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CARLOS SANTOS - DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR MARIANO DA SILVA NETO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO COMPARADA
PROFESSORA: LUCIENE SILVA UCHOA
ANTÔNIO CARLOS ALVES SOUSA SANTOS
Desafios, a vida do jornalista brasileiro está repleta deles por toda a sua jornada. Da sua graduação até a sua entrada no mercado onde esses obstáculos tendem a se multiplicar. Essa árdua jornada se inicia desde o Brasil Colônia quando eram permitidos que circulassem apenas os materiais da imprensa da coroa, o que facilitava o controle de informações por parte dos governantes da época. 
Ao longo dos anos a popularização dos meios de comunicação foi proporcionando uma maior facilidade da circulação de ideias e notícias sem o controle intenso do governo. Mas, a partir desta tal “liberdade”, o governo torna a intensificar a censura para barrar todo e qualquer tipo de visão ou ideias que fossem contrárias ao regime.
A linha do tempo do jornalismo brasileiro é bastante marcada por intensos acontecimentos. Com o início da República Velha e da Era Vargas vemos uma continuação desta censura que passou a ser ainda mais intensa, não só para a imprensa, mas também para diversas outras áreas. Entre os anos de 1930 e 1945 temos o regime de Getúlio Vargas que controlava os meios de comunicação. Como forma de ter esse controle o governo cria o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) que controlava as ideias que eram divulgadas na imprensa, principalmente no rádio, além é claro da liberdade artística que criticava muitas vezes o governo. 
Anos depois temos outro ponto dessa linha do jornalismo no Brasil que é a Ditadura Militar que ocorreu entre os anos de 1964 e 1985. Durante esse período a censura cresceu no país e o governo controlava tudo através de fiscalização, foi um período muito obscuro da história do Brasil, não apenas para a imprensa, mas também para diversas outras áreas como a expressão artística que era duramente castigada. No ano de 1988 temos a única lei que legitimiza as liberdades de expressão, mas ainda víamos e vemos certos detalhes cravados naquela época e na nossa democracia atual. 
Atualmente a palavra “censura” voltou a ser destaque no Brasil devido ao aumento de casos de violência contra jornalistas no país. Segundo a (FENAJ) Federação Nacional de Jornalistas), esses casos tiveram um aumento de 105% durante os anos de 2019 a 2020. E damos destaque a esses dados, pois muitos destes casos envolvem agressões praticadas por figura públicas do governo do país.
 
 
Muitos destes ataques a imprensa são promovidos pelo atual Presidente de República Jair Bolsonaro. Em uma das últimas situações em que o presidente se comporta de forma completamente destemperada, Bolsonaro manda uma profissional da imprensa “Calar a boca” ao ser questionado sobre a falta do uso de máscaras, logo em seguida Bolsonaro profere diversas palavras de baixo calão aos jornalistas e aos veículos de comunicação. 
Esta é apenas uma das inúmeras situações em que o presidente ataca os jornalistas ao se sentir pressionado. Em um levantamento feito pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), revela mais de 580 ataques a imprensa feitos por Bolsonaro. Os ataques a imprensa feitos por cidadãos também aumentaram e vale destacar que a maior parte destes agressores são apoiadores do atual governo.
O Brasil caiu quatro posições no último ranking de liberdade de imprensa caindo para a 111ª posição que faz parte da chamada “zona vermelha” que caracteriza um cenário muito difícil para os profissionais da imprensa. Os ataques aos jornalistas ficaram mais intensos com a pandemia do coronavírus o que tornou o trabalho dos profissionais ainda mais complicado devido ao aumento da disseminação de fake news que são inclusive divulgadas pelo próprio presidente. 
Durante o isolamento social causado pela pandemia de coronavírus, o papel do jornalista ganhou muito mais destaque. A demanda por informação aumentou e os esforços para a produção do conteúdo jornalístico também. Para fazer com que a notícia chegue as pessoas, existe esse grupo de profissionais que se arriscam diariamente driblando os impactos psicológicos causados pelo home office e o risco de serem contaminados durante o trabalho presencial. Segundo levantamento feito pela Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), até o fim de janeiro de 2021, 94 profissionais da imprensa morreram através da doença, o número assusta, pois, o Brasil é o país que mais tem profissionais da imprensa mortos pelo coronavírus, isso destaca o descaso com a categoria e os riscos de ser um profissional da imprensa no país.
O Distanciamento das fontes, o home office e a disseminação de fake news fazem com que a apuração da notícia seja um trabalho muito mais árduo, tudo isso para levar informação de qualidade e combater a desinformação. Por trás de todo esse esforço é muito importante reafirmar cada vez mais o compromisso com a credibilidade e com o leitor, telespectador ou ouvinte. A pandemia não acabou, mas o esforço de todos esses profissionais que salvaram vidas através da informação jamais será esquecido, principalmente daqueles que deram a sua vida em nome disso, mais do que agradecer é muito importante valorizar e apoiar os profissionais da imprensa no Brasil.

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