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ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO Conceito sócio histórico Teoria Traço e fator Influência de carl rogers DISCIPLINA: ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO PROFª. PATRÍCIA SIERPINSKA 8º SEMESTRE AULA 2 2021.2 Histórico do Aconselhamento Psicológico Antiguidade Indícios do Aconselhamento Psicológico tem relatados desde a Antiguidade. Filósofo Empédocles (450 a.C.) – cura pela palavra. Acreditava-se que a doença poderia ser física ou psíquica. A conversa com o doente sobre sua situação. Histórico do Aconselhamento Psicológico Antiguidade Tipos de conversação: Diálogo amigável e acolhedor; Diálogo com base em informações e esclarecimentos acerca da enfermidade; Conselhos; Normas a serem seguidas rigorosamente. Histórico do Aconselhamento Psicológico Início do século XX Por volta de 1910 foram fundados nos EUA Centros de Orientação Infantojuvenil. A criação dos Centros, incitam o desenvolvimento do campo do Aconselhamento Psicológico. Histórico do Aconselhamento Psicológico Início do século XX A TEORIA TRAÇO E FATOR O desenvolvimento da TEORIA TRAÇO E FATOR processou-se concomitantemente ao da ORIENTAÇÃO VOCACIONAL e constitui a teoria de aconselhamento representativa dos conceitos básicos e tradicionais dessa área. Pela ênfase atribuída ao ajustamento educacional, focalizando o aconselhamento no ambiente escolar nos seus vários níveis, essa teoria é também, frequentemente, associada ao processo de orientação educacional. Orientação Vocacional A orientação vocacional surge em paralelo com a Teoria Traço e Fator. A Teoria Traço e Fator constitui a teoria de aconselhamento representativa dos conceitos básicos e tradicionais da área de Orientação Vocacional. Pela ênfase atribuída ao ajustamento educacional, focalizando o aconselhamento no ambiente escolar nos seus vários níveis, a Teoria Traço e Fator é também associada ao processo de orientação educacional. A Teoria Traço e Fator A origem da Teoria Traço e Fator remonta ao movimento iniciado por Frank Parsons, precursor da orientação vocacional, no início do século XX. A Teoria Traço-Fator, parte do princípio de que as pessoas diferem em suas habilidades, interesses e traços de personalidade e que cada profissão requer indivíduos com aptidões específicas. Esta teoria enfatiza "o homem certo no lugar certo". Premissa da Teoria Traço e Fator Baseia-se no ponto de vista de que cada indivíduo constitui um padrão único de capacidades e de potencialidades que podem ser identificadas através dos resultados dos testes objetivos. Quando essas capacidades são investigadas, se correlacionam com as diferentes atividades profissionais. Frank Parsons 1854 - 1908 Parsons funda em 1908 o Vocation Bureau (Escritório Vocacional) do Civic Service House de Boston, destinado a auxiliar jovens e adultos a fazer escolhas inteligentes de carreira. A Teoria Traço e Fator faz parte e acompanha a evolução da psicometria e os trabalhos de construção, validação e padronização dos testes psicológicos. A PSICOMETRIA A PSICOMETRIA NA PSICOLOGIA Define como tarefa do psicólogo a análise dos testes psicológicos para fins de diagnóstico e relaciona o termo clínico ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO à Teoria Traço e Fator. Hugo Münsterberg 1863 - 1916 Psicólogo Alemão Hugo Münsterberg (1863 – 1916) Estabeleceu as bases e justificativas da psicologia industrial para encontrar homens mais capacitados para o trabalho definindo as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção. Relacionou as habilidades dos novos empregados com as demandas de trabalho. Define como tarefa do psicólogo a análise dos testes psicológicos para fins de diagnóstico e relaciona o termo clínico ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO a Teoria Traço e Fator. A PSICOMETRIA NA PSICOLOGIA ACONSELHAMENTO VOCACIONAL Estabeleceu as bases e justificativas da psicologia industrial para encontrar homens mais capacitados para o trabalho definindo as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da produção. Relacionou as habilidades dos novos empregados com as demandas de trabalho. ACONSELHAMENTO VOCACIONAL O Aconselhamento Vocacional visava, além dos resultados dos testes psicológicos, obter informações sobre as características, exigências, condições de sucesso e fracasso para com isso, vislumbrar oportunidades no mercado de trabalho e prospecções das várias profissões. Orientação - Aconselhamento O termo Aconselhamento Psicológico se diferencia cada vez mais da Teoria Traço e Fator por distanciar-se de seu conceito básico que é a psicometria. Aconselhamento Psicológico O aconselhamento visa ajudar o indivíduo a atingir desenvolvimento ótimo em todos os aspectos de sua personalidade. Contudo, esse desenvolvimento ótimo não implica apenas na auto-realização e na obtenção da autonomia individual sem levar em consideração as dimensões e padrões sociais. Aconselhamento Psicológico Os sentimentos, afetos e imaginação só serão convenientes à medida que tenham sido interpretados e julgados pela razão. O desenvolvimento do ser humano faz-se não somente no sentido de auto-realização e autonomia, mas ainda no sentido de interrelação social. O homem necessita dos outros seres humanos para o desenvolvimento completo de suas potencialidades, pois o ser humano só emerge integralmente na comunidade, não possuindo fora dela existência significativa. A Teoria Traço e Fator e o Aconselhamento Unidade = interação entre organismo e ambiente Organismo = Indivíduo Ambiente = Sociedade Aconselhamento com objetivo de ajustamento do indivíduo ao seu meio, mediante aprendizagem. A Teoria Traço e Fator e o Aconselhamento Influência do ambiente e da sociedade sobre o indivíduo. Sistematização e correlação dos testes psicológicos/aptidões, com a estrutura interna do indivíduo. A Teoria Traço e Fator e o Aconselhamento No Aconselhamento com base na Teoria Traço e Fator, vemos que o predominante é a diretividade do processo através da persuasão e sugestão. Histórico do Aconselhamento Psicológico Século XX Após a 2ª Guerra Mundial Considerável aumento de perturbações psicológicas; Carência de profissionais capacitados (psiquiatras/psicanalistas) Rápido desenvolvimento de pessoas atuando na área. Histórico do Aconselhamento Psicológico Século XX DÉCADA DE 1950: Surge o aconselhamento terapêutico ou aconselhamento psicológico. É reconhecido pela comunidade científica como forma de ajuda terapêutica, porém diferente de psicoterapia. Histórico do Aconselhamento Psicológico Século XX CARL ROGERS : 1942 publica o livro: Counselling and Psychoterapy Abre caminho para que as várias abordagens da psicologia passem a influenciar o Aconselhamento Psicológico. Abordagens da psicologia: Rogeriana Comportamental Fenomenológica Psicanálise Aconselhamento Psicológico e Carl Rogers Rogers define aconselhamento como sendo "uma série de contatos diretos com o indivíduo, com o objetivo de lhe oferecer assistência na modificação de suas atitudes e comportamento". Aconselhamento Psicológico e Carl Rogers Rogers foi o pioneiro no sentido de aproximar a prática do aconselhamento psicológico à psicoterapia justamente por não focar sua atenção na demanda trazida pelo cliente, em seu psicodiagnóstico, em contraposição à teoria traço e fator e à tradição psicométrica predominantes em sua época. Para esse autor, o ser humano viveria em busca da autorrealização, ou seja, em busca de uma experiência de crescimento. Aconselhamento Psicológico e Carl Rogers Assim, desde o primeiro encontro entre psicólogo e cliente, há uma experiência de crescimento, não havendo diferenças quanto a diagnósticos – todos os clientes, possuam eles patologias ou não, visam, em última instância, a atingir esse crescimento.Aconselhamento no Brasil Em 1962 destaca-se no Brasil como uma das primeiras áreas incorporadas ao ensino de Psicologia, quando essa profissão foi regulamentada. Primeiras instituições educacionais que promovem o ensino de Psicologia: USP (Universidade de São Paulo) PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) SIGNIFICADO DE ACONSELHAMENTO Aconselhamento deriva do termo: COUNSELLING ACONSELHAMENTO Orientar - Aconselhar PSICOTERAPIA Relacionada a mudanças na estrutura da personalidade, envolvendo uma autocompreensão mais intensa. É entendida como o tratamento de perturbações da personalidade ou da conduta por meio de métodos e técnicas psicológicas; Indicada em casos nos quais a orientação e o aconselhamento não seriam suficientes para conduzir os processos de mudanças e de crescimento necessários. Aconselhamento Psicológico O aconselhamento pressupõe respeito pela dignidade e pelo valor do ser humano. Esse respeito tem origem no reconhecimento da luta que o ser humano empreende para realizar livre e plenamente suas potencialidades. Aconselhamento Psicológico Atitude do conselheiro é de sempre deixar que o cliente conduza o processo, estabelecendo assim um aconselhamento não-diretivo. A quantidade de sessões é estabelecida junto com o cliente que nesse momento torna-se implicado no processo, pois é plenamente capaz de autodeterminação e regulação. O foco é dado pelo cliente, sendo exclusivamente ele quem levanta os temas e conflitos emergentes, com liberdade para explorá-los ou abandoná-los no decorrer do processo. Finalidade do Aconselhamento Psicológico A finalidade principal é promover o bem-estar psicológico e a autonomia pessoal no confronto com as dificuldades e os problemas. Objetivos do Aconselhamento Psicológico Resolução de problemas; Processo de tomada de decisões; Confrontos com crises pessoais; Melhoria das relações interpessoais; Promoção de autoconhecimento e autonomia pessoal. Aconselhamento e suas possibilidades Fornecimento de informações Feed back positivo Direcionamento Orientação Encorajamento Interpretação As etapas do aconselhamento psicológico Identificar e analisar problemas específicos; Ampliar a compreensão da pessoa acerca do problema; Avaliar os recursos pessoais existentes e que podem ser desenvolvidos para resolver o problema; Definição do potencial de mudança dessas condições e atitudes pessoais; Utilização de ações específicas e que podem contribuir para o processo de mudança e/ou transformação referente ao problema relatado. Áreas de atuação do aconselhamento psicológico Elementos comuns do Aconselhamento Psicológico e os diversos aportes teóricos. Processo que envolve respostas aos sentimentos e pensamentos do cliente; Envolve uma aceitação básica das percepções e dos sentimentos do cliente, independentemente da avaliação externa do aconselhador; Caráter confidencial e existência de condições ambientais (setting) para que se estabeleça a relação de ajuda; A demanda pelo aconselhamento deve partir da pessoa que busca ajuda; O foco está na vida daquele que busca ajuda, não na figura do aconselhador; Foco nos processos comunicativos entre aconselhador e cliente. REFERÊNCIAS TEXTO 1: SCHMIDT , María Luísa Sandoval. O Nome, a Taxonomia e o Campo do Aconselhamento. In.: Aconselhamento psicológico numa perspectiva fenomenológica existencial. Cap. I.(p. 25 -43).PDF no Teams TEXTO 2: SCORSOLINI-COMIN, Fábio. Aconselhamento psicológico e psicoterapia: aproximações e distanciamentos. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sciarttext&pid=S1983-34822014000100002 TEXTO 3: Teoria Traço e Fator. Adaptado de www.bidvb.com (postado no arquivo do Teams) TEXTO 4: SANTOS, Oswaldo de Barros. Aconselhamento Psicológico e Psicoterapia. Cap. 1. (Diagnóstico, Orientação, Aconselhamento e Psicoterapia). São Paulo: Ed. Vozes, 1982 (p.3-13) PDF no Teams. O significado de Counselling. Disponível em: http://slepg.net/O_significado_de_Counselling.pdf FORGHIERIO, Yolanda Cintrão. Aconselhamento Terapêutico Na Atualidade. Disponível PDF no Teams SCHEEFFER, Ruth. Aconselhamento psicológico: Teoria e Prática. Capítulo 1 e 2. 5ª edição. Editora Atlas: São Paulo.(3-10) PDF no Teams
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