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Avaliação Teoria da Literatura III

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Avaliação Teoria da Literatura III
Questão 1
Texto da questão
Freud analisa a mente humana dividindo-a entre três sistemas do estado psíquico: inconsciente, pré-consciente e consciente. Além dessas três etapas, o estudioso analisa o sonho. Por quê?
a.
O sonho é manifesto do pré-consciente (uma vez que o ser humano tem a ciência de suas vontades) e sonhar com é uma representação do desejo.
b.
Segundo Freud o conteúdo sonhado está relacionado com o consciente do autor, representando os desejos obscuros do ser humano.
c.
Para Freud o sonho é o caminho para o inconsciente, relacionando o conteúdo sonhado com o assunto latente por meio de associações.
d.
Para o estudioso, o sonho é a manifestação que agrega as três primeiras etapas do sistema psíquico, pois os desejos do ser humano, antes postos no inconsciente, depois de manifestados no sonho, fazem com que a pessoa fique pré-consciente de suas vontades e depois passa para o consciente quando o indivíduo aceita suas maiores vontades.
e.
É por meio dos sonhos que se manifestam os desejos mais profundos do ser humano, e essas vontades chegam ao consciente após a pessoa sonhar.
Questão 2
Destaque as principais funções da psicanálise na literatura:
I.Analisar referências da psicanálise e da medicina nos textos literários.
II.Estudar o modo como os textos afetam o público leitor.
III.Reinventar modos de influenciar a leitura para os novos leitores.
IV.Avaliar a razão pela qual as pessoas escrevem.
V.Explorar apenas textos relacionados a psicologia.
a.
As alternativas I, IV e V são verdadeiras.
b.
As alternativas I e V são verdadeiras.
c.
As alternativas I, II e IV são verdadeiras.
d.
As alternativas I, III e V são verdadeiras.
e.
As alternativas III e V são verdadeiras.
Questão 3
Como a literatura indígena resistiu ao processo de colonização?
a.
Estudiosos, como historiados e etnógrafos, buscaram comunidades indígenas, a partir do século XX com o intuito de registrar a literatura dos índios como manifesto cultural.
b.
Folcloristas restauraram a cultura indígena após procurarem os enredos narrados, por meio da tradição oral, nas comunidades indígenas.
c.
Escritores da Era barroca restauraram os textos literários indígenas e os publicaram, a fim de trazer ao conhecimento dos leitores a cultura dos índios.
d.
Por meio da tradição oral das comunidades indígenas, porém chamou atenção em primeira instância aos folcloristas e etnógrafos.
e.
Padres portugueses que fizeram parte da colonização tiveram a ideia de registrar narrativas contadas pelo povo indígena para registrarem as tradições do povo antes de os portugueses chegarem ao Brasil.
Questão 4
Por que o crítico literário, a partir do século XVIII, passou a ver a literatura com novos olhos em relação ao público leitor
?
a.
O público leitor, a partir do século XVIII, passou a ser composto pela elite; assim, o enredo deveria apresentar a realidade da classe alta da época, e não narrativas a partir da vida da sociedade proletária.
b.
O escritor passou a narrar romances para a nova classe de leitores, além do público da elite. Assim, passou a se preocupar em criar enredos que aproximasse a realidade social do público da classe trabalhadora.
c.
A classe trabalhadora, que também era composta por críticos literários, passou a ser o maior público leitor no século XVIII e assim os escritores priorizaram, em seus textos, a realidade de sua classe social.
d.
Os escritores do século XVII, por pertencerem a uma classe social mais baixa que seu público leitor - a elite - passaram a criticar a alta sociedade, com intuito de mostrar a realidade da maioria das pessoas que dependem de um trabalho e de salário para sobreviver.
e.
A elite permaneceu sendo a maioria do público leitor da época; assim, escritores buscaram conhecer cada vez mais sobre a elite para que os enredos aproximassem a realidade social dos leitores com a literatura.
Questão 5
Por que podemos relacionar a nova crítica (new criticism) ao Formalismo Russo?
a.
A nova crítica, apesar de se opor, inicialmente, ao Formalismo Russo, alinhou-se a essa corrente ao perceber que é impossível analisar a literatura de maneira individual, sem considerar fatores externos como a biografia do autor.
b.
Porque a nova crítica foi criada a partir da mesma concepção de estudo que originou o Formalismo Russo: a defesa de que a literatura é uma vertente científica que deve atentar-se a acontecimentos da época em que está sendo escrita.
c.
Porque as duas vertentes têm a literatura como um fato anônimo, sem relação com o contexto e com a sociedade em que o autor estava inserido quando escreveu a obra.
d.
Porque tanto o Formalismo Russo quanto a Nova Crítica defendem que os textos literários devem ser analisados a partir do contexto histórico em que foram escritos.
e.
Ambas correntes desvalorizam as técnicas presentes no desenvolvimento da obra e focam em fatores históricos e contextos sociais nos quais o autor estava inserido e que acabaram interferindo na composição de sua obra.
Questão 6
Madame Bovary é um romance escrito por Gustave Flaubert, publicado originalmente na França, em 1856. O livro retrata a história de Emma Bovary, jovem sonhadora e de alma burguesa que, entediada com a situação monótona em que se encontra depois de casar-se, passa a buscar aventuras extraconjugais para satisfazer suas fantasias românticas a respeito do amor. A obra, considerada um marco do Realismo, fez com que Flaubert fosse levado a julgamento por ofender a moral pública e religiosa.
O primo Basílio também é um romance categorizado como pertencente ao Realismo e foi publicado originalmente em Portugal em 1878. Assim como Emma Bovary, a personagem principal dessa obra, Luísa, é uma moça romântica e sonhadora da burguesia que, ao se ver sem ter o que fazer devido à viagem de seu marido, se aventura num caso extraconjugal com seu primo, Basílio. A obra chamou a atenção da sociedade de Lisboa por retratar a realidade de forma ácida e crítica.
Considerando as características apresentadas acerca das duas obras, é possível tecer uma análise comparativa que se utiliza da estratégia de:
a.
Comparação entre a mesquinhez da burguesia no que tange às relações de trabalho e à falta de consciência de classe.
b.
Comparação entre obras de diferentes autores e nacionalidades, compreendendo a forma como sociedades diferentes tratam do tema do adultério, por exemplo.
c.
Comparação entre as diferentes visões de mundo que os autores têm em relação a instituições religiosas como o casamento.
d.
Comparação entre as relações burguesas estabelecidas pelas personagens femininas e seus hábitos de consumo exagerado.
e.
Comparação entre obras de diferentes autores na representação de diferentes gêneros literários, porém com a mesma temática romântica.
Questão 7
"A língua poética difere da língua prosaica pelo caráter perceptível de sua construção. Podemos perceber seja o aspecto acústico, seja o aspecto articulatório, seja o aspecto semântico. Às vezes, não é a construção, mas a combinação de palavras, a sua disposição que é perceptível. A imagem poética é um dos meios que servem para criar uma construção perceptível que podemos experimentar na sua própria substância; mas ela não é nada de mais... A criação de uma poética científica exige que se admita desde o início que existe uma língua poética e uma língua prosaica cujas leis são diferentes, ideia provada por inúmeros fatos. Devemos começar pela análise destas diferenças".
CHKLOVSKI apud EIKHENBAUN, B. A Teoria do "Método Formal".
In: Teoria da Literatura: formalistas russos. Porto Alegre: Editora Globo S. A., 1976. p. 15.
O conceito de língua poética e de língua prosaica, no trecho acima, se relaciona com a noção de procedimento, pois:
a.
A língua prosaica se utiliza de procedimentos para gerar uma percepção poética, enquanto a língua poética tem como função o uso comunicativo imediato.
b.
Por meio de procedimentos específicos, a língua poética se distingue, dando novos sentidos às palavras; já a língua prosaica tem por objetivo a comunicaçãoimediata.
c.
Os procedimentos que diferenciam a língua poética da prosaica se relacionam com valores filosóficos e psicológicos a serem considerados pela crítica.
d.
O valor literário é agregado à língua prosaica quando lhe são atribuídos valores do inconsciente do texto, enquanto a língua poética depende de procedimentos linguísticos para tal.
e.
A percepção do leitor é o procedimento utilizado para atribuir valor poético à língua prosaica, enquanto a língua poética é literária por si só.
Questão 8
"O termo 'crítica', do grego 'julgar', 'discriminar', encerra em si a noção de 'avaliação'; assim, a crítica literária seria um processo de avaliação de uma obra ou de obras literárias, e o 'crítico' alguém que enuncia juízos críticos ou exerce a crítica literária. [...] Julgar uma obra é lhe avaliar o mérito à luz do gosto do crítico, ou de um corpo de critérios estabelecidos por ele mesmo ou pela época em que este viveu. No entanto, como o gosto implica alta dose de subjetividade, e os critérios estabelecidos variam de acordo com o momento é uma questão fundamentalmente histórica -, o problema da avaliação crítica é dos mais graves no âmbito dos estudos literários". COUTINHO, Eduardo de F.Criação e Crítica: Reflexões Sobre o Papel do Crítico Literário. São Paulo: Annablume, 2013. p. 136.
Como apresentado por Coutinho (2013), o papel do crítico enquanto avaliador da obra literária é um tanto complexo; entretanto, Machado de Assis, em seu famoso ensaio O ideal do crítico, defende a ciência e a consciência como condições principais para a crítica literária. Ao se considerar o papel do crítico conforme defendido por Machado de Assis, tem-se que:
a.
As circunstâncias externas deverão ser o fator determinante para que a crítica a respeito de uma obra seja positiva ou negativa.
b.
O papel do crítico deve ser o de julgar uma obra literária de acordo com as tendências do mercado literário de seu tempo, servindo de propulsor para as obras que mais lhe interessam.
c.
As relações pessoais do crítico com os autores devem ser o fator determinante de quais obras serão bem avaliadas ou não.
d.
O crítico deve portar-se como juiz, dizendo tão somente a verdade, sem se permitir levar pela vaidade ou por interesses de ódio ou adulação.
e.
O crítico deve estabelecer o valor da obra como literária ou não de acordo com suas percepções individuais, sem se atentar às concepções da teoria literária.
Questão 9
"Partindo do princípio da valorização da receptibilidade da obra, ou seja, a relação entre texto e leitor, a Estética da Recepção (ponto de encontro entre a poética e a hermenêutica) dá preferência à interpretação que o receptor tem sobre a obra, rompendo com as teorias anteriores que concebiam o texto literário em sua imanência. Jauss e outros autores [...], desenvolveram várias teses que abarcam a recepção das obras pelos seus leitores, nos quais, nos atos de leitura são passíveis diversas interpretações e atos de criação por parte de seus receptores, saem da postura passiva e adquirem a função de coautores da obra."
GOMES, M. A. Experiência estética e estética da recepção. Cadernos do IL. Porto Alegre, n. 39, dezembro de 2009. p. 37-45. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/cadernosdoil/. Acesso em: 24 dez. 2018.
Tendo seu ponto de partida no discurso de Jauss, a estética da recepção se desdobrou em muitas variantes, a respeito das quais é possível afirmar:
a.
A sociologia da leitura se orienta a partir do público, do próprio livro e da leitura; acredita também que a materialidade do texto pode levar o leitor a determinada compreensão.
b.
A sociologia da leitura tinha por objetivo elaborar uma estrutura de análise que pudesse categorizar as possíveis respostas do público frente à obra literária.
c.
Os teóricos da crítica da resposta do leitor admitiam que o sentido do texto emana da obra, ignorando os efeitos da leitura na produção de sentidos.
d.
A variante a que Jauss dedicou seus estudos determina que o leitor é o fator único e exclusivo da compreensão do texto literário, acreditando que contexto social e a intenção do autor não devem interferir na análise.
e.
Todas as vertentes da estética da recepção compreendem que o sentido do texto só pode ser compreendido frente à realidade social de sua época, invalidando as relações de sentido de outras épocas que não a de sua produção.

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