Buscar

Procedimentos em estética facial - Tratamento para flacidez e rítides

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCEDIMENTOS 
EM ESTÉTICA 
FACIAL
Claudia Stoeglehner Sahd
Tratamento para 
flacidez e rítides
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Indicar tratamentos faciais para flacidez tissular e muscular e rítides.
  Determinar as indicações, contraindicações dos tratamentos faciais 
para flacidez tissular e muscular e rítides.
  Descrever o mecanismo de ação dos recursos estéticos usados nos 
tratamentos faciais para flacidez tissular e muscular e rítides.
Introdução
O processo de envelhecimento se caracteriza por uma série de mudanças 
inevitáveis que ocorrem gradualmente em nossas vidas. Um dos sistemas 
que mais sofre alterações com o envelhecimento é o sistema tegumentar, 
que apresenta diversas alterações com o decorrer dos anos. O envelhe-
cimento é variável entre os indivíduos — pode ocorrer de maneira lenta 
e gradual ou de maneira mais acelerada.
O mercado da beleza oferece diversos tipos de tratamentos e cosméticos 
antienvelhecimento que possuem mecanismos de ação diferentes. Esses 
tratamentos são projetados para restaurar o frescor da pele, suavizar linhas de 
expressão delicadas, melhorar a uniformidade de textura e cor e evitar flacidez, 
estimulando a produção de colágeno e elastina e promovendo efeito tensor 
(lifting) — essas ações são conferidas de acordo com o organismo do indivíduo 
e o conhecimento do profissional na aplicação e escolha do melhor tratamento.
Neste capítulo, você vai conhecer os tratamentos faciais para flacidez 
tissular e muscular e rítides, assim como suas indicações e contraindica-
ções. Além disso, vai ver o mecanismo de ação dos recursos estéticos 
usados nos tratamentos faciais para essas questões estéticas.
1 Tratamentos faciais para flacidez tissular 
e muscular e rítides
Em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, o interesse 
por retardar os sinais do envelhecimento apresenta grande crescimento — 
ao mesmo tempo, o padrão de beleza imposto é o de uma pele jovem, sem 
manchas, rugas e fl acidez. No entanto, o envelhecimento, inevitável, deve-se 
a modifi cações em nível celular, com redução da capacidade dos órgãos de 
execução de suas funções normais (PEREIRA, 2008). Trata-se de um processo 
biológico complexo contínuo, que se distingue por alterações celulares, mo-
leculares e genéticas com redução progressiva da capacidade de homeostase 
do organismo, senescência e/ou morte celular (BAGATIN, 2011).
 A flacidez (ptose) é uma disfunção estética comum decorrente do en-
velhecimento biológico, que, consequentemente, leva a uma série de afecções 
na face. As alterações que originam essa afecção têm como fatores desenca-
deantes o processo intrínseco do envelhecimento da pele, como as mudanças 
repentinas de peso, idade, e fatores extrínsecos, como a exposição excessiva 
ao sol, hábitos sociais, dentre outros (KEDE; SABATOVICH, 2004). 
O envelhecimento cutâneo é um processo decorrente de alterações e dimi-
nuição das estruturas profundas da camada cutânea, originando um reflexo 
à superfície. Na derme, ocorre a diminuição no número de fibroblastos e, 
em decorrência desse processo, as fibras colágenas se tornam mais espessas, 
enquanto as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade. Na hipoderme, 
a diminuição de tecido de gordura é evidente. Do mesmo modo, ocorre a 
mudança da atividade e hipotrofia muscular e, em fase mais tardia, ocorre 
redução dos ossos da face (GUIRRO; GUIRRO, 2004; BORGES, 2010).
Segundo Guirro e Guirro, (2004), a ptose pode ser bilateral ou unilateral, 
sendo classificada da forma como você confere a seguir. 
  Leve: leve excesso da pele da região acometida,alteração do contorno 
facial, com leve abaulamento submandibular.
  Moderada: pálpebras superiores com queda lateral e formação de bolsa 
de gordura nas pálpebras inferiores. Região de zigomático maior e menor 
com queda do tecido muscular e tissular, acarretando desalinhamento 
do contorno facial.
Tratamento para flacidez e rítides2
  Severa: aumento das bolsas de gordura nas pálpebras inferiores e re-
dundância acentuada da pele, tanto das pálpebras superiores quanto das 
inferiores. O contorno facial fica prejudicado e se observa a presença de 
sulcos profundos formados em região de nasogeniano devido a severa 
flacidez de musculo e tecido cutâneo.
A manifestação das rugas (também denominadas rítides) é decorrente 
do enrijecimento das fibras colágenas e da perda da elasticidade natural em 
virtude da diminuição das fibras elásticas e de outros componentes do tecido 
conjuntivo. A camada adiposa se torna acidentada, dando procedência a rugas 
gravitacionais — nesse processo, ocorre a diminuição da oxigenação tecidual 
e trocas metabólicas propiciando na superfície da pele um aspecto desidratado 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
De acordo com Borges e Scorza (2016), as rugas podem ser classificadas 
de acordo com sua profundidade da seguinte forma: 
  superficiais (com diminuição ou perda de fibras elásticas na derme 
papilar, desaparecem com a distensão da pele); 
  profundas (decorrentes principalmente da exposição solar e não desa-
parecem com a distensão da pele). 
Além disso, as rugas podem ser divididas em: 
  dinâmicas (decorrentes de movimento muscular durante a expressão 
facial);
  estáticas (surgem mesmo na ausência de movimento);
  gravitacionais (devido a flacidez tissular). 
Para alcançar uma melhora no aspecto do envelhecimento cutâneo, muito 
se tem pesquisado na área de estética e cosmética. Desse modo, sempre surgem 
novas tecnologias de recursos estéticos empregados para o tratamento e que 
proporcionam a renovação celular e a hidratação da pele, de modo a atuar no 
aumento da circulação superficial local, melhorando a nutrição, o metabolismo 
e a oxigenação tanto do tecido cutâneo quanto do muscular, propiciando uma 
3Tratamento para flacidez e rítides
melhora no aspecto geral da pele e a diminuição dos sinais do envelhecimento 
(BAGATIN, 2011; SANTOS, 2011). Dentre esses tratamentos atuais, para o 
envelhecimento, principalmente atuando na flacidez tissular, muscular e as 
rítides (rugas), contamos com radiofrequência, eletroestimulação muscular, 
microagulhamento, microcorrentes e cosméticos, os quais você confere a seguir.
Radiofrequência (RF)
O espectro eletromagnético navega entre ondas longas (rádio) até ondas muito 
curtas (raios gama). O equipamento de radiofrequência é uma modalidade tera-
pêutica em que são utilizadas radiações do espectro eletromagnético na ordem de 
kilohertz (kHz) a megahertz (MHz) (AGNE, 2004). Os aparelhos disponíveis no 
mercado operam na faixa de 0,5 MHz e 1,5 MHz (BORGES; SCORZA, 2016). Por 
ser transmitida na forma de ondas eletromagnéticas, com alternância de polaridade, 
esta corrente gera calor por conversão tecidual. Esse processo é denominado 
diatermia e é utilizado há anos como termoterapia profunda (AGNE, 2004). 
De acordo com Agne (2004), a produção de aquecimento é o principal efeito 
da transmissão de ondas de alta frequência nos tecidos, e essa conversão de 
energia elétrica em energia térmica ocorre de três formas, como você confere 
a seguir (TONEDERM, [201-?]).
  Íons livres: os tecidos vivos são abundantes em íons positivos e nega-
tivos diluídos em meios líquidos, com mobilidade ou liberdade para 
deslocamentos dentro desse meio. Durante a aplicação da corrente, 
percebe-se um maior aquecimento em regiões do corpo em que houver 
maior predomínio desses íons.
  Moléculas dipolares: as moléculas de água são denominadas dipolos; têm 
assimetria estrutural ocasionando uma resultante elétrica como um dipolo. 
Quando submetidas a campos elétricos com alternância acelerada de pola-
ridade, geram energia térmica devido a movimentos rotacionais, os quais 
interferem nos movimentos de moléculas adjacentes levando a movimentos 
mais aleatórios e calor. Porém, a produção de calor por esse efeito é acatada 
como significativa apenas a partir de frequências superiores a 10 MHz. Moléculas não polares: as células adiposas são exemplos de moléculas 
não polares. Apesar de possuírem poucos íons livres ou polaridade 
molecular pouco significativa, rebatem a influência do campo de ra-
diofrequência gerando uma quantidade pequena de calor.
Tratamento para flacidez e rítides4
Atualmente, no mercado, existem inúmeros modelos e marcas de equi-
pamentos de radiofrequência, cada um com diferentes típicos de manoplas. 
Dentre esses modelos, destacam-se (BELENKY et al., 2012):
  Monopolar: a corrente é gerada e penetra na pele por meio de um 
cabeçote móvel, sendo direcionada até uma placa de retorno, que é 
alocada em uma região distante da área de tratamento. A profundidade 
pode chegar até 6 mm. 
  Bipolar: os eletrodos de saída e retorno da corrente estão no próprio 
cabeçote, não sendo necessária a placa de retorno. A energia gerada 
tem um efeito mais superficial de até 2 mm de profundidade. 
  Tripolar e multipolar: possui três ou mais eletrodos, e a energia é gerada 
quando a corrente passa entre os eletrodos. A distância da corrente 
entre os eletrodos caracteriza a profundidade de penetração no tecido.
Eletroestimulação muscular 
Os aparelhos de eletroestimulação possuem correntes alternadas simétricas, 
senoidais, que oferecem parâmetros na sua confi guração, como a intensidade 
(mA) necessária para conseguir despolarizar a membrana da célula, a duração 
do pulso com o tempo (µs) sufi ciente para geração do potencial de ação e 
um tempo de estímulo (segundos ou minutos) empregado para promover as 
respostas pretendidas (analgesia, fortalecimento e relaxamento) (AGNE, 2011). 
Dentre os aparelhos de eletroestimulação muscular disponíveis para compra 
no mercado, existem duas correntes mais difundidas para uso, a corrente russa 
e a corrente aussie. 
  Corrente ou estimulação russa: formada por trens de impulsos de cor-
rente do tipo retangular ou senoidal, bipolar e simétrica, emitidos na 
frequência de 2.500 Hz modulada na faixa 1 Hz a 120 Hz (AGNE, 2011). 
  Corrente ou estimulação aussie: é uma corrente de média frequência 
(1.000 Hz ou 4.000 Hz), modulada na faixa de 1 Hz a 120 Hz, podendo 
apresentar ondas retangulares, bifásicas ou simétricas (WARD; RO-
BERTSON; IOANNOU, 2009). A corrente permite ajustar sua frequência 
burst em um curto período de tempo, o que a torna mais confortável 
que as demais. Assim, ela é capaz de alcançar tecidos mais profundos 
em menor intervalo de tempo (WARD; CHUEN, 2009). 
5Tratamento para flacidez e rítides
Segundo Borges (2010), a classificação das correntes elétricas pode ser 
no grupo de correntes de baixa e média frequência, e as mais utilizadas são: 
estimulação elétrica funcional (FES), corrente russa, aussie e estimulação 
elétrica neuromuscular (NMES). Modulações são necessárias nessas correntes, 
e essas variações são ordenadas a partir dos ajustes empregados nos equipa-
mentos, tendo como objetivo permitir um ciclo completo para o recrutamento 
muscular. Na seguinte ordem, podem ser citadas quatro:
  Rampa de subida — Rise; 
  Tempo ON — TON;
  Rampa de descida — Decay;
  Tempo OFF — TOFF.
Essas variáveis são medidas em segundos. Na primeira fase do circuito, 
temos a rampa de subida, em que ocorre um aumento gradativo da intensi-
dade da corrente de forma lenta. Nesse processo, ocorre o recrutamento de 
todas as fibras musculares. O tempo mais empregado é o de 2 segundos, mas 
alguns equipamentos apresentam graduação de até 10 segundos (BORGES; 
SCORZA, 2016). 
Ocorre a sustentação na segunda fase do ciclo, em que se dá a contração ou 
tempo ON. Nesse processo, obtém-se o maior recrutamento muscular, e uma 
resistência externa no movimento é aconselhável. O tempo mais utilizado é de 
6 a 10 segundos, mas alguns equipamentos possuem opção de até 30 segundos 
de contração (BORGES; SCORZA, 2016).
O período de repouso do músculo é necessário após o período de sus-
tentação. Para isso, assim como no início do ciclo, quando a intensidade é 
aumentada, é necessária a regressão gradativa da intensidade — rampa de 
descida é o nome dado a esse período e seu valor é o mesmo da rampa de 
subida (BORGES; SCORZA, 2016).
A última fase é denominada de repouso ou tempo OFF e, nesse processo, 
não há liberação de pulsos, então ocorre o momento de descanso. Esse tempo 
deverá ser maior ou igual ao tempo de sustentação (BORGES; SCORZA, 2016).
Tratamento para flacidez e rítides6
Para realizar a eletroestimulação, pode-se aplicar a técnica ponto motor e a técnica 
bipolar (AGNE, 2011). Na técnica ponto motor, o ponto é encontrado no local da 
inervação até a depressão da fibra muscular. A estimulação muscular será muito mais 
efetiva agindo sobre o ponto motor, pois haverá maior recrutamento de suas fibras. 
Para localizar o ponto motor, é necessário:
1. envolver as pontas do eletrodo caneta com algodão umedecido em água;
2. posicionar um dos eletrodos — o passivo — em uma região próxima à localização;
3. utilizando o outro eletrodo — o ativo —, encontrar os pontos motores movendo-os 
até que seja possível a visualização efetiva da contração muscular sem observar 
a sua fasciculação; 
4. encontrada a localização, utilizar um lápis dermográfico para marcação dos pontos;
5. dispor gel condutor nos eletrodos fixos e posicioná-los sobre os pontos já marcados.
Sugere-se a utilização da corrente de forma bipolar, em que um dos eletrodos é 
posicionado na origem muscular e o outro eletrodo no seu ventre muscular.
Microagulhamento 
A técnica foi apresentada por Orentreich na década de 1990, com o nome de 
“subcisão” e com a fi nalidade de induzir a produção de colágeno no tratamento 
de cicatrizes cutâneas e rugas. Por ser uma técnica que envolve lesão tecidual, 
foi denominada TIC (terapia de indução de colágeno, do inglês CIT — Colagen 
Induction Therapy) (NEGRÃO, 2015).
Por volta do ano 2000, o cirurgião plástico sul-africano Dermond Fernands 
desenvolveu um aparelho adequado para a indução de colágeno, composto por 
um cilindro rotativo envolto de microagulhas que permitia abranger diferentes 
regiões, de forma rápida e em distintas profundidades conforme o tamanho 
de suas agulhas. Foi criado, então, o Dermaroller®, marca registrada e mais 
conhecida nos tratamentos de microagulhamento (NEGRÃO, 2015).
O principal objetivo do microagulhamento é a estimulação dos fibroblastos, 
mas outro grande benefício é a introdução e a absorção de ativos de uso tópico, 
que são mais fácil e rapidamente depositados nas camadas mais profundas da pele.
7Tratamento para flacidez e rítides
Microcorrentes 
As microcorrentes (MENS — Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimu-
lation) são modalidades de terapia não invasiva que usam corrente de baixa 
amperagem, em microampéres (µA), com alternância de polaridade positiva 
e negativa a cada três segundos (BORGES, 2010).
A corrente do aparelho é capaz de atingir desde tecidos mais superficiais 
até os mais profundos conforme os ajustes dos parâmetros no equipamento, 
modificando a bioeletricidade no corpo, de forma a se restabelecer. Toda 
corrente elétrica dentro do organismo faz aumentar a eletricidade endógena, 
permitindo que a área corporal com disfunção recupere o que chamamos de 
capacitância (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Essa capacitância estará alterada no 
processo fisiológico do envelhecimento e na presença de alguma lesão, pois a 
passagem da corrente nos tecidos é bloqueada, acarretando impedência elétrica. 
Essa, por consequência, prejudica o transporte de nutrientes e oxigênio aos 
tecidos e, assim, sinaliza que a produção de ATP (liberação de energia) está 
reduzida (SORIANO; PÉREZ; BAQUÉS, 2000).
Cosméticos 
São produtos aplicáveis na pele que podem ter objetivos diversos, dadas as 
suas formulações e seus princípios ativos. Entretanto, existem diferenças 
entre eles que é necessário conhecer para saber orientar seu uso. Há, nesse 
sentido, cosmecêuticos para rejuvenescimento, fotoproteção, redução de rugas, 
tratamento de manchas, assim como os que realizama prevenção das lesões 
do tecido (DRAELUS, 2005). Esses produtos podem estar associados aos 
recursos eletroterápicos e aos métodos de tratamento, assim como são indicados 
para uso domiciliar, com a fi nalidade de manter o tratamento. Para atingir seu 
efeito, devem ser usados com disciplina e da forma que o profi ssional orientar 
(LEONARDI, 2008).
O tipo de pele é sempre avaliado pelo profissional, que também deve se 
atentar às características dos ativos e suas concentrações na fórmula. Outro 
ponto de extrema importância é saber quais ativos podem ser utilizados pela 
sua classe profissional, já que alguns não podem ser aplicados por profissionais 
da estética. Tendo todas essas informações esclarecidas, fica mais fácil buscar 
um produto mais assertivo para cada cliente. 
Tratamento para flacidez e rítides8
Além disso, é recomendada a utilização de um cosmecêutico rejuvenes-
cedor a partir dos 30 anos de idade, quando a perda do colágeno começa 
a aumentar com o passar dos anos (SOUZA, 2013). Esses cosméticos têm 
em sua formulação princípios ativos hidratantes, nutritivos, antioxidante e 
antienvelhecimento. Veja, no Quadro 1, alguns dos ativos que podem ser 
encontrados em cosméticos antienvelhecimento.
Fonte: Adaptado de Souza (2013); Leonardi (2008); Bagatin (2011). 
Concentração Ativo
2,0 a 10,0% Lipossomas vitamina A e E
0,5 a 20,0% Vitamina C
0,5 a 20,0% Ácido hialurônico 
2,0 a 10,0% Retinol
0,5% a 1,0% Filmexel® 
3,0% a 10,0% Argireline®
0,5 a 15,0% Gluconolactona
2,0 a 5,0% Raffermine®
2,0% Reproage™
10,0% Argirelox™
0,5 a 1,0% (em associação)
3% (uso isolado)
EGF (fator de crescimento epidermal)
0,5 a 1,0% (em associação)
3% (uso isolado)
IGF (fator de crescimento insulínico)
0,5 a 1,0% (em associação)
3% (uso isolado)
TGFß3 (fator de crescimento 
transformador)
0,5 a 1,0% (em associação)
3% (uso isolado)
b-FGF (fator de crescimento fibroblástico 
básico)
 Quadro 1. Ativos encontrados em formulações para tratamento do envelhecimento e 
suas concentrações 
9Tratamento para flacidez e rítides
2 Tratamentos faciais para flacidez tissular 
e muscular e rítides: suas indicações 
e contraindicações
Antes de qualquer tratamento ser realizado por um profi ssional de estética, uma 
minuciosa anamnese deve ser feita para se preservar e assegurar a saúde do cliente. 
De acordo com Borges (2010), para o uso da eletroterapia estética, algu-
mas indicações, precauções e contraindicações devem ser identificadas antes 
da realização de qualquer recurso estético. Cada equipamento mediante seu 
funcionamento terá suas indicações específicas, e é um dever do profissional 
não somente saber indicar um procedimento, mas também conhecer o que 
impede um paciente de realizar tal protocolo e quais cuidados que deve tomar. 
A seguir, confira as indicações dos tratamentos faciais para flacidez tissular e 
muscular e rítides.
  Indicação para estimulação muscular (AGNE, 2011; BORGES, 2010): 
fortalecimento do músculo esquelético, melhorando de maneira signi-
ficativa tanto o controle motor quanto a morfologia das células mus-
culares por meio do aumento da área de secção transversa das fibras 
do músculo esquelético.
  Indicação para radiofrequência (AGNE, 2011; BORGES, 2010):
 ■ flacidez tissular;
 ■ celulite;
 ■ lipodistrofia localizada (gordura localizada);
 ■ lipodistrofia ginoide (celulite).
  Indicação para microcorrentes (AGNE, 2011; BORGES, 2010):
 ■ cicatrização tecidual;
 ■ tratamento de rítidez (rugas);
 ■ elasticidade da pele;
 ■ acne;
 ■ involução cutânea — aumento do número de fibroblastos e reali-
nhamento das fibras colágenas;
 ■ pós-operatório de cirurgia plástica;
 ■ estrias.
  Indicação para microagulhamento (AGNE, 2011; BORGES, 2010):
 ■ cicatrização tecidual;
 ■ flacidez tissular;
 ■ tratamento de rítidez (rugas);
Tratamento para flacidez e rítides10
 ■ cálvicie;
 ■ involução cutânea — aumento do número de fibroblastos e reali-
nhamento das fibras colágenas;
 ■ estrias.
  Indicação para cosméticos antienvelhecimento (AGNE, 2011; BORGES, 
2010):
 ■ cicatrização tecidual;
 ■ flacidez tissular;
 ■ tratamento de rítidez (rugas);
 ■ elasticidade da pele;
 ■ acne;
 ■ estrias;
 ■ pós-laser;
 ■ lipodistrofias corporais;
 ■ pós microagulhamento;
 ■ hipercromias. 
Além das indicações, é de fundamental importância o entendimento das 
contraindicações de tratamentos. Por isso, confira a seguir uma série de itens 
que contraindicam os tratamentos de eletroterapia estética e as precauções 
que devem ser tomadas no contexto da aplicação de equipamentos em estética 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004; DRAELUS, 2005; BORGES, 2010). 
  Contraindicações para eletroterapia: 
 ■ pacientes com marca-passo cardíaco ou equipamentos elétricos 
implantados; 
 ■ regiões de implantes metálicos; 
 ■ região de seios carotídeos e glote; 
 ■ presença de tromboses e doenças vasculares periféricas; 
 ■ presença de câncer e metástases; 
 ■ presença de qualquer processo infeccioso; 
 ■ pacientes com falta de sensibilidade ou sensibilidade aumentada; 
 ■ pacientes com alteração de pressão arterial; 
 ■ presença de lesões de pele abertas; 
 ■ gravidez e amamentação;
 ■ uso de toxina botulínica;
 ■ diabetes e outros distúrbios endócrinos descompensados;
 ■ psoríase;
 ■ alergia à corrente e ao campo elétrico.
11Tratamento para flacidez e rítides
  Precauções: 
 ■ o profissional deve conhecer e saber todos os parâmetros do equipa-
mento com o qual vai trabalhar a fim de não ter um efeito indesejado 
ou até mesmo de não se atingir os objetivos de tratamento;
 ■ equipamentos devem estar em excelente estado de conservação e 
manutenção atualizadas; 
 ■ nunca ligar o equipamento sem a certeza de que a intensidade está zerada; 
 ■ manter eletrodos e fios em perfeito estado; 
 ■ limpar corretamente o equipamento e acessórios por higiene e risco 
de infecção; 
 ■ nunca remover eletrodos com a corrente em funcionamento; 
 ■ acoplar corretamente os eletrodos; 
 ■ nunca deixar o paciente sozinho durante os procedimentos; 
 ■ sempre explicar o protocolo ao paciente para que ele saiba o que vai sentir; 
 ■ não economizar em gel, óleos ou cremes; 
 ■ escolher bons produtos. 
  Contraindicações para microagulhamento (NEGRÃO, 2015):
 ■ lesões ou feridas expostas;
 ■ pele bronzeada e/ou queimada devido a exposição solar;
 ■ pústulas e nódulos actíneos;
 ■ herpes ativa;
 ■ histórico de má cicatrização e quelóides;
 ■ paciente fazendo uso de Roacutan, anti-inf lamatórios e 
anticoagulantes;
 ■ gestantes e lactantes;
 ■ neoplásicos (em qualquer fase);
 ■ rosácea ativa;
 ■ alergia aos ativos usados em associação.
  Contraindicações para cosméticos (SOUZA, 2013): 
 ■ alergia a ativos da formulação — por isso é necessário ter produto 
antialérgico local e produto calmante.
 ■ pele bronzeada e/ou queimada devido a exposição solar;
 ■ herpes ativa;
 ■ paciente fazendo uso de Roacutan, anti-inf lamatórios e 
anticoagulantes;
 ■ gestantes e lactantes;
 ■ neoplásicos (em qualquer fase);
 ■ observar também a associação de tratamentos concomitantes para 
avaliar se há ou não a indicação. 
Tratamento para flacidez e rítides12
3 Mecanismos de ação nos tratamentos faciais 
para flacidez tissular e muscular e rítides
Todo tratamento estético tem um objetivo específi co e mecanismos de ação 
que desempenhará dentro do organismo do indivíduo que o recebe. A seguir, 
você acompanha os mecanismos de ação dos tratamentos com equipamentos 
e cosméticos para fl acidez tissular e muscular e rítides.
Radiofrequência (RF)
Seu mecanismo de ação transforma a energia eletromagnética em energia 
térmica com a vibração das moléculas de água. A radiofrequência atua sobre 
os tecidos de várias formas, causando efeitos térmicos ou atérmicos. Com 
relação aos efeitos térmicos, causados pelo aumento da temperatura tecidual 
local, podemos citar como principais atividade do sistema nervoso autônomo 
a contração do colágeno, o estímulo à síntese de fi bras colágenas e a síntese 
de mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanase fi bras elásticas, levando ao 
espessamento dérmico e melhorando a fi rmeza e a elasticidade da pele (PONTE; 
OLIVEIRA, 2017). Já com relação aos efeitos atérmicos, há mudanças pela 
interação com receptores ou canais de membrana celular. A radiofrequência 
também acelera a absorção de equimoses e hematomas e promove auxílio no 
rompimento de fi broses (SILVA et al., 2014).
Com o uso do equipamento de radiofrequência em temperaturas controladas, 
ocorre o estímulo de uma proteína de choque térmico, conhecida como HSP 
(Heat Shock Protein), que protege o colágeno do tipo I durante a sua síntese 
(AGNE, 2011). A HSP-47 é uma glicoproteína de 47 Kda, conhecida por ser 
sintetizada a temperaturas em torno de 42°C e sendo a única molécula com 
capacidade de se ligar ao colágeno devido ao estresse. Vale lembrar que a 
expressão de HSP47 está relacionada com a idade, de modo que, com o passar 
do tempo, ela tende a diminuir. A radiofrequência também promove a indução 
de citocinas pró-inflamatórias e interleucina-1 β (IL-1β). Os efeitos térmicos 
ativam os fibroblastos, levando à neocalagenização, corroborada por alterações 
em seu diâmetro, espessura e periodicidade (AGNE, 2011). 
Na flacidez, a principal função que desempenha é provocar a contração 
das moléculas de colágeno e elevar a produção de neocolágeno. A temperatura 
local deve estar em torno de 38°C a 40°C para que esse efeito ocorra no tecido 
(BORGES, 2016). 
13Tratamento para flacidez e rítides
Eletroestimulação muscular
Segundo Borges (2010), as fi bras musculares se classifi cam em:
  musculaturas de contração lenta tônica tipo I — se caracterizam por 
um nível baixo de miosina ATPase, por velocidade de contração menor 
e por uma baixa capacidade glicolítica desenvolvida;
  fibras de contração rápida do tipo II — são subdivididas em IIa e 
IIb. A fibra IIa, oxidativa e glicolítica, de cor vermelha, contração 
rápida ou intermediária, possui velocidade de contração rápida por 
estar combinada a uma capacidade moderada bem desenvolvida para 
transferência de energia tanto aeróbica quanto anaeróbica; a fibra 
tipo IIb possui maior potencial anaeróbico e constitui a fibra rápida 
e glicolítica. A frequência empregada deve ser em torno de 10 Hz 
quando se almeja estimular fibras do tipo I e acima de 30 Hz para 
fibras do tipo II (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Para Agne (2011), a eletroestimulação muscular é uma inovação tecno-
lógica na área da estética com capacidade de estimular as fibras musculares 
para uma contração muscular. A eletroestimulação muscular é um meca-
nismo que simula a passagem do pulso elétrico nervoso, levando o músculo 
a contração sem a necessidade de um pulso originado pelo próprio sistema 
nervoso. Dessa forma, ocorre uma maior formação de unidades motoras 
(unidade funcional básica do músculo), resultando em um maior recrutamento 
de fibras musculares — o aumento na oferta de oxigênio no tecido faz com 
que ocorra uma mudança positiva na sua aparência (SORIANO; PÉREZ; 
BAQUÉS, 2002). 
A frequência sugerida para a realização das sessões de corrente russa 
é de duas ou três vezes na semana, para que sejam observados resultados, 
e o número de sessões é variável de acordo com a intensidade da disfun-
ção estética e o estilo de vida do cliente. É válido lembrar de que hábitos 
saudáveis, como dieta equilibrada associada à prática de exercícios físicos, 
sempre potencializará os resultados esperados dos tratamentos estéticos 
corporais (BORGES, 2010).
Tratamento para flacidez e rítides14
Para que possamos realizar nossas atividades e movimentos diários, são fundamentais 
os músculos, que são compostos de milhares de fibras musculares agrupadas de acordo 
com características anatômicas e funcionais. As fibras musculares são divididas entre 
fásicas/brancas (fibras de velocidade) e tônicas/vermelhas (sustentação). As contrações 
rápidas e vigorosas são realizadas pelo músculo estriado esquelético e acontecem de 
forma voluntária (SANTOS, 2011).
Microagulhamento
A injúria provocada pelo procedimento desencadeia perda da integridade do tecido, 
dando início a uma nova produção de fi bras colágenas com o fi m de reparar as 
fi bras danifi cadas. Ocorre, também, dissociação dos queratinócitos e liberação 
de citocinas ativadas pelo sistema imune, gerando uma vasodilatação no local; os 
queratinócitos, então, migram para a região e reestabelecem o tecido lesionado. 
Além da resposta fi siológica, as micropunturas facilitam a permeação de ativos no 
tecido (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; KLAYN; LIMANA; MOARES, 2013).
O comprimento da agulha está ligado proporcionalmente à resposta in-
flamatória que será gerada no local — quanto maior o comprimento, maior 
será a agressão e consequentemente a resposta gerada. Existem diferentes 
comprimentos, que vão de 0,2 mm até 3,0 mm (BORGES, 2016). 
Como a pele sofre perfurações superficialmente, são criados múltiplos micro-
canais que favorecem a permeação dos ativos cosméticos, possibilitando o drug 
delivery (entrega do princípio ativo na camada em que será realizada sua ação no 
tratamento das alterações estéticas). Dentre esses ativos de potencialização, temos 
a aplicação dos fatores de crescimento, vitamina C, ácido hialurônico, entre outros. 
As microlesões formadas na pele induzirão no tecido o processo de reparo 
tecidual, que é constituído de três fases. A primeira fase é a inflamatória e tem 
origem logo após a lesão, desencadeando um aumento da produção celular prin-
cipalmente de fibroblastos, aumentando a síntese de colágeno, elastina e de ou-
tras substâncias presentes no tecido conjuntivo, restabelecendo a integridade da 
pele e promovendo um estímulo na produção de colágeno. Além disso, ocorre a 
liberação de fatores quimiotáticos pelas plaquetas que promovem a invasão de 
outras plaquetas, neutrófilos e fibroblastos (LIMA; SOUZA; GRIGNOLI, 2015).
15Tratamento para flacidez e rítides
A segunda fase é a proliferativa, em que os neutrófilos são substituídos por 
monócitos, sofrendo alteração celular para macrófagos e liberando fatores de 
crescimento, incluindo o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), 
fator de crescimento fibroblástico (FGF) e fator de crescimento transformador 
(TGF-b e TGF-a), os quais incitam a migração e a proliferação de fibroblas-
tos. Nesse processo, ainda, os queratinócitos começam a se proliferar e a 
liberar fatores de crescimento para promover a reposição do colágeno pelos 
fibroblastos. Nessa fase, ocorre, também, o processo de neovascularização, 
em que novos vasos sanguíneos são formados e o colágeno tipo III é a forma 
dominante na fase inicial da cicatrização (BORGES, 2016).
A terceira e última fase do processo é denominada remodelamento tecidual 
e se dá quando o colágeno tipo III é depositado na derme, sendo gradualmente 
substituído pelo colágeno tipo I (LIMA; SOUZA; GRIGNOLI, 2015).
Microcorrentes
A principal ação da microcorrente é proporcionar aumento na produção de 
ATP. Devido a isso, de forma indireta, oportuniza o aumento no transporte de 
aminoácidos de maneira interna, elevando a síntese de proteínas. O ATP pode 
aumentar em até 500% com correntes entre 100 µA e 500 µA — o aumento da 
produção de ATP busca fornecer a energia necessária aos tecidos para aumen-
tar a síntese de proteínas e o transporte de íons. Em resumo, esses processos 
são a base do desenvolvimento saudável dos tecidos (RUSENHACK, 2004). 
Portanto, a microcorrente é considerada uma corrente fisiológica e ho-
meostática, usada para analgesia e reparo de ossos e tecidos. Nas disfunções 
estéticas, estimula a penetração de proteínas no sistema linfático, ativando 
o metabolismo, melhorando o tônus tecidual e muscular, desempenhando 
o reparo tecidual e até proporcionado melhorias na circulação sanguínea e 
linfática (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Os cosméticos possuem cada um seu próprio mecanismo de ação com 
base nos ativos que compõem sua fórmula. No Quadro 2, a seguir, você pode 
verificar cada ativo e sua respectiva ação no organismoa fim de amenizar e 
tratar os sinais do envelhecimento.
Tratamento para flacidez e rítides16
Ativo Mecanismo de ação
Liposso-
mas Vita-
mina A e E
A vitamina A tem ação reguladora da produção de queratina, ou seja, na 
renovação celular, e estimulante para a formação de fibras de sustentação 
(colágeno). Essas ações tornam a pele mais macia e suave. Por outro lado, a 
vitamina E tem ação antioxidante e retarda a peroxidação lipídica, pro-
tegendo as lipoproteínas das membranas celulares. A associação dessas 
duas vitaminas leva a uma ação no antienvelhecimento (LEONARDI, 2008).
Vitamina C Combate os radiais livres, netralizando-os. Além do efeito antioxidante, a 
vitamina C estimula a produção de colágeno e promove efeito clareador.
Ácido 
hialurônico
Substância encontrada na pele e que possui atividade biológica como 
principal glicosaminoglicana da derme. Proporciona viscosidade e elastici-
dade na derme, além de auxiliar no controle da hidratação da derme e do 
tônus da pele (LEONARDI, 2008).
Retinol Tem a capacidade de ativar a mitose e o metabolismo na pele envelhe-
cida, além de estimular a produção de matriz extracelular pelos fibro-
blastos, resultando no aumento da produção de glicosaminoglicanas e 
colágeno (BAGATIN, 2011).
Filmexel®
Forma uma rede fina, coesa, flexível e não oclusiva, com efeito de segunda 
pele, que preenche o microrelevo cutâneo e proporciona benefícios de 
melhora da radiância e aparência (BAGATIN, 2011).
Argireline® É um hexapeptídeo de aplicação tópica que possui o mesmo mecanismo 
de ação da toxina botulínica, oferecendo segurança e conforto na aplica-
ção, mantendo a naturalidade da expressão da face e restaurando o tônus 
cutâneo (BLANES-MIRA, 2002).
Glucono-
lactona
Penetra lenta e suavemente na pele, normaliza a renovação celular e reduz 
as linhas finas e rugas de expressão sem irritar ou queimar o usuário. Além 
disso, recondiciona a barreira natural do tecido epitelial e devolve a sua ca-
pacidade natural de autoproteção contra agentes irritantes (SOUZA, 2013).
Raffermine® Reestrutura a derme e confere efeito firmador imediato e prolongado. O 
efeito firmador de longa duração ocorre por ação indireta, uma vez que 
é metabolizado como nutriente pelas células, mantendo a contração das 
fibras de colágeno por vários dias após sua aplicação. Além disso, otimiza 
a elasticidade cutânea pela ação inibitória sobre elastases e reestrutura a 
derme, organizando as fibras colágenas (LEONARDI, 2008).
 Quadro 2. Ativos encontrados em formulações para tratamento do envelhecimento e 
seu mecanismo de ação 
(Continua)
17Tratamento para flacidez e rítides
Ativo Mecanismo de ação
Reproage™ Age através da epigenética, tornando o funcionamento metabólico de 
células envelhecidas semelhante ao de células mais jovens. Isso se dá por 
meio da promoção da renovação celular pelo estímulo das células basais. 
Consequentemente, os sinais de envelhecimento são reduzidos, obser-
vando-se uma pele mais macia, radiante, uniforme e luminosa (SOUZA, 
2013).
Argirelox™ Atua por dois mecanismos de ação complementares e sinérgicos; o 
primeiro modula a liberação de acetilcolina (Ach) na fenda sináptica, uma 
vez que compete em posição com SNAP25 no complexo SNARE, desesta-
bilizando sua formação; e o segundo bloqueia a entrada dos íons de cálcio 
nos neurônios, necessários no transporte das vesículas com a membrana, 
reduzindo as contrações musculares. Assim, esses mecanismos de ação 
se complementam e auxiliam na potencialização e manutenção do efeito 
antirrugas (SOUZA, 2013).
EGF (fator 
de cres-
cimento 
epidermal)
Induz o turnover celular, acelerando o processo de renovação da epiderme, 
reduz e previne linhas e rugas, restaurando a uniformidade no tom da 
pele, promovendo vitalidade e energia, e recupera a aparência jovem do 
tecido (BAGATIN, 2011).
IGF (fator 
de cres-
cimento 
insulínico)
Ativa a geração de novas células cutâneas, reduzindo e prevenindo linhas 
e rugas, aumenta os níveis de colágeno e elastina e reduz manchas aver-
melhadas (BAGATIN, 2011).
TGFß3
(fator de 
cresci-
mento 
transfor-
mador)
Atua em sinergismo com o fator de crescimento fibrobástico básico no 
estímulo da produção de matriz extra celular de qualidade e previne
fibrose (BAGATIN, 2011).
b-FGF 
(fator de 
cresci-
mento fi-
broblástico 
básico)
Estimula os fibroblastos, atuando na prevenção e na redução de linhas e 
rugas, contribui no rejuvenescimento da pele, repara cicatrizes e melhora 
a elasticidade cutânea devido à indução da síntese de colágeno e elastina 
(BAGATIN, 2011).
 Quadro 2. Ativos encontrados em formulações para tratamento do envelhecimento e 
seu mecanismo de ação 
(Continuação)
Tratamento para flacidez e rítides18
AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2004.
AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2011.
BAGATIN, E. Mecanismos do envelhecimento cutâneo e o papel dos cosmecêuticos. 
Revista Brasileira de Medicina, v. 66, abr. 2011.
BELENKY, I. et al. Exploring Channeling Optimized Radiofrequency Energy: a Review of 
Radiofrequency History and Applications in Esthetic Fields. Advances in Therapy, v. 29, 
n. 3, 2012. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22382873. Acesso 
em: 10 maio 2020.
BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: 
Phorte, 2016. 
DRAELUS, Z.D. Cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. Fisioterapia: dermato funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Manole, 2004.
KEDE, M.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
KLAYN, A. P.; LIMANA, M. D.; MOARES, L. R. S. Microagulhamento como agente poten-
cializador da permeação de princípios ativos corporais do tratamento de lipodistrofia 
localizada: estudo de caso. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTIFICA 
CESUMAR, 8., 2013. Anais [...]. Disponível em: http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/
epcc2013/oit_mostra/aline_prando_klayn.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Santa Isabel, 2008.
LIMA, A. A.; SOUZA, T. H.; GRIGNOLI, L. C. E. Os benefícios do microagulhamento no 
tratamento das disfunções estéticas. Revista Científica da FHO|UNIARARAS, v. 3, n. 1, 2015. 
LIMA, E. V. A.; LIMA, M. A.; TAKANO, D. Microagulhamento: estudo experimental e classifi-
cação da injúria provocada. Surgical and Cosmetic Dermatology, v. 5, n. 2, 2013. Disponível 
em: http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/261/Microagulhamento--
-estudo-experimental-e-classificacao-da-injuria-provocada. Acesso em: 10 maio 2020.
NEGRÃO, M. M. C. Microagulhamento: bases fisiológicas e práticas. São Paulo: CR8, 2015.
PEREIRA, S. Dermatoses no idoso. In: ROTTA, O. Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica 
e cosmiátrica. São Paulo: Manole, 2008.
PONTE, F. A.; OLIVEIRA, S. P. A utilização da radiorequência no rejuvenescimento cutâneo: es-
tudo de caso. Monografia (Graduação) - Universidade Tuiutu do Paraná, Curitiba, 2017. Dis-
ponível em: https://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/03/A-UTILIZA%C3%87%C3%83O-
-DA-RADIOREQUENCIA.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
19Tratamento para flacidez e rítides
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
RUSENHACK, C. Terapia por microgalvânica em dermato-funcional. Revista Fisio & 
Terapia, v. 8, n. 44, abr./maio 2004.
SANTOS, J. L. M. Novas abordagens terapêuticas no combate ao envelhecimento cutâneo. 
Tese (Doutorado) - Universidade Fernando Pessoa, Cidade do Porto, 2011. Disponível 
em: https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/2893.Acesso em: 10 maio 2020.
SILVA, A. R. et al. Radiofrequência no tratamento de rugas faciais. Revista da Universi-
dade Ibirapuera, v. 7, 2014. Disponível em: http://seer.unib.br/index.php/rev/article/
download/14/45. Acesso em: 10 maio 2020.
SORIANO, M. C. D.; PEREZ, S. C.; BAQUES, M. I. C. Electroestética professional aplicada: 
teoria, y práctica para la utilización de corrientes en estética. Madrid: Sorisa, 2000.
SOUZA, V. M. Ativos dermatológicos: dermocosméticos e nutracêuticos. São Paulo: 
Pharmabooks, 2013. v. 1-8.
TONEDERM. Manual de instruções. [S. l.: s. n., 201-?]. Disponível em: http://www.tone-
derm.com.br/images/EquipamentosDownloads/MANUAL%20PORT%20SPECTRA%20
G3A%20R07.pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
WARD, A. R.; CHUEN, W. L. H. Lowering of sensory, motor, and pain-tolerance thresholds 
with burst duration using kilohertz-frequency alternating current electric stimulation: 
part II. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 90, n. 9, 2009. Disponível em: 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19735792. Acesso em: 10 maio 2020.
WARD, A. R.; LUCAS-TOUMBOUROU, S.; MCCARTHY, B. A comparison of the analgesic 
efficacy of medium-frequency alternating current and TENS. Physiotherapy, v. 95, n. 4, 
2009. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19892092. Acesso em: 
10 maio 2020.
Tratamento para flacidez e rítides20

Continue navegando