Buscar

Protese Pre Clinica I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução em Prótese Fixa 
A prótese dentária relaciona-se com a reabilitação funcional e 
estética do sistema mastigatório pela recolocação artificial de 
dentes perdidos e tecidos circunvizinhos. 
O trabalho feito com a prótese fixa está diretamente associado 
a um correto e criterioso planejamento, que deve ser executado 
de modo a atender as necessidades de cada paciente. Desta 
forma, cabe ao cirurgião dentista coletar todas as informações 
necessárias durante o exame, para que sejam organizadas, 
interpretadas e usadas na determinação do plano de tratamento. 
A obtenção de todas as informações não é concluída na primeira 
visita do paciente. Nesta, obtém-se uma impressão clínica geral, e 
o diagnóstico vai sendo complementado no decorrer do 
tratamento principalmente nos casos mais complexos. 
Indicações 
 Necessidade de reposição de dentes perdidos total ou 
parcialmente por meio de doença periodontal, cáries ou 
fraturas.
CONTRA Indicações 
 Saúde local ou geral debilitada 
 Higiene bucal insatisfatória 
 Pilares com inserção deficiente 
 Pilares com integridade extensamente comprometida 
 Limitações de ordem financeira 
Tipos de prótese dentária
Prótese fixa 
 
 
 
 
 
 
Prótese Total 
 
 
As próteses fixas convencionais unitárias podem ser de 
cobertura total (coroa total) sendo elas de metal ou cerâmicas e 
parcial sendo elas inlay que é uma restauração destina a 
superfície oclusal dos dentes posteriores, onde não são 
envolvidas as cúspides. As onlay são restaurações de cobertura 
parcial destinada para dentes posteriores e é onde haverá a 
necessidade do recobrimento das cúspides. As overlay são 
restaurações cerâmicas destinadas à superfície oclusal, muito 
usada para reestabelecimento de contato dentário. 
As facetas e as lentes de contato conceitualmente são uma peça 
protética de cobertura parcial destina a face vestibular de 
dentes anteriores e posteriores. As facetas têm espessura mais 
grossa e mais desgaste dos dentes, já as lentes de contato tem 
espessura mais fina possuindo um desgaste menor dos dentes. 
 
As próteses fixas convencionais múltiplas podem ser retentores, 
pôntico, conectores e pilares. Sendo possível observar em uma 
prótese fixa multipla de três elementos: 
Convencional 
 
 
 
Sobre implante 
Unitários 
Múltiplos 
Unitários 
 
Múltiplos 
Coroa total 
Parcial: inlay, onlay e overlay 
Retentores, pôntico, 
conectores, pilares. 
Cimentação 
Parafusada 
Exige desgaste dentário 
Mais desconfortável 
Utilizado em perdas de dentes 
posteriores 
Opção reabilitadora 
Prótese Parcial 
Removível (PPR) 
Convencionais 
Sobre implantes 
Removível 
Parafusada 
 
 
Observa-se na imagem que o elemento 11 e 13 estão desgastados 
sendo denominados como pilares, o elemento 12 é inexistente. A 
parte protética (artificial) que se relaciona com o dente pilar são 
denominados de retentor, a parte sem o elemento dentário é 
denominada pôntico. Conceitualmente o que faz essa peça ficar 
unida é a área de conectores, ou seja, entre a distal do 12 e a 
mesial do 13 possui uma peça unida por um conector e entre a 
distal do 11 e a mesial do 12 também se observa um conector. 
A prótese fixa sobre os implantes podem ser unitários e 
múltiplos sendo elas cimentadas ou parafusadas. As parafusadas 
são simples, depois que se instala o implante a prótese entra 
encaixada sobre esse implante. As cimentadas é preciso colocar 
uma peça chamada abatima servindo como um pilar de um dente, 
é instalado o implante e sobre o implante se instala o abatima e 
sobre esse abatima é aonde ocorrerá a cimentação de uma peça 
protética. 
 
 
A prótese parcial removivel (PPR) é uma estrututa metálica anti-
estética com o custo benefício menor. Sendo usadas para 
reabilitar múltiplas perdas dentárias, muita das vezes em espaços 
intercalados. 
 
As próteses totais convencionais não há ou não existe a 
instalação dos implantes. Essa protese é instalada apenas com o 
intimo contato com a fibra mucosa. 
 
A prótese total sobre implante removivel conceitualmente são 
denominadas overdenture, onde é encaixada sobre os implantes 
componentes protéticos. As overdenture podem ser encaixadas 
em mandíbulas por 2 ou mais implantes e em maxila pelo menos 
4 implantes. 
 
A prótese total sobre implante parafusada proporciona maior 
conforto devido o aparafusamento e seu processo de 
higienização é menos complexo. O protocolo de Branemark (pai da 
implantodontia) sugere a instalação de 5 implantes em mandíbula, 
a Odontologia tem trabalhado cientificamente onde já existe 
instalação de 4 a 3 implantes, em maxila é instalado de 8 a 6 
implantes existindo um conceito moderno que é instalado até 4 
implantes. 
 
Princípios biomecânicos dos preparos dentais 
A prótese não terá uma longevidade satisfatória se o dente 
preparado não apresentar condições mecânicas de mantê-la em 
posição, ou seja, se o desgaste for exagerado e alterar a biologia 
pulpar, se o término cervical for levado muito subgengivalmente, 
quebrando a homeostasia da área e se a estética for prejudicada 
por um desgaste inadequado. Portanto, esse procedimento não 
deve ser iniciado sem que o profissional saiba quando indicá-lo e 
como executa-lo, buscando atender aos três princípios 
fundamentais de um preparo correto: mecânicos, biológicos e 
estéticos. 
Sucesso em prótese fixa (PPF): 
 Longevidade da prótese. 
 Saúde pulpar e gengival. 
 Satisfação do paciente. 
Para alcançar esses objetivos, o cirurgião dentista deve saber 
executar todas as fases do tratamento, que incluem exame, 
diagnóstico, planejamento e confecção da prótese. Todas as 
fases principais e intermediárias são importantes, e uma 
depende da outra. De nada adianta o dente estar preparado 
corretamente se as outras fases são negligenciadas. 
Princípios mecânicos 
Os princípios mecânicos mais relevantes ao preparo de dentes 
com finalidade protética são: retenção, resistência ou 
estabilidade, rigidez estrutural e integridade marginal. 
Retenção 
O preparo deve apresentar certas características que impeçam 
o deslocamento axial da restauração quando submetida às forças 
de tração. A retenção depende basicamente do contato 
existente entre as superfícies internas da restauração e as 
superfícies externas do dente preparado, o que é denominado 
retenção friccional. 
A retenção depende de fatores, como: 
Conicidade: No gráfico abaixo é possível observar no eixo 
vertical o eixo da retenção e no eixo horizontal o eixo da 
conicidade. Quanto menor a conicidade maior será a retenção, 
quanto menos cônico for o preparo maior será a retenção e 
quanto mais paralelo for a parede do preparo maior será a 
retenção. Ao contrario, quando é aumentado a conicidade menor 
será a retenção, paredes extremamente paralelas possuem 
excelentes retenções e paredes extremamente cônicos possuem 
baixa retenção. 
 
É preciso ter cuidado com o aumento exagerado da retenção 
friccional, pois no momento da cimentação o cimento terá 
resistência de escoar, com essa dificuldade a peça protética 
impede de fazer o assentamento final da restauração ocorrendo 
o desajuste oclusal e cervical. Retenção friccional e agente 
cimentante não são eficazes de maneira isolada. 
Inclinação ideal: a inclinação ideal é em média de 6 graus, em 
dentes longos possuem inclinações maiores de 10 graus e em 
dentes curtos precisam de paredes extremamente paralelas 
(requerem mais paralelismo). 
Área de superfície: quanto maior a área de superfície 
trabalhada, maior área de contato e, consequentemente, maior 
retenção. Fatores associados à 
área preparada: volume do dente, 
extensão da cobertura pela 
restauração e sulcos ou caixas 
adicionais no dente preparado. 
 
Rugosidade: quanto maior a rugosidade maior a retenção, 
tanto do preparo quanto da peça protética. Enquanto que a lisura 
de superfície é fundamental para a moldagem, a rugosidadeé 
importante para a retenção. 
 
Plano de inserção único (PPF): em relação às 
próteses múltiplas, no momento em que se encaixa ou se remove 
a peça no paciente é preciso que se encaixe em um único eixo ou 
plano de inserção. Quando não acontece isso faltou adaptação 
correta das paredes da peça com o dente preparado. 
 
Resistência ou estabilidade 
Habilidade do preparo em prevenir o deslocamento da 
restauração quando submetida às forças oblíquas, que podem 
provocar a rotação da restauração. 
A parte vermelha é uma replica do que 
seria uma coroa e a seta verde indica 
uma força de mastigação. Quando um 
alimento é mastigado sobre a cúspide, a 
tendência dela é rotacionar, sair da boca. 
Porém, o paralelismo das paredes de 
preparo mais o agente cimentante 
devem evitar esse deslocamento. Quanto maior o eixo de rotação 
melhor será a resistência de deslocamento ou estabilidade. 
Área de resistência ao deslocamento ou Zona C: 
a proporção altura x largura deve ser de pelo menos 1:1 ou mais 
alto do que largo. 
Quando um paciente possui uma coroa 
curta natural e é feito um preparo com 
conicidade exagerada não é possível ter 
estabilidade. Para aumentar a estabilidade 
de um dente muito cônico, deve-se fazer 
uma canaleta oclusal ou canaletas axiais 
de maneira que é possível proporcionar 
uma zona Z, diminuindo a soltura da peça 
e aumentando a estabilidade. 
 
 
Fatores que estão diretamente relacionados 
com a estabilidade: 
 Magnitude e direção da força. 
 Proporção altura/largura. 
 Integridade do dente preparado. 
Rigidez estrutural 
O desgaste deverá ser feito seletivamente de acordo com as 
necessidades estética e funcional da restauração. O preparo 
deve ser executado de tal forma que a restauração apresente 
espessura suficiente para que o metal (para as coroas 
metálicas), o metal e a cerâmica (para as coroas 
metalocerâmicas) e a cerâmica (para as coroas cerâmicas) 
resista às forças mastigatórias e não comprometam a estética e 
o tecido periodontal. 
Integridade marginal 
Prepara o dente de maneira que proporcione uma perfeita 
adaptação da coroa com a espessura mínima de cimento e que 
proporcione higienização. A desadaptação marginal gera retenção 
do biofilme com consequente doença periodontal e cárie. 
 
 
 
 
 
 
Restaurações provisórias 
Qualquer tipo de tratamento protético de um ou mais elementos 
exige a confecção das restaurações provisórias, que podem 
facilitar a confecção da prótese definitiva e, consequentemente, 
levá-la ao sucesso. 
O primeiro passo para confeccionar uma prótese é o preparo do 
dente e o segundo passo sequencial é a moldagem para que seja 
possível realizar uma replica. A prótese provisória é utilizada até 
a confecção da prótese definitiva, para que o paciente não fique 
muito tempo sem qualquer elemento dentário ou com 
aberturas/cavidades expostas. 
Cada caso se apresenta de forma individual, a escolha do 
tratamento depende da necessidade do paciente. Segue uma 
regra geral: grandes destruições requerem restaurações 
indiretas, muitas vezes com cerâmicas. Pequenas destruições 
geralmente optam-se por resina composta. 
O que são? 
São restaurações realizadas com materiais específicos que 
possibilitam a devolução da oclusão, do contato dentário, 
higienização e proteção do complexo dentino-pulpar de um 
paciente submetido a preparos dentários. Apresentam a 
finalidade de uma restauração temporária, reabilitando o paciente 
provisoriamente. 
Caso de uma restauração provisória: 
As restaurações provisórias devem ficar na boca do paciente o 
tempo necessário para que seja confeccionado o definitivo e 
deve ser o mínimo possível, visto a utilização de um material que 
perde brilho e desgasta com facilidade, como a resina acrílica ou 
bisacrílica. 
Funções 
 Protegem o dente preparado (muitas vezes no preparo 
ocorre à exposição da dentina tornando maior a 
possibilidade de sensibilidade, qualquer agente agressor 
seja químico/mecânico vai gerar danos ao dente 
preparado). 
 Preservam a vitalidade da polpa 
 Conforto e a estética do paciente 
 Estabilização periodontal 
 Substituição de dentes ausentes 
 Restabelecimento da oclusão 
 Restabelecimento da fonética 
A produção de uma peça provisória auxilia na venda, pois permite 
uma visualização de como ficará a reabilitação definitiva. Além 
disso, o provisório facilita a cicatrização tecidual em cirurgias 
periodontais, como o aumento de coroa clínica. 
A ausência das restaurações provisórias pode levar a uma 
migração tecidual, migração dentária, prejuízo ao remanescente 
dentário, migração de dentes antagonista e dentre outros. A 
saúde da polpa ficará comprometida, além das grandes chances 
de desenvolvimento de cárie no preparo dentário, recobrimento 
gengival do dente preparado, dentes pilares podem migrar assim 
como os dentes vizinhos/antagonistas, limitação na mastigação, 
dor e desconforto. 
PROTEÇÃO PULPAR 
O provisório funciona como um cobertor ou como um bloqueio 
mecânico a fatores externos, seja estímulos térmicos (por 
exemplo: quando a pessoa bebe uma água essa água irá bater no 
provisório, porém, não terá contato com a dentina), ou seja, esse 
estímulo térmico não será conduzido para polpa. Quando bem 
adaptado a coroa provisória também protege a fatores 
microbiológicos, fatores mecânicos e fatores químicos de contato 
direto sobre a dentina. 
Após o preparo ter sido realizado, é importante que a quantidade 
de desgaste esteja de acordo com as necessidades estéticas e 
mecânicas da prótese planejada, para que a prótese provisória 
possa ter a capacidade, juntamente com o agente cimentante, de 
auxiliar na recuperação do órgão pulpar. 
Na imagem é possível observar que quanto mais raso o preparo 
for, menor a chance de dano a polpa e quanto mais profundo o 
preparo for, maior a chance de dano pulpar. 
 
Cuidados necessários durante a confecção das coroas provisórias 
 Técnica menos traumática. 
 Adaptação das margens (diminuindo chance de 
infiltração marginal). 
 Utilização de cimentos com ação medicamentosa 
diminuindo hipersensibilidade/desconforto após preparo 
dentário. 
: Proteção periodontal 
Em qualquer fratura dentária que se aproxima do osso, deve ser 
observado a distância do osso até a fratura, preparo dentário ou 
o término do preparo dentário deve ser de pelo menos 3 mm 
(espaço biológico). Isso pode ser observado com sonda periodontal 
ou raio-x de região proximal. Caso contrário, haverá necessidade 
de criação da distância conhecida como: cirurgia de aumento de 
coroa clínica. 
Em casos de preparo provisórios que atingem o espaço biológico, 
ocasionará uma resposta imunológica como reabsorção tecidual, 
inflamação, exsudato purulento, bactérias patogênicas e 
insucesso reabilitador. 
O provisório serve como guia de cicatrização, pois após uma 
cirurgia periodontal a cicatrização do tecido e formação de papila 
interdental seguirá o curso da peça protética provisória. 
Requisitos 
Os requisitos requeridos para confecção de um provisório são as 
observações do periodonto, requisitos mecânicos e 
estéticos/fonéticos. 
Saúde periodontal 
Contorno: são influenciados pela estética, posição dos dentes no 
arco, fonética, forma da raiz, forma do rebordo alveolar e 
qualidade de tecido gengival. 
Adaptação marginal: margens sob-contorno irá gerar inflamação 
localizada por conta de retenção de biofilme; margens sub 
contorno irá gerar impactação de alimento e sobrecarga tecidual. 
Perfil de emergência pode ter continuidade com um dente 
preparado em um perfil reto, convexo, côncavo. O importante é 
que ele proporcione um bom contorno e adaptação das margens. 
Facilidade de limpeza o provisório deve permitir que seja possível 
realizar a higienização com escova e uso de fio dental. Os 
provisórios devem ter contatos proximais para, por exemplo, 
sentir que o fio dental faça a remoção einserção. 
Contato interproximal: se não possui contato proximal ocorre 
inflamação, afinal, restos alimentares serão compactados na 
região interproximal. 
Requisitos mecânicos 
Os provisórios depois de instalados devem possibilitar estabilidade 
da posição do dente pilar, estabilizando também os dentes 
vizinhos. 
Além da estabilidade é possibilitado o restabelecimento da função 
oclusal, afinal, quando se coloca um provisório é estabelecida essa 
função. 
O provisório deve ter resistência estrutural, deve ser construído 
de material, técnica e espessura adequada para que ele não 
falhe. 
O preparo dentário deve proporcionar uma boa retenção. 
Na imagem abaixo é possível observar um especímetro que mede 
a espessura do provisório. Cada tipo de material restaurador 
requer uma espessura diferente, em casos de coroa metalo-
cerâmica deve ter de 1,5-2,0 mm de desgaste, cerâmicas puras 
dependendo da região requer um desgaste dentário de 1,0-
2,0mm. 
 
 
Para saber ao certo a espessura do desgaste é possível 
construir um provisório com todos os requisitos básicos de boa 
adaptação, boa estética, contatos oclusais e proximais. 
Entendendo que o provisório é uma pré-visualização do definitivo 
sabe-se que se tem um definitivo muito próximo. O provisório 
servirá como guia de desgaste, medindo dessa forma no 
especímetro. 
 
 
Requisitos estéticos e fonéticos 
Devem seguir os requisitos: 
 
 Textura. 
 Cor. 
 Arranjo e posição dos dentes. 
 Espaços interproximais. 
 Extensão das áreas de contato dos pônticos. 
 
Os provisórios conseguem dimensionar uma análise estética. A 
borda incisal/oclusal antero-posterior devem margear o lábio 
inferior produzindo uma estética mais agradável. 
 
 
 
Materiais 
Os materiais empregados para confecções das restaurações 
provisórias são resinas acrílicas e resinas bisacrílicas. 
 
A resina acrílica vem em líquido separado do pó, precisando fazer 
uma manipulação do líquido com o pó para formar uma massa. O 
pó da resina acrílica precisa ser manipulado com o líquido da 
resina acrílica que formará um polímero onde endurecerá 
sozinho, por um tempo de 30s ou 1min. 
 
 
 
A resina bisacrílica são resinas modificadas. São apresentadas em 
tubos e só consegue ser aplicada por uma pistola que tem uma 
ponta auto misturadora. 
 
 
 
 
 
Possíveis materiais para acabamento e polimento: 
 
Todas as vezes que se utilizar a resina acrílica ou resina 
bisacrílica é preciso fazer acabamento em peça reta, brocas 
esféricas para ajuste de contatos oclusais e brocas tronco 
cônicas dentilhadas para fazer escultura de sulcos oclusais de 
dentes posteriores. 
Não é feito ajuste de provisório em alta rotação e broca 
diamantada. Devido ao grande calor que é gerado, pode-se 
ocorrer o derretimento da resina acrílica. 
Depois que é feito o desgaste é preciso realizar o 
polimento/acabamento, pois as resinas acrílicas são porosas. É 
preciso ter cuidado com provisórios que não se fazem polimento 
por consequência de acumulo de biofilme, tendo chance de 
inflamação localizada. Onde provavelmente o paciente ficará com 
a gengiva inflamada. 
Os kits de polimento são: borracha de granulações maiores para 
menores e depois se utiliza os feltros. 
Técnicas 
As técnicas que podem ser empregadas para confecções dos 
provisórios são: 
Diretas: são aquelas que são confeccionadas diretamente na 
cavidade oral. 
 Facetas pré-fabricadas (dentes de estoque) 
 Moldagem prévia (silicone/alginato) 
 Técnica da “bolinha” (técnica de escultura regressiva) 
quando não se tem nenhuma das opções a serem 
empregadas, é utilizada essa técnica. 
Vantagens do método direto 
 Fácil fabricação 
 Tempo clínico reduzido 
 Visualização e a facilidade da adaptação cervical 
marginal 
 Fácil reparo 
 Permitem modificação dos contornos, forma e cor. 
Indiretas: são aquelas que são confeccionadas indiretamente na 
cavidade oral. 
 Enceramento diagnóstico e prensagem: o CD molda o 
paciente e o laboratório produz o enceramento digital, 
construindo todo o sorriso do paciente. 
 Matriz de acetato plastificada 
 Moldagem do modelo de enceramento diagnóstico. 
Vantagens do método indireto 
 Durabilidade 
 Integridade marginal excelente 
 Maior resistência aos esforços mastigatórios 
 Melhor estética 
 Tempo de ajuste clínico reduzido 
Retentores intra-radiculares e núcleos
A perda de estrutura dentária está relacionada diretamente com 
a resistência à fratura do elemento dentário, quanto menor a 
quantidade do remanescente dentário mais susceptível a fratura 
ele é. Muitas vezes após tratamento endodôntico o 
remanescente dentário não é suficiente para proporcionar 
retenção ao material restaurador, de maneira que a estrutura 
dentária fique frágil, susceptível tanto a fratura quanto a soltura 
da restauração. 
Os materiais que são colocados dentro da raiz a fim de 
proporcionar a restauração são conhecidos como retentores ou 
pinos intra-radiculares para que na parte coronária seja 
construído um núcleo. 
Existem casos onde o remanescente dentário acaba sendo pouco 
diante de um tratamento endodôntico ou de uma fratura 
dentária, havendo necessidade de uma estratégia clínica da 
instalação de retentores ou pinos intra-radiculares. Esses 
retentores ou pinos que são instalados dentro desse dente têm 
como principal objetivo proporcionar retenção ao material 
restaurador, seja ele resina, cerâmica ou metalocerâmica. 
Resistência estrutural do remanescente 
Podem ser atribuídos aos procedimentos endodônticos uma perca 
de 5% do remanescente dentário, perdendo estrutura, mas nem 
tanto. Quando é feito um preparo de cavidade oclusal são 
perdidos 20% de estrutura. Quando é feito um preparo MOD 
são perdidos 63% de estrutura coronária, ou seja, em um 
preparo de cavidade MOD o remanescente dentário fica muito 
fragilizado, afinal, tem-se perca de estrutura coronária muito 
grande com grandes chances de fraturas. 
Forma errada de se dizer: todo dente que foi realizado 
tratamento endodôntico deve receber retentor intra-radicular. 
Forma certa de se dizer: nem todo dente que foi realizado 
tratamento endodôntico precisa receber retentor intra-radicular. 
Forma errada de se dizer: o pino (retentor intra-radicular) irá 
proporcionar mais resistência ao dente. 
Forma certa de se dizer: o pino não trás resistência ao complexo, 
ele apenas é responsável por reter o material restaurador, seja 
resina ou cerâmica. 
No exemplo a seguir é possível observar uma abertura coronária 
oclusal grande em tratamento endodôntico onde a estrutura 
remanescente está favorável, a quantidade de tecido que foi 
poupada é grande. Sendo possível a restauração do dente e não 
precisando colocar um pino (retentor) para que seja retido. 
 
Na colocação de pino deve-se permitir que o dente obtenha 
características biomecânicas suficientes para suportar a 
reconstrução coronária, podendo servir de retentor para uma 
prótese ou possibilitar uma restauração direta. 
A indicação dos retentores intra-radiculares está vinculada a 
necessidade de obter as formas de retenção a resistência ao 
núcleo e ao preparo protético. A grosso modo dizendo, apenas é 
colocado o pino quando é preciso reter material restaurador 
proporcionando retenção e resistência ao preparo protético. 
No exemplo a seguir é possível observar o remanescente do 
elemento 21 de um paciente (Imagem 1) não sendo possível 
cimentar uma coroa e ficar parada apenas colado no 
remanescente. É comum nesses casos que se coloque dentro do 
conduto um pino (Imagem 2), onde esse pino é cimentado dentro 
do conduto, ou seja, ele fica preso (lembrando que o canal deve 
está tratado). A parte coronária vai funcionar como um retentor, 
onde vai ser possível colocar resina composta em volta desse 
pino. No caso desse paciente usou-se pino de fibra de vidro, 
sendo composto por resina epóxi e fibra de vidro, onde se tem 
um preparo em voltado pino para que seja possível acomodar 
resina composta em volta dele. A parte coronária reconstruída, é 
preenchida de resina composta, seguindo de etapas de preparo 
dentário (Imagem 3) e por fim temos o remanescente dentário 
preparado para receber uma coroa cerâmica ou metalocerâmica. 
(Imagem 4) 
 
 
Classificação 
Existem dois grandes grupos de pinos, sendo eles: 
1° grupo: intra-radiculares (pré-fabricados) podem ser metálicos 
(apesar de que em desuso) ou pinos de fibra onde os 
representantes são carbono composto por fibras de carbono 
embebidas em resina epóxi, vidro sendo o mais popular e 
composto por fibras de vidro embebidas em resina epóxi e 
quartzo são pinos mais caros, composto por quartoz embebidos 
por resina epóxi. 
Os pinos de fibra são biomecanicamente mais favoráveis, tendo 
modulo de elasticidade com capacidade de retornar sem que 
ocorra uma fratura drástica. Por conta de um melhor 
comportamento biomecânico os pinos de fibra acabam ganhando 
mercado comparado com os pinos metálicos. 
Sejam eles pinos metálicos ou pinos de fibra (carbono, vidro, 
quartzo) são necessários preparar o conduto e realizar a 
cimentação do pino, toda parte coronária requer um núcleo de 
preenchimento que normalmente é feito de resina composta. 
Depois que é preenchida a parte coronária é preparado o dente. 
Esquema representado para facilitar o entendimento do grupo 
intra-radicular (pré-fabricados): 
 
2° grupo: núcleos fundidos é preciso que sejam fabricados pelo 
CD (cirurgião dentista) juntamente com o laboratório, ou seja, são 
construídos. Possuem características excelentes de adaptação e 
retenção. Podem ser metálicos ou cerâmicos, onde a diferença 
dos dois está associada à resistência, fratura e estética. 
Os materiais de núcleos fundidos metálicos possuem ligas de 
Crômio Cobalto (Cr/Co) sendo péssima e bem dura, Prata 
Paladium (Ag/Pd) sendo excelente e semi nobre, Nickel Chromium 
(Ni/Cr) sendo péssima e Áurea sendo excelente. 
A diferença dos núcleos fundidos para os pré-fabricados é que a 
parte coronária e a parte radicular vêm em um corpo único, 
onde é construído um padrão dentro da boca do paciente e o 
laboratório devolve uma peça única que irá entrar no conduto 
suprindo a parte coronária. Assim como no pino pré-fabricado 
nos núcleos fundidos é preciso cimentar esses pinos e depois 
finalizar o preparo do dente. 
Esquema representado para facilitar o entendimento do grupo 
núcleos fundidos: 
 
Indicação 
O principal representante dos pinos pré-fabricados é o pino de 
fibra de vidro e o principal representante dos núcleos fundidos 
são os metálicos. 
 
Cada uma das estratégias podem proporcionar benefícios e 
prejuízos diferentes. É preciso levar em conta vários fatores, 
como região, dente e quantidade de remanescente dentário que 
sobrou. Três ou mais paredes de remanescentes podem ser 
instalados pinos de fibra de vidro, menos do que isso se devem 
instalar núcleo metálico fundido. 
Pós e contras do núcleo metálico fundido: 
Contra: é metálico, ou seja, muitas vezes em restaurações de 
dentes anteriores tendem a ser um obstáculo e tendem a ter um 
alto modulo de elasticidade com um comportamento biomecânico 
diferente da dentina que quando submetido a uma força 
desproporcional a dentina sofre deformação e o metal não, de 
maneira que pode fraturar o dente ou até mesmo perder. Outro 
ponto negativo são que necessitam de no mínimo duas consultas. 
Pós: possui característica de não fraturar, quando bem instalado 
e quando o remanescente dentário está preservado, adaptado e 
encaixado esse complexo dente e pino reagem muito bem. Possui 
o íntimo contato com as paredes do conduto tendo uma boa justa 
posição, boa retenção e não solta com facilidade, proporcionando 
maior longevidade a restauração. 
Pós e contras dos pinos de fibra de vidro: 
Contra: a resistência à fratura é baixa e como ele é pré-
fabricado muitas vezes não se consegue fazer uma justa posição 
ao conduto, podendo gerar decimentação. 
Pós: é estético, por ele ser de fibra de vidro e embebido de 
resina epóxi é possível colocar resina composta em volta dele 
onde se permite adesão. Podem ser feitos em uma sessão e 
existem de diferentes tamanhos, formatos, fabricantes e 
preços. 
Diante dos prós e contras não existe o melhor, a situação clínica 
que irá decidir qual é a melhor escolha. A indicação sempre se 
baseará no remanescente dentário, caso tenha pouco 
remanescente dentário usa-se núcleo metálico fundido ou caso 
tenha mais remanescente dentário usa-se pinos de fibra de 
vidro. 
Preparo do remanescente dentário e do 
conduto 
O passo a passo funciona da seguinte forma: 
 Raio-X do elemento a ser restaurado; 
 Determinar comprimento de trabalho (quantidade de 
guta a ser removida); 
 Remoção de material remanescente até exposição da 
guta percha; 
 Utilizar brocas de peso ou largo gradativamente (1,2 e 
3) em baixa rotação para remoção da guta percha e 
preparo do conduto; 
 Preservar o máximo de estrutura dental. 
Determinação do comprimento: 
 Igual ou maior que a coroa clínica 
 2/3 do remanescente dental 
 ½ do suporte ósseo da raiz envolvida 
 Preservar no mínimo 4mm de guta apical (garantir 
selamento apical) *regra extremamente importante* 
Regras que devem ser cumpridas: 
 O comprimento da quantidade de guta percha que 
foram desobstruídas deve ser igual ou maior a coroa 
clínica. 
 Devem-se desobstruir 2/3 por remanescente 
dentário, calculando da parte coronária até a parte 
apical. 
 Devem-se desobstruir até a metade do suporte ósseo 
da raiz, desde que tenha ou mantenha 4mm apical. 
 
Considerações importantes quanto ao preparo do conduto no que 
tange a retenção do núcleo: 
 Inclinação das paredes; 
 Diâmetro do pino; 
 Rugosidade. 
Se for usado uma broca para remover guta percha e forem 
alargado ou inclinado demais às paredes perderão retenção do 
núcleo. Afinal, paredes paralelas são melhores que paredes 
cônicas para retenção. Se for preparado e for deixado esse 
conduto muito inclinado irá ter pouca retenção, da mesma 
maneira que se for alargado terá paredes remanescentes 
estreitas com grandes chances de fratura, além disso, o 
diâmetro do pino será muito maior diminuindo a retenção. Sendo 
importante que esses pinos tenham rugosidade, pois a rugosidade 
aumenta a fricção, dessa maneira quando se tem atrito se tem 
menor chance de soltura. 
Preparo do conduto 
É calculado o tamanho do remanescente dentário através do raio 
x e régua milimetrada. Geralmente é calculado 2/3 e calibra as 
brocas de largo, lembrando que devem ser deixados 4mm apical. 
Quando o CD perceber que parou de sair guta percha existe 
chance de perfuração do dente, tendo probabilidade de ter que 
extrair o dente, sendo um momento que requer muita técnica. A 
broca largo 1 deve remover guta percha até que o estoque pare 
na parte coronária, fazendo movimento de vai e vem. Para 
alargar mais um pouco pode-se utilizar a largo 2 onde vai 
remover guta percha e começa a alisar a parede internamente 
formando um cone. 
É importante que o conduto tenha uma luz interna no máximo de 
1/3 do seu diâmetro. Caso seja alargado demais e essa luz 
interna for maior que o 1/3 do diâmetro o dente irá ficar fraco. 
O diâmetro do conduto preparado que irá corresponder ao 
diâmetro do pino deve ser de no máximo 1/3 do diâmetro total 
do dente. 
 Moldagem do conduto 
Para a confecção do núcleo, podem ser empregadas duas 
técnicas: a direta, na qual o conduto é moldado e a parte coronal 
esculpida diretamente na boca, e a indireta, que exige moldagem 
dos condutos e das porções coronais remanescentes com 
elastômero, obtendo-se um modelo sobre o qual os núcleos são 
esculpidos no laboratório. Esta técnica é indicada quando há 
necessidade de confeccionar núcleos para vários dentes, para 
dentes mal posicionados que precisam ter as paredes dascoroas 
preparadas com forma de paralelismo em relação aos demais 
dentes pilares ou para dentes com raízes divergentes. 
Forma que é realizada a técnica direta: 
Imagem 1: remove-se provisório; 
Imagem 2: usa-se uma lima internamente com a finalidade de 
remover os excessos de cimento; 
Imagem 3: com uma lima e algodão enroscado em sua ponta é 
possível passar vaselina no interior do conduto; 
Imagem 4: passa-se vaselina na região externa. 
 
É importante que o conduto esteja preparado adequadamente, 
sem arromba-lo. É necessário que tenha expansividade suficiente 
para receber os pinos durante o processo de modelagem e 
instalação. 
Para a modelação, existe um material denominado pingete de 
resina acrílica vermelha do tipo Duralay. O pingete antes do 
processo de vasilinar precisa ser identificado se está entrando 
até o final do conduto no comprimento que foi desobstruído. É 
calculado o comprimento da desobstrução através de uma lima e 
uma régua milimetrada. 
A modelagem é realizada com um líquido da resina acrílica Duralay 
e o pó da resina acrílica Duralay, sendo uma resina de cor 
vermelha. A resina vermelha possui um alto padrão de 
estabilidade dimensional. 
Imagem 1: é molhada a ponta do pincel no líquido passando na 
superfície do pó capturando uma gotinha com o pincel; 
Imagem 2: desta forma é introduzido na embocadura do conduto, 
depois da introdução deixa-se o pincel de 10 a 20 segundos. 
Imagem 3: cópia da anatomia interna da raiz, toda parte 
coronária está modelada; 
Imagem 4: reintrodução do conjunto da anatomia dentro da raiz; 
com pincel novamente utilizando líquido e pó é acrescentado 
resina acrílica na parte coronária, construindo a parte coronária 
com pó e liquido de resina acrílica do tipo Duralay. 
Obs: no primeiro momento em que está realizando essa 
construção irá transbordar resina e ficará volumoso demais. 
Imagem 5: construção da parte coronária com pincel, liquido e pó 
de resina acrílica do tipo Duralay; 
Imagem 6: preparo dentário e o remanescente dentário, com 
brocas e técnicas especificas; 
Imagem 7: preparo do espaço e altura interoclusal. 
 
Quando é finalizado o preparo dentário, tem-se um padrão de um 
pino onde a parte radicular e coronária formam um corpo único. 
Precisa ser embalado em ambiente úmido, pois é necessário 
manter sua estabilidade para envia-lo ao laboratório. O laboratório 
recebe o padrão de Duralay onde através de técnicas 
laboratoriais funde no formato metálico, cerâmico e 
metalocerâmico de cobertura nas mesmas proporções e 
dimensões feitas na boca do paciente. 
 
Forma que é realizada a técnica indireta: 
Imagem 1: é removido o provisório do paciente e feito à limpeza 
adequada, em seguida é introduzido o pingete onde deve-se 
observar se ele está entrando no conduto de acordo com o 
comprimento pré-estabelecido; 
Imagem 2: caso o CD (cirurgião-dentista) tenha certeza que o 
pingete esta entrando de acordo com o comprimento pré- 
estabelecido, é necessário proporcionar neste conduto uma pasta 
leve e catalisador da pasta leve de um silicone (qualquer silicone, 
seja de adição ou condensação); 
Imagem 3: é feito a manipulação da pasta leve e é colocado 
dentro de um seringa ejetora de elastômero, consequentemente 
deve-se retirar o pingete de dentro do conduto e encher o 
conduto de material de moldagem (pasta leve), em seguida, 
introduzir esse pingete apertando no conduto; 
Imagem 4: enquanto ocorre o processo de polimerização, o CD 
(cirurgião-dentista) manipula uma pasta densa do mesmo silicone 
com uma moldeira parcial cobrindo o pingete; 
Imagem 5: moldagem do dente e do conduto; 
Imagem 6: enviado para o laboratório, onde o laboratório vasará o 
gesso obtendo uma replica que o paciente têm na boca. Ao invés 
do CD (cirurgião-dentista) fazer o processo de introdução do pino, 
modelagem da raiz e construção coronária é o laboratório que 
realizará todas essas etapas. 
 
 Essa técnica é utilizada quando há um volume grande de 
pacientes, enquanto a técnica direta requer maior tempo de 
planejamento. 
Diferença das técnicas: 
 Técnica direta: proporciona um pino mais adequado, 
melhor justaposição e íntimo contato do pino com as 
paredes internas do dente preparado, melhorando a 
retenção. 
 Técnica indireta: devido aos materiais e a atribuição com 
o laboratório é comum que o pino não tenha tanta 
justaposição como na técnica direta, o tempo clínico que 
se perde é muito grande e o que tange resultado e 
longevidade a técnica direta é melhor. 
Cimentação 
Depois de todas as etapas laboratoriais é construído um padrão e 
o laboratório devolve ao CD (cirurgião-dentista) um núcleo metálico 
fundido (pino). 
 
Assim que o núcleo chega do laboratório realiza-se a desinfecção 
com álcool, retira-se o provisório e limpa o excesso de cimento 
provisório que provavelmente fica, em seguida realiza-se a 
prova-do núcleo metálico fundido na boca. Quando a prova é 
realizada é possível observar clinicamente uma adaptação, 
necessitando fazer um raio-x para observar se o pino está 
chegando até o final do conduto preparado. 
 
Realiza-se a cimentação com: fosfato de zinco, ionômero de vidro 
e cimento autocondicionante/autoadesivo resinoso. 
Passo a passo da cimentação: 
 Higienização do conduto para remover os detritos com 
uma lima enroscada em algodão embebida em álcool; 
 Seca com cone de papel absorvente e manipula o 
cimento, sendo importante que o conduto esteja 
bastante seco (na imagem usa-se o cimento fosfato de 
zinco); 
 O cimento fosfato de zinco pode ser introduzido com 
uma espátula, lima ou broca lentulo. A broca que está 
representada na imagem quando gira conduz o cimento 
para dentro; 
 Quando a raiz está preenchida com cimento, aperta-se 
o pino em posição. Depois de 3 minutos remove o 
excesso de cimento. 
 
O refinamento do preparo deve ser realizado por 24-48 horas 
depois da cimentação, quando o cimento atinge sua presa final. Se 
a broca for utilizada antes, provocará vibrações que vão ser 
conduzidas para o interior do conduto gerando desarranjo do 
cimento. 
Núcleos bipartidos 
Confecção do núcleo em duas peças. Não é muito utilizada 
clinicamente, pois já foi comprovado que quando houver dentes 
com mais de uma raiz não é preciso utilizar todas as raízes do 
dente, mas sim a raiz mais robusta e somente a embocadura dos 
outros condutos, de maneira que o pino tenha uma maior 
retenção e não rotacione na parte coronária. 
 
 
Imagem abaixo representando um núcleo bipartido: 
 
Pinos pré-fabricados 
Os pinos pré-fabricados podem ser metálicos ou de fibra de 
vidro (fibra reforçado com resina epóxia). Os pinos metálicos 
caem em desuso quando relacionado com o pino fibra de vidro 
por conta do seu desempenho. 
Ligas metálicas mais utilizadas: ligas de áureas, liga de prata-
paladium e liga de cromo-cobalto (muito dura, não sendo tão boa). 
Particularidades dos pinos pré-fabricados: 
 O conduto é preparado usando brocas que 
acompanham o pino (os kits), com tamanho e formato 
facilitando a instalação. 
 Não precisam ser instalado em todas as raízes em 
casos de dentes multiradiculares; 
 O pino deve ser selecionado de acordo com a anatomia 
interna do conduto; 
 Toda vez que é instalado um pino pré-fabricado na raiz 
é necessário construir a parte coronária com resina 
composta, denominando-se núcleo de preenchimento; 
 Em casos de prótese parcial fixa extensa, são utilizados 
dois pinos. Os pinos devem ser cimentados, justapostos 
no conduto de forma passiva (núcleo de preenchimento) 
e a confecção do núcleo deve ser feito com material 
restaurador (parte coronária feita com resina 
composta); 
 O pino vem pronto para utilização e permitem a 
preservação do remanescente radicular. 
A liga metálica a ser utilizada na fundição deve apresentar 
resistência suficiente para não se deformar sob ação das forças 
mastigatórias. 
As ligasde metais não nobres são as mais utilizadas, em especial 
aquelas à base de cobre-alumínio, em razão de seu baixo custo. 
Ligas nobres ou seminobres, como as de ouro tipo III e IV e à 
base de prata-paládio, também podem ser empregadas. 
Módulo de elasticidade: a indução de tensões está diretamente 
relacionada ao risco de fratura radicular, e tanto os pinos pré-
fabricados quanto os metálicos fundidos apresentam geração de 
tensões, no entanto, quando se referem ao primeiro (pré-
fabricado) relatam padrão de fraturas menos catastróficas. 
Os pinos metálicos podem ser: 
 Ativos 
 Passivos-paralelos 
 Passivos cônicos 
Particularidades dos pinos de fibra reforçado com resina epóxia 
 Módulo de elasticidade semelhante ao da dentina; 
 Biocompatível; 
 Biomecânica favorável/menor possibilidade de fratura 
dentária; 
 Estético; 
 Boa adesão à estrutura remanescente (cimentação 
adesiva). 
Na imagem abaixo tem-se o exemplo de perda de estrutura 
dentária com indicação de colocação de pino de fibra de vidro. 
Imagem 1: parte de determinação do comprimento, é necessário 
fazer a desobstrução inicialmente com a broca de largo ou 
brocas do kit (sendo mais complica a utilização dela), observando o 
tamanho que será desobstruído. 
 
Imagem 2: calibrar a broca de acordo com o comprimento pré-
estabelecido fazendo a remoção de acordo com esse 
comprimento. 
Imagem 3: radiografia representando a broca penetrada. 
Imagem 4: observar na radiografia se o pino de fibra de vidro 
penetrou da mesma forma que no preparo dentário, na imagem 
observa-se que o pino não possui justaposição perfeita, afinal, a 
anatomia interna é irregular. 
 
Obs: quando se tem um dente com anatomia interna 
ampla/cônica ou fragilizada os pinos de fibra de vidro não vão 
funcionar como retentores isolados. Existe uma técnica que 
preenche o espaço interno com resina composta onde 
personaliza o pino dando a ele uma melhor justaposição. 
Depois que o pino foi selecionado e determinado é necessário 
cimentar. O cimento indicado para pino fibra de vidro é o padrão 
ouro denominado cimento resinoso autoadesivo (é aquele que não 
requer aplicação de sistema adesivo no dente). 
Imagem 5: é necessário passar um ácido fosfórico no pino com a 
finalidade de limpar, por 5 segundos; 
Imagem 6: lavar abundantemente removendo o ácido fosfórico e 
secar com jatos de ar; 
Imagem 7: quando o pino está seco é necessário aplicar um 
agente de união, pois esse pino apesar de ter resina na sua 
superfície ele também possui fibras de vidro, essas fibras de 
vidro precisa de um sistema denominado silano para se aderirem 
ao sistema resinoso. Essa aplicação do silano podem ser feitas 
com duas ou três camadas e não requer aplicação de luz. 
 
Depois de feito esses processos com o pino o CD (cirurgião-
dentista) reserva ele e começa a cuidar do dente. 
Caso for usado um cimento autoadesivo só é necessário limpar, 
se for utilizado um cimento resinoso convencional (aquele que se 
assemelha a uma resina composta) é necessário seguir todos 
esses passos: 
Imagem 8: aplica o ácido em dentina em torno de 15 segundos; 
Imagem 9: lavar abundantemente; 
Imagem 10: secar com papel absorvente; 
Imagem 11: passar o sistema adesivo no interior do conduto; 
 
Imagem 12: seca novamente; 
Imagem 13: fotopolimeriza (aplicação de luz, essa luz na maioria 
das vezes não chega ao final do dente); 
Imagem 14: manipulação do cimento resinoso convencional com o 
auxilio de uma lima, espátula ou centrix. 
Imagem 15: introdução do cimento dentro do conduto; 
Imagem 16: todo excesso de cimento deve ser removido com 
microbrush; 
Imagem 17: fotopolimerização por 2 minutos; 
 
Depois deste processo de fotopolimerização por 2 minutos, é 
necessário construir a parte coronária denominando-se de núcleo 
de preenchimento. 
Imagem 18: é necessário preencher a parte coronária com 
resina composta (espátula, resina composta, encremento por 
encremento, fotopolimerização) e depois que essa parte 
coronária está pronta é necessário realizar um preparo dentário. 
Pode-se utilizar sequencia de broca do tipo largo (geralmente 1 e 
2) e a broca sugerida pelo kit. 
Imagem 19: seleção de pino de diferentes tamanhos e formatos; 
Imagem 20: prova do pino e observação se ele entrou de acordo 
com a desobstrução; 
Imagem 21: importante o máximo de justaposição e garantia que 
o pino foi introduzido até a desobstrução; 
 
Imagem 22: aplica-se ácido na estrutura dentária, sendo 
importante proteger os dentes vizinhos; 
Imagem 23: lava e seca com papel absorvente; 
Imagem 24: aplicação de adesivo removendo os excessos com 
papel absorvente; 
Imagem 25: aplicação da fotopolimerização; 
Imagem 26: no pino passa ácido fosfórico para limpeza, lava, 
remove excessos de detritos e seca. Em seguida, aplica o silano 
(agente de união). 
 
 
Depois do preparo do dente e preparo do pino, segue os 
seguintes passos: 
Imagem 27: manipulação do cimento e introdução dentro do 
conduto; 
Imagem 28: depois que todo o conduto está preenchido é 
necessário pegar o pino (sempre com a pinça e com cuidado), 
apertar em posição, remover os excessos e fotopolimerizar. 
Imagem 29: preparo dentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moldagem em prótese fixa
A moldagem é a manobra clínica do processo de confecções de 
restaurações indiretas, que tem como objetivo a reprodução dos 
preparos dentais e sua relação com os tecidos adjacentes. Após 
a polimerização do material e a remoção da moldeira da boca, 
tem-se o molde, que é vazado em gesso para a obtenção do 
modelo de trabalho. 
A boa qualidade dos materiais de moldagem e dos gessos 
possibilitou a obtenção de modelos mais fiéis e a realização de 
trabalhos com maior exatidão. Outros materiais para modelos 
como: revestimentos, resinas epóxicas e metalização pelo cobre 
e pela prata, também são utilizados com excelentes resultados. 
Além do material, a execução de uma boa moldagem depende de 
três requisitos básicos: extensão do preparo dentro do sulco 
gengival, nitidez do término cervical e saúde do tecido gengival. 
A extensão subgengival do preparo deve preservar a saúde 
periodontal, pois a presença de inflamação gengival com 
sangramento e exsudato inflamatório impede a obtenção de 
moldes precisos. Além disso, a maioria dos materiais de moldagem 
apresenta alteração de suas propriedades na presença de 
umidade, o que resulta em dificuldades técnicas para a obtenção 
de um bom molde. 
O término cervical deve ser liso, polido e bem definido, para que 
possa ser copiado em seus detalhes durante a moldagem. As 
coroas provisórias devem ser bem adaptadas e ter contornos 
corretos, para manter a saúde gengival. 
Materiais de moldagem 
Em resumo é feito essa associação: 
 
O contexto da moldagem passa pela seleção do material associado 
à técnica de afastamento gengival. Quando se utiliza a associação 
de alginato e poliéter refere-se a um afastamento gengival 
através da técnica denominada por casquete. Essa associação de 
material e técnica não é mais comum frente aos 
desenvolvimentos dos silicones e fios retratores, quando os 
silicones desenvolvem e evolui assim como os fios retratores a 
junção de material e afastamento gengival se populariza. 
A partir disso, a técnica de alginato e poliéter que são usadas 
como material de moldagem associado ao afastamento do tipo 
casquete acaba-perdendo espaço na odontologia. 
A moldagem da arcada antagonista quase 100% das vezes é com 
alginato, quando não é com alginato pode-se utilizar com silicone. 
Material utilizado: 
 
Os elastômeros são constituídos por um grande grupo e podem 
ser os polissulfetos, silicones e poliéter. O grande grupo 
representante dos elastômeros são os silicones (90%) 
Os silicones podem ser por condensação (speedex) ou por adição 
(adsil e aquasil). 
Os polissulfetos (permelastic) perdem mercado e cai em desuso 
com o desenvolvimentodo silicone. 
O poliéter (impregum) é um excelente material de moldagem, 
porém com um custo elevado acaba perdendo mercado brasileiro 
e sul-americano. 
Alginato 
 Apresenta baixa estabilidade dimensional (3 a 4%); 
 Baixa resistência ao rasgamento; 
 Tempo de trabalho (1,5 a 4,5 min dependendo do 
alginato); 
 Podem ser vazados apenas uma vez (imediatamente 
entre 10 a 15 segundo), pois possui baixa resistência ao 
rasgamento; 
 Uso associado a outros materiais; 
 Baixo custo; 
 Armazenamento com umidade relativa de 100% 
(sinérise e embebição). 
.Para prolongar o tempo de vazamento pode-se criar um 
ambiente de umidade com alginato, criando uma câmera 
umidificadora. 
Criação da câmera umidificadora: 
 Tupperware grande e profunda fazendo uma câmera 
de gaze e/ou algodão; 
 Molha deixando o ambiente úmido; 
 Terminar a moldagem do paciente; 
 Colocar a moldagem no ambiente úmido. 
 
O alginato consegue manter a sua estabilidade de posicionamento 
por volta de a 30-40 min na câmera umidificadora, não perdendo 
tanto sua estabilidade dimensional. 
Em prótese fixa o alginato será utilizado em moldagens de 
arcadas antagonistas, moldagens de transferência, juntamente 
com o poliéter na técnica do casquete. 
Silicone 
Silicone por condensação: 
 Alteração dimensional; 
 Custo mais acessível; 
 Contração porcentual 0, a 0,6%; 
 Baixa resistência ao rasgamento; 
 Tempo de polimerização de 5 a 8 min; 
 Liberação álcool. 
O grande problema do silicone por condensação é que ele vai 
endurecendo formando uma rede de polímeros (polimerizando). 
Nos primeiros 15-minutos existe uma organização e uma reação 
química que acaba liberando álcool, quando e enquanto essa 
organização está acontecendo não se deve vazar o gesso por 
condensação. 
Caso se vaze um gesso sobre um modelo que está se 
organizando quimicamente devido a liberação do álcool, formará 
bolhas. Não sendo interessante o vazamento extremamente 
imediato dos silicones por condensação, se deve esperar por no 
mínimo 15-30 minutos. Não se pode vazar o gesso depois de 1 h, 
pois após 1 h ele começa alterar suas dimensões. 
Apresentação do silicone por condensação: possui uma massa 
densa, uma bisnaga de massa fluida e uma bisnaga de catalizador 
que precisava ser associada tanto a massa densa quanto a 
massa fluida. 
A dosagem é dependente do fabricante, cada um possui sua pá 
dosadora (medição da massa densa) e marca-se o diâmetro da pá 
na própria mão. A manipulação é manual em torno de 1 minuto e 
não tem problema ser manipulado sem luva. 
O fabricante recomenda que deposite o catalizador no diâmetro 
completo da pá. 
 
O material leve deve ser dispensado em uma placa de vidro em 
comprimento compatível/igual em uma proporção de1 para 1. 
 
Silicone por adição: 
 Contração porcentual muito baixa de 0,1% (24h); 
 Excelente recuperação elástica; 
 Alta resistência ao rasgamento; 
 Grande problema sendo extremamente hidrofóbico. 
 Necessário controlar a umidade do ambiente 
Diferente do silicone por condensação ele não se polimeriza 
eternamente, após a primeira hora na reação química ele acaba 
formando hidrogênio. Se for vazado o gesso imediatamente após 
a moldagem o hidrogênio vai sair formando bolhas. A literatura diz 
que esse material possui uma estabilidade dimensional muito 
grande podendo ser vazado até 7 dias depois. 
O fabricante recomenda que seja esperado por pelo menos 1 
hora para ser vazado o gesso. 
Caso se faça um trabalho onde não será vazado o gesso no dia, 
pode-se utilizar então o silicone por adição. São excelentes 
materiais de moldagem, hoje o material de eleição na rotina clínica 
na maioria dos consultórios para moldagem de prótese fixa são 
os silicones por adição. 
Apresentação do silicone por adição: são compostos por duas 
massas densas (base e catalizadora em uma proporção de 1 a 1 
para que seja manipulado previamente a moldagem) e uma massa 
fluída (em cartuchos), os cartuchos precisam ser 
acomodados/acoplados em uma pistola e a ponta acoplada a esse 
cartucho fazem um processo de automistura. 
Obs dentro do cartucho tem uma massa fluida base e uma 
massa fluida catalisadora, na proporção de automistura gera um 
silicone já manipulado. 
Técnica de afastamento gengival 
A partir do ponto em que é feito o preparo dentário e o término 
cervical se aproxima da gengiva, na maioria das vezes é 
necessário afastar a gengiva para que seja possível a replica da 
região. O calcanhar de Aquiles das moldagens geralmente é a 
replica do término cervical. O término é a região aonde a peça 
protética irá se acomodar, essa região é frágil no que tange 
longevidade sendo dependente de uma excelente adaptação da 
peça protética a esse término cervical. 
Caso não se tenha uma peça protética perfeitamente adaptada 
ao termino cervical, tem-se risco de infiltração, futura perda do 
trabalho protético e solubilização dos cimentos. Ou seja, um bom 
preparo dentário com um bom término cervical e a moldagem 
perfeita é a combinação correta para o sucesso da reabilitação 
com prótese. 
Com a moldagem incorreta o técnico não consegue realizar uma 
peça que irá se adaptar clinicamente. Tudo gira em torno de se 
preparar muito bem o término cervical, afastando bem a gengiva 
para que seja possível uma excelente moldagem. A terminação de 
predileção é no nível ou subgengival. 
 
Técnicas de afastamento gengival 
As opções de afastamento gengival faz-se associação de 
substancias químicas com soluções hemostáticas e adstringentes 
(ambas diminui exsudado inflamatório, ou seja, aumenta a chance 
de manutenção da região mais seca/livre de água facilitando o 
processo de escoamento do material e replica da região) e 
mecânico com a utilização de casquete e fios retratores. 
Atualmente é comum a associação de fios retratores 
(afastamento mecânico) embebidos em soluções hemostáticas ou 
adstringentes (afastamento químico). Ou seja, com essa 
associação tem-se um afastamento mecânico-químico. 
Obs: Quando é utilizado o casquete não é comum à associação 
com soluções químicas. 
Mecânico 
 
Os casquetes se assemelham a um provisório mal acabado, é 
importante que ele cubra todo o dente preparado e a região 
cervical requer um reembasamento. 
Os fios retratores podem ser de diferente espessura, 
geralmente é crescente. O fio retrator 3-0 é o fio mais fino 
que existe onde protege o periodonto, o 2-0, 0 e o 1 são 
associados sempre que se utiliza um fio fino, sendo usado um 
mais espesso no segundo momento. 
 
Químico-mecânico 
 
Apesar de existir na literatura a utilização de casquete como 
afastamento mecânico, o comum hoje em dia na prática é a 
associação de fios retratores com soluções adstringentes ou 
hemostáticas. Sendo o afastamento de predileção ou de eleição. 
Moldagem 
Caso o CD não tenha feito um provisório bem adaptado o 
paciente chegará ao consultório em uma segunda consulta 
conforme o exemplo que está na imagem abaixo. Podendo-se 
observar um incisivo lateral preparado com superfícies 
irregulares, término cervical mal delineado e um provisório mal 
adaptado. 
 
Assim que é removido o provisório percebe-se uma gengiva 
periférica inflamada. Sendo assim esse é um tipo de preparo que 
não se consegue moldar caso não obtenha uma adequação 
correta. Quando não ocorre uma adequação do provisório tem-se 
uma saúde periodontal prejudicada. 
Para uma moldagem adequada necessita-se de uma adequação do 
preparo com remoção de margens regulares e com adaptação 
precisa do provisório. 
 
Técnicas de moldagem 
 Casquete de acrílico associado ao poliéter no seu 
interior e uma moldagem com alginato 
É construído com resina acrílica um casquete que deve ser 
adequado em cada dente preparado. Após a construção de um 
casquete para cada unidade dentária, é realizada a moldagem 
com o poliéter que é introduzido no interior do casquete com a 
utilizaçãode um adesivo de poliéter. 
 
 
 
Com uma moldeira de estoque e um alginato manipulado deve-se 
fazer uma moldagem com tudo o que está na boca. Quando é 
feito a moldagem e toma-se presa tem-se uma moldagem dos 
dentes vizinhos e os casquetes saem juntamente. Obtendo-se 
uma replica bem fiel do dente preparado e do término cervical 
individual. 
 
 
 
 Poliéter: moldagem do preparo. 
 Alginato: moldagem de transferência. 
Obs: poliéter não tem adesão à resina sem a utilização de um 
adesivo. 
 
 
Características: 
 Procedimento demorado e de difícil execução para 
muitos profissionais; 
 Molde da região cervical é critico; 
 Fratura ou danifica o modelo do preparo durante 
remoção do modelo. 
 
 Fios retratores associados aos silicones (adição ou 
condensação): 
A moldagem pode ser feita em dois tipos diferentes: dois tempos 
ou reembasamento e dupla mistura em tempo único. 
 
Cada uma das moldagens possui aplicação especifica, os 
resultados inclusive são semelhantes. Dependente da região de 
moldagem, trabalho e o que cada CD prefere. 
 
Dois tempos ou reembasamento: maior precisão e estabilidade 
dimensional independente do silicone que for utilizado. 
 
Passo a passo: 
 
1° passo: remoção do provisório e limpeza do elemento 
preparado; 
 
 
2° passo: com uma moldeira metálica a massa densa é manipulada 
e dosada; 
 
 
3° passo: a moldagem com massa densa é reservada na bancada 
e o CD continua trabalhando na boca do paciente; 
 
4° passo: utilização de dois fios retratores, o primeiro precisa 
ser mais fino 3-0 embebido com solução hemostática, 
acomodando-o dentro do sulco. O primeiro fio protege o 
periodonto para não trazer danos a ele. No segundo momento 
utiliza-se um fio mais espesso embebido com solução hemostática, 
com função de afastar a gengiva. 
 
 
 
 
5° passo: pega-se a moldagem inicial com silicone denso e 
realizam-se alívios internos na moldagem com uma broca,pinja 
goiva ou instrumento próprio para isso. É necessário aliviar 
parcialmente a primeira moldagem, pois é uma moldagem de 
reembasamento. 
 
 
 
6° passo: manipula-se e dosa a massa leve em uma placa de vidro 
e com a seringa ejetora de elastômero é capturado e retirado o 
fio retrator. Em seguida é inserida a massa leve na região em que 
foi retirado o fio retrator e todo resto de material que estava na 
placa irá para dentro da moldeira fazendo o reembasamento. 
 
 
 
 
 
Prova da infraestrutura metálica e ajuste da cerâmica
A partir da moldagem e do vazamento de gesso encaminhado ao 
laboratório, será iniciado o processo de confecção de uma 
infraestrutura denominada de coping previamente a construção 
da coroa final. O coping pode ser tanto metálico quanto cerâmico, 
e proporciona uma etapa de prova da infraestrutura, ou seja, 
não é uma peça pronta. 
Características do modelo de trabalho: 
 É uma cópia fiel dos dentes preparados e dos tecidos 
vizinhos, e deverá facilitar ao técnico do laboratório o 
acesso à área cervical dos preparos. 
 Permite a execução correta dos procedimentos 
laboratoriais de recorte de troquéis, enceramento e 
selamento marginal, mantendo o relacionamento vertical 
e horizontal dos dentes preparados em relação aos 
dentes vizinhos e antagonistas. 
Passo a passo da confecção do coping: 
Imagem 1: é realizado o diagnóstico dentário e preparado os 
elementos dentários. 
Imagem 2: confeccionam as coroas provisórias onde através das 
coroas provisórias tem-se o diagnóstico da reabilitação e a 
visualização de como será o resultado. 
Imagem 3: o processo de moldagem requer a remoção das 
coroas provisórias, inserção de fios retratores e moldagem com 
materiais apropriados, normalmente utiliza-se silicone por 
condensação ou adição. Porém, também pode ser utilizado 
polisulfetos e poliésteres (que caíram em desuso). 
 
Imagem 4: quando é moldado vaza-se o gesso (na imagem foram 
representadas duas cores diferentes para que seja possível 
identificar o processo de troquelização). Na cor amarela estão 
representados os pilares que vão receber facetas ou coroas e 
em preto o restante da arcada que foi moldada. 
Imagem 5: o laboratório irá receber o modelo de trabalho 
embalado e confeccionará o coping ou infraestrutura. 
Imagem 6: os coping são estruturas que vão variar entre 0,3; 
0,5 e o 0,7 milímetros onde vão proporcionar uma etapa de 
prova que será possível garantir que o que foi confeccionado se 
adapta perfeitamente ao dente do paciente. 
 
Imagem 7: caso se adapte perfeitamente ao dente do paciente é 
reenviado ao laboratório para que seja realizada a aplicação da 
cerâmica nas infraestruturas. 
Imagem 8: depois que é aplicado às cerâmicas nas 
infraestruturas o CD irá cimentar as peças na boca do paciente. 
 
 Troquelização 
É o processo inicial para trabalhar sobre o modelo, na qual ocorre 
a individualização do elemento. É uma manobra laboratorial com 
instrumentos manuais (lecron e holambeck) ou rotatórios de 
individualização de preparo no modelo de trabalho. 
É importante confeccionar o término cervical com um excelente 
preparo adequado, delineamento do termino cervical, moldagem e 
modelo de trabalho para proporcionar ao laboratório uma 
excelente troquelização 
 
O laboratório deve receber com clareza o término cervical, onde 
com instrumentos rotatórios ou manuais é feito a remoção do 
gesso em volta do dente preparado para que se possa ficar 
nítido aonde terminará a restauração/coroa protética ou 
infraestrutura. 
É sobre o pilar troquelizado que será encerado e confeccionado o 
coping, seja metálico ou cerâmico. Para cada troquel são 
realizados dois cortes, um na face mesial e outro na distal, 
paralelos ou ligeiramente convergentes em direção à ponta do 
pino, para facilitar sua remoção. 
Desadaptação cervical 
Uma das principais causas de fracasso em prótese fixa é a 
desadaptação cervical. Podendo ocasionar: 
 Possibilidade de solubilidade do cimento, promovendo um 
“gap”, a grosso modo irá promover o surgimento de um 
buraco para bactérias; 
 Retenção de biofilme (placa bacteriana); 
 Colonização bacteriana gerando uma inflamação 
localizada no periodonto, conhecido como gengivite; 
 Infiltração marginal que ocasionará a cárie e perda do 
trabalho protético; 
 Recidiva/desenvolvimento de cáries marginais; 
 Desenvolvimento de doença periodontal; 
Análise no troquel 
Um coping adaptado perfeitamente num troquel de gesso não 
significa que estará perfeitamente adaptado ao dente preparado. 
Passo a passo: 
 Desinfecção com álcool 70%; 
 Moldagem dos coping é realizada na boca do paciente; 
 Preparo em dentes vivos realiza-se a anestesia 
dependendo da sensibilidade do paciente; 
 Remoção dos provisórios; 
 Limpeza dos restos de cimento. 
Caso já tenha sido feito o preparo no dente/moldagem e obteve-
se um modelo de trabalho, a partir desse momento não se pode 
retirar o excesso de cimento com broca, pois isso geraria um 
desgaste excessivo causando um desajuste na adaptação da 
infraestrutura já produzida pelo laboratório. Ou seja, depois que o 
modelo de trabalho já está pronto não se deve passar broca no 
dente preparado. 
A limpeza deve ser realizada com clorexidina, algodão, água e 
colher de dentina. É necessário que o pilar esteja extremamente 
limpo, pois os restos de cimento podem atrapalhar a adaptação 
perfeita do coping. 
Observar inicialmente após a adaptação do coping se existe: 
Isquemia gengival 
O coping pode estar posicionado sobre a gengiva marginal, sendo 
necessário a utilização de um fio retrator para expandir a 
gengiva facilitando a prova da infraestrutura. 
Sangramento gengival 
Nesse caso pode-se utilizar fio retratores associados a soluções 
hemostáticas ou adstringentes. 
Deslocamento da I.E (infraestrutura) 
Em casos de frouxidão o trabalho deve ser removido, pois sem 
intimo contato não há retenção ou estabilidade. 
Adaptação marginal 
Após a prova do coping no elementodentário, alguns materiais 
são utilizados para verificação da adaptação marginal, como: 
Sonda clínica: a ponta da sonda deve está em torno de 
45° inclinada no coping no terço médio para o terço cervical onde 
irá buscar uma sensação tátil de continuidade entre o coping e o 
elemento dentário. Quando há uma sensação de degrau ou 
descontinuidade a adaptação precisa ser construída. 
 
Degrau negativo: o degrau negativo ocorre quando a sonda 
exploradora dirigida para o interior do sulco gengival, encontra 
parte do término cervical do dente preparado não coberta pela 
IE (infraestrutura), pois o metal ou a cerâmica se encontra 
aquém da margem preparada do dente. A passagem da sonda 
evidencia uma mudança brusca de direção, correspondente ao 
desajuste. Esse tipo de desajuste marginal geralmente ocorre em 
virtude de um recorte incorreto em que parte do término 
cervical foi inadvertidamente removida. 
Para compensar essas deficiências de adaptação da IE 
(infraestrutura), duas condutas podem ser adotadas: o desgaste 
do dente ou a repetição da moldagem e do troque. 
Imagem esquemática do degrau negativo onde a sonda 
exploradora detecta parte do término cervical não coberto pela 
IE. 
 
Carbono líquido: pinta-se internamente o coping e 
reinsere-o em posição onde na remoção haverá uma marcação 
interna da região que está atrapalhando a adaptação. 
 
Obs: pode-se utilizar uma broca diamantada para retirar o 
excesso que ficou de metal/região rugosa. Com esse ajuste 
percebe-se que existem melhores adaptações. 
Degrau positivo: é o desajuste marginal encontrado quando a 
sonda exploradora desliza pela margem em excesso, em direção 
ao sulco gengival, sem encontrar o dente preparado no mesmo 
nível, ocorrendo desvio abrupto da sua trajetória. Também pode 
ser consequência de um recorte incorreto do troquel, além do 
término cervical, e geralmente há isquemia no local afetado. 
Outro sinal clínico comum é o deslocamento da infraestrutura 
pela ação das fibras colágenas da margem gengival, que exercem 
pressão na infraestrutura e são capazes de deslocá-la do dente. 
Pode também provocar trauma gengival e pequenos 
sangramentos. 
Pode-se corrigir o degrau positivo por meio do desgaste da IE 
(infraestrutura) ou pela repetição da moldagem e do troquel. 
Imagem ilustrativa do degrau positivo onde a sonda exploradora 
desliza pela margem em excesso sem encontrar o término 
cervical do preparo no mesmo nível. 
 
Elastômeros (fluido): utilizado para ajustar o coping 
internamente, mesmo caso do carbono líquido. 
Radiografias: realização de radiografias interproximais para 
verificação da adaptação da peça no elemento dentário. 
Após a verificação de todos os aspectos de adaptação marginal e 
análise do troquel, o copping deve ser enviado novamente para o 
laboratório. Porém, por conta dos processos de troquelização o 
modelo perde as referências proximais e referências de perfil 
de emergência, sendo preciso realizar um modelo de remoldagem 
através da moldagem de transferência para devolver ao 
laboratório as referências. 
Desta forma é realizado: 
Registro oclusal 
Imagem 1: faz-se um registro interoclusal com dois potes dappen, 
com resina acrílica pó e líquido (geralmente se usa resina 
vermelha devido sua instabilidade dimensional). 
Imagem 2: com um pincel adequado captura-se uma bolinha de 
resina acrílica onde é colocado na região oclusal do coping. Antes 
de o dente paciente morder passa-se vaselina para que a resina 
acrílica presa sobre o coping não fique presa no dente 
antagonista. 
 
Modelo de remontagem 
Feito o processo de registro é necessário à manipulação do 
alginato onde é feita a moldagem com os copings em posição, 
para garantir ao laboratório perfil de emergência, referência 
proximal dos dentes vizinhos e a posição da gengiva. 
Imagem 3: o coping é transferido para a moldagem, promovendo 
o que chamado de moldagem de transferência ou moldagem de 
arrasto. 
Imagem 4: o modelo de gesso vazado sobre essa moldagem é 
denominado modelo de remontagem. Aplica-se vaselina dentro do 
coping preenchendo-o de duralay vermelha e a retenção pode 
ser feita com broca velha, fio de ortodontia, clipes e entre 
outros. 
 
Particularidades de remontagem: 
 Os materiais de moldagens são os alginatos ou 
elastômero para o modelo de remontagem; 
 É um modelo mais confiável para aplicar à cerâmica, e 
possibilita a colocação e remoção do coping; 
 O contorno gengival é restaurado; 
 No modelo de remontagem é possível observar as 
mesmas relações oclusais e proximais; 
 Além disso, é no modelo de remontagem que possibilita 
a aplicação da cerâmica. 
SELEÇÃO DA COR 
A escolha da cor é realizada após a etapa de prova da 
infraestrutura, registro oclusal, moldagem de transferência e 
modelo de remontagem. 
Imagem 1: o laboratório precisa ser notificado com imagens 
referente à cor desejada da cerâmica. Em casos de coroas de 
cerâmica pura é necessário informar a coloração do substrato, 
porém, em casos de coroa metal com cerâmica a cor do 
substrato não importa. 
Imagem 2: a aplicação da cerâmica será de acordo com o pedido 
do profissional. A cerâmica estratificada é aplicada através do 
uso de um pincel, aplicando gota por gota até a construção de 
uma coroa. 
 
Imagem 3: previamente à cimentação da coroa é preciso 
verificar se há adaptação com os dentes vizinhos e contato 
oclusal com os dentes antagonistas. Pois a única certeza é que o 
coping não desadapta mais. 
Imagem 4: também é preciso observar se há isquemia gengival e 
se após a prova inicial com uma sonda há perfeita adaptação 
cervical, pois muita das vezes o contato proximal não permite 
uma adaptação perfeita. 
Imagem 5: sendo necessário identificar com o carbono em papel 
colocando-o na região proximal para verificar se a adaptação 
está perfeita, caso o contato esteja exagerado o carbono irá 
marcar e o profissional poderá fazer o desgaste necessário. 
 
Se houver ausência de contato proximal ou um contato 
inadequado ocorrerá um impacto alimentar e injuria da papila e se 
houver um contato exagerado haverá uma desadaptação cervical. 
A remoção dos exageros é realizada de forma sutil com pontas 
diamantadas em baixa rotação. É necessário o polimento com 
rodas de feltros após os desgastes para promover adaptação 
com o intuito de trazer lisura à peça desgastada. 
O ajuste oclusal é realizado com a remoção da coroa e 
identificação dos contatos existentes sem a coroa. Quando a 
coroa é colocada em posição, os contatos oclusais já existentes 
devem ser mantidos. 
No exemplo abaixo é representado um caso de contato oclusal 
exagerado, no qual quando se coloca a coroa em posição (circulo 
amarelo) obtém-se toque. Porém não se tem o toque nos pré-
molares inferiores (circulo azul). 
 
O ponto mais alto é identificado com o papel de carbono, desta 
forma são realizados ajustes suaves para obter ponto de 
contato e ajuste oclusal. 
 
Cimentação da peça 
O melhor cimento para coroas metalocerâmicas são os cimentos 
convencionais (fosfato de zinco, ionômero de vidro). 
Antes da cimentação a coroa precisa ser higienizada com álcool 
70% e o dente preparado com clorexidina. O cimento é 
manipulado e a peça é encaixada, o excesso é removido com fio 
dental. 
 
De maneira geral existem dois grandes grupos de cimentos, 
como: 
 Convencionais 
Os dois representantes do convencional são: 
Cimento de fosfato de zinco: excelente no que tange 
escoamento, imbricamento mecânico, boas retenções, custo 
baixo e utilizado a mais de cem anos. Sendo indicado para 
cimentar estruturas metálicas. Porém, esse cimento não cola no 
dente, não possui adesão ao dente. 
Cimento de ionômero de vidro: possui liberação de 
flúor, pequena/baixa adesão química à dentina, escoamento e 
imbricamento mecânico. 
 Adesivo 
O representante do adesivo é: 
Cimento resinoso (convencionais e auto-adesivos): possui o intuito de promover melhores resultados 
na adesão ao elemento dentário. 
Os convencionais (resina em forma de cimento) aplicam-se com 
ácido fosfórico, adesivo, seca-se a região para evaporar o 
solvente e fotopolimerização. 
Os auto-adesivos não necessitam de aplicação do ácido fosfórico 
e do adesivo. 
Obs: sempre que se podem utilizam-se os auto-adesivos para 
otimizar melhor o tempo. 
A estratégia da seleção do cimento é baseada nas condições 
clínicas. É preciso avaliar: 
 O substrato que será cimentado à peça; 
 Características do preparo; 
 O material da peça protética. 
 
Referências bibliográficas 
PEGORARO, Luiz Fernando et al. Prótese fixa. 2013 
Zarb GA, Hobkirk J, Eckert S, Jacob R. Prosthodontic Treatment for Edentulous Patients: Complete Dentures and Implant-Supported 
Prostheses. 13th ed. St Louis: Mosby. 2013. 
TURANO, J.D.; TURANO, L.M. Fundamentos da Prótese Total. 8ª ed. São Paulo: Quintessence, 2007. 
TAMAKI, T. Dentaduras completas. 4ª ed. São Paulo: Sarvier, 1988. 
Paiva, H.J. et al. Oclusão- Noções e Conceitos Básicos. Livraria Santos Editora Com. Imp. Ltda. 1ª. Edição, 1997. 
Milton Carlos Gonçalves Salvador. Manual de Laboratório Prótese Total - Edição: 2º / 2007. Editora Santos. 
GRANT, A.A. et al. Prótese Odontológica Completa, diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Editora Médica, 1994.

Outros materiais