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Aula 01
Teoria do Campo cristalino
Fundamento básico das ligações químicas responsável pela formação dos compostos de coordenação. As ligações dos compostos de coordenação podem ser explicadas pela teoria da camada de valência (TLV) e teoria do campo cristalino (TCC)Contribuem para esclarecer determinados aspectos.
Teoria do Campo cristalino: O modelo Eletrostático
· Na TCC, o ligante é considerado um dipolo pontual negativo.
· Essa teoria considera que interação metal - ligante é puramente eletrostática, ou seja, despreza a contribuição covalente da ligação.
· Ocorre a repulsão dos pares de elétrons dos ligantes e os elétrons do metal 
· A TCC justifica geometria, cores e o magnetismo
· Para se compreender os efeitos do campo cristalino nessa teoria é necessário analisar as relações geométricas entre os ligantes e principalmente os orbitais D dos átomos dos complexos estudados
· dxy, dxz, dyz, dx² e dx² - y²
· Os compostos formados nessas combinações, os ligantes formam os campos cristalinos que são fatores determinantes das diferenciações de energia dos orbitais d. Nesse sistema, os mecanismos imaginados para explicar as interações entre os ligantes e os orbitais d, constituem as bases da TCC. Em átomos ou íons isolados, os 5 orbitais d são degenerados, isto, é apresentam a mesma energia, porém quando estes átomos ou ínos coordenam com seus ligantes, as energias dos orbitais g se tornam diferentes, então nós temos a presença dos orbitais dxy, dxz e dyz estão dirigidos nas bissetrizes dos eixos coordenados e os orbitais dz² e dx²-y² localizam-se na direção dos eixos.
· Em teoria, como pressuposto básico, temos que a interação metal ligante é exclusivamente de natureza eletrostática então nelas espécies ligantes são entendidas como cargas pontuais negativas, sejam elas procedentes de íons, de moléculas ou de radicais que interagem com elétrons d do elemento central. Essas cargas atuam de forma pontual sobre os elétrons dos orbitais D, promovendo o desdobramento destes novos grupos de orbitais cujas energias são diferentes.
Se todos os ligantes formassem um campo esférico em torno do átomo central, se fosse assim, todos os orbitais aumentariam igualmente a sua energia, porém como os ligantes ocupam posições em torno do átomo central, o campo produzido afeta mais intensamente alguns campos que os outros. Então na presença de um campo esférico isso não acontecerá.
Quebra da degenerescência dos orbitais d
Para compreender os efeitos do campo cristalino é necessário analisar as relações geométricas entre os ligantes e principalmente os orbitais D do átomo central dos compostos estudados. 
Em átomos ou íons isolados os cinco orbitais são degenerados, isto é, apresentam a mesma energia, porém quando esses átomos ou íons se coordenam com os ligantes, a energia dos orbitais D se tornam diferentes, então passamos a ter a formação de dois grupos degenerados porque a degenerescência foi removida parcialmente, o grupo de orbitais eg compostos pelos orbitais dz² e dx²-y² e o grupo triplamente degenerado t²g composto pelos orbitais dyz, dxy e dzx.
No campo octaédrico os seis ligantes aproximam-se ao longo dos eixos cartesianos. O que gera quebra de degenerescência formando esses dois grupos. 
Para explicar como os efeitos do campo cristalino afetam os orbitais D do átomo central, tomaremos como exemplo uma espécie química do tipo Ml6 que consiste num sistema de mais fácil visualizaçao. 
Grupos degenerados Eg e T2g
· Consideraremos que os elementos coordenam-se ao longo do eixo central catesianos nas posições x, y e z formando um composto de geometria octaédrica. Então vamos colocar essa geometria em um sistema de cubo para observar a direção dos cinco orbitais D. A interação não será igual nos cinco orbitais D pois os orbitais que se encontram sobre os eixos cartesianos possuem maior interação que são o dx² e o dz². 
· A interação metal- ligantes será maior para esses orbitais denominados orbitais eg, (orbitais dz² e dx²-y²) que são duplamente degenerados. 
· Os que tem a maior densidade entre os eixos que seriam os orbitais 
· A interação metal-ligantes será menor para os orbitais denominados orbitais t²g, (orbitais dyz, dxy e dzx) que são triplamente degenerados. 
· O símbolo g vem da palavra em alemão gerade que significa par e representa que ao inverter o eixo de simetria, o sinal da função de onda não de altera. 
· Vale ressaltar que a diminuição do nível de energia dos orbitais D do campo esférico até o novo nível de energia dos orbitais t²g é igual ao aumento dessa energia de D, então temos que essa interação metal ligante será maior para os eg e menor para t²g.
Definição de 10Dq
· De uma maneira quantitativa, t2²g tem energia 4Dq menor que a energia que teria se o campo fosse esférico. De forma semelhante, cada elétron em um orbita eg tem energia 6 Dq maior do que teria em campo esférico.
· A diferença de energia entre eg e t²g qualquer que seja o seu valor em KJ mol -1, é definida como 10Dq e denomina-se desdobramento do campo cristalino.
· O valor numérico da energia que corresponde a 10Dq é uma medida de força do campo cristalino. Esse valor pode ser determinado a partir de dados espectrais e é característico para cada complexo.
· Agora que já sabemos os dois níveis dos orbitais formados por eg e t²g, vamos ver como ocorre a distribuição dos elétrons D. Então vamos começar com a configuração eletrônica do íon D1. Nos composto de coordenação a distribuição dos elétrons D, também se faz de acordo com os elétrons de ronde, então tem uma espécie no íon livre D1, esses compostos serão estabilizados pela entrada de elétrons no orbital de menor energia que são t²g segundo a regra de hund e vemos um elétron desemparelhado.
Energia de estabilização do campo cristalino - EECC
Configuração D1
· Nós temos um elétron e a distribuição eletrônica passa a ser t²g porque temos um elétron no orbital t²g, então nossa distribuição eletrônica é t²g1eg0 e o cálculo será um elétron que multiplica -4Dq portando a energia de estabilização do campo cristalino para distribuição eletrônica D1 é igual a -4Dq.t²g1eg0 → EECC = 1 x (-4Dq) = -4Dq.
Configuração D2
· Temos dois elétrons desemparelhados, na presença de um campo octaédrico, os dois elétrons ocuparão t²g seguindo a regra de hund. Temos os dois elétrons ocupando t²g portanto a nossa distribuição eletrônica será t²g2eg0 → EECC = 2 x (-4Dq) = -8Dq, portanto a energia de estabilização do campo cristalino para distribuição eletrônica é igual a -8Dq.
Configuração D3
· Temos três elétrons desemparelhados, na presença de um campo octaédrico, os três elétrons ocuparão t²g seguindo a regra de hund. Temos os três elétrons ocupando t²g portanto a nossa distribuição eletrônica será t²g3eg0 → EECC = 3 x (-4Dq) = -12Dq, portanto a energia de estabilização do campo cristalino para distribuição eletrônica é igual a -12Dq.
Configuração D4
Para a configuração de um íon D4, observamos duas possibilidades: A regra de hund continua sendo obedecida e o quarto elétron continuará ocupando e temos um desdobramento denominado spin alto ou a regra de hund deixa de prevalecer e o quarto elétrons será emparelhado no t²g. Depende muito dos valores de 10Dq e de uma energia desemparelhamento que vamos chamar de p. Essa barreira de energia é tão grande que energicamente é favorável utilizar uma energia de emparelhamento a possibilidade do elétron ocupar o orbital eg. isso se deve a várias causas que veremos em breve , quais o fatores que determinam spin alto (regra de hund) e spin baixo. Esta possibilidades que existem para as distribuições eletrônicas sistemas de d4 a d7 as quais podem assumir duas conformações diferentes dependo dos valores de 10Dq e dessa energia de emparelhamento. 
· t²g3eg1, quando 10Dq < P essa energia de emparelhamento é quase constante ao contrário do que ocorre com 10Dq
· t²g4eg0,quando 10Dq > P, nesse caso, espécies que tinham até seis elétrons D, terá todos esses elétrons emparelhados em t²g formando compostos de spin baixo, por outro lado, ligantes quegerem campos cristalinos fracos, 10D será menor que p gerando compostos de spin alto. Nesses ocorrerá o primeiro emparelhamento após cada orbital t²g eeg estar com um elétron.
Então, quando determino campo fraco, estou dizendo que 10Dq é menor que P, e de fato o desdobramento do campo cristalino é pequeno, já para campo forte esse desdobramento aumenta então o 10Dq é muito maior que P. A energia de cada emparelhamento P é composta por dois termos que corresponde a energia necessária para promover o emparelhamento de dois elétrons no mesmo orbital. Isso resulta da repulsão dos elétrons que ocupam o mesmo orbital e também ao trabalho de inverter o campo magnético de um elétron, seja para possibilitar o emparelhamento de um orbital que já tenha outro elétron. 
· t²g3eg1 → EECC = 3 x (-4Dq) + 1 x (6Dq) = -6Dq
· Já quando 10Dq é maior que a energia de emparelhamento, eu tenho que o quarto elétron ocupará o orbital de menor energia t²g, portanto a distribuição eletrônica será t²g4eg0 → EECC = 4 x (-4Dq) = -16Dq + P
· Então, para formar o spin alto, eu gastei uma energia P.
· De D1 a D3 não é necessária energia de emparelhamento pois os elétrons se distribuem segundo a regra de hund e ocupar os orbitais de menor energia. Neles não é necessário verificar o valor de p pois os valores da EECC em qualquer situação são idênticos.
Configuração D5
· Campo fraco: No íon livre nós temos os 5 elétrons, os três primeiros elétrons irão ocupar os orbitais de menor energia seguindo aregra de hund porque o campo é fraco. Assim ficará t²g3eg2 = EECC = 3 x (-4Dq) + 2 x (6Dq) = 0Dq.
· Campo forte: Distribuição eletrônica D5 seguindo a regra de hund mas como o campo pé forte, é necessário emparelhar dois elétrons no orbital t²g, ficando t²g5eg0, sendo EECC = 5 x (-4Dq) = -20Dq + 2P
Configuração D6
· Campo baixo: Quando o íon é livre, todos os orbitais são degenerados e na presença do octaedro ocorre a quebra de degenerescência, ocupam os três elétrons em t²g e os dois orbitais de eg. segundo a regra de hund, não é necessária autilização de energia de emparelhamento nessa ligação por2que a força de ligação é de campo fraco. Então t²g4eg2, sendo EECC = 4 x (-4Dq) + 2 x (6Dq) = -4Dq
· Campo forte: t²g6eg0, sendo EECC = 6 x (-4Dq) = -24 Dq + 2P 
Configuração D7
· Campo fraco: t²g5eg2, sendo EECC = 5 x (-4Dq) +2 x (6Dq) = -8Dq
· Desdobramento pequeno, 10Dq é menor que P, portanto não foi utilizado energia de emparelhamento P para emparelhar est5es dois elétrons. 
Campo forte: t²g6eg1, sendo EECC = 6 x (-4Dq) + 1x (6Dq) = -18 Dq + P
Configuração D8
Campo fraco: t²g6eg2, sendo EECC = 6 x (-4Dq) + 2 x (6Dq) = - 12Dq +P
É importante ressaltar que os compostos de spin alto, a energia de emparelhamento não contribui para Iinstabilizá-los, uma vez que nos íons isolados os emparelhamentos já existem. Essa influência existe apenas nos compostos de spin baixo, em que os elementos centrais tem configuração D4 D5 D6 e D7 pois nestes os números de emparelhamento aumenta durante a formação de compostos. mesmo assim, essa influência é superada com a presença de mais elétrons nos orbitais t²g de baixa energia. 
Para as configurações eletrônicas D8, D9 e D10 nós temos que a expressão da energia de estabilização é diferente, no entanto o valor numérico mantém-se o mesmo. O mesmo ocorre para as configurações eletrônicas D1, D2 e D3.
Assim temos três situações em que os elétrons ocupam os orbitais t²g de menor energia. Quando ocorre uma diferença entre um sistema de campo forte em campo fraco devido a energia de emparelhamento e a situação em que a expressão da energia de estabilização se apresenta com o mesmo resultado numérico para distribuição eletrônica D8, D9 e D10.
Exemplo: 
Aula 02
Fatores que afetam a magnitude de 10Dq e outras geometrias
· Valores que são maiores que a energia de P, temos spin baixo e valores mais baixos que a energia de P, temos spin alto.
· O campo aumenta com a troca dos ligantes.
· Para a mesma configuração eletrônica, é possível observar que também o íon metálico gera alguma diferença já que a energia de emparelhamento P também é alterada.
· Conforme o 10Dq aumenta, ocorre a troca dos ligantes mantendo-se a mesma ordem.
· Quando a energia de 10Dq é maior que a de P, tem-se spin baixo e campo forte.
· Quando a energia de 10Dq é menor que a de P, tem-se spin alto e campo fraco.
· Entre os ferros ocorre uma alteração da energia de emparelhamento. O mesmo ocorre com a energia de 10Dq.
· A configuração eletronica altera tanto o valor de P como o valor de 10Dq
· A troca dos íons também altera o valor de 10Dq
· Se alterar os ligantes para manter o mesmo íon e a mesma distribuição eletronica tambem temos o valor alterado de 10Dq.
Fatores que afetam o valor numérico de 10Dq
1. Número de oxidação do metal: Quanto maior o número de oxidação, maior será o número de 10Dq. Uma carga positiva elevada no íon metálico fará com que ele atraia fortemente os ligantes, aumentando assim a energia eletrostática entre eles e os elétrons nos orbitais D.
· Um número de oxidação 3+ é bastante elevado, de modo que os complexos destes íons são de spin baixo e campo forte na maioria dos casos.
· Quando tem-se os mesmos elementos com os mesmos ligantes porém com nox diferente, pode-se usar isso para explicar o aumento de 10 Dq.
· 
2. Simetria do campo: O valor de 10Dq depende do número de ligantes e de seu arranjo em torno do metal. 
· Em princípio, quanto maior o número de ligantes, mais forte é o campo. Tem-se mais interação metal ligante.
· 
3. Período do metal: O valor de 10Dq aumenta significativamente quando se passa de um período a outro na classificação periódica. Por isso, a maioria dos complexos do segundo e terceiro períodos de transição são de spin baixo. 
· O 10Dq aumenta conforme o número quântico principal também aumenta. 
· Esse fator gera uma mudança muito significante entre 5D, 4D em relação ao 3D.
· O aumento comum de 10Dq com o valor de 3n pode ser explicado pela distância entre os elétrons D. No sistema (n +1)d > sistema Nd o que permite acomodações eletrônicas mais fáceis no primeiro que no segundo. Então o número quântico principal terá maior valor de 10Dq.
· Essa possibilidade faz com que os complexos octaédricos de elementos que tenham elétrons em 4D ou 5D sejam quase sempre de spin baixo.
· 
4. Natureza do campo: Ligantes diferentes desdobram o campo em extensões diferentes. Experimentalmente foi possível ordenar um grande número de ligantes de acordo com os valores crescentes de 10Dq. Essa série foi denominada série espectroquímica. Nessa série, o íon I- é o ligante de campo mais fraco e, a molécula de CO, o de campo mais forte.
· Elas são ordenadas de acordo com a sua capacidade de alterar 10Dq.
Série espectroquímica
· O valor de 10Dq não necessariamente segue a regra das interações eletrostáticas, muito pelo contrário, temos vários ligantes com cargas negativas que estão no início da série espectroquímica.
· Então a teoria do campo cristalino não consegue ainda explicar como que o iodeto é um ligante de campo mais fraco e uma molécula neutra como o CO por exemplo, é o campo mais forte na série espectroquímica. 
Geometria tetraédrica
· No caso dos complexos tetraédricos, o desdobramento dos orbitais atômicos do íon metálico será inverso ao que ocorre para os complexos octaédricos.
· Apenas quatro ligantes se aproximam do íon metálico segundo os vértices alternados de um cubo.
· Nenhum dos ligantes está exatamente na direção dos orbitais, mas aproximam-se mais de dxy, dxz e dyz do que de dx²-y2² e dz².
· O desdobramento do campo cristalino para complexos tetraédricos é menor: 10Dqt = 4/9 10Dqo. Complexos de spin alto. 
· Dessa forma na quebra de degenerescência dos orbitais D para o campo tetraédrico ocorre a inversão já que os orbitais os orbitais dxy, dxz e dyz serão mais repelidos, ou seja, a interação metal-ligante será maior com esses três orbitais.
· Para os orbitais dx²-y2² e dz², estarão mais afastados dos ligantes, por isso, sofrerão menor interação. Então, nessa geometrianenhum orbital aponta diretamente para o ligante, no entanto os orbitais t²g estão mais próximos dos ligantes, portanto sofrerão menor interação.
· Assim, o valor do 10Dq para o campo tetraédrico é muito menor do que para o campo octaédrico. Isso acontece devido a menor interação metal-ligante pois nenhum dos orbitais aponta diretamente em direção aos ligantes.
· Complexos tetraédricos são sempre spin alto.
· Então, ao realizar o cálculo de energia de estabilização do campo cristalino, observa-se que os valores são sempre de campo fraco e que os elétrons não existe a situação de spin baixo ou alto, embora ocorra emparelhamento a partir do orbital D5. 
TCC justifica as cores dos complexos
· Assim como a TLV, conseguimos explicar geometria e magnetismo, porém com a TCC temos o desdobramento do campo, ocorrendo a quebra de degenerescência dos orbitais D.
· Agora os complexos possuem cores que dependem do metal e de seu estado de oxidação.
· A mudança de cores comprova como a série espectroquímica foi experimentalmente testada.
· Geralmente necessitamos de um orbital parcialmente preenchido para que um complexo seja colorido.
Espectro eletromagnético
· Vamos nos concentrar A luz visível onde de radiação eletromagnética, cujos comprimentos de onda situam-se na faixa entre 700 a 400 nanômetros que é justamente a região do visível no qual se encontram as transições para os complexos vistos na disciplina.
· Se ela absorver toda a radiação incidente, ela será preta, se não houver nehuma, ela será branca.
· A cor de uma substância, iluminada por luz branca, resulta da soma das componentes da luz que ela não absorve.
· Uma substância será verde se ela absorver todas as cores menos a verde.
· Temos que considerar também as cores complementares. Uma substância também será verde se apenas a cor vermelha for absorvida.
Determinação da energia correspondente a 10Dq
· Para que o complexo tenha cor, ele deve absorver luz visível.
· A luz consiste em radiação eletromagnética com comprimento de onda variando entre aproximadamente 400 e 700nm.
· A energia dessa radiação eletromagnética é inversamente proporcional ao seu comprimento de onda. E = h x v = h . (velocidade da luz sobre o comprimento de onda)
· A energia necessária para promover o elétron do estado funadametal (t²g1eg0) para o estado excitado (t²g0eg1) é por definição 10Dq.
· Seu valor pode ser obtido através do espectro de absorção do composto, que mostra a quantidade de radiação eletromagnética que é absorvida por uma amostra, em função do comprimento de onda. 
· Para muitos complexos de metais de transição, o valor de 10Dq corresponde a radiação na região do visível, o que justifica as cores variadas que esses compostos apresentam.
Aula 03
Distorções tetragonais
· Simetria tetragonal ocorre em espécies hexacoordenadas em que duas das ligações metais ligantes são mais longas ou mais curtas.
· Octaedro regular que pode sofre distorção ao longo do eixo z de modoa alongar o eix z. 
· Essas distorções podem ocorrer devido a natureza do ligante, do átomo central ou pela ação cxombinada dos dois gerando geometrias distorcidas em relação ao octaedrica como as abaixo.
· Alongamento do eixo z: Azul
· Compressão segundo o eixo z: Amarelo
· Se a distância metal-ligante, segundo o eixo z, é diferente das distâncias segundo os outros dois eixos, diz-se que o complexo sofreu uma distorção tetragonal da geometria octaédrica.
· Essas distorções provocam um desdobramento secundário dos orbitais D, o que pode resultar em uma EECC (energia de estabilização do campo cristalino) extra para o complexo, conhecida como efeito Jahn Teller.
· Ligantes axiais contraem ou alongam dando origem a um complexo octaédrico distorcido.
Efeito Jahn-Teller
Para uma molécula não linear, com estrutura eletrônica, em que os orbitais se encontram degenerados, será instável, existindo outra possibilidade de estrutura que abaixa a simetria, remove a degenerescência e consequentemente baixa a energia da molécula. 
Geometria quadratica
· Em espécies hexacoordenadas nós temos a situação da formação de um octaedro regular. No entanto se esse complexo octaédrico e os seus ligantes segundo o eixo z estiverem mais próximos, ou seja com o comprimento de ligação menor, nós teremos um complexo comprimido em z, isso significa que em relação ao eixo z, nós teremos maior interação metal-ligante, portanto eles quebram, novamente a degenerescência para todos os orbitais situados no eixo z que tem componente z. 
· Podemos por também um complexo octaédrico onde os ligantes estejam um pouco mais afastados correspondendo a um complexo alongado em z\, então é possível observar que ao longo do eixo z, a interação metal-ligante é menor, portanto os orbitais que sofrem maior interação metal-ligante segundo a teoria do campo cristalino passam a ser os componentes x e y. Inversamente ao que ocorre com os componentes em z.
Efeito Jahn-Teller ao longo do eixo z
· Não foram obtidas as denominações d, apenas mantendo os eixos correspondentes a cada orbital para que possamos ver de forma mais clara qual a contribuição em relação a interação metal-ligante para as distorções tetragonais.
· A interação eletrostática entre os ligantes e os orbitais não será mais a mesma porque agora estes orbitais que estão ao longo de z não apresentam a mesma interação metal ligante proposta pela teoria do campo cristalino, então nós temos uma quebra de degenerescência dos orbitais eg o qual nós temos que o orbital dx²-y² será estabilizado em meio de delta 1.
· Como o centro eletrostático deve ser mantido, então os orbitais que não tem componentes z são estabilizados. O mesmo ocorre simultaneamente para os orbitais t²g.
1. A interação eletrostática entre os ligantes, e os orbitais dx²-y² e d²z não será mais a mesma, uma vez que d²z tem um forte componente segundo o eixo z, enquanto dx²-y² tem um componente nulo nessa direção, pois dispõe-se segundo o plano xy.
2. Resulta que a degeneração destes dois orbitais é removida. Em relação ao nível de energia , a energia de d²z diminui ½ s1. A energia de dx²-y² aumenta de idêntica quantia mantendo constante a energia média destes orbitais.
3. Ocorre simultaneamente uma remoção parcial da degeneração dos orbitais t²g. Os orbitais dxz e dyz, são relativamente estabilizados (⅓ s)² enquanto o orbital dxy é instabilizado (⅔ s2)
Compressão ao longo do eixo z
· se, ao invés de alongamento, houver uma compressão ao longo do eixo z, o desdobramento secundário dos orbitais d, será exatamente o inverso.
· Neste caso, os orbitais que possuem componentes no eixo z, serão mais instabilizados devido a quebra de degenerescência. No eg serão instabilizados em delta 1 e no t²g em ⅓ de delta 2.
· É importante focar que esse é um pequeno ganho de energia, é uma energia adicional da energia de estabilização do campo cristalino.
· Esse efeito Jahn-Teller como quebra a degenerescência desses orbitais, passamos a ter novos níveis energéticos de transições eletrônicas, então isso pode ser comprovado também experimentalmente. 
Distorções tetragonais da geometria octaédrica
· Para os casos dessas distorções tetragonais ao longo do eixo z, seja alongamento ou compressão, algumas observações devem ser descritas.
· Em ambos os casos os orbitais t²g sempre são menos afetados pela distorção pois não estão dirigidos na direção dos ligantes. Isso significa que delta 2 é sempre menor que delta 1. Isso já estava determinado pela teoria do campo cristalino. Como não estão na direção dos eixos cartesianos eles têm menor relação metal-ligante. 
· Em ambos os casos (alongamento ou compressão ao longo do eixo z), os orbitais t²g são menos afetados pela distorção (s2 < s1), pois não estão dirigidos na direção dos ligantes.
· É importante ainda notar que tanto s1 como s2 são menores que 10Dq, por isso falamos que ele pode gerar uma energia extra ao campo.
· Quando os orbitais eg e t²g tem os mesmos números de elétrons (configurações d0, d3, d5 spin alto, d6 spin baixo, d8 e d10, não ocorre distorção de Jahn-Teller, pois nãohá aumento de estabilidade. Numericamente Essas energias anulam-se resultando no mesmo valor da energia de estabilização do campo cristalino se não tivesse ocorrido o desdobramento devido ao efeito Jahn-Teller.
1. A distorção de Jahn-Teller vai ocorrer quando conferir uma estabilização extra para o complexo. 
2. No entanto, nem todas as distorções previstas foram observadas experimentalmente. 
3. Um grande número de complexos de Cu(II) (configuração d9) tem em um plano quatro distâncias metal-ligantes menores e, em outro plano, duas outras mais longas.
4. Se o [Cu(H20)6]²+ fosse um octaedro perfeito: EECC = -6Dq. Sendo alongado: EECC = -6Dq - ½ s1.
Configurações eletrônicas passíveis do efeito Jahn-Telle
· Esse efeito é mais comum em compostos monodentários.
· Dessa forma, a maneira correta prever ou não o efeito Jahn Teller, é que deveríamos fazer a distribuição eletrônica considerando o desdobramento para uma geometria octaédrica, considerando a partir da configuração d4 a d7 a presença de campo forte ou campo fraco e ainda se os ligantes podem ou não afetar.
· Assim pode-se observar que não necessariamente em todas as configurações eletrônicas teremos o efeito Jahn Teller e não necessariamente em todas as condições de campo forte ou campo fraco. 
Evidência experimental para a distorção tetragonal
· Espectroscopia eletrônica do complexo K3[COF6].
· Caso não ocorresse a distorção tetragonal, não seria possível visualizar duas transições eletrônicas, mas apenas uma, em um campo octaédrico. 
Complexos quadráticos planos 
· A TCC considera a coordenação quadrática plana como um caso extremo da distorção tetragonal, em que os ligantes segundo o eixo z, são removidos para o infinito. 
· Observando o diagrama, compreende-se porque a coordenação quadrática plana é favorecida por metais de transição com configuração d8 e spin baixo. 
· É vantajoso o preenchimnto total dos quatro rbitais de energia baixa, ficando vazio o orbital dx²-y², de energia bastante elevada.
· Apresentam essa geometria 
Considerações finais - TCC
· Modelo de ligação química baseada em interações eletrostáticas.
· Justifica as geometrias, magnetismo e cores, sendo possível observar o desdobramento do campo através da EECC.
· Ignorar o caráter covalente das ligações químicas.
· Embora seja evidente que os ligantes alteram o desdobramento do campo e, portanto, listou-se a série de ligantes iniciando pelos de campo fraco até os de campo mais forte, porém a TCC não explica como ligantes neutros (CO, fosfinas e alcenos) apresenta campo bem mais forte que ligantes aniônicos (haletos). 
· Então a TCC demonstra a presença de novos desdobramentos mostrando que ocorre quebra de degenerescência dos orbitais d, portanto que temos novas possibilidades de níveis energético para que ocorram as transições eletrônicas justificando dessa maneira as cores desses complexos.

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