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UFSC 
Biblioteca Setorial 
CGS- 0 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTARIA 
MATERIAIS RESILIENTES PARA BASES DE 
PRÓTESES TOTAIS E PARCIAIS 
LUCIANO ANZILIERO 
MONOGRAFIA APRESENTADA AO CURSO DE 
ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTARIA DA 
UFSC PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE 
ESPECIALISTA EM PRÓTESE DENTARIA. 
ORIENTADOR: PROF. DR. DARCY ZANI 
o 
FLORIANÓPOLIS 
1999 
" Aprendemos muitas coisas, 
infinitas eu diria, mas o mais importante é que 
por mais coisas que observemos, por mais 
conhecimentos que acumulemos, no final de 
nossa vida ainda faltará muito para alcançar a 
sabedoria plena, porque a vida.. , a vida é um 
eterno aprender." 
Carlos André Centenaro 
Ti PS C 
Bibnote,- 	El.rorial 
CCS-0 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço especialmente aos meus 
pais, Moacir e Anna pela 
compreensão e apoio para o 
sucesso desta jornada e aos meus 
irmãos Vinicius e Tiago. Muito 
obrigado de coração. 
Devo também agradecimentos aos meus mestres Prof. Dr. ho 
Zani, a Prof. Cláudia M. Volpato e o Prof. Dr. Darcy Zani que 
pacientemente souberam transmitir os seus conhecimentos e me 
conduzir durante os trabalhos desenvolvidos no curso. 
Ao Prof. Dr. Paulo Afonso eurmann, o grande responsável 
por esta caminhada, sem o seu empenho e dedicação nunca teria 
chegado até aqui. 
A todos os meus colegas de curso, em especial ao sócios de 
caixa .4101RO4LDO, 4LTA1114 e IVA81141N10. 
André inalltnann, Luiz 3elipe Soares, frldrcio nortolini e 
Jfrlárcio Scopel, para vocês o meu muito obrigado por toda a 
parceria, vocês são mais que amigos... 
Aos colegas de Erechim, que sempre me apoiaram, em especial 
a Dra. Denise Abel, Dr. Rogério Soliniann, Dr. Wolnei Cenkenaro, 
Dr. Valdomiro Simonekki e ao Sr. Jos& Baú. 
A Prof. Lem Campos pela correção metodológica deste trabalho. 
E sobretudo à DEUS. 
SUMARIO 
Pág. 
RESUMO 	 06 
SUMMARY 	 07 
1 INTRODUÇÃO 	 08 
2 REVISÃO DE LITERATURA 	 10 
2.1 Indicações 	 10 
2.2 Vantagens e desvantagens 	 15 
2.3 Materiais empregados 	 18 
2.4 Procedimentos técnicos 	 24 
2.5 Manutenção 	 31 
3 DISCUSSÃO 	 33 
4 CONCLUSÕES 	 37 
5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 	 38 
ANEXOS 
I — Caso clinico de Prótese Total inferior com base resiliente 
RESUMO 
Desde que se começou a substituir os dentes faltantes por 
próteses totais, a busca pelo conforto destas, aliado ao bom 
desempenho clinico vem sendo procurado pelos cirurgiões-dentistas 
através dos tempos, muitos foram os materiais e técnicas 
desenvolvidos para se buscar estes objetivos. Alguns destes materiais 
são as bases resilientes, que promovem um aumento no conforto, 
atenuando as cargas mastigatórias. Porém as suas indicações são 
restritas e devem observar as características do paciente e a situação 
clinica que encontramos. Contudo estes materiais são de grande valor 
no cotidiano da clinica odontológica e devem ser de domínio do 
cirurgião dentista. 
6 
SUMMARY 
Ever since the substitution of missing teeth for total prostheses 
began, the search for the comfort these, allied to excellence in clinical 
performance have been sought by dentists troughout time, many 
materials and techniques have been 
objectives. Some of these materials are 
developed to achieve these 
resilient bases which promote 
na increase in contort, attenuating the masticatory loads. Nevertheles, 
their indications are restricted and the patient's characteristics should 
be taken into consideration, as well as, the clinical situation which is 
encoutered. However, these materials are of great value to the 
everyday dental pratica and should be mastered by the dentist. 
7 
1 INTRODUÇÃO 
Desde que se começou a substituir os dentes faltantes por 
próteses totais, a busca pelo conforto destas, aliado ao bom 
desempenho clinico vem sendo procurado pelos cirurgiões-dentistas 
através dos tempos, muitos foram os materiais e técnicas 
desenvolvidos para se buscar estes objetivos. 
Alguns destes materiais onde busca-se entre outras coisas a 
beleza, o conforto e a funcionalidade são os forradores resilientes para 
Próteses Totais e Parciais. Estes materiais começaram a serem 
utilizados a partir de 1869, com o uso de borrachas naturais 17 . Desde 
então, a evolução destes é uma busca incansável pelos profissionais, 
pesquisadores, e fabricantes, que a cada temporada lançam ao 
mercado os mais variados tipos e formulações de produtos. 
Além das borrachas naturais, também tem-se os polímeros 
vinflicos e hidrofilicos, silicones e acrílicos maleáveis como forradores 
resilientes. Essa quantidade de grupos de materiais faz com que as 
opções no tratamento sejam muitas tannbém2 ' 6 , por isso cabe ao 
profissional selecionar o paciente que realmente necessita a utilização 
de bases resilientes2 . 7 ' 8.9 . 1" 3 . 
Estes materiais além de comporem a base protética também 
podem ser utilizados como alinhadores, ou seja, formam uma cinta 
8 
elástica no interior da prótese e ainda servem para consertos de 
próteses totais e parciais l° , bem como para reembasamentos 
temporários e definitivos2,3,7,10,22,23 
0 processo de utilização varia de acordo com a marca do 
material, onde cada qual possui suas técnicas. 2 0 uso direto, 
realizado diretamente na boca do paciente tem sido utilizado para 
reembasamentos temporários com mais freqüência 27 , já o método 
indireto, confeccionado em laboratório, tem-se demonstrado com 
maior sucesso clinico, porém demanda maior tempo clinico.3 10 
A conservação destes materiais ainda vem sendo pesquisada, 
mas é certo que é critica, pois os forradores resilientes são de difícil 
acabamento e ajuste, além de terem uma alta absorção de liquidos, 
que contribuem para a formação de nichos bacteriológicos 2,3,7,10,20 . 
Contudo, tem-se muita expectativa que estes materiais possam 
facilitar a conduta clinica, tornando-se um material seguro e eficaz. L 
proposta deste trabalho elucidar ao clinico quanto as indicações, 
materiais disponíveis, técnica de utilização e manutenção dos 
materiais resilientes para base de próteses. 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
Para termos uma seqüência apropriada e para melhor 
compreensão, esta seção será dividida nos seguintes itens: Indicações 
e contra-indicações; vantagens e desvantagens; materiais 
empregados; técnica de utilização e manutenção. 
2.1. Indicações e contra-indicações 
Segundo O'BRIEM, RYGE21 e'rn 1981, os materiais de 
forramento moles são usados geralmente quando a mucosa de 
suporte da dentadura estiver muito sensível e o paciente apresentar 
baixo limiar de dor. Estes materiais ski úteis, igualmente, quando se 
trata de pacientes com excessivo briquipmo (bruxismo) ou travamento 
i nd icações: dental. Ainda, o autor relata as seguintes ndicagoes: 
a) confecção de novas dentaduras para conforto do paciente 
com dentaduras velhas; 
b) para melhorar a adaptação cle uma dentadura velha; 
1 0 
C) para compensar as retenções exageradas de uma 
dentadura; 
d) como uma alternativa para o condicionamento desse tipo, 
enquanto novos aparelhos estiverem sendo feitos; 
e) para o "paciente problemático para dentaduras" que 
apresentam dificuldade em acostumar-se ás mesmas. 
DUNCAN, CASWELL, ROMMERDALE 6 em 1985, descrevem a 
utilização de um alinhador elástico para prótese total em pacientes que 
apresentam inflamação gengival crônica, com problemas como cristas 
residuais severamente absorvidas, pontas ósseas afiadas ou 
espiculas, pouco epitélio queratinizado remanescente cobrindo as 
cristas residuais, atrofia senil resultante numa camada fina de lâmina, 
ou menor resistência a irritação por problemas nutricionais ou 
fisiológicos. Esses alinhadores elásticos podem ser utilizados em 
próteses totais que não podem ser ajustadas por maneiras 
convencionais. 
Em 1989, KHAN, MARTIN, COLLARD 13 indicaram osdelineadores para áreas onde a mucosa não apresenta uma 
espessura adequada. 
GRAHAM, JONES, THOMPSON, JHOMSON 9 , em 1990, 
indicaram o tratamento com resinas resilientes em pacientes com 
mucosa traumatizada por próteses. Ainda, relataram como indicação 
dos materiais macios o condicionamento dos tecidos no tratamento de 
apoio da mucosa inflamada, como materiais de impressão funcional e 
materiais de realinhamento da prótese. 
FRAUNHOFER, SICHINA8 em 1994, indicaram o uso de 
próteses totais com forro resilientes em situações especificas como: 
a) pouca mucosa ou fina; 
b) pouco rebordo alveolar; 
c) quando a prótese causa ferimentos; 
d)defeitos orais ou congênitos; 
e) como condicionador de tecidos; 
f) após radioterapia. 
GRANT, HEATH, MCCORD 1° em 1996 sugeriram os forradores 
resilientes sobre as elevações do osso cortical; não é particularmente 
útil na redução do desconforto produzido pelos tecidos duros com 
espiculas sem cortical. Ainda relataram, que alguns autores indicaram 
os forradores resilientes para aumentar a retenção da prótese total 
(englobando retenções). Como contra indicação relataram as 
seguintes situações: quando o feixe neurovascular mentoniano está 
localizado superficialmente; quando o paciente apresenta xerostomia; 
quando o paciente apresenta atrofia de mucosa grave. 
Em 1997, EDUARDO' indicou os materiais macios para 
reembasamento direto e indireto para reduzir o trauma causado aos 
tecidos, servindo de amortecedor, para aumentar a retenção das 
próteses, pois pode-se estender os materiais até os locais de alivio. 
Também indicou na utilização após cirurgias para estabilizar a prótese 
e para servir de condicionador tecidual, em próteses mal adaptadas 
enquanto se confecciona próteses novas e em pacientes que se 
submetem a implantes dentários, para que a base macia atenue os 
esforços até ocorrer a osteointegracão. 
ANGELONI 2 , em 1998, descreveu didaticamente as indicações 
de uma resina resiliente de maior aceitação no mercado, o Eversoft0 
(Myerson, Div. Austental) que também serve para a maioria das outras 
resinas resilientes encontradas: 
a) período pós-cirúrgico e cicatricial: tanto em cirurgias 
reparadoras pré protéticas, como implantes e exodontias 
para próteses imediatas. A base resiliente, age como um 
amortecedor das cargas mastigatórias que incidirão sobre 
a região submetida á cirurgia. No caso de exodontia para 
instalação de prótese total imediata, e é muito útil por 
funcionar como reembasador imediato, promovendo 
também melhor retenção: 
b) próteses totais convencionais: aumenta o conforto por 
respeitar as diferenças de tonicidade dos tecidos que 
recobrem as áreas de contato do palato com a prótese total 
(ex.: rafe palatina, tórus, tuber, etc. são bem menos 
resilientes que as áreas de microglãndulas salivares, 
fórmix, etc.). Possibilita o aproveitamento máximo da 
retenção oferecida em áreas proeminentes, como por 
exemplo, tOber, eminência canina, região anterior do 
rebordo, linha obliqua interna, etc.: que em alguns casos 
são tão retentivas que não permitem o plano de inserção 
da prótese total confeccionada apenas com resina acrílica 
que é rígida; 
c) reembasamentos: na técnica convencional de laboratório, 
ou como reembasador imediato, no consultório; 
d) retenção primária em overdentures: como substituto 
provisório de retenção nas próteses sobre-implantes. 
Atuando como clip, o'ring ou fêmea de baixa resiliência; 
e) placas interoclusais: a aplicação parcial ou total na região 
interna das placas interoclusais possibilita um acréscimo 
na retenção, sem agredir as papilas interdentais. 
conforto que a base resiliente oferece é um fator 
fundamental para a aceitação do aparelho por parte do 
paciente; 
f) gengivas artificiais e placas para fissuras: nos casos de 
intensa reabsorção óssea, lábio leporino, fissura palatina, 
etc., onde houver necessidade de recomposição protética, 
aplicação interna do material resiliente oferece os mesmos 
benefícios das placas interoclusais. 
g) pacientes com sensibilidade ao metil-metacrilato: a base 
resiliente Eversoft @ não contém metacrilato de metila em 
sua composição. Pode ser uma alternativa bastante 
favorável nesses casos. Porém deve-se avaliar se o 
paciente não é sensível a outros componentes do produto. 
UFSC 
Biblioteca Setor
C CS-0 
15 
2.2 Vantagens e desvantagens 
BROWN 4 , em 1988 destacou como vantagem dos revestimentos 
macios, o fato de causarem menos reabsorção óssea, pois absorvem 
mais energia do que as bases duras durante o processo de 
mastigação. Como desvantagem, o autor nos dá uma propriedade da 
maioria dos polímeros que formam as bases macias, que é uma 
temperatura característica: a temperatura de transição vítrea. Abaixo 
desta temperatura eles se comportam como uma base acrílica rígida e 
acima, como uma borracha. Isso faz com que selecionemos materiais 
que se mantenham elásticos no ambiente oral. 
ANUSAVICE 3 em 1998, descreveu que para se obter maciez no 
forrador mole, é necessário que haja uma espessura minima entre 2 e 
3 mm, o que acarreta uma diminuição na resistência da base da 
prótese. Mas não é apenas a espessura que diminui a resistência de 
uma base ativada termicamente, a ação dos solventes da silicona 
adesiva e o amolecimento provocado pelo monÔmero acrílico também 
influem. Outra desvantagem é o difícil desgaste, corte e ajuste do 
forrador mole. A superfície da silicona em comparação com aquela 
resina acrílica endurecida, é abrasiva e irritante à mucosa oral. 
Outro fato, é que tanto os forradores moles ditos permanentes 
quanto os condicionadores de tecidos, freqüêntemente tem 
características desagradáveis em relação ao odor e ao gosto 
Ainda ANUSAVICE 3 concluiu que talvez a maior desvantagem 
dos forradores moles é que eles falham muito mais rapidamente que 
as resinas para base de dentadura endurecidas, e eles não podem ser 
limpos de forma efetiva. 
NIKAVVA et al. 2° em 1995, afirmaram que vários autores 
pesquisaram sobre a proliferação de Cândida Albians nos materiais 
resilientes de condicionamento tecidual, mesmo aqueles que 
apresentam zinco em sua composição, pois a cavidade oral é um 
ambiente muito rico em nutrientes para este fungo. 
GRANT, HEATH, MCCORD 1° em 1996 descreveram as 
desvantagens dos materiais forradores: 
a) podem tender a raspar a dura base da prótese de acrílico 
(materiais acrílicos aderem melhor); 
b) são mais difíceis de ajustar ( materiais acrílicos são mais 
facilmente alterados); 
c) são porosos, tendendo a absorver fluidos bucais ( com 
resultantes intumescimento e dor) e a coletar bactérias e 
fungos; 
d) rapidamente se deterioram e requerem recolocação em 
intervalos de aproximadamente 9 a 18 meses; 
e) devem ter 3 mm de espessura para eficiência máxima: isto 
pode seriamente enfraquecer uma prótese inferior, que 
então precisará de um reforço; 
f) pacientes podem tornar-se habituados a tais forradores, 
acreditando que uma superfície de moldagem de prótese 
dura nunca pudesse ser satisfatória; 
g) friccionam a mucosa bucal, visto que se deformam sob 
pressão mastigatória. Esse efeito é exacerbado se a 
oclusão não for perfeita; ainda, aperfeiçoar a oclusão é 
difícil na presença de um forrador resiliente, visto que a 
prótese se move sob carga oclusal. 
2.3 Materiais empregados 
BROWN4 , em 1988 destacou que como propriedades químicas 
ideais dos materiais macios que são continuamente expostos aos 
fluidos orais, é que sejam atóxicos, não causem irritação tecidual, não 
podem ser dissolvido e/ou seus componentes não podem ser 
dissolvidos. Em outras palavras deve ser estável. 
Ainda, em relação as propriedades mecânicas, os materiais 
resilientes devem apresentar elasticidade, ser durável, resistir as 
mudanças de propriedades mecânicas e a tudo que o paciente possa 
fazer causando a sua retirada. Por último,deve ser de fácil fabricação 
e utilização. 
Em 1989, KHAN, MARTIN, COLLARD 13 , citaram como 
propriedades dos materiais de delineamento elástico força, 
estabilidade dimensional, cor, elasticidade com o tempo de uso e 
absorção de água. 
0 conceito de resiliência descrito por ANUSAVICE em 1998, é a 
quantidade de energia absorvida por uma estrutura quando esta é 
tensionada até o seu limite proporcional. 
18 
Em busca de materiais que alcancem estes objetivos é que ao 
longo do tempo, vários materiais tem sido estudados e aplicados na 
prática odontológica, alguns com relativo sucesso e na sua grande 
maioria com pouca viabilidade. 
MACK 17 , em 1989 classificou os materiais utilizados para 
servirem de bases macias da seguinte forma: 
a) borrachas naturais: os primeiros relatos de sua utilização 
foram descritos por volta de 1869, mas infelizmente, estes 
materiais absorvem grande quantidade de saliva e 
estragam-se em pouco tempo de uso na boca; 
b) copolimeros de vinil: foram os primeiros materiais sintéticos 
a serem utilizados com relativo sucesso. As resinas 
plásticas de policloreto de vinila e de poliacetato de vinila, 
como as resinas acrílicas plásticas, perdem gradualmente 
o plastificante e tornam-se endurecidas durante o uso 
segundo ANUSAVICE 3 ; 
c) polímeros hidrofflicos: os materiais poliméricos hidrofilicos 
pareciam inicialmente serem um material de forramento e 
alinhamento ideal, pois era suficientemente rígido para a 
realização de ajustes e em temperatura de 37 0 C, 
mostrava-se apto para o propósito de condicionamento 
tecidual e de forramento macio por curto prazo. Porem, 
quando em contato com a água, o seu volume aumenta 
cerca de 37%, fazendo com que o material inche cerca de 
20%. Este fato faz com que haja perda da estabilidade 
dimensional, inviabilizando o seu uso; 
d) componentes com base em silicone: são descritas técnicas 
de utilização destes materiais como alinhadores elásticos 
para bases de dentaduras desde o inicio dos anos 60 
conforme BROWN 4 . Os componentes com base em 
silicone se baseiam geralmente em polidimetilsiloxano mais 
polietilsilicato. Criou-se o conceito de que esse grupo de 
materiais pode ser dessa forma prontamente modificado 
para agir tanto como condicionador de tecido como 
alinhador macio, depende apenas da natureza e 
quantidade dos componentes adicionados. Na prática, 
entretanto, produtos baseados em silicone são 
empregados apenas como materiais de alinhamento 
macio; 
Neste grupo, dois sistemas de polimerização são 
apresentados conforme ANUSAVICE 3 : 
a) polimerizadas a temperatura ambiente: utilizadas como 
forrador temporário, utilizam um adesivo para unirem-se a 
resina acrílica: 
b) polimerizadas pelo calor: se apresentam em pastas ou 
géis. É polimerizada sobre a base da dentadura, também 
utiliza-se de um adesivo, que pode ser um cimento em 
solução. 
21 
Ainda, segundo o autor, a adesão à base da dentadura é um 
problema que as siliconas apresentam, também ocorre em algumas 
siliconas um aumento no volume em torno de 40%. 
MACK'', em 1989, concluiu que fora estes problemas, os 
produtos com base em siliconas estão entre os mais populares e 
úteis polímeros disponíveis para fornecer uma linha macia e 
elástica para uma base dental dura. Pesquisas continuas resultam 
em uma melhoria nas propriedades desse grupo de materiais, com 
a possibilidade de avanços futuros nos próximos anos; 
e) componentes com base acrílica: 0 mecanismo de ajuste 
dos polimeros ainda não é muito clara em detalhes. A 
mistura do pó com o liquido no principio produz apenas 
uma suspensão simples, na qual as partículas do polímero 
são dissolvidas no liquido. Uma reação de polimerização 
subseqüentemente ocorre conferindo A mistura 
propriedade essencial de força e elasticidade. Dois 
sistemas foram desenvolvidos para o uso comercial dos 
materiais de próteses totais com base acrílica. A divisão é 
baseada na natureza do solvente empregado na fase 
liquida da mistura; o álcool com sistemas plastificadores e 
o monômero com sistemas plastificadores: 
- Álcool com sistemas plastificadores: nestes sistemas o 
álcool é usado como solvente, normalmente o álcool etílico. 0 
álcool faz com que o plastificador penetre mais nas partículas do 
Pó, isso acelera a fase de gel e consequentemente diminui o tempo 
de trabalho; 
- Monômero com sistemas plastificadores: teoricamente, os 
componentes a base de acrilato podem apresentar variações para 
fornecer uma substância com a necessária elasticidade e aceitação 
para agir com a base da dentadura. Um dos métodos é a 
substituição por um componente metil acrilato que tenha baixa 
temperatura de transição vítrea, permanecendo-se então, 
resiliente. Comercialmente utilizam-se componentes baseados no 
poli etil metacrilato e um coplimero polietil-butil metacrilato, 
- Plastificador: os plastificadores agem reduzindo as 
proporções das ligações químicas que se formam entre correntes 
separadas de polímeros; 
- Outros sistemas: HAYAKAVVA et al.'', em 1984, 
desenvolveu um produto resiliente a base de um copolimero de 
fluoretileno, que inicialmente mostrou-se quimicamente estável e 
apresentaram boa resistência aos solventes e abrasão Além disso 
a absorção de água é baixa. 
MACK 17 , 1989, conclui, que ainda não há um material ideal, 
que responda a todas as necessidades clinicas, e que so com a 
continuidade nas pesquisas é se alcançará tal objetivo. 
Ainda em 1989, KHAN, MARTIN, COLLARD 13 , testaram a 
adesão de três materiais forradores (Trusoft, Esscheem e 
Malloplast-B) á uma base de dentadura foto-ativada (Triad) 
Concluiram que os materiais tem uma boa adesão à base e pode-
se obter sucesso clinico com estes materiais. 
FRAUHOFER, SICHINA 8 em 1994, descreveram as 
propriedades ideais dos materiais de preenchimento elástico: 
a) efeito de almofada na mucosa; 
b) poder de recuperação permanente e estabilidade 
dimensional; 
c) adesão na resina acrílica convencional sem afetá-la; 
d) mínimo de absorção de fluidos e de solubilidade; 
e) inibição da colonização de fungos. 
AL-ATHEL, JAGGER, JEROLIMOV 1 em 1996, relataram que 
o fracasso na adesão dos materiais resilientes com bases 
protéticas são encontradas com freqüência clinicamente , e 
estudaram a força de adesão de três materiais resilientes e três 
resinas acrílicas convencionais para base de próteses e concluiram 
que o material Coe Super Soft teve falhas coesivas principalmente, 
o produto Malloplast-B sempre apresentou falhas coesivas, o que 
mostra que estes produtos tem adesão suficiente á base protética, 
já o material Novus fracassou na adesividade e seu desempenho 
foi dependente da base protética utilizada, sendo melhor com 
Lucitone 199 e TS 1195. 
24 
2.4 Procedimentos técnicos 
DUNCAN, CASWELL, ROMMERDALE6 em 1985, 
descreveram o reembasamento indireto de próteses totais com 
silicone, onde a técnica segue os seguintes passos: 
a) aliviar superficialmente a base da prótese total e 
utilizar a prótese para moldar o paciente com um 
material borrachóide ou pasta de óxido de zinco e 
eugenol; 
b) preparar o modelo em gesso pedra e após a presa 
lubrificá-lo; 
C) remover cerca de 3mm de resinas acrílica da prótese 
total deixando 2 à 3 mm da borda intacto; 
d) aplicar adesivo e "carregar" a prótese total com o 
silicone e posicionar no modelo, retirar os excessos e 
esperar a presa; 
e) após retire do modelo e ajuste com lamina de bisturi 
e aplique o selante para o silicone; 
f) instrua o paciente a ter os devidos cuidados. 
Sobre a espessura da linha resiliente, BUREEL, RUSSEL, 
STEWART6 em 1991, relataram que deve ser em torno de 3mm 
para se obter o máximo do material. A relação de espessura e 
elasticidade é dada pelo módulo de Young. 0 aumento da 
espessura da linha mole de 2 mm para 3 mm altera a razão do 
módulo de Young aparente de1:20 para 1:10. 0 aumento de 1 mm 
altera a razão em uma menor proporção (1:10 p/ 1:4). Há assim 
L
Bibliotec , 
C CS - ■.J 	 i _ 
pouco beneficio clinico a se conseguir um aumento da espessura 
de uma linha mole, que por sua vez se aumentarmos estaremos 
diminuindo a resistência da prótese total. 
Os autores ainda relataram que as bases resilientes tem vida 
OW de 1 a 3 anos e que devem ser substituidas. Por esse baixo 
tempo clinico de uso, pesquisaram a utilização da base resiliente 
que sera substituida como moldeira para abrigar o material de 
moldagem da nova prótese. Em seu estudo, não houve 
implicâncias clinicas que impedissem tal procedimento. Isso facilita 
a obtenção do molde e consequentemente proporciona uma 
melhor substituição do material resiliente, ainda, não haverá 
problemas em relação a dimensão vertical e horizontal e também 
da forma e extensão da borda, visto que as bordas originais serão 
mantidas. 
Em 1979, MAKILA HONKA apud KUTAY 14 em 1993, em um 
estudo clinico relataram que 24% de 37 próteses totais inferiores 
com alinhamento elástico fraturaram com 3 anos, pois a resina 
acrilica não era espessa o suficiente. 
2.4.1 Reembasamento 
GRANT, HEATH, McCORD i° em 1996, descreveram como 
objetivo dos reembasamentos, reestabelecer o intimo contato da 
prótese com os tecidos, melhorando assim as forças de retenção e 
suporte. Indicado ainda, quando houver falta de retenção sobre os 
tecidos de suporte e quando podemos melhorar a extensão das 
bordas ou obter um melhor selado posterior. Contra-indicam para 
correção de posicionamento dental, falta de espaço funcional livre, 
falta de oclusão e articulação balanceadas, falta de alinhamento 
com espaço protético ideal e controle incorreto para controle 
neuromuscular. 
EDUARDO' em 1997, relatou a técnica de reembasamento 
direto e indireto de próteses totais com materiais resilientes: 
a) reebasamento direto: realizado diretamente na boca do 
paciente, em sessão única. Deve-se analisar a prótese que 
o paciente está utilizando, no que tange a: 
- área basal: deve estar correta; 
- oclusão com antagonista: não deve haver interferência 
oclusal, uma vez que o reembasamento é executado 
com a boca fechada e em oclusão. Essa interferência 
provocaria deslocamento da prótese; 
báscula: deve ser eliminada a interferência a nível de 
rebordo que causa báscula; 
dimensão vertical da oclusão: o reembasamento não 
deve visar a correção da dimensão vertical alterada; 
- limpeza da prótese: a prótese deve ser limpa com 
produtos químicos ( sabão, detergente, hipoclorito de 
sódio), após o uso de brocas multilaminadas, a fim de 
remover a resina contaminada. Não devem haver 
grandes espaços vazios entre a prótese e a fibromucosa, 
sendo a espessura ideal de 2 a 3 mm, segundo 
KAZANJI, VVATKINSON apud EDUARDO' 
0 passo seguinte é a colocação da resina resiliente, que 
varia de acordo com os diversos tipos encontrados no mercado. A 
técnica de aplicação varia de acordo com a especificação do 
fabricante e com o objetivo do profissional que está realizando o 
reembasaniento. 
Como objetivos do reembasamento temos: 
a) reembasamento provisório: de dois a três meses, 
para criar condições favoráveis a criação da nova 
prótese; 
b) condicionamento de tecido: de duas a três semanas, 
nos casos de cirurgias; 
c) condicionamento de tecidos: de quatro a seis meses 
quando da colocação de implantes osteointegrados 
(com troca de material a cada três semanas); 
d) reembasamento permanente: essa não é a mais 
indicada, pois há necessidade de troca do material de 
tempos em tempos, dependendo do tipo de resina ou 
silicona utilizada. 
No caso de reembasamento de próteses duplas, o autor 
recomenda fazê-lo separado, porém na mesma sessão e começar 
pela que estiver menos estável, aproveitando-se a estabilidade da 
antagonista 
b) reembasamento indireto: realizado em laboratório, após a 
confecção da moldagem, utilizando a prótese do paciente 
como moldeira. 
Como no reembasamento direto, a moldagem é realizada 
com a boca fechada, paciente em oclusão para manter a oclusão 
e a dimensão vertical. 
As desvantagens desta técnica deve-se ao fato que o 
paciente fica sem a prótese por algum tempo e ao maior custo 
financeiro. E suas vantagens em relação ao reembasamento direto 
é que obtém-se melhor acabamento, estabilidade dimensional e 
durabilidade, representando um resultado clinico muito superior ao 
procedimento direto, conforme relata EDUARDO'. 
ANGELONI 2 em 1998, descreveu a técnica de 
reembasamento direto de prótese total com material resiliente, 
onde preconiza os seguintes passos: 
29 
a) preparação da prótese para receber o material resiliente, 
desgastando a base com fresas, aproximadamente 1,5 mm; 
b) vaselinar os dentes e a vestibular aproximadamente 1,5 mm 
da borda periférica; 
C) preparar o material seguindo as instruções do fabricante e 
aplicar na base; 
d) levar à boca procedendo os movimentos de moldagem para 
prótese total por no máximo 60 segundos, depois o paciente 
deve permanecer em oclusão por dois ou três minutos; 
e) remover e verificar a moldagem, deve ter um brilho acetinado; 
f) submeter a prótese ao tratamento térmico, 15 minutos em 
água a 60°C e resfriamento lento; 
g) proceder ajustes e acabamentos com fresas; 
h)aplicar o selante em toda a extensão do material resiliente e 
esperar por 15 minutos para secagem; 
I) instalação da prótese. 
Em relação ao acabamento e polimento, LONEY, 
MOULDING 16 em 1993, afirmam que as resinas resilientes podem 
ser usadas para melhorar o conforto do paciente, porém o ajuste e 
o acabamento é de difícil obtenção por causa da natureza elástica 
do produto. Ainda, os autores descreveram uma seqüência de 
acabamento para o material Molloplast-B (Buffalo Dental M fg, 
Brooklyn, NY) onde usaram duas pedras de óxido de alumínio: 
Brassele 747-140 (pedra verde) e Brasseler 747-340 (pedra rosa), 
para o acabamento e óxido de estanho em roda de feltro para dar 
polimento. No entanto, a seleção do instrumento de acabamento 
30 
da-se baseado no acesso à área que requer ajuste, por isso 
dificulta a utilização de discos de lixa. Já o polimento pode ser 
obtido facilmente pela técnica. 
Para o acabamento e o polimento das bases resilientes, 
SON122 em 1994 destacou que os materiais elásticos a base de 
borracha tendem a aumentar a sua elasticidade quando colocados 
em água morna (isso deve ser feito antes de se colocar a prótese 
na boca). Consequentemente a colocação em água fria torna a 
base mais rígida, favorecendo o acabamento e o polimento. 
LONEY et al. 15 em 1994, descreveram o acabamento e 
polimento em um poly(fluoroalkoxyphosphazene), de marca 
comercial Novus (Hygenic, Akron, OH) e a seqüência determinada 
é a utilização para acabamento de um disco Prolastic (Young 
Dental, St. Louis, MO), uma fresa E-Cutter (H 351E-060) e 
Mollobrasive Stone (Buffalo Dental M fg, Brooklyn, NY). Para o 
polimento pedra pomes em roda de feltro úmido. 
31 
2.5 Manutenção 
NIKAWA et al. 19 em 1994, estudaram o efeito de produtos de 
limpeza para próteses totais em materiais resilientes e constataram 
que na maioria dos produtos utilizados foram observados aumento 
de porosidade de superfície dos materiais resilientes. Por isso, 
segundo os autores, os materiais de limpeza que o profissional 
indica para o paciente realizar a manutenção de sua prótese com 
material resiliente devem ser compatíveis. 
S0NI22 em 1994, relatou que no uso de materiais resilientes, 
as instruções para o uso do paciente é de fundamental 
importância. Ainda, salientou que para a manutenção das próteses 
com bases resilientes não deve ser feita com produtos que 
contenham alvejantes, pois esses afetam a cor dos materiais 
elásticos. 
EDUARDO' em 1997, ressaltou que a higienização das 
próteses com estes materiaisé um problema: recomenda-se a 
colocação de um algicida ( Micostatin ) em sua composição e 
higienização com sabão neutro e água fria corrente. Em seguida, 
realiza-se imersão em solução saturada de bicarbonato de sódio, 
por duas horas. 
ANGELONI2 em 1998, descreveu que o maior fator de 
insucesso no uso de bases macias Eversoft ® é a manutenção 
32 
incorreta. O paciente de ser orienta o a seguir rigorosamente as 
instruções do fabricante: 
a) escovar a prótese corn uma escova ultra suave, sem uso 
de dentifricios, e a escovação deve ser suave; 
b)nenhum produto detergente pode ser utilizado para 
limpeza, pois poderá atacar o selante; 
c) deve-se mergulhar a prótese em uma solução de 
bicarbonato de sádio na propor ção de 1 colher de café 
para um copo de água morna por no máximo 15 minutos; 
d) qualquer ajuste deve ser feito pelo Cirurgião Dentista; 
e) reaplicar o selante a cada 6 meses. 
Biblioteca Universitária 
UFSC 
- 
 
3 Discussão 
	0 376.À3 0 
As bases macias vem sendo utilizadas por muito tempo 
segundo MACK 17 , e o seu uso não deve ser feito 
indiscriminadamente, mas sim seguir as indicações especificas. 
Dentre as várias indicações relatadas pelos autores, 
podemos salientar que as bases resilientes são indicadas para 
pacientes que apresentam problemas na mucosa 6.8 ' 21 ; em casos 
onde há necessidade de aumento de retenção, estendendo a 
prótese até áreas de alivio 2I.10 para condicionamento 
tecidual 2,8,10,21 , 	 em 	casos 	onde 	necessita-se 	esperar 	a 
osseointegração de sistemas de implantes 2 7 , no reembasamento 
de próteses2121 ; em períodos pós-cirúrgicos e cicatricial 2 
retenção primária em overdentures, atuando como clip, o'ring ou 
fêmea de baixa resiliência 2 . 
No que se refere as vantagens dos forradores resilientes, 
basicamente está relacionado na absorção de energia 247 , que 
seria transmitida para a mucosa, causando consequentemente 
menor reabsorção óssea. Já, quanto as desvantagens das bases 
macias, temos a espessura que deve ser em torno de 2 a 3 mm 
3 que em muitos casos deixam a prótese frágil 10 14: a colonização 
de bactérias l° e fungos como a Candida Albians 20 , o difícil ajuste 
destes materiais 310 , absorvem fluidos bucais, originando odores e 
gosto desagradáveis 310 . Ainda, ANUSAVICE 3 destaca que uma 
das principais desvantagens é que tais materiais falham antes dos 
materiais convencionais e GRANT, HEATER, MCCORD' õ relatam 
34 
que os pacientes podem tornar-se habituados a tais forradores 
acreditando que a prótese convencional nunca pudesse ser 
satisfatória. 
Em relação aos materiais, MAC K' 7 destaca, que ainda não há 
um material ideal que corresponda a todas as necessidades 
clinicas, haja vista, que segundo BROWN 4, os materiais devem 
apresentar algumas propriedades como serem atóxicos, não 
causar irritação tecidual, não serem dissolvidos, serem duráveis, 
ter elasticidade, ser de fácil fabricação e utilização. KHAN, 
MARTIN, COLLARD13 ainda citam a estabilidade dimensional e de 
cor como propriedades requeridas em um material resiliente. 
FRAUHOFER, SICHINA8 , descrevem as propriedades ideais dos 
materiais de preenchimento elástico, o efeito de almofada na 
mucosa; poder de recuperação permanente e estabilidade 
dimensional; adesão na resina acrílica convencional sem afetá-la; 
mínimo de absorção de fluidos e de solubilidade; inibição da 
colonização de fungos. 
Quanto as técnicas de utilização dos materiais resilientes, 
eles vão obedecer a indicações para cada caso, tipo e marca do 
produto, variando em cada uma destas especificações. No entanto 
devemos observar que o material resiliente deve apresentar uma 
espessura minima de 2 a 3 mm 5 '67 . No entanto, não devemos nos 
descuidar da espessura da base dura da prótese, que não pode 
ficar frági13.1°.14. 
UPS ' 
Biblioteca Jetoribi 
CCS-0 
Podemos confeccionar uma prótese com base macia 
diretamente, ou através de reembasamentos 2 Em casos de 
substituição de bases macias, BURREL, RUSSEL, STEVVARr 
relatam a utilização da base macia a ser substituida como base 
para a nova tomada de impressão, isso facilita e adianta o serviço 
do clinico. 
Outro aspecto importante na confecção de próteses com 
bases macias, é o acabamento e polimento destas bases, visto que 
por serem macios, este passo se torna mais dificil 16 . S0NI 22 
destaca que em materiais borrachbides, podemos nos valer de 
uma propriedade destes materiais para realizar o acabamento e 
polimento, que é o endurecimento pelo frio, onde podemos resfriar 
a prótese para realizar o acabamento e polimento. 
A manutenção da base resiliente pelo paciente é vista como 
um fator de insucesso deste material e o profissional deve 
descrever e exigir do paciente a manutenção correta segundo 
ANGELONI 2 . A utilização de produtos de limpeza deve observar a 
compatibilidade de tais produtos com as bases resilientes, visto 
que NIKAVVA et al. 2° relata um aumento da porosidade das bases 
resilientes com alguns produtos, e S0NI22 descreve que a 
utilização de produtos de limpeza com alvejantes pode afetar a cor 
das bases resilientes. 
EDUARDO' indica a utilização de um algicida para a 
higienização da prótese, sabão neutro e água corrente. 
ANGELONI 2 , não indica a utilização de produtos detergentes, mas 
sim uma escovação suave com uma escova ultra-macia. 
A imersão das próteses em bicarbonato de sódio é 
indicada27 , porém deve ser observado o tempo que cada marca 
comercial recomenda, podendo variar de 15 minutos 2 até duas 
horas'. 
4 CONCLUSÕES 
Após a revisão literária podemos concluir que: 
1 — As bases resilientes devem ter indicação especifica, não sendo 
recomendado o seu uso indiscriminadamente. 
2 — As bases resilientes necessitam de uma técnica apurada para a 
sua utilização. 
3 — 0 sucesso de utilização das bases resilientes depende muito 
da manutenção do paciente, que deve ser bem instruido e 
exigido do profissional. 
4 — Ainda não se encontrou um material que atende a todos os 
requisitos mínimos, por isso deve-se continuar os estudos a 
procura da evolução dos atuais materiais, bem como na busca 
de novos. 
38 
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Rebasamentos. 
ANEXOS 
44 
CASO CLINICO DE PRÓTESE TOTAL INFERIOR COM 
BASE RESILIENTE 
Descrição do caso: 
Paciente Sra. L. G., 76 anos, desdentada total com um bom 
rebordo superior e um rebordo inferior desfavorável, já utilizava as 
atuais próteses por mais de 20 anos, onde estas apresentavam um 
severo desgaste nos dentes e uma grande desadaptação no rebordo 
superior e inferior. 
Por estes motivos optou-se em utilizar a base resiliente na 
prótese inferior. 
Os passos para a obtenção dos modelos de trabalho seguiram 
a técnica convencional, onde realizou-se primeiramente uma 
moldagem de estudo em godiva e obtenção de modelos para 
confeccionar-se as moldeiras individuais. Sucedeu-se o selamento 
periférico e moldagem de trabalho com mercaptana. Com os modelos 
de trabalho feitos, o caso foi montado em articulador semi-ajustável 
com o auxilio das placas base e dos rodetes de cera. Para a arcada 
inferior, ainda, foi realizado o registro de zona neutra para posterior 
montagem dos dentes inferiores. Com estes passos concluídos, 
t 
1 Biblioteca :)c .cotlal 
rcs-n 
LI F (3 
45 
encaminhou-se para o laboratório para que fosse realizado a 
montagem dos dentes em cera. Após a prova dos dentes em cera, 
retornou-se o trabalho ao laboratório para conclusão das próteses. 
A prótese superior foi realizada em resina acrilica convencional, 
já a prótese inferior optou-se em utilizar uma base resiliente. 
A seguir é demonstrado a seqüência laboratorial para a 
confecção da prótese total inferior com base resiliente. 
Primeiramente a prótese é incluída em uma mufla com gesso e 
silicona, e eliminada a cera (FIGS. 01 e 02). 
FIG.01: Prótese incluída na mufla. FIG.02: Contra-mufla e placa base. 
Após então é confeccionada uma barra metálica para reforçar a 
prótese (FIG. 03) e aplicado opaco (FIG. 04). 
 
 
FIG. 03: Barra metálica. 
 
FIG. 04: Barra metálica com opaco. 
 
 
FIG 05.: Barra metálica posicionada. 
Feito isto, analisa-se a espessura da placa base, pois será ela 
que irá determinar a espessura da base resiliente (FIG. 06 e 07). Esta 
espessura deve ficar em torno de 2 mm. 
FIG. 06: Medindo a espessura 
da placa 
FIG. 07: Espessura em torno de 
2 mm. 
FIG 08: Primeira camada de FIG 09: Contra-mufla preparada. 
47 
Estando a espessura determinada, começamos a acomodar a 
resina acrilica convencional cor rosa sobre a mufla (FIG.08), 
juntamente preparamos a contra mufla com um papel solofane 
levemente umedecido (FIG.09) e levamos o conjunto em uma prensa. 
resina acrílica. 
Após abre-se a mufla, remove-se os excessos de resina rosa e 
também na porção interna da prótese, pois iremos adicionar uma 
resina incolor (FIG. 10) repetimos os passos para a resina rosa e 
então adicionamos a resina resiliente (FIG. 11), sendo que neste 
momento não utilizaremos mais a placa base na contra-mufla, pois a 
resina resiliente irá ocupar o seu espaço. 
FIG. 10: Resina acrílica incolor. 	FIG. 11: Resina resiliente. 
Decorrido o tempo para polimerização completa, é feita a 
desmuflagem, acabamentos com fresas e lixas e polimento com 
escova e rodas de feltro com pedra pomes e branco de espanha. 
Recomenda-se para dar o acabamento e polimento mergulhar a 
prótese em água gelada para que a base resiliente torne-se mais 
rígida (FIGS. 12 à 19). 
FIG. 12: Prótese após 
	
FIG. 13: Prótese após desmuflagem 
desmuflagem vista superior, 	vista inferior. 
49 
FIG. 14: Prótese mergulhada em 	FIG. 15: Acabamento com fresa. 
água gelada. 
FIG. 16: Acabamento com lixa. 	FIG. 17: Polimento em escova. 
FIGS. 18 e 19: Polimento em roda de feltro com pedra pomes e branco 
de espanha. 
50 
a i 
Estando a prótese então confeccionada, iremos passar o 
selante da base resiliente em uma camada uniforme. 
FIGS. 20 e 21: Aplicação do selante em toda a superfície da base 
resiliente. 
0 material utilizado para confecção desta prótese inferior foi o 
EVERSOFT ®, um produto distribuído pela Labordental Ltda. 
FIG. 22: Próteses terminadas. 	FIG. 23: Caixa do EVERSOFT.

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