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AULA 2 - Entrevista Psicológica

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− Entrevista Psicológica −
Aula II:
Aspectos ético-legais da entrevista
Aula anterior: Introdução geral
− Definição sumária: “Conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos individuais, relacionais ou sistêmicos [...] em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção” (TAVARES in CUNHA, 2000).
− Adendos nossos:
1) Para além da dimensão técnica, sobressaem as dimensões ética, política, etc.;
2) “descrever e avaliar” não seriam aspectos secundários em relação ao próprio manejo e acolhimento éticos e políticos da demanda e de suas condições?;
2) escuta e manejo da demanda já não são modalidades de intervenção (e não apenas formas de se viabilizar a intervenção)?;
 
− Características gerais da “entrevista psicológica” (TAVARES in CUNHA 2000):
 1) Objetivos (investigação, diagnóstico, tratamento, triagem, etc);
Adendo: primado da escuta/encontro clínico X objetivos “a priori” (antes da experiência). 
2) Formação do entrevistador;
Adendo: vista como engajamento e processo, e não apenas como “titulação”.
3) Conhecimentos psicológicos;
Adendo: que implicam posicionamentos éticos e desdobramentos na polis. 
4) Relação “profissional” (Adendo: entendida como “manejo clínico”);
5) Finalidade/intervenção (encaminhamento, recomendação, etc.);
Adendo: idem ao adendo em “1”.
− Tipos de demanda: a) próprio paciente, b) terceiros, c) pesquisa.
− Esboço de classificação dos tipos de entrevista:
Quanto à forma: estruturada, semi-estruturada, aberta (que pressupõe, também, princípios, forma, manejo, etc.)
Quanto à finalidade: triagem, diagnóstico, parecer/perícia, devolução, etc.
Aula de hoje:
Alguns aspectos legais e éticos da entrevista psicológica
Entrevista “psicológica”: implica finalidades, saber e instrumentos relacionados à psicologia.
Definição legal da função do psicólogo?
Lei 4.119/ 1962: Regulamenta a profissão do psicólogo;
DECRETO nº 53.464/1964 (altera [“atualiza”] a lei nº 4.119/64).
DECRETO nº 53.464/1964 (altera a lei nº 4.119/64):
Art. 4º- São funções do psicólogo: 
1) Utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo de: 
a) diagnóstico psicológico; 
b) orientação e seleção profissional; 
c) orientação psicopedagógica; 
d) solução de problemas de ajustamento (?????).
[...]
6) Realizar perícias e emitir pareceres sobre a matéria de Psicologia.
Adendo: Posição crítica: Georges Canguilhem: “Que é a psicologia?” (1956)
Questões “venais”: Técnica/eficácia X Conseqüências/questões éticas.
− “Em nome de quem se declaram psicólogos?”
− “Onde querem chegar os psicólogos?”
− “Quem tem não a competência, mas a missão de se tornarem psicólogos?”
Resolução CFP Nº 007/2003:
− Entrevista: primeiro instrumento técnico evocado:
“Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e técnicas psicológicas [...]”
Código de Ética do profissional psicólogo (2005)
− Um dos principais objetivos do código de ética: “fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por 
ações e suas conseqüências no exercício profissional”.
Entrevistas X deveres do profissional psicólogo
− Quanto às Informações: 
1) A serem prestadas ao paciente:
− Art. 1º. São deveres fundamentais dos psicólogos:
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional;
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
Adendo: aqui, novamente, o manejo clínico é fundamental: posturas que objetalizem o paciente, naturalizações, lugar de mestria, etc. são conseqüências éticamente indesejáveis.
2) A confidencialidade:
− Art. 9º: É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.
3) Na relação entre profissionais de saúde:
− Art. 12. Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.
− Art. 15. Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.
§1°–Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.
§2°–Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais
RESOLUÇÃO CFP Nº 001/2009
Torna obrigatório o registro de informações decorrente de serviços psicológicos:
− Prontuário ou registro próprio:
Informações necessárias:
a) identificação do paciente e instituição;
b) avaliação da demanda;
c) evolução de atendimentos;
d) registro de encerramento/encaminhamento;
e) cópia de documentos produzidos pelo psicólogo;
f) documentos resultantes da aplicação de instrumentos.
Estagiário?
− deve ser acompanhado e assinado pelo supervisor;
Período de guarda de documentos: mínimo de 5 anos.
− usuário ou representante legal tem direito de acesso ao material produzido;
 
Documentos escritos produzidos por profissionais psicólogos
1) Princípios técnicos da linguagem escrita:
a) clareza;
b) concisão;
c) harmonia (correlação adequada das frases).
Tipos de documentos escritos
1. Declaração 
2. Atestado psicológico 
3. Relatório / laudo psicológico 
4. Parecer psicológico 
 
Declaração:
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário; 
b) Acompanhamento psicológico do atendido; 
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários). 
 
* Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.
Atestado psicológico:
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
 	a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante.
Relatório ou laudo psicológico:
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. [...] A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
Parecer psicológico:Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão=problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.

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