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CASO AVALANCHE
Polux é um proeminente empresário e sócio-proprietário da empresa Avalanche, que produz aparelhos eletrônicos e alto-falantes e cuja matriz está situada em Fortaleza. Recentemente, surgiram alguns problemas que estão obrigando Polux a repensar algumas políticas e práticas adotadas pela empresa.
Os fatos que desencadearam esses problemas foram:
1.A empresa tem uma filial no sul do Brasil, e, durante uma fiscalização, foi constatada a irregularidade do alvará de funcionamento, que apresenta erro na data de expedição. Em função disso, a empresa foi autuada e está sendo cobrada com base no CDC.
2.Um consumidor insatisfeito informou nas suas redes sociais que a caixa de som comprada na empresa Avalanche é ruim porque não atendeu às suas expectativas. Na publicação, o consumidor teceu comentários depreciativos sobre o produto e sobre a fabricante, dizendo ainda que tomará a devida medida judicial contra a empresa.
3.Outra consumidora, ao manusear um dos produtos da Avalanche, levou um choque, sofrendo queimaduras e danos materiais – o problema elétrico chegou a danificar alguns aparelhos da sua residência. A consumidora levou a queixa ao atendimento ao cliente da empresa, e o empresário reconheceu que o produto era defeituoso. Contudo, ele declarou que, diante do tempo transcorrido entre a compra e o acidente, 138 dias, não havia mais responsabilidade por parte da empresa.
4.A empresa lançou uma promoção para um dos seus produtos: a mini caixa de som para mobiles. A promoção consistia na seguinte oferta: o cliente que efetuasse a compra pelo site da Avalanche poderia adquirir o produto por apenas R$ 50,00, desde que comprasse também um aparelho de som da mesma marca.
5.Polux inseriu recentemente uma cláusula no contrato de venda de um dos seus produtos, no sentido de afastar qualquer necessidade de indenização da empresa em razão de eventual inadequação desse produto. A ideia do empresário é ressaltar que, diante do preço notoriamente mais baixo do produto em comparação com os da concorrência, a empresa não pode ser responsabilizada por quaisquer problemas havidos de seu uso, projeto, produção e montagem.
Considerando os eventos reportados no caso acima, desenvolva uma análise que identifique os problemas enfrentados pela empresa Avalanche, indicando as suas causas e também as medidas a serem adotadas por Polux a fim de alterar as políticas e práticas da empresa e evitar problemas semelhantes.
No seu trabalho, você deve:
· escolher e analisar três aspectos legais implicados nas relações de consumo descritas na situação-problema e
· apresentar um caso, a partir da sua própria experiência (pessoal ou profissional), que
se relacione com, pelo menos, um dos aspectos analisados por você no item anterior.
Descreva o caso e relacione-o aos eventos ocorridos com a Avalanche, apontando
diferenças e semelhanças e fundamentando a sua resposta.
CASO AVALANCHE
Podemos extrair do caso acima, alguns aspectos legais nas relações de consumo, o Código de Defesa do Consumidor foi elaborado para que os consumidores, que são hipossuficientes aos olhos da lei, pudessem se pautar no código para defender seus direitos considerando a necessidade de uma sociedade de consumo, visando assim garantir o equilíbrio nas relações consumeristas.
A relação de consumo é formada pelo consumidor, fornecedor e produto ou serviço e essa relação é protegida pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo PROCON (Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor).
O CDC é regido por princípios, como o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, a ação governamental para protegê-lo, garantia de produtos e serviços adequados, coibição e repressão de abusos no mercado de consumo, entre outros aspectos. 
No que tange os direitos e deveres temos os institutos que tem por finalidade trazer mais igualdade entre os integrantes dessa relação, como na defesa em juízo que pode ser com a inversão do ônus da prova pela já reconhecida vulnerabilidade do consumidor em face do fornecedor.
A responsabilidade civil dos fabricantes e fornecedores é objetiva, porque oferece maiores garantias de proteção às vítimas, os custos de ressarcimento devem recair sobre o fabricante e o fornecedor, a quem cabe controlar a qualidade e a segurança dos produtos e o fornecedor tem melhores condições de suportar o risco do produto.
Ademais, o Código defende os consumidores das práticas abusivas que podem sofrer, as práticas abusivas são aquelas ações feitas por empresas que violam os direitos e colocam os clientes em situação de desvantagem. Fica caracterizado o abuso em práticas que podem induzir o consumidor ao erro ou engano, quando ele adquire produtos e serviços por pressão ou trapaça, o artigo 39 do CDC apresenta essa abusividade e como se daria tais práticas, como a venda casada, entregando um produto ou serviço sem solicitação prévia do consumidor, se aproveitando da falta de informação dos direitos de quem adquire um produto e se vê obrigado a levar um produto que não queria ou precisava, a prática relatada no caso Avalanche é um tipo de venda casada, por condicionar o fornecimento e um serviço ou produto a outro que deveria ser vendido separado, fazendo o consumidor a pagar pelos dois, por falta de informação ou pela sua necessidade de um dos produtos.
O código de Defesa do consumidor considera a prática como abusiva e proíbe expressamente a sua ocorrência. O artigo 36º, §3º, XVIII, da Lei n.º 12.529/2011, considera a referida conduta como infração à ordem econômica e prevê multas para os casos de sua ocorrência.
O artigo 39 do CDC dispõe que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos, sendo assim Polux deve parar com a sua campanha, a venda casada é considerada crime contra as relações de consumo.
Por outro lado, o artigo 51, do CDC trata das relações contratuais determinando que são nulas as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que permitam ao fornecedor alterar o preço, cláusulas ou cancelamento do contrato sem anuência do consumidor; as que tirem do consumidor algum direito que já possui; excluam ou diminuam a responsabilidade dos fornecedores; que os fornecedores transfiram a terceiros responsabilidade que lhe são atribuídas; onde a desvantagem do consumidor seja muito grande e a inversão do ônus da prova onde o consumidor passará a ter que comprovar as suas alegações, sendo tal rol exemplificativo.
Além da nulidade absoluta, é possível reconhecer que, presente o dano, as cláusulas abusivas podem gerar o dever de reparar, ou seja, a responsabilidade civil do fornecedor ou prestador, tal nulidade se diz apenas a uma parte do contrato, a parte que contém a abusividade, excluindo a responsabilidade do fornecedor, colocando o consumidor em extrema desvantagem e ainda sucumbindo o seu direito de receber indenização.
Na análise do caso em tela, a abusividade está nos contratos da empresa onde a cláusula que afasta a necessidade de indenização da empresa quando houver a inadequação do produto, a inadequação, pode ocorrer na qualidade do produto, quando afetem sua prestabilidade e utilização, ou na sua quantidade, assim a empresa ao adicionar tal cláusula, está suprimindo um direito do consumidor, o que é vedado em lei pelo artigo 51, do CDC.
2. Experiência Pessoal 
Cláusula Abusiva – Cartão de Crédito – Cláusula abusiva em contrato de adesão do cartão de crédito, onde houve cobrança de taxa de emissão do boleto bancário para a emissão mensal da fatura.
Trata-se de prática abusiva, pois, mesmo se o boleto fosse pago em conta-corrente ou outros meios, ainda seria cobrado a taxa da sua emissão, já que o artigo 39 do CDC, possui um rol exemplificativo das práticas abusivas, sendo esse caso claramente um exemplo onde o equilíbrio entre as partes não está sendo respeitada, colocando assim o consumidor em desvantagem.
O inciso IV, o CDC regulaa vedação de cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou equidade, ou seja, diminuindo a capacidade do cumprimento do contrato por parte dos consumidores. Entende-se pelas desvantagens exageradas, quanto à ofensa dos princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence, quanto a restrição dos direitos ou obrigações fundamentais inerentes a natureza do contrato. Dessa forma, verificamos que o inciso IV tem por objetivo, fazer cumprir os princípios da equidade e boa-fé, e consequentemente estabelecer um equilíbrio contratual.
No caso Avalanche, a abusividade está na cláusula que dispõe que mesmo se o produto for inadequado, a empresa seria isenta de pagar indenização ao cliente, também claramente uma situação onde o fornecedor coloca o consumidor em desvantagem e ainda excluindo a responsabilidade do fornecedor e excluindo um direito do consumidor.
Observa-se que, nos dois casos o consumidor foi posto em desvantagem em relação ao fornecedor, no caso Avalanche, ainda houve mais duas práticas abusivas além dessa onde o direito do consumidor foi excluído, assim como a responsabilidade do fornecedor.
Assim sendo, o CDC visa a proteção do consumidor contra as cláusulas abusivas sempre que ocorrer desequilíbrio contratual, com a supremacia do fornecedor sobre o consumidor, analisando cada caso de acordo com as partes e peculiaridades do contrato.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 18.ed. São Paulo: Saraiva. Artigo 5º, inciso XXXII, artigo 170, inciso V, 1998. 
BRASIL. Lei n.8.078, de 11 de Setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União, 12 set.1990, suplemento. 
CÓDIGO CIVIL. 49.ed. São Paulo: Saraiva, 1998. 1.304p. 
GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 6.ed. Rio de Janeiro: Revista dos Tribunais, 2011.
CALADO, Vinícius de Negreiros. Abusividade dos juros remuneratórios. Disponível em: <http://www.universojuridico.com.br/publicacoes/doutrinas/5198/Abusividade_dos_Juros_Remuneratorios> Acesso em: 02 jun. 2022.
DINIZ, Welson. Aspectos Legais nas Relações de Consumo <https://www.trabalhosgratuitos.com/Humanas/Direito/Aspectos-Legais-Nas-Rela%C3%A7%C3%B5es-de-Consumo-1693126.html>

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