Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
25/06/2022 22:25 Estácio: Alunos https://simulado.estacio.br/alunos/ 1/3 Acertos: 8,8 de 10,0 (Finaliz.) Data: 01/06/2022 19:36:23 Pontos: 1,25 / 1,25 (FCC / 2018) Michel Foucault, na obra Vigiar e punir, discute três formas punitivas históricas e relaciona, cada uma dessas formas punitivas, a uma determinada "economia de poder". As formas punitivas estudadas pelo filósofo, segundo a ordem cronológica de sua efetivação na história do direito penal ocidental, a partir do século XVII até o século XX, são, respectivamente, prisão - prestação de serviços comunitários - suplícios. prisão - multa - prestação de serviços comunitários. penas proporcionais aos crimes - multa - prisão. penas físicas - penas proporcionais aos crimes - prisão. multa - penas pecuniárias - açoite. Pontos: 1,25 / 1,25 Ana é condutora de uma van escolar, e foi flagrada pela autoridade de trânsito falando ao celular enquanto dirigia, e por isso sofreu uma sanção registrada na sua carteira nacional de habilitação. Desta situação hipotética, é correto afirmar que: Ana não cometeu nem crime e nem infração administrativa, sendo certo que sua conduta de falar ao volante não possui nenhuma punição no Código de Trânsito Brasileiro. Ana não cometeu crime, pois sua infração administrativa já prevê a privação da liberdade de dirigir veículo, e daí a sanção administrativa deve absorver a pena criminal. Ana cometeu crime de falar ao celular na condução de veículo automotor, e por isso deve responder às penas de 2 anos de detenção, além da pontuação administrativa correspondente; Ana não cometeu nenhum delito, somente infração administrativa, pois o Código de Trânsito Brasileiro não prevê tipicidade para esta conduta. A conduta de Ana é um evento sem nenhuma repercussão jurídica alguma. Pontos: 1,25 / 1,25 "Dizer que a intervenção é mínima significa que o Direito Penal deve ser a ultima ratio, restringindo e direcionando o poder incriminador do Estado para quando os demais ramos do Direito forem insuficientes para proteger os bens jurídicos em conflito, isto é, se outras formas de sanção ou controle social forem eficazes para a tutela dos bens jurídicos, a sua criminalização não é recomendável conflitando com um Direito Penal simbólico que atualmente se insere no ordenamento jurídico vigente. Sustenta a parte recorrente que o acórdão a quo violou os arts. 184, § 2º, e 334, ambos do Código Penal, porquanto incabível o princípio da insignificância em delitos de contrabando." STJ - REsp: 1665361 MG 2017/0084851-2, Relator: Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Publicação: DJ 11/05/2017. Com base no exposto, assinale a opção correta acerca do conceito de Direito Penal simbólico. Consiste na utilização do Direito Penal como instrumento de produção de controle social, que, embora representando uma resposta ao anseio da mídia, muitas vezes, apenas sensacionalista, produz leis plenamente necessárias, flexíveis e proporcionais aos fatos tutelados. Consiste na utilização do Direito Penal como instrumento de produção de leis totalmente eficientes, que são símbolos de eficácia do Poder Legislativo. Consiste na utilização do Direito Penal como instrumento meramente demagógico, sendo aprovadas leis mais severas - em regra, decorrentes de comoção geral - mas que, na prática, acabam sendo inócuas. Consiste na utilização do Direito Penal como instrumento de produção de todos os anseios da sociedade, especial, em homenagem a símbolos históricos. Consiste na utilização do Direito Penal como forma de homenagear uma representatividade pública, um símbolo social. Questão1 Questão2 Questão3 25/06/2022 22:25 Estácio: Alunos https://simulado.estacio.br/alunos/ 2/3 Pontos: 1,25 / 1,25 Ano: 2008 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2008 - PC-PI - Perito Criminal - Farmácia No que tange à imputabilidade, certo é afirmar que se trata de um conjunto de requisitos pessoais que conferem ao indivíduo capacidade para que, juridicamente, lhe possa ser atribuído um fato delituoso. Não excluem a imputabilidade: O desenvolvimento mental incompleto ou retardado. A menoridade penal. A doença mental. A emoção ou a paixão. A embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior. Pontos: 1,25 / 1,25 Há uma estreita relação teórica e prática entre a atuação da mídia e o direito penal brasileiro. Com relação ao tema aqui exposto, levando-se em consideração as proposições trazidas pelos estudos da legislação penal simbólica, assinale a alternativa correta: A mídia tem o papel apenas de divulgar o conteúdo das normas penais incriminadoras, sem interferir no sentimento coletivo quanto às expectativas de concretização da efetividade normativa. O papel da mídia é influenciar diretamente na aprovação de normas penais incriminadoras, embora tenha o compromisso de divulgar dados reais de criminalidade, ressaltando-se que a norma penal em si não é automaticamente efetiva. A mídia desenvolve atividades que influenciam diretamente na construção da legislação penal simbólica, pois robustece o sentimento de segurança coletiva e estabilidade social, ao naturalizar o discurso de que a norma penal em si mesma é capaz de reduzir a criminalidade. Por meio da atuação direta da mídia é possível assegurar a efetividade normativa das leis penais incriminadoras, concretizando-se as expectativas outrora desenhadas pelo legislador infraconstitucional. A aprovação de normas penais incriminadoras não sofre influência direta da mídia, uma vez que o seu papel é exclusivamente informativo e objetiva assegurar um sentimento coletivo de segurança na população. Pontos: 1,25 / 1,25 O direito penal brasileiro vigente, quando lido e compreendido sob a perspectiva do texto da Constituição brasileira de 1988, deve ser interpretado e aplicado no contexto dos princípios da legalidade, tipicidade penal, anterioridade da norma penal, dignidade humana e segurança jurídica. Por isso, é correto afirmar que: A partir das premissas trazidas pelo princípio da tipicidade penal, o legislador deverá descrever previamente, seja de forma geral ou específica, aquelas condutas consideradas penalmente relevantes e reprovadas criminalmente pela lei penal. A partir do princípio da segurança jurídica, o tipo penal deve ser anterior à conduta praticada pelo agente, mas a penalidade a ele aplicada poderá ser excepcionalmente criada após a prática da conduta delitiva. Excepcionalmente o ordenamento jurídico brasileiro admite que uma determinada conduta, não prevista previamente em lei, seja punida, desde que posteriormente a essa conduta seja aprovada uma norma penal incriminadora que estabelece um tipo penal específico. Toda conduta humana tipificada expressamente na lei penal poderá punir sujeitos especificamente escolhidos pelo legislador, como também condutas penalmente reprovadas pelo ordenamento jurídico brasileiro. A partir da interpretação sistemático-constitucionalizada da dignidade humana, o direito penal tipificará apenas condutas, sendo expressamente vedado a tipificação de pessoas no direito brasileiro. Questão4 Questão5 Questão6 25/06/2022 22:25 Estácio: Alunos https://simulado.estacio.br/alunos/ 3/3 Pontos: 0,00 / 1,25 Marque a alternativa correta em relação ao estudo comparativo dos sistemas acusatório, misto e inquisitivo. O direito brasileiro adota o sistema misto, haja vista a dispensabilidade do contraditório na fase investigativa, além de possibilitar a condenação do acusado a partir de provas irrepetíveis produzidas no inquérito policial. O ordenamento jurídico brasileiro adota constitucionalmente o sistema acusatório, por meio do qual a confissão do acusado é prova considerada legítima e absoluta para justificar sua condenação. No sistema acusatório, garante-se ao acusado a presunção de não-culpabilidade, assegura-se o direito ao contraditório, ampla defesa e devido processo legal, ressaltando-se que o órgão acusador atuaráconjuntamente com o órgão julgador, com o objetivo de desconstituir o estado de inocência do acusado. Em razão da ausência do contraditório e ampla defesa no âmbito do inquérito policial, o direito processual penal brasileiro adota o sistema inquisitivo, haja vista a possibilidade e admissibilidade de provas irrepetíveis como critério hábil à condenação do acusado. O sistema tipicamente inquisitivo coloca o acusado em posição de absoluta desigualdade processual, pois presume a sua culpa num contexto em que o órgão acusador e o órgão julgador atuam de forma distinta e independente. Pontos: 1,25 / 1,25 A Lei 8429/92 e a Lei 8072/90 são dois exemplos de normas jurídicas que trazem em seu conteúdo a criminalização de condutas mediante a aplicabilidade de penas aos seus agentes. Com relação à efetividade normativa e a análise das respectivas leis no contexto dos estudos da legislação simbólica, é correto afirmar que: A Lei 8072/90 atendeu efetivamente os objetivos do legislador quanto à sua efetividade normativa, haja vista que, a partir da sua entrada em vigor, tivemos significativos avanços na diminuição da prática de crimes hediondos no Brasil. Tanto a Lei 8072/90 quanto a Lei 8429/92 são exemplos clássicos de legislações penais simbólicas, haja vista que deixam de atender às expectativas do legislador infraconstitucional quanto a sua efetividade normativa. A Lei 8072/90 não se encontra plenamente em vigor no direito brasileiro, embora esteja vigente, pois seus comandos penais ainda não se efetivaram dentro dos moldes propostos pelo legislador infraconstitucional. Enquanto a Lei 8429/92 atingiu integralmente sua efetividade normativa, sabe-se que a Lei 8072/90 é considerada uma espécie de legislação penal simbólica, considerando não ter atendido aos anseios do legislador infraconstitucional. A Lei 8429/92 ainda não se encontra plenamente em vigor no direito brasileiro, considerando- se o aumento significativo de atos de improbidade administrativa praticados pelos agentes públicos. Questão7 Questão8
Compartilhar