas como glicídios, 
hidratos de carbono ou ainda açúcares. 
• Os carboidratos são nutrientes que fornecem 
energia para o nosso organismo. 
• A ingestão de carboidratos evita que as proteínas 
dos tecidos sejam usadas para o fornecimento de 
energia. 
• Este macronutriente, quando ingerido, e absorvido 
é responsável por liberar glicose, fornecer energia 
para as células por ser a primeira fonte de 
energia celular e fazer a manutenção metabólica 
glicêmica para que o corpo continue funcionando 
bem. 
 
 
1 
• Por isso que o paciente diabético deve ter uma 
restrição (contagem) de ingestas de carboidratos, 
porque a degradação final do carboidrato é 
glicose (açúcar). 
 
TIPOS DE CARBOIDRATOS 
Existem 3 tipos de carboidratos: 
• Monossacarídeos apresentam as glicoses, 
encontradas no mel, na batata e nas farinhas, 
por exemplo: a frutose, que é o açúcar das frutas; 
e a galactose, que está presente no leite e seus 
derivados. 
• Dissacarídeos, também conhecidos como 
oligossacarídeos, nos quais se encontram a 
sacarose, composta pelo açúcar branco, por 
exemplo: maltose, obtida através de alguns cereais 
como a cevada; e a lactose, que é o açúcar do 
leite – aquele que muitas pessoas apresentam 
alergia ou intolerância. 
• Polissacarídeos são compostos pelo amido, que 
está presente em grãos e cereais, como o trigo, 
arroz e batata, e pela celulose, presente em 
frutas, legumes, hortaliças, nozes e cascas de 
sementes. 
 
CARBOIDRATO 
Tipos: 
Monossacarídeos: glicose, frutose, galactose e manose. 
Dissacarídeos ou oligossacarídeos: sacarose (glicose + 
frutose); maltose (glicose + glicose) e lactose (glicose + 
galactose). 
Polissacarídeos: amido, glicogênio e celulose. 
 
CARBOIDRATOS (monossacarídeos, dissacarídeos e 
polissacarídeos) 
Carboidrato simples: são os alimentos que possuem 
carboidratos refinados e que são rapidamente digeridos e 
absorvidos pelo organismo, aumentando os níveis de 
açúcar no sangue, são os mono e dissacarídeos. Por isso, 
devido à rápida absorção, esses alimentos provocam a 
sensação de fome em menos tempo do que outros tipos 
de alimentos. 
• Exemplos: Massas, arroz, mel, pães, uvas passas, 
pipoca, batata e mandioca e refrigerantes. 
 
 
Carboidratos complexos: eles fazem com que a digestão 
seja mais lenta, assim o açúcar demora mais tempo para 
chegar até o sangue, ocasionando sensação de saciedade 
por um período maior. Segundo os nutricionistas, além de 
serem ideais para os diabéticos, eles também devem ser 
consumidos por quem está fazendo dieta para emagrecer. 
Em geral, os alimentos com carboidratos complexos são 
mais ricos em fibras, vitaminas do complexo B, fibras, ferro 
e minerais. 
• A pessoa que consumir carboidrato simples 
sentirá mais fome em um espaço curto de tempo 
do que as que consomem o carboidrato complexo, 
porque o simples é rapidamente absorvido. 
 
 
1 
• Exemplos: maçã, pera, banana, leite, grão de bico, 
lentilha, cevada, trigo e iogurte. 
 
 
GORDURAS 
• As gorduras ou lipídeos são os principais 
fornecedores de energia, além dos carboidratos. 
• Também são responsáveis por proteger os 
órgãos contra lesões, manter a temperatura 
do0020corpo, ajudar na absorção de algumas 
vitaminas – lipossolúveis (A, D, E e K) e produzir 
uma sensação de saciedade depois das refeições. 
• As gorduras podem ser tanto de origem animal 
quanto vegetal. As de origem animal geralmente 
são sólidas à temperatura ambiente e as de 
origem vegetal são líquidas. 
 
GORDURA – COLESTEROL 
O tão falado colesterol não é um tipo de gordura. 
• É um composto parecido com esse nutriente e 
que participa de vários processos orgânicos 
envolvendo os lipídeos. 
• Tem importantesfunções, como estruturação das 
células, formação de hormônios e de vitamina D. 
Existem dois tipos de colesterol: 
• o colesterol “ruim”, chamado LDL, é aquele que se 
acumula no sangue. 
• o colesterol “bom”, chamado HDL, é responsável 
por retirar o colesterol “ruim” do sangue e levá-lo 
até o fígado para ser destruído. Todos nós temos 
os dois tipos de colesterol e existe um nível 
sanguíneo normal para cada um deles. 
• Quando se tem muito LDL (colesterol ruim) no 
sangue, aumenta a deposição de lipídeos, aumenta 
a deposição de gordura nas paredes das artérias, 
que terão o fluxo obstruído, fazendo então as 
placas ateroscleróticas, que decorrem de um 
grande aumento do LDL. 
• A função do HDL (colesterol bom) é de retirar o 
LDL do sangue, levá-lo ao fígado, para que seja 
então degradado. 
• Se não há muito HDL e o LDL subir, aumenta o 
risco cardiovascular. 
• Se os níveis de HDL são baixos, isso quer dizer 
que mesmo tendo níveis normais de LDL, há 
menos ligação para levar ao fígado. 
 
TIPOS DE GORDURAS 
Gorduras Insaturadas – Auxiliam na prevenção de doenças 
cardiovasculares. Isso porque, ao elevar o HDL e diminuir o 
nível do LDL, são reduzidos os níveis de triglicerídeos e o 
colesterol. Diminui a formação e manutenção de placas de 
gordura no sangue, as chances de a pessoa sofrer 
pressão alta, infarto ou derrame cerebral são reduzidas. 
• Exemplos: nozes, castanha de caju, quinoa, 
amêndoas, castanha do Pará, abacate, gordura 
dos peixes, azeite de oliva e óleo de canola. 
 
 
 
1 
 
Gorduras Monoinsaturadas – As gorduras 
monoinsaturadas permanecem na forma líquida quando se 
encontram à temperatura ambiente, mas solidificam 
quando refrigeradas. As gorduras monoinsaturadas são 
benéficas para o organismo, pois ajudam a reduzir os níveis 
de colesterol LDL no sangue, sem diminuir os de colesterol 
HDL. 
• Exemplos: abacate, oliva, açaí, óleo, óleo de 
girassol, amêndoas, nozes, amendoim, castanha 
de caju etc. 
 
 
Gorduras Poliinsaturadas – As gorduras poliinsaturadas 
encontram-se normalmente na forma líquida, 
independentemente da temperatura à qual estão 
armazenadas. São importantes para o organismo porque 
diminuem o colesterol “ruim” e aumentam o “bom”. 
• Exemplos: peixes, açafrão, azeitona, milho e óleo 
de soja. 
• Diminui o LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL 
(colesterol bom). 
 
 
Gorduras Saturadas – em temperatura ambiente, esse 
tipo de gordura apresenta-se em estado sólido. Elas são 
encontradas principalmente em produtos de origem animal, 
como nas carnes vermelhas e brancas (principalmente 
gordura da carne e pele das aves), leite e derivados 
integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata), azeite 
de dendê, óleo e derivados de coco, bacon, banha de 
porco, óleo de algodão. 
• Essas gorduras contribuem para o aumento do 
LDL (colesterol ruim). 
 
 
Gorduras trans – As gorduras trans são formadas 
através de um processo químico chamado de 
hidrogenação. Nesse processo, os óleos vegetais líquidos 
são aquecidos e transformados em ácido graxo trans, uma 
gordura sólida. Na indústria de alimentos, elas recebem o 
nome de gordura vegetal hidrogenada. 
• Eleva o LDL (colesterol ruim). 
• Exemplos: lanches de Fast Food, sanduíches, 
frituras, embutidos (batatas, amendoins, bolachas) 
e bolachas recheadas. 
Obs.: Mas por que a indústria se interessa por esse tipo 
de gordura? Porque ela ajuda a aumentar a validade do 
produto, melhora a consistência e o sabor dos alimentos, 
além de poder substituir os óleos feitos com gordura animal. 
 
 
PROTEÍNAS 
 
 
1 
Compostos bioquímicos que contêm nitrogênio em sua 
molécula e que contribuem para a estrutura do organismo. 
As proteínas estão intimamente relacionadas com a 
composição dos tecidos do organismo, como também 
estão presentes na composição de enzimas e hormônios. 
São componentes necessários para o crescimento, 
construção e reparação dos tecidos do nosso corpo e 
entram na constituição de qualquer célula. As proteínas 
ainda fazem parte da composição dos anticorpos do 
sistema imunológico corporal, participam ativamente de 
inúmeros processos metabólicos e de muitas outras 
funções do corpo. Quando necessário, são convertidas em 
glicose para fornecer energia. O seu excesso de consumo 
pode causar prejuízos, como a sobrecarga de trabalho no 
fígado e nos rins, aumento da excreção de cálcio e de 
outros minerais. O excesso de calorias na forma de 
proteínas se transforma em gordura, sendo depositada 
nos tecidos. As proteínas constituem a maior parte dos 
tecidos animais, junto com a água, e estão presentes 
também nas plantas, especialmente nas sementes. 
Obs.: O antígeno se liga ao anticorpo através de uma 
ligação proteica. 
Obs.: Devido à sobrecarga de trabalho no fígado e nos 
rins, por causa do excesso de proteínas, pode haver a 
formação de cálculos renais. 
Obs.: Os nutrientes são calculados em forma de calorias. 
Quando essas calorias superam as necessidades 
fisiológicas, as proteínas são armazenadas em forma de 
gorduras. 
 
 
Funções 
• Função de defesa: Os anticorpos são proteínas 
que atuam na defesa do organismo contra os 
organismos invasores, como bactérias, vírus e 
outras substâncias nocivas e estranhas. E as 
responsáveis pela coagulação do sangue e 
prevenção de perda sanguínea em caso de cortes 
e ferimentos estão outras proteínas de defesa, 
como a trombina e o fibrinogênio. 
Obs.: Os anticorpos estão relacionados ao sistema 
imunológico. 
Obs.: Na função de defesa do organismo, a proteína atua 
no sistema imunológico através da formação de anticorpos 
e cascata de coagulação (formação da rede de fibrina em 
casos de sangramento). 
• Função reguladora: Como proteínas reguladoras 
de atividades metabólicas, temos os hormônios. A 
insulina é um exemplo, pois é a responsável por 
reduzir a glicemia, ou seja, regular a taxa de 
glicose no sangue. 
Obs.: A insulina é uma enzima que vai fazer a captação 
da glicose no sangue. Possui, em sua composição, proteína. 
• Função nutriente: Muitas proteínas têm função 
nutriente, como a albumina do ovo. 
• Função estrutural: A proteína ajuda ainda a dar 
maior consistência e elasticidade aos tecidos. 
 
 
1 
Entre as proteínas estruturais, destaque para o 
colágeno (constituinte da cartilagem), fibrinogênio 
(presente no sangue) e queratina (proteína do 
cabelo). 
• Função transportadora: Proteínas encontradas 
nas membranas plasmáticas e intracelulares 
transportam substâncias, como aminoácidos e 
glicose, através das membranas celulares. Já a 
hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, 
transporta oxigênio para os tecidos. 
Obs.: As proteínas facilitam a entrada e saída de algumas 
substâncias da célula. Ajudam a transportar substâncias do 
meio extracelular para o meio intracelular. 
• Função enzimática: Grupo mais variado de 
proteínas. As enzimas são capazes de catalisar 
reações químicas, e a sua função depende de sua 
estrutura. Acreditava-se que cada enzima (mais 
de 2000 são conhecidas) era capaz de catalisar 
apenas um tipo de reação química. No entanto, 
segundo pesquisas recentes, algumas enzimas 
podem catalisar diferentes reações químicas. 
 
VITAMINAS 
Principais Características 
 
Obs.: As vitaminas são micronutrientes. Não são produzidas 
pelo organismo, mas provenientes da alimentação. 
O organismo precisa de quantidades muito pequenas de 
vitaminas para realizar as suas funções vitais, o que não 
significa que não precisamos nos preocupar se a nossa 
alimentação está ou não nos fornecendo as vitaminas 
necessárias para uma vida saudável. Na verdade, quando 
nossa alimentação está desequilibrada, facilmente 
apresentamos carências de micronutrientes (tanto de 
vitaminas quanto de minerais). Isto pode acontecer porque 
o organismo humano não possui a capacidade de fazer 
grandes reservas de micronutrientes.O excesso é tóxico 
e grande parte é eliminada pelas fezes ou urina, e longos 
períodos de alimentação incorreta certamente leva a 
carências de vitaminas e minerais. 
Obs.: As vitaminas não são armazenadas, mas quando 
absorvidas, são utilizadas. Por isso, a importância da 
ingestão constante de vitaminas e minerais. 
 
 
Vitaminas Lipossolúveis 
As vitaminas lipossolúveis são representadas pelas 
vitaminas A, D, E e K. São solúveis em lipídeos (gorduras) 
e não solúveis em água. Depois de absorvidas pelo intestino 
(com a ajuda dos sais biliares produzidos pelo fígado), essas 
vitaminas são transportadas através do sistema linfático 
até o tecido adiposo, onde ficam armazenadas. As A e D 
são armazenadas principalmente no fígado, e a E nos 
 
 
1 
tecidos gordurosos. Já a vitamina K, é armazenada em 
pouca quantidade pelo organismo. As vitaminas são 
encontradas associadas a gorduras no leite, queijo, carne, 
gema de ovo, fígado. Não é necessário o seu consumo 
diário. 
Obs.: Essas vitaminas, no momento em que são absorvidas, 
têm que ser armazenadas em algum local para serem 
utilizadas. 
 
Vitamina A – Retinol 
Vitamina que está associada à composição das células do 
globo ocular e principalmente da retina. 
• Função: Papel muito importante na visão, no 
crescimento, desenvolvimento, manutenção da 
pele e imunidade, funcionamento de órgãos 
reprodutores. 
• Fonte: Gordura do leite, fígado, gema do ovo, 
manteiga, vegetais verde-escuros e alaranjados 
como brócolis, couve, cenoura e abóbora. 
 
 
Vitamina D – Calciferol 
• Função: Controla a absorção do cálcio e do 
fósforo; regula a formação e reconstituição dos 
ossos e dentes. Ajuda na prevenção de doenças 
como raquitismo, osteomalácia e osteoporose. 
• Fonte: Óleo de fígado de peixe, gema de ovo, 
manteiga. A pessoa deve ficar exposta aos raios 
solares para que haja produção de vitamina no 
organismo. 
 
 
Vitamina E – Tocoferol 
A maioria da composição da vitamina E é de origem 
vegetal. 
• Função: Contribui para o bom estado dos tecidos; 
auxilia na digestão das gorduras; importante 
função antioxidante, com excelente característica 
de defesa contra efeitos nocivos dos radicais 
livres; está relacionada à prevenção de condições 
associadas ao estresse oxidativo, tais como 
envelhecimento, câncer, doença cardiovascular, 
entre outras. 
• Fonte: Óleos vegetais, vegetais verde-escuros 
como espinafre, germe de trigo, gema de ovo, 
gordura do leite, nozes, grãos integrais. 
 
 
1 
 
 
Vitamina K – Menadiona 
• Função: É fundamental para a coagulação 
sanguínea e participa do metabolismo de minerais, 
como cálcio e ferro. 
• Fonte: Fígado, óleos vegetais, vegetais verdes. 
Também é produzida pelas bactérias do intestino. 
 
Obs.: As vitaminas lipossolúveis são aquelas que possuem 
solubilidade em lipídios. Exemplos: vitaminas A, D, E e K. 
Obs.: Vitaminas. Palavras-chaves: 
• A (retinol): visão; 
• D (calciferol): cálcio e fósforo; 
• E (tocoferol): antioxidantes; 
• K (menadiona):anticoagulante. 
Obs.: As vitaminas E e K têm como fontes principais os 
vegetais. As vitaminas A e D, os leites e derivados e 
algumas frutas específicas. Uma das fontes da vitamina D 
é a exposição aos raios solares. 
As vitaminas classificam-se em lipossolúveis e hidrossolúveis. 
São 13 tipos de vitaminas. Em seguida falaremos sobre os 
minerais: sódio, potássio, cálcio, cloro, cobre, magnésio e 
outros. 
Classificação das Vitaminas 
 
Vitamina C – ÁCIDO ASCÓRBICO 
Como o próprio nome sugere, é muito encontrado em 
alimentos ácidos. Sua maior fonte são as frutas ácidas. 
Função: 
• auxilia na absorção do ferro; 
• participa da formação de colágeno e do processo 
de cicatrização; 
• manutenção e integridade das paredes capilares; 
• formação de glóbulos vermelhos; 
• metabolismo de alguns aminoácidos e vitaminas do 
complexo B; 
• e aumenta a resistência contra certas doenças 
como a gripe. 
Palavras-chave: gripe e absorção de ferro, são seus 
pontos fortes. 
Fonte: acerola, limão, laranja, abacaxi, maracujá, morango, 
kiwi, melão, abacaxi, brócolis, verduras. 
Ajuda no processo imunológico, aumentando a resistência 
contra as doenças. 
 
 
 
 
 
 
1 
COMPLEXO B 
O complexo B é formado pelas vitaminas B1, B2, B3, B5, 
B6 e B12. Cada uma com uma função e uma fonte 
específica. A maioria delas é de origem vegetal. 
 
VITAMINA B1 – TIAMINA 
Função: 
• é importante para o bom funcionamento dos 
músculos e do cérebro; 
• previne o envelhecimento, melhora a função 
cerebral, combate a depressão e a fadiga; 
• pessoas com deficiência de vitamina B1 
apresentam inapetência, baixa aceitação da dieta 
e consequente perda de peso, confusão mental e 
fraqueza muscular; 
• em casos mais graves pode haver 
comprometimento do coração. 
Palavras-chave: funcionamento dos músculos e do cérebro. 
Combate ao envelhecimento e a depressão. 
Fonte: aves, peixes, leite e derivados, cereais, verduras, 
vegetais de folhas. 
 
VITAMINA B2 – RIBOFLAVINA 
Função: 
• contribui para o bom estado das mucosas e da 
visão e acelera a cicatrização; 
• previne catarata; 
• ajuda na reparação e manutenção da pele e na 
produção do hormônio adrenalina. 
Palavras-chave: visão, cicatrização e adrenalina. 
Fonte: leite e derivados, cereais, carnes, fígado. 
VITAMINA B3 – NIACINA 
Função: 
• participa do metabolismo dos carboidratos e das 
proteínas e é essencial nas reações de obtenção 
de energia; 
• reduz triglicérides e colesterol; 
• auxilia no funcionamento adequado do sistema 
nervoso imunológico. 
Palavras-chave: carboidratos e proteínas. Redução de 
lipídeos – triglicérides e colesterol. 
Fonte: carnes vermelhas magras, peixe, amendoim, grãos, 
ovo, leite, leguminosas como lentilha, feijão, abacate, frutas 
secas, batata doce, tomate. 
 
 
VITAMINA B5 – ÁCIDO PANTOTÊNICO 
Para ajudar a memorizar lembre que 5 é penta – 
pantotênico. 
Função: 
• ajuda a transformar os nutrientes em energia e 
é importante para o funcionamento do cérebro; 
• auxilia na formação de células vermelhas do 
sangue e na desintoxicação química; 
• previne degeneração de cartilagens; e 
• ajuda na construção de anticorpos. 
Palavras-chave: cérebro e células vermelhas. 
Fonte: presente em quase todos os alimentos; carnes, 
ovos, leite, grãos integrais e inteiros, amendoim, levedura, 
vegetais (brócolis), algumas frutas (abacate), ovário de 
peixes de água fria, geleia real. 
 
 
1 
VITAMINA B6 – PIRIDOXINA 
Função: 
• participa do metabolismo das proteínas e dos 
glóbulos vermelhos (células do sangue); 
• reduz o risco de doenças cardíacas; 
• ajuda na manutenção do sistema nervoso central 
e no sistema imunológico; 
• alivia enxaquecas e náuseas. 
Palavras-chave: proteínas e glóbulos vermelhos. Sistema 
imunológico. Alívio de enxaquecas e náuseas. 
Fonte: carnes, ovo, leite, fígado, cereais integrais, semente 
de girassol, feijões (soja, amendoim, feijão), aves, peixes, 
frutas (banana, tomate, abacate) e vegetais (espinafre) 
 
VITAMINA B8 – BIOTINA 
Também pode ser chamada de Vitamina B7. 
Função: 
• auxilia na digestão de gorduras e participa de 
várias reações com a vitamina B5; 
• promove o crescimento celular; 
• auxilia na produção de ácidos graxos e redução 
de açúcar no sangue; 
• previne a calvície; e 
• alivia dores musculares. 
Palavras-chave: ácidos graxos, redução de açúcar e 
prevenção da calvície. 
Fonte: carne, leite, cereais, ovo, nozes e castanhas. 
 
 
VITAMINA B9 – ÁCIDO FÓLICO 
Função: 
• fundamental na divisão celular, 
especialmente das células do sangue; 
• atua no metabolismo do DNA; 
• promove a saúde dos cabelos e da pele; 
• fornece nutrientes para garantir a 
manutenção dos sistemas imunológico, circulatório e 
nervoso; 
• ajuda no combate do câncer de mama e de cólon; 
• ajuda no desenvolvimentodo sistema nervoso dos 
bebês durante a gestação. 
• a deficiência de vitamina B9 ou vitamina B12 pode 
levar a anemia megaloblástica. 
Palavras-chave: divisão celular e sistema nervoso. 
Fonte: frutas, fígado, cereais, verduras cruas, carnes, 
ervilha, couve, folhas verdes. 
 
VITAMINA B12 – CIANOCOBALAMINA 
Função: 
• ajuda a formar as células vermelhas do sangue e 
as moléculas de DNA; 
• age sobre células nervosas, no equilíbrio hormonal 
e na beleza da pele; 
 
 
1 
• quando o consumo de alimentos ricos em vitamina 
B12 é pequeno, deve-se tomar um suplemento 
alimentar dessa vitamina para evitar a anemia e 
outras complicações; 
• a falta de vitamina B12 pode provocar alterações 
neurológicas e anemia megaloblástica. 
• a deficiência de vitamina B9 ou vitamina B12 pode 
levar a anemia megaloblástica. 
Palavras-chave: células vermelhas e anemia. 
Fonte: carnes, peixes, leite e derivados. 
 
Terapia Nutricional em Enfermagem 
1. Minerais 
Os minerais podem nos alimentos de origem animal e 
vegetal. As melhores fontes alimentares são aquelas nas 
quais os minerais estão presentes em maior quantidade e 
são melhor absorvidos pelo organismo, ou seja, quando são 
melhor aproveitados. 
Seja qual for a fonte, os minerais são indispensáveis para 
regular as funções do nosso organismo e compor a 
estrutura dos nossos ossos e dentes. 
 
 
 
 
 
 
Funções 
 
1.1 Cálcio 
A principal função do cálcio é manter ossos e dentes 
fortes, sendo necessário no processo de calcificação e 
manutenção óssea. É necessário para o bom 
funcionamento do coração, atua na contração muscular, 
age na oxigenação dos tecidos. 
 
Sem o cálcio no sangue, o mineral precisa ser retirado dos 
ossos e dentes, deixando-os fracos, iniciando assim um 
processo de osteopenia e osteoporose. 
São fontes de cálcio, o leite e derivados (queijo, iogurte), 
feijão, lentilha, mariscos, ostra, salmão, vegetais com 
coloração verde-escuro (brócolis, couve, chicória). 
 
1.2 Sódio 
É o responsável por regular os líquidos corporais; auxilia no 
processo de contração muscular. Quem apresenta grande 
retenção líquida ou constante perda líquida pode sofrer 
de baixa concentração de sódio, chamada de 
hiponatremia, cujos sintomas são fadiga, vômito, náusea, 
dor de cabeça, câimbra muscular e desorientação. 
 
 
1 
 
São fontes de sódio, sal utilizado no preparo dos alimentos. 
 
1.3 Fósforo 
Sua principal função é produz e estoca energia. Está 
presente na composição do código genético (DNA e RNA) 
e nos ossos, auxiliando a manutenção óssea. Combinado 
ao cálcio, o fósforo forma o maior componente dos ossos 
e dentes. 
 
O corpo precisa do fósforo para equilibrar seu pH e, assim, 
garantir o sucesso das reações químicas que mantêm os 
órgãos funcionando. Sua falta ocasiona anemia, fraqueza 
muscular, diminuição de apetite, dor nos ossos e maior 
chances de contrair infecções. São fontes de fósforo: 
carne em geral, leite e derivados, ovo, peixes, cereais, 
leguminosas e legumes. 
 
1.4 Potássio 
O potássio influencia a contração muscular, participa da 
transmissão do impulso nervoso e ajuda o funcionamento 
do coração. Se há baixa concentração de potássio no 
plasma, chamado de hipocalemia, pode ocorrer fadiga, 
cãimbra muscular, dor abdominal, fraqueza. A hipocalemia 
pode levar também à arritmia cardíaca. A perda de 
potássio pode ser ocasionada pela sudorese, diarreia 
crônica ou diuréticos. 
São fonte as frutas (banana, laranja), verduras, legumes, 
tomate, batata. 
 
 
1.5 Cloro 
A sua principal função é atuar na regulação da pressão 
osmótica, juntamente com o sódio, mantendo o balanço 
aquoso. Participa da manutenção do pH sanguíneo. É 
absorvido de forma rápida no trato gastrointestinal. Sua 
falta pode provocar fraqueza muscular, letargia, perda de 
apetite. 
São fonte os ovos, leite, sal de cozinha, carnes, frutos do 
mar. 
 
 
1.6 Magnésio 
A sua principal função é atuar nos ossos, na contração e 
no relaxamento dos músculos, incluindo o coração. A 
deficiência de magnésio diminui a resistência e pode 
produzir hiperatividade nas crianças. A falta do mineral 
pode provocar cãibras. 
São fonte as frutas, legumes, vegetais, cereais integrais, 
arroz integral, chocolate amargo, levedura de cerveja. 
 
 
 
1 
1.7 Enxofre 
Participa da formação do coágulo sanguíneo, do colágeno 
(substância importante na formação e manutenção da 
pele, ossos), do metabolismo de gorduras e carboidratos, 
da formação de algumas proteínas, da reparação e 
construção de tecidos e células, no processo de 
transferência de energia. Sua falta no organismo pode 
provocar dores nas articulações, ardor na garganta e no 
abdômen, redução do brilho e textura da pele, sensação 
de debilidade física, depressão, histerismo e outros 
problemas do sistema nervoso. 
São fontes frutas e verduras, carnes, peixes, ovos, leite e 
derivados. 
 
 
1.8 Ferro 
Sua função é antioxidante (combate os radicais livres, 
evitando a formação de placas de gorduras nas artérias), 
aumenta as defesas do organismo, necessário para a 
produção de hemoglobina e responsável pela assimilação e 
transporte de oxigênio para as células. As mulheres devem 
consumir mais alimentos com ferro, pois perdem o dobro 
de ferro se comparado com os homens. A falta de ferro 
causa anemia e há predisposição para a fadiga crônica. 
São fontes: feijão, carne vermelha, ovo, cereais, beterraba, 
lentilha, marisco, leguminosas, legumes, fígado, vegetais 
verdes. 
 
 
1.9 Cobre 
É antioxidante, ajuda na absorção do ferro, participa da 
produção de hemoglobina e regulador do colesterol. 
Necessário para a produção de energia. 
São fontes carnes, peixes, sementes, leguminosas, cereais 
integrais e abacate. 
 
 
1.10 Iodo 
Regula a função da glândula tireoide, ajuda na proteção 
contra os efeitos tóxicos dos materiais radioativos, previne 
o bócio (aumento da glândula da tireoide). Participa das 
reações celulares que envolvem energia, incluindo o 
metabolismo dos nutrientes. 
São fontes: sal de cozinha iodado, laticínios, produtos do 
mar. 
 
 
1.11 Zinco Protege o sistema imunológico. Necessário para 
a fertilidade do homem, pois a falta de zinco no organismo 
pode provocar a diminuição dos hormônios masculinos. A 
 
 
1 
falta de zinco pode desencadear infecções virais como 
gripes, resfriados e herpes. 
Suas fontes são carnes, frango, peixe, ovo, levedura de 
cerveja, cogumelo, ostras, leguminosas como feijão. 
 
 
1.12 Manganês 
Possui função antioxidante. Necessário para o bom 
funcionamento do cérebro. 
São fontes de manganês: nozes, leguminosas, vegetais 
verdes, folhas de beterraba, castanhas, frutas. 
 
 
1.13 Flúor 
Atua na formação dos dentes e ossos. Presente em baixa 
concentração nos alimentos. 
Suas fontes são água potável, chá, arroz, soja, espinafre. 
 
 
1.14 Selênio 
Possui função antioxidante, protege o sistema imunológico, 
melhora o funcionamento do fígado. 
São fontes o gérmem de trigo, atum, brócolis, castanha-
do-Brasil, leite e derivados, ovo. 
 
1.15 Cromo 
Essencial para o funcionamento normal de todas as células, 
especialmente as da medula óssea, do sistema nervoso e 
do gastrointestinal. 
São fontes vísceras, aves, mariscos, leite e derivados. 
 
 
1.16 Fibras 
As fibras são substâncias que também estão presentes 
nos alimentos. 
• Elas não são consideradas nutrientes, porque não 
são absorvidas pelo organismo, isto é, não vão 
para a corrente sanguínea; 
• São essenciais para manter o bom funcionamento 
do intestino (prevenindo a constipação), prevenir 
o câncer intestinal, auxiliar na sensação de 
plenitude gastrointestinal (a sensação de fome 
passa mais rápido e a sensação de saciedade 
dura mais tempo), diminuir o açúcar do sangue 
(ajudando no tratamento e controle da diabetes) 
e reduzir os níveis do colesterol, entreoutras 
funções; 
• Tanto os tecidos animais quanto os vegetais são 
compostos por fibras. 
• Mas o tipo de fibra importante para a nutrição é 
a de origem vegetal, também denominada fibra 
dietética; 
• Resumindo: as fibras são as partes dos vegetais 
que o organismo humano não digere. 
 
 
1 
a. Fibras solúveis: 
• As fibras solúveis não são digeridas, mas ficam 
presas no intestino. 
• Elas regulam a velocidade da passagem do bolo 
alimentar pelo estômago, duodeno e intestinos 
fino e grosso e, por isso, evitam a prisão de 
ventre, e melhoram o funcionamento do intestino. 
• O consumo de fibras solúveis pode ajudar no 
tratamento da obesidade, devido à maior 
sensação de saciedade. 
• Ajudam a normalizar os níveis de glicose, insulina 
e colesterol (devido à substâncias como goma, 
pectina e mucilagens), pois retardam a absorção 
de nutrientes como glicose e gorduras. 
• As fibras solúveis são encontradas principalmente 
em frutas com cascas (maçã, morango, 
framboesa), banana, pêssego, abacate, vegetais, 
hortaliças com talo, leguminosas (feijão, soja, 
ervilha, etc) e cereais integrais (centeio, cevada, 
aveia, farelo de trigo). 
b) Fibras insolúveis: 
• As fibras insolúveis não são digeridas 
completamente pelo organismo, mas são 
essenciais para a regulação do intestino. 
• Quando essas fibras estão presentes na 
alimentação, elas aceleram a formação do bolo 
fecal através do intestino e aumentam a 
excreção de ácidos biliares. 
• Para que a lubrificação do intestino seja 
melhorada e a eliminação da comida seja 
facilitada, é fundamental a ingestão de água, 
sendo recomendável pelo menos dois litros de 
água diariamente. 
• Em todos os alimentos vegetais, como a cenoura, 
são encontradas fibras insolúveis (formada por 
substâncias como celulose, hemicelulose e lignina). 
• Estão em maior quantidade nos farelos de 
cereais. Mas também são encontradas em frutas 
consumidas com a casca, como a maçã, pera e 
ameixa, em leguminosas como o feijão e a lentilha. 
Pão de trigo integral também reúne fibras 
insolúveis.

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