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Anestesia na cirurgia pediátrica Aparelho respiratório adulto x criança Capacidade de oclusão: maior Tempo expiratório: menor Capacidade vital: menor, com isso maior capacidade para dessaturar Trabalho ventilatório: maior Consumo de O2: maior Pontos chave: A via aérea superior da criança é mais sujeita a obstrução, mais sujeito a hipóxia, sempre ter equipamentos do tamanho adequado, crianças tem glote/laringe mais cefálica, sempre estar preparado para laringoespasmo, sempre avaliar a via aérea da criança procurando preditores de dificuldade Aparelho Cardiovascular adulto x criança Miocárdio: musculatura ainda não está tão desenvolvida, as musculaturas contráteis imaturas, tônus autonômico na criança é imaturo, ao contrário do parassimpático que já esta ok (nervo vago), esse leva a bradicardia ficar atento, o simpático fica ok apenas aos 6 meses. Mecanismo de Frank Starling: maior o estiramento maior a força de contração, no adulto em repouso tem um valor X em repouso, mas quando tem demanda de estresse a reserva do miocárdio do adulto faz com que alcance o desempenho maior necessário, no RN não acontece isso, pois as fibras contráteis ainda não estão desenvolvidas. Fisiologia do neonato: a principal causa de parada cardíaca é a hipóxia, as crianças respondem a hipóxia com vasoconstrição, bradicardia (abaixo de 70 bpm), miocárdio não complacente, logo o volume sistólico é fixo, depende muito da frequência cardíaca (DC= VOLUME X FREQUÊNCIA), logo bradicardia leva a baixo débito e pode levar a parada cardíaca. Os receptores não estão bem desenvolvidos, logo não lida bem com hipotensão nem com sobrecarga de volume. Hipovolemia baixa DC e por sua vez abaixa a PA levando a hipotensão, é muito difícil controlar as alterações. Aparelho Renal adulto x criança Função glomerular: não filtra bem Função tubular: não reabsorve bem, logo criança não lida bem com água nem com soluto Regulação da temperatura Regulação muito complicada de controlar, no pré-operatório tem tendência a hipotermia, criança tem muita água com superfície corporal muito alta, maior tendência de perder calor, criança tem pouca capacidade do isolamento do subcutâneo, pois apresentam gordura com tecido muito frouxo, não leva a isolamento de temperatura. Alterações na temperatura podem levar a distúrbios ácido-base, arritmias, entre outros problemas. Além disso, tem dificuldade em recuperar temperatura. Dessa forma, é necessário prevenir hipotermia, regular bem a temperatura do ambiente (aquecedores), fazer isolamento para evitar essa perda de temperatura. Diferenças farmacológicas As enzimas do citocromo P450 estão presentes, mas não sabem trabalhar, logo metabolismo hepático é deficitário, assim como a função renal, dessa forma tem que analisar muito os medicamentos antes de oferecer. Farmacocinética: quando adm uma droga tem que saber se é hidrossolúveis (maior distribuição no bb, ajusta para mais pq fica mais disperso), lipossolúveis (menor distribuição, tipo o fentanil, utiliza dose baixa, pq se for alta pode ficar livre e depois ir liberando de pouco, levando a depressão), crianças tem menos ligação proteica na circulação, logo os medicamento tem menor taxa de ligação proteica, droga livre é capaz de agir, então considerar dose menor, pois fica mais droga livre. Avaliação e preparo pré-anestésico Pontos importantes: jejum, medicações pré-anestésicas, para prevenir ansiedade de ficar longe dos pais, pode ter estresse pós traumático também. Monitorização: pais presente para dar suporte psicológico Vias de indução da anestesia: comum usar via inalatória, pois tem medo de agulha kkkk, bota máscara de anestésico inalatório, ai punciona a veia e induz anestesia mais aprofundada Analgesia pós-operatória: É MUITO IMPORTANTE, usa analgésicos IV potentes, faz anestesias regionais periféricas para bloquear dor intensa na criança. Complicações: laringoespasmo, pode levar a dessaturação, ficar vigia, trata com bloqueador neuromuscular com curta latência (succinilcolina) pois é um músculo esquelético, depois faz ventilação com pressão positiva para vencer os músculos. Delírios ao despertar: mecanismo desconhecido, mais propenso a acontecer com anestesia inalatória, pois o despertar é muito rápido, diferente da IV. Anestesia regional: cone medular termina em L3, adulto em L1, saco dural mais baixo na criança, permite peridural de acesso via sacral 7. Não pode fazer punção lombar acima de L3 pois vai levar a medula junto Hidratação e reposição: Como fazer? regra 4-2-1 para manutenção, pega o peso da criança para os primeiros 10kg usa 4ml/kg, para os próximos 40ml + 2ml/kg, acima de 20 kg, 60ml + 1ml/kg Analisar o tipo de cirurgia: quanto mais invasiva mais ml utiliza por kg por hora. Qual fluido utiliza? adm solução de ringer lactato, pois não causa acido hipocloreta, solução de glicose não utiliza. Regra dos 10 para reposição volêmica!!! ch: concentrado de hemácias, pfc: plasma Faz cálculos sobre a máxima perda permissiva, mas faz laboratorial, caso sangre, manda pro lab para medir hematócrito, e com essa medida faz reposição. RISCOS ANESTÉSICOS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 10 N’S DA ANESTESIO não pode ter medo normovolemia normotensão normocardia normoxemia normocapnia normotermia normoglicemia normotermia não pode ter dor
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