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Nutrição aplicada ao esporte Professora: Vivian Silva Borges A Alimentação do atleta A nutrição apropriada constitui o alicerce para o desempenho físico; proporciona tanto o combustível para o trabalho biológico quanto às substâncias químicas para extrair e utilizar a energia potencial contida nesse combustível. O alimento proporciona também os elementos essenciais para a síntese de novos tecidos e o reparo das células existentes no nosso organismo; A nutrição passa a ter um papel cada vez mais integrado à prática de exercícios e atividade física, constituindo um binômio que é um verdadeiro “passaporte para a saúde”: atividade física e alimentação balanceada. O atleta tem que cuidar da qualidade dos alimentos e líquidos Essencial escolher alimentos de fonte segura de que contenham tal nutriente Necessário fonte de energia adequada e permanente no organismo, para realizar todas suas funções de biotransformação e fisiológicas Ao contrário seu corpo não terá o desempenho desejado, e o organismo vai precisar de muita energia, assim ocorre o estresse oxidativo, ocorrendo depleção e o organismo envelhecerá mais cedo. Necessidades nutricionais O consumo de energia adequado é fundamental para o atleta, uma vez que deste balanço dependerá a capacidade de ingestão de macronutrientes e micronutrientes, além de auxiliar na manutenção da composição corporal ideal. Macronutrientes: Dependendo do regime de treinamento, os atletas necessitam consumir no mínimo 50% das necessidades calóricas de carboidratos, proteínas 12 a 15% proteína e 25 a 30% lipídeos. Necessidades nutricionais O consumo de energia adequado é fundamental para o atleta, uma vez que deste balanço dependerá a capacidade de ingestão de macronutrientes e micronutrientes, além de auxiliar na manutenção da composição corporal ideal. A avaliação do consumo alimentar pode ser considerado a partir de protocolos como registro de 24 horas ou registro de 3 a 7 dias Lembrando que todos os métodos possuem prós e contras (THOMAS; ERDMAN; BURKE, 2016) Informações importantes durante a anamnese alimentar e sua importância para elaboração e/ou adequações alimentares Aspectos avaliados durante a entrevista com o paciente Importância Hábitos alimentares – atuais e pregressos Respeitar e adequar o planejamento alimentar o mais próximo do cotidiano do paciente Hábito intestinal Identificar a necessidade de adequação alimentar, evitando desconfortos gastro intestinais, além de manter a microbiota saudável Fatores demográficos, sociais, ambientais e culturais Aproximar o planejamento alimentar da realidade do paciente, facilitando a adesão Intolerâncias e alergias alimentares Adequar alimentação, evitando transtornos gastrointestinais que possam impossibilitar a prática de exercício físico Comportamento alimentar Reconhecer o comportamento alimentar é fundamental para avaliar adesão do paciente. Além disso pode contribuir para a avaliação do profissional com relação a utilização de suplementos não prescritos pelo paciente Uso de medicamentos – contínuo e esporádicos Adequar alimentação de acordo com as medicações utilizadas. Além disso, é importante para considerar interações medicamentosas Consumo de suplementos Ajustar plano alimentar e suplementação nutricional para melhores benefícios. Avaliar protocolo de suplementação e ajustar em busca de benefícios Regularidade da prática de exercício físico Ajustar o planejamento dietético considerando prática esportiva para equilíbrio das quantidades, seja de calorias como de nutrientes As necessidades energéticas de um atleta dependerá do treinamento (volume e intensidade) Fatores como exposição ao calor ou frio, medo, estresse, exposição a alta altitude, lesões, medicamentos, aumento da massa livre de gordura e até mesmo o período do ciclo menstrual podem aumentar os requerimentos energéticos. O balanço energético ocorre quando a ingestão de energia total é igual ao gasto total de energia (TEE), que por sua vez consiste na soma da taxa metabólica basal (TMB), do efeito térmico dos alimentos (TEF) e o efeito térmico de atividade (TEA). O gasto calórico total em população sedentária e moderadamente ativa pode ser aplicada a atletas, com ressalvas, principalmente para atletas de elite. Equações como de Cunningham ou as equações de Harris-Benedict, desde que com um a utilização do fator de atividade apropriado podem ser aplicadas para estimar o gasto energético total (CUNNINGHAM, 1980) em seu trabalho verificou que a massa magra foi o melhor preditor da taxa metabólica basal (TMB). Assim sugeriu a equação: A partir do resultado da TMB multiplica-se o adequado FA (fator atividade) conforme DRIS. TMB = 22 x (FFM) + 500, onde, FFM = Fat free mass – massa livre de gordura Utilizando a ferramenta Cunning Atleta com peso de 89,9Kg, apresentando 10,6% de gordura corporal com dieta rica em proteína, com ocupação diária sedentária com movimento, com treinamento de 2,5 horas diárias com levantamento de peso intenso http://users.telenet.be/WBtE/cunnin g.html http://users.telenet.be/WBtE/cunning.html Recomendações nutricionais Carboidratos (CHO) e exercícios físicos Importância do carboidrato como fonte de energia Reconhecido que no esgotamento de CHO acontece a fadiga Utilização do CHO antes, durante e na recuperação entre eventos sustenta as diversas estratégias de sua utilização (CLOSE et al., 2016) A glicemia sempre deve estar em valores normais, pois 3 hs de jejum já são suficientes para ativar enzimas que formam cortisol (degradação). Para manter ou aumentar os estoques de glicogênio muscular para treinamento é necessária uma dieta com elevada quantidade de CHO. Após o exercício apenas 5% do glicogênio é ressintetizado a cada hora. Restauração total ocorre cerca de 20hs após. Ingestão adequada de carboidratos para: poupar proteína função energética ativação metabólica São divididos em monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Possui uma digestão rápida, seus principais sítios da digestão são a boca e o lúmen; Dentre os monossacarídeos, encontra-se a glicose, frutose e galactoses, são considerados açucares simples Sendo a glicose a principal fonte de energia para quase todas as células do organismo, é importante que a glicemia seja mantida entre 80 e 100mg/dl, porém, exercícios físicos de moderada intensidade são capazes de reduzir esses valores e, consequentemente desregulando a homeostasia corporal A euglicemia é quando a concentração de glicose na corrente sanguínea está normal, a hiperglicemia quando está acima e hipoglicemia quando está abaixo de 45mg/dL A glicose, portanto, torna-se a via final comum para o transporte de quase todos os carboidratos para a célula A partir do momento que a glicose encontra-se no interior da célula, ela pode ser usada para liberar energia ou ser armazenada sob a forma de glicogênio. No fígado 100g e músculo esquelético de 400 a 500g (Essas quantidades podem ser alteradas por fatores como tipo de alimentação e exercício) Usado local Liberado na corrente sanguínea Cérebro Enterócitos Utilização local Glicogênio Hepático Glicogênio Muscular Duração e intensidade do exercício; nível de condicionamento físico e níveis iniciais de glicogênio muscular são os principais fatores que estão ligados a utilização do estoque de carboidrato no organismo. Exercícios intensos reduzem o glicogênio muscular, e a diminuição desse glicogênio interfere diretamente na força e desenvolvimento muscular, quando a oferta dietética é inadequada O índice Glicêmico (IG) é um fator recente estudado na alteração que pode proporcionar durante o treinamento O aumento de liberação de glicose pelo fígado, visando a ativação do músculo conforme o exercício vai aumentando de intensidade, simultaneamenteo glicogênio muscular representa a fonte energética predominante em exercícios de aeróbicos de alta intensidade durante os estágios iniciais e quando a intensidade aumenta em comparação com as proteínas e os lipídeos 60 a 70% do aporte calórico da dieta Carboidratos antes do exercício Deve prover energia suficiente para a realização do exercício Evitar a fome Evitar desconfortos gastrointestinais 200 a 300g de CHO 3 ou 4 horas que antecedem o exercício tem demonstrado aumentar o desempenho Em intervalos menores, como uma ou duas horas consomem pães, bolos, panquecas, sucos e frutas, enquanto outros apresentam sérios desconfortos gastrintestinais. Nesses casos, recomenda-se a ingestão de preparações com consistência leve ou líquida, pobres em fibras e gorduras e ricas em carboidratos Carboidratos durante o exercício A utilização de bebidas contendo 6 a 8% de carboidratos em exercícios com duração de uma hora ou mais tem evidenciado melhora no desempenho, especialmente em atletas que iniciam o exercício em jejum. Em eventos mais longos 0,7g/Kg/h de carboidrato ou 30 a 60g/h de exercício é indicado para melhorar o rendimento de atletas de endurence. Consumo de glicose ou maltodextrina é efetivo. Frutose isolada deve ser evitado por aumentar o risco de diarreia ou outros desconfortos gastrointestinais A mistura de glicose com frutose (máximo de 20%) é bem tolerada Muitos aceitam as bebidas, porém outros preferem géis ou lanches ricos em carboidratos associados ao consumo de água Carboidratos após o exercício O consumo imediato de carboidratos após é mais eficaz em restaurar os estoques de glicogênio do que o consumo após 2 horas do término. A fim de maximizar a recuperação é recomendada a ingestão de 1 a 1,5 g/Kg de carboidratos com intervalos de duas até seis horas após o exercício. Depois do exercício, são indicados os carboidratos de alto índice glicêmico, como glicose ou sacarose (açúcar), sendo que a frutose isolada (baixo índice glicêmico) tem efeito menor na recuperação. Recomendação de CHO por peso corporal por dia conforme intensidade do exercício físico Fonte: Adaptada de Genton, Melzer e Pichard Duração e situação Recomendação de carboidrato Exercício moderado (˂ 1h/dia) ou exercício de baixa intensidade 5 – 7 g / kg / dia Exercício intenso (1 a 3h/dia) ou exercício de intensidade moderada a alta 7 – 10 g / Kg / dia Exercícios exaustivos ou de longa duração (˃ 4 a 5 h/dia) ou exercício de intensidade moderada a alta 10 – 12 g / kg / dia Antes dos exercício 1 – 4 g/ kg de 1 a 4 horas antes Durante o exercício (˃ 1 hora) 0,5 a 1 g/Kg/dia Após o exercício 1g/Kg imediatamente e 2 horas após Proteínas, aminoácidos e exercícios físicos A recomendação proteica atualmente, vai além das propostas das DRIs (Dietary reference intakes). O objetivo é o fornecimento suficiente de proteína para suportar as demandas do treinamento, prevenindo lesões e aumentando as adaptações metabólicas (THOMAS; ERDMAN; BURKE, 2016). Metabolismo proteico durante o exercício é influenciado por fatores: ▪ Gênero ▪ Idade ▪ Intensidade ▪ Duração ▪ Tipo de exercício ▪ Ingestão energética ▪ Disponibilidade de carboidratos As necessidades proteicas de um atleta visam sua contribuição para: Balanço proteico positivo; Hipertrofia muscular; Imunoproteção; Emagrecimento; Saciedade; Saúde (regulação glicêmica / lipídica) As recomendações atuais sugerem que a ingestão proteica necessária para suportar a adaptação metabólica, reparação, remodelação e turnover de proteínas varia entre 1,2 a 2,0 g / kg / dia. A preocupação deve ser estendida para o aporte energético adequado também, principalmente dos carboidratos, para que os aminoácidos sejam poupados para a síntese proteica e não sejam oxidados (THE ACADEMY OF NUTRITION AND DIETETICS (AND), DIETITIANS OF CANADA (DC), 2016). A massa muscular é resultado do equilíbrio entre a síntese de proteína muscular e sua degradação. O exercício de resistência seguido pelo consumo de proteína resulta em um aumento da síntese da proteína muscular o que ao longo do tempo pode levar à hipertrofia muscular. A magnitude do aumento induzido pelo exercício de resistência inclui a quantidade e a fonte de proteína, e possivelmente a distribuição e o tempo de ingestão após o treino (MORTON; MCGLORY; PHILLIPS, 2015). As pesquisas têm sugerido uma dose de 20g de proteína, já que acima deste valor, a proteína é oxidada resultando numa maior produção de ureia. Esta situação indica que existe um limite de aminoácidos que podem ser usados para a síntese proteica muscular (WITARD et al., 2014). Foi proposto uma dose de 0,25 g de proteína / kg / refeição para benefício com relação a síntese de proteína muscular (MORTON; MCGLORY; PHILLIPS, 2015). Pensando em qual o melhor horário para o consumo de proteína, considera-se ótimo a ingestão de proteína imediatamente pós treino quando se pretende síntese proteica muscular (MORTON; MCGLORY; PHILLIPS, 2015). A alimentação pré-sono também pode ser uma estratégia interessante já que é um momento em que a provisão de proteínas pode proporcionar um benefício marcado para remodelar as proteínas musculares. A ingestão de 40 g de proteína de caseína antes de dormir, estimula a síntese proteica muscular e melhora o equilíbrio da proteína disponível durante o sono em jovens saudáveis (RES et al., 2012; SNIJDERS et al., 2015) além de favorecer o ganho de força durante treinamento de exercícios de resistência em homens jovens (SNIJDERS et al., 2015). Exercícios aeróbicos SBME (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte) recomenda o consumo de 1,2 a 1,6 g/Kg/dia para atletas de submetidos a exercício aeróbio, mesmo de longa duração. O suprimento calórico, especialmente de carboidratos, é fundamental para o metabolismo de aminoácidos, pois assim eles são direcionados à síntese proteica e não à oxidação para a produção de energia Exercícios de força Os aminoácidos são necessários para o crescimento dos músculos (síntese proteica), particularmente em fases iniciais de treinamento, quando os ganhos são maiores A recomendação de proteínas para atletas de força é entre 1,2 a 1,7 g/Kg/dia, sendo que, para aqueles que têm por objetivo o ganho de massa muscular, segure-se a ingestão de 1,6 a 1,7g/Kg/dia Lipídios e exercícios físicos Fornece 9Kcal Fornece ácidos graxos essenciais Elementos essenciais das membranas celulares Absorção de vitaminas lipossolúveis A ingestão de gordura pelos atletas deve estar de acordo com as diretrizes de saúde pública e deve ser individualizada com base no nível de treinamento e nos objetivos de composição corporal (THOMAS; ERDMAN; BURKE, 2016). As atuais recomendações propostas aqui no Brasil preconizam uma dieta isenta de ácidos graxos trans, o consumo de < 10% do valor calórico total de ácidos graxos saturados para indivíduos saudáveis e < 7% do valor calórico total para aqueles que apresentarem risco cardiovascular aumentado (FALUDI et al., 2017). A gordura é a maior, senão a mais importante, fonte de combustível para exercícios de leve a moderada intensidade Recomendação 20 a 35% 1g/Kg durante o exercício, o aumento do fluxo sanguíneo através do tecido adiposo, acelera a produção de Ácido Graxo Livre (AGL), para serem usados como fonte de energia pelos músculos. Com isso, a quantidade de gordura utilizada para fonte energética quando comparada as condições de repouso, é três vezes maior. Se a restrição de gordura for severa pode limitar o desempenho por impedir a reserva de triglicerídeos intramuscular, que provê uma significante proporção de energia para todas as intensidades de exercício. . Se o objetivo do atleta for a redução dos estoques de gordura corporal, o suprimento lipídicodeve ser representado por menos de 8% para saturadas, mais de 8% para monoinsaturadas e de 7 a 10% para as poliinsaturadas, sendo que o total não deve ser menor que 15% do valor calórico total Os AGL são especialmente importantes no suprimento de energia em situações de jejum, exercícios de resistência (endurence) ou quando o suprimento de carboidrato é limitado Oxidação de ácidos graxos necessita da oxidação simultânea da glicose, uma vez que, embora ocorra a formação de acetil-CoA a partir de ácidos graxos e que sustentem o ciclo de Krebs É necessária a formação de oxaloacetato para manter o ciclo ativado. O oxaloacetato é formado a partir do piruvato derivado da glicose ou dos alfacetoácidos provenientes da degração de aminoácidos Durante a realização de exercícios físicos, a oxidação de ácidos graxos não fornece a mesma capacidade de produção de força tal como a de glicose e, a medida que ocorre diminuição no processo de glicólise, há um aumento na utilização de lipídios, fato que reduz o desempenho Evidências cientificas têm demonstrado que a ingestão de maiores quantidades de ômega 3 , está relacionado a efeitos específicos na saúde, e, talvez ao desempenho do atleta Vitaminas, minerais e exercícios físicos Importância: Produção de energia Síntese de hemoglobina Manutenção da saúde óssea Função do sistema imune Reparação do tecido muscular pós treinamento O exercício altera as vias metabólicas nas quais os micronutrientes e o treinamento pode resultar em alterações bioquímicas que aumentam as necessidades. Vitaminas, minerais e exercícios físicos O treinamento regular pode aumentar as perdas desses nutrientes pelo organismo O consumo de micronutrientes deve ser aumentado a fim de maximizar efeitos do treinamento, como construção, reparação e manutenção da massa magra do organismo Atletas com risco de deficiência: Uso de dietas restritivas em calorias Utilizam métodos de perda de peso agressivas Restringem algum grupo de alimento Alimentação desequilibrada ou pobre em micronutrientes Vitaminas, minerais e exercícios físicos Os micronutrientes com bastante importância para os atletas são cálcio e vitamina D, vitaminas do complexo B, ferro, zinco, magnésio, vitamina C e E. Vitamina C e exercícios físicos Função antioxidante Cofator de enzimas hidroxilases (prolina e lisina), envolvidos na biossíntese do colágeno e a dopamina-beta-hidroxilase, a qual converte a dopamina em adrenalina A reação unieletronica do ascorbato resulta na formação do radical ascorbil. Essa ação antioxidante do ascorbato é importante para regenerar o radical tocoferil ao alfatocoferol, preservando a capacidade antioxidante deste último nas membranas biológicas. Recomendações da SBME sugere 500 e 1500mg/dia para treinamento intenso Vitamina C e exercícios físicos Vitamina D e exercícios físicos Importante na regulação da absorção e metabolismo do cálcio e fósforo Desempenhando também importante papel na manutenção da saúde óssea Relação entre o estado de vitamina D e a prevenção de lesões, reabilitação, função neuromuscular melhorada, aumento do tamanho da fibra muscular do tipo II, inflamação reduzida, redução do risco de fração de tensão, e doenças respiratórias agudas (THOMAS; ERDMAN; BURKE, 2016) Estudos mostram que sem a vitamina D apenas 10 a 15% do cálcio é absorvido (CHAGAS; MARTINI, 2013) Atletas utilizarem alimentos fontes: gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau e gorduras em geral Vitamina E e exercícios físicos Em razão de seu importante papel antioxidante, a deficiência promove maior peroxidação lipídica e maior sensibilidade à ação tóxica do oxigênio Suplementação de 800UI/dia de vitamina E em exercícios intensos demonstra menores índices indicativos de estresse oxidativo muscular Vitaminas do Complexo B e exercícios físicos Garante a manutenção das vias de geração de energia Reconstrução e reparação do tecido muscular Tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, ácido pantotênico e biotina na geração de energia Folato e vitamina B12, são responsáveis pela produção de células vermelhas, pela síntese proteica e pela reparação tecidual Sugere para atletas um aumento em duas vezes em relação as recomendações Zinco exercícios físicos Papel importante no crescimento, construção e na reparação do tecido muscular, na produção de energia e no sistema imune. O consumo inadequado pode afetar diretamente os hormônios da tireoide, a taxa metabólica de repouso e o uso de proteínas, o que pode comprometer negativamente a saúde e o desempenho no esporte Indicadores de deficiência: diminuição da função cardiorrespiratória, força muscular e capacidade aeróbica Zinco exercícios físicos O consumo exagerado de zinco pode reduzir as concentrações de HDL-c e interferir na biodisponibilidade de outros nutrientes, como ferro e cobre Suplementação de zinco em atletas não deficientes não oferece benefício adicional Suplementação de 45mg/dia diminuiu a concentração de produtos relacionados ao estresse oxidativo Cálcio exercícios físicos Importante para crescimento, a manutenção e a reparação do tecido ósseo, a contração muscular, a condução nervosa e as proteínas transportadoras e de coagulação sanguínea. A ingestão inadequada aumenta o risco a fraturas e de redução na densidade mineral ou osteoporose precoce A suplementação de cálcio é determinada após avaliação nutricional individualizada Nos casos de transtornos alimentares, amenorreia e risco de osteoporose precoce as recomendações de cálcio para atleta chegam até 1500mg/dia Ferro e exercícios físicos Envolvido diretamente em processos que levam à produção de energia, como carreador de oxigênio na hemglobina e mioglobina. Presente também na estrutura da enzima catalase, contribui para reduzir o efeito oxidante dos radicais livres. Sua deficiência pode levar a perda oxidativa das células gerando fraqueza e alterações metabólica (LANCHA JR, 2014) Ferro e exercícios físicos Para avaliar o status do ferro, utiliza-se parâmetros bioquímicos como ferritina e hemograma completo É comum ocorrer redução nesses parâmetros em atletas pelo aumento no volume plasmático ocasionado pelo exercício, conhecido como hemodiluição ou “falsa anemia” ou ainda, “anemia dos esportes” – nesses casos a intervenção nutricional é ineficaz e desnecessária já que ocorre uma adaptação Sugestão de suplementação de 100mg de sulfato ferroso Magnésio e exercícios físicos Cerca de 300 sistemas enzimáticos são dependentes de magnésio, incluindo a glicólise e a oxidação de gorduras e proteínas, além de regular a estabilidade de membranas e as funções neuromuscular, cardiovascular, imune e hormonal. Os valores de seu consumo alimentar por atletas variam muito, de 345mg/dia em praticantes de musculação até 684 mg/dia em ciclistas em fase pré-competitiva Sua deficiência aumenta as necessidades de oxigênio para a realização do exercício, o que interfere no desempenho Indivíduos que participam de esportes que têm controle de peso e da composição corporal, como lutas, balé, ginásticas e patinação no gelo , estão em maior risco de deficiência Sódio, cloreto, potássio e exercícios físicos Os eletrólitos em especial sódio e cloreto são perdidos no suor, o que aumenta suas necessidades Em algns atletas chegam a ser superiores a UL Sódio (2,3g/dia) e cloreto (3,6g/dia) Potássio é importante para o balanço hidroeletrolítico, transmissão nervosa e os mecanismos de transporte ativo Bebidas esportivas contendo sódio (0,5 a 0,7g/L) e potássio (0,8 a 2g/L), bem como carboidratos, são recomendadas para esportes que tem duração maior que duas horas
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