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Resolucao de Questoes OAB XXXV

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1 Resolução de Questões- OAB
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e 
exames complementares durante o período de gravidez de sua 
esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompa-
nhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. 
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em 
caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente 
comprovada.
Ainda:
CLT, Art. 320 - A remuneração dos professores será fixada 
pelo número de aulas semanais, na conformidade dos horários.
§ 3º - Não serão descontadas, no decurso de 9 (nove) dias, as 
faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em consequência 
de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXVIII - Exame - 2019) Determinada socieda-
de empresária ampliou os benefícios de seus empregados 
para fidelizá-los e evidenciar sua responsabilidade social. 
Dentre outras medidas, aderiu voluntariamente ao progra-
ma de empresa cidadã e, assim, aumentou o período de 
licença maternidade e o de licença paternidade de seus 
empregados. Marcondes, empregado da referida empre-
sa, que será pai em breve, requereu ao setor de recursos 
humanos a ampliação do seu período de licença paterni-
dade, e agora deseja saber quanto tempo ficará afastado. 
Assinale a opção que, de acordo com a Lei, indica o período 
total da licença paternidade que Marcondes aproveitará.
A) 5 dias.
B) 10 dias.
C) 15 dias.
D) 20 dias.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIO:
1) Introdução
Quando a criança nasce, diferente da mãe que tem 
uma licença do trabalho por 120 dias (licença maternidade 
- art. 392 da CLT - suspensão do contrato), o pai, tem di-
reito a cinco dias de licença paternidade. Essa licença está 
prevista no art. 10, § 1° do ADCT da CF/88, veja:
ADCT, Art. 10 - Até que seja promulgada a lei complementar a 
que se refere o art. 7º, I, da Constituição :
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, 
da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o 
inciso é de cinco dias.
Contudo, fique atento, pois se a empresa for adepta ao 
Programa Empresa Cidadã, essa licença será majorada 
em 15 dias para os homens e 60 dias para as mulheres, 
vejamos:
Lei 11.770/2008: Art. 1º - É instituído o Programa Empresa 
Cidadã, destinado a prorrogar:
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade 
prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal;
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, nos 
termos desta Lei, além dos 5 (cinco) dias estabelecidos no § 1º 
do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
LICENÇA - NASCIMENTO FILHO
HOMEM MULHER
5 dias 120 dias
+15 dias
= 20 dias 180 dias =
+ 60 dias
Programa Empresa Cidadã
DIREITO DO TRABALHO 
1. INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO
(FGV/OAB- XXXI- Exame - 2020) Enzo é professor de Ma-
temática em uma escola particular, em que é empregado 
há 8 anos. Após 2 anos de namoro e 1 ano de noivado, irá 
se casar com Carla, advogada, empregada em um escritó-
rio de advocacia há 5 anos. Sobre o direito à licença pelo 
casamento, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa 
correta.
A) O casal poderá faltar aos seus empregos respectivos 
por até 3 dias úteis para as núpcias.
B) Carla, por ser advogada, terá afastamento de 5 dias e 
Enzo, por ser professor, poderá faltar por 2 dias corridos.
C) Enzo poderá faltar ao serviço por 9 dias, enquanto Carla 
poderá se ausentar por 3 dias consecutivos.
D) Não há previsão específica, devendo ser acertado o 
período de afastamento com o empregador, observado o 
limite de 10 dias.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIO:
1. Introdução
A interrupção do contrato de trabalho é a paralisação 
temporária da prestação de serviços pelo empregado, 
mantendo-se, entretanto, as obrigações patronais.
Principais hipóteses de interrupção:
CLT, Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao 
serviço sem prejuízo do salário: 
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do 
cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declara-
da em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua 
dependência econômica; 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da 
primeira semana; 
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso 
de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se 
alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências 
do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei nº 4.375, de 
17 de agosto de 1964 ( Lei do Serviço Militar ). 
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando 
provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de 
ensino superior. 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, q`uando tiver que 
comparecer a juízo. 
CLT, Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto 
pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para 
depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
TST, SUM 155 - As horas em que o empregado falta ao serviço para 
comparecimento necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não 
serão descontadas de seus salários.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade 
de representante de entidade sindical, estiver participando de 
reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja 
membro. 
NÃO TRABALHA
RECEBE SALÁRIOS
CONTA TEMPO SERVIÇOIN
TE
RR
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PÇ
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2 Hamilton Novo Lucena Junior 
5. Principais hipóteses de suspensão
GREVE - Lei 7.783/1989, Art. 7º - Observadas as 
condições previstas nesta Lei, a participação em greve 
suspende o contrato de trabalho, devendo as relações 
obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, 
convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Traba-
lho.
AFASTAMENTO POR DOENÇA - BENÉFICO DE INCA-
PACIDADE TEMPORÁRIA - Lei 8.213/1991, Art. 60 - O au-
xílio-doença será devido ao segurado empregado a contar 
do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no 
caso dos demais segurados, a contar da data do início da 
incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
AFASTAMENTO POR DOENÇA - BENÉFICO DE INCA-
PACIDADE PERMANENTE - CLT, Art. 475 - O empregado 
que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu con-
trato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previ-
dência social para a efetivação do benefício.
SUSPENSÃO DISCIPLINAR - CLT, Art. 474 - A suspen-
são do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecuti-
vos importa na rescisão injusta.
EMPREGADO ELEITO DIRETOR DA EMPRESA - TST, 
SUM 269 - O empregado eleito para ocupar cargo de di-
retor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não 
se computando o tempo de serviço desse período, salvo 
se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação 
de emprego.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXIII - Exame - 2017) Os irmãos Pedro e Júlio 
Cesar foram contratados como empregados pela socieda-
de empresária Arco Doce S/A e lá permaneceram por dois 
anos. Como foram aprovados em diferentes concursos 
públicos da administração direta, eles pediram demissão 
e, agora, com a possibilidade concedida pelo Governo, di-
rigiram-se à Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar o 
FGTS. Na agência da CEF foram informados que só havia 
o depósito de FGTS de 1 ano, motivo por que procuraram 
o contador da Arco Doce para uma explicação. O contador 
informou que não havia o depósito porque, no último ano, 
Pedro afastara-se para prestar serviço militar obrigatório e 
Júlio Cesar afastara-se pelo INSS, recebendo auxílio-doen-
ça comum (código B-31). Diante dessesfatos, confirma-
dos pelos ex-empregados, o contador ponderou que não 
havia obrigação de a empresa depositar o FGTS durante 
1 ano para ambos. Sobre a questão retratada e de acordo 
com a legislação em vigor, assinale a afirmativa correta.
A) A sociedade empresária tem razão na justificativa de 
Júlio Cesar, mas está errada em relação a Pedro.
B) A sociedade empresária está errada em relação a am-
bos os empregados.
C) No que tange a Pedro, a sociedade empresária está cer-
ta, mas, no tocante a Julio Cesar, não tem razão.
D) A pessoa jurídica está correta em relação a Pedro e a 
Júlio Cesar.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
A Lei determina duas formas de suspensão especial do 
contrato de trabalho, ou seja, no afastamento para rece-
bimento do benéfico de incapacidade temporária por aci-
dente de trabalho (antigo auxílio doença acidentário) e na 
prestação de serviço militar obrigatório.
Nesses casos, ocorre a paralisação temporária da 
prestação de serviços pelo empregado, sem receber sa-
lários, porém o empregador deve depositar o FGTS 8% na 
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXVI - Exame - 2018) Lucas trabalhava em 
uma empresa estatal, cuja norma interna regulamentar 
previa a necessidade de sindicância administrativa para 
apuração de falta e aplicação de suspensão. Após quatro 
anos de contrato sem qualquer intercorrência, em determi-
nada semana, Lucas faltou sem qualquer comunicação ou 
justificativa por dois dias consecutivos. Diante disso, logo 
após o seu retorno ao trabalho, seu superior hierárquico 
aplicou a pena de suspensão por três dias. Na qualidade 
de advogado de Lucas, que tem interesse em manter o 
emprego, você deverá requerer
A) a rescisão indireta do contrato por punição excessiva.
B) a nulidade da punição, pois não foi observada a norma 
regulamentar da empresa.
C) a conversão da suspensão em advertência.
D) a ausência de nexo de causalidade e o decurso de tem-
po entre a punição e a falta.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
A suspensão do contrato de trabalho é a paralisação 
temporária da prestação de serviços pelo empregado, 
sem receber salários e sem contagem do tempo de ser-
viço.
2. Proibição de dispenda sem justa causa
Na suspensão do empregado, são asseguradas, por 
ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua au-
sência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia 
na empresa, conforme art. 471 da CLT, veja:
CLT, Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são as-
seguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em 
sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia 
na empresa.
Desta forma, o empregado não pode ser demitido sem 
justa causa.
3. Plano de saúde 
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saú-
de ou de assistência médica oferecido pela empresa ao 
empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho 
em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposenta-
doria por invalidez. (TST, SUM 440)
4. Afastamento para aplicação de penalidade
Geralmente, alguns regulamentos empresarias deter-
minam a suspensão do contrato de trabalho para que o 
empregado passe por uma sindicância interna (procedi-
mento administrativo disciplinar) para depois, se for com-
provado a sua autoria e culpa, sofra as devidas punições. 
(Advertência - suspensão - justa causa).
Nula é a punição de empregado se não precedida de 
inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a em-
presa por norma regulamentar. (TST, SUM 77)
NÃO TRABALHA
NÃO RECEBE SALÁRIOS
NÃO CONTA TEMP SERV.S
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SP
EN
SÃ
O
3 Resolução de Questões- OAB
Nos termos do art. 473, incisos I e lI, da CLT, o empre-
gado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuí-
zo do salário, até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de 
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão 
ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e 
previdência social, viva sob sua dependência econômica 
e até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento. 
Sendo assim, Joyce poderia ter se ausentado do tra-
balho por até 03 (três) dias em razão de seu casamento, e 
Paula tinha direito de se afastar por até 02 (dois) dias em 
razão do falecimento de seu Irmão.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XIII - Exame - 2014) Maria, empregada de uma 
panificadora, adotou uma criança em idade de alfabetiza-
ção. Quando da adoção, obteve a informação de que faria 
jus à licença-maternidade, daí decorrente. Em conversa 
com seu empregador, Maria foi informada que não des-
frutava do mencionado benefício. Na dúvida a empregada 
requereu a licença-maternidade junto ao INSS. Diante do 
caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) A duração da licença-maternidade de Maria tem varia-
ção de acordo com a idade da criança adotada.
B) Maria não tem direito à licença-maternidade, pois se tra-
ta de adoção e a legislação não prevê essa hipótese.
C) Maria tem direito à licença-maternidade de 120 dias, 
sem prejuízo do emprego e do salário, independentemente 
da idade da criança adotoda.
D) Maria tem direito a duas semanas de licença-materni-
dade correspondentes ao período de adaptação necessá-
rio na adoção. 
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
Segundo o art. 392 da CLT, a empregada gestante tem 
direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, 
sem prejuízo do emprego e do salário.
A empresa que for adepta do Programa Empresa Cida-
dã, essa licença será majorada em 60 dias para as mulhe-
res, vejamos:
Lei 11.770/2008: Art. 1º - É instituído o Programa Empresa 
Cidadã, destinado a prorrogar:
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, nos 
termos desta Lei, além dos 5 (cinco) dias estabelecidos no § 1º 
do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
2. Empregada (o) que adotar
Segundo o art. 392-A e 392-C da CLT, a empregada ou 
empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins 
de adoção de criança será concedida licença-maternidade.
A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a con-
cessão de licença-maternidade a apenas um dos adotan-
tes ou guardiães empregado ou empregada, nos termos 
do § 5º do art. 392-A da CLT.
OBS: A Lei nº 12.010/2009 revogou os §§ 1º a 3º des-
te artigo, os quais previam a licença-maternidade da mãe 
adotante em período variável, conforme a idade da crian-
ça adotada. Dessa forma, hoje o direito da mãe adotante 
é sempre de 120 dias, independentemente da idade da 
criança, em relação à licença maternidade.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- IX - Exame - 2012) Após sofrer um acidente 
automobilístico de gravíssimas proporções enquanto via-
java a lazer, o empregado Pedro foi aposentado por inva-
lidez pelo INSS. Assinale a alternativa que indica o efeito 
desse fato no seu contrato de trabalho.
conta vinculada e conta contagem do tempo de serviço. 
Nesse sentido:
Lei 8.039/90 - Art. 15 § 5º - O depósito de que trata o caput 
deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para pres-
tação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do 
trabalho. 
CLT, Art. 4º, § 1º - Computar-se-ão, na contagem de tempo de 
serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em 
que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço 
militar e por motivo de acidente do trabalho.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXIII - Exame - 2017) Maria trabalha para a 
sociedade empresária Beta e recentemente foi aposenta-
da por invalidez. Diante desse fato, a empresa cancelou o 
plano de saúde de Maria. Em relação à hipótese retratada 
e de acordo com a lei e o entendimentosumulado do TST, 
assinale a afirmativa correta.
A) A sociedade empresária agiu corretamente, pois a apo-
sentadoria por invalidez rompeu o contrato de trabalho.
B) A sociedade empresária poderia, diante da situação re-
tratada e a seu exclusivo critério, manter ou não o plano 
de saúde.
C) A sociedade empresária terá obrigação de manter o 
plano por 12 meses, quando terminaria a estabilidade da 
obreira.
D) A sociedade empresária se equivocou, porque o contra-
to está suspenso, devendo ser mantido o plano de saúde.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
Assegura-se o direito à manutenção de plano de saú-
de ou de assistência médica oferecido pela empresa ao 
empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho 
em virtude de auxílio-doença acidentário ou de aposenta-
doria por invalidez. (TST, SUM 440)
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXIII - Exame - 2017) Paula e Joyce são em-
pregadas de uma mesma sociedade empresária. O irmão 
de Paula faleceu e o empregador não autorizou sua au-
sência ao trabalho. Vinte dias depois, Joyce se casou e o 
empregador também não autorizou sua ausência ao tra-
balho em nenhum dia. Como advogado(a) das emprega-
das, você deverá requerer
A) em ambos os casos, a ausência ao trabalho por três 
dias consecutivos.
B) um dia de ausência ao trabalho para Paula e de três dias 
para Joyce.
C) a ausência ao trabalho por dois dias consecutivos, no 
caso de Paula e, de até três dias, para Joyce.
D) a ausência ao trabalho por dois úteis dias no caso de 
Paula e, de até três dias úteis, para Joyce.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
SU
SP
EN
SÃ
O
 
ES
PE
CI
A
L NÃO TRABALHA
NÃO RECEBE SALÁRIOS
CONTA TEMP SERV.
Deposita o FGTS 8%
4 Hamilton Novo Lucena Junior 
acordos trabalhistas, é vedado: 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja 
referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quan-
do a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, 
assim o exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do 
trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado 
de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e 
publicamente incompatível; 
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como 
variável determinante para fins de remuneração, formação profis-
sional e oportunidades de ascensão profissional; 
IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para 
comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou perma-
nência no emprego; 
V - impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para defe-
rimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas 
privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado 
de gravidez; 
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas 
empregadas ou funcionárias. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não obsta a adoção 
de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das 
políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as 
que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação 
profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de 
trabalho da mulher. 
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB- XXIX - Exame - 2019) Em uma grande empre-
sa que atua na prestação de serviços de telemarketing e 
possui 250 funcionários, trabalham as empregadas lista-
das a seguir:
Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pou-
co antes do término do seu contrato, engravidou;
Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco an-
tes do termo final de seu contrato, sofreu um acidente do 
trabalho;
Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a 
CIPA da empresa;
Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de represen-
tantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei 
nº 13.467/17 (reforma trabalhista).
Diante das normas vigentes e do entendimento consolida-
do do TST, assinale a opção que indica as empregadas que 
terão garantia no emprego.
A) Sofia e Larissa, somente.
B) Alice e Maria Eduarda, somente.
C) Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente.
D) Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
As estabilidades podem ser definitivas e provisórias. 
Podem ser adquiridas por forca de Lei, Negociações Cole-
tivas (CCT e ACT), regulamento de empresas e até mesmo, 
por força do contrato de trabalho. 
2. Gestante
A gestante possui estabilidade da confirmação da gra-
videz até cinco meses após o parto, conforme alínea b 
do inciso II do art. 10 do ADCT. O desconhecimento do 
estado gravídico pelo empregador e pela empregada, não 
afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente 
da estabilidade (TST, SUM 244, item I).
A confirmação do estado de gravidez advindo no curso 
do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do avi-
so prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada 
gestante a estabilidade provisória, conforme determina o 
art. 391-A da CLT.
A empregada gestante tem direito à estabilidade provi-
A) O contrato de Pedro será interrompido.
B) O contrato de Pedro será suspenso.
C) O contrato de Pedro será extinto.
D) O contrato de Pedro continuará em vigor e ele terá to-
dos os direitos trabalhistas assegurados.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
O empregado que for aposentado por invalidez terá 
suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fi-
xado pelas leis de previdência social para a efetivação do 
benefício.comfoerme art. 475 da CLT.
2. Cancelamento da aposentadoria por invalidez
Segundo a súmula 160 do TST, cancelada a aposenta-
doria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador 
terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao 
empregador, indenizá-lo na forma da lei.
3. Saque do FGTS 8%
Segundo o inciso III do Art. 20 da Lei 8.036/1990, a con-
ta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimen-
tada na aposentadoria concedida pela Previdência Social.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
2. ESTABILIDADE NO EMPREGO
(FGV/OAB- XXXI - Exame - 2020) Rafaela trabalha em uma 
empresa de calçados. Apesar de sua formação como es-
toquista, foi preterida em uma vaga para tal por ser mulher, 
o que seria uma promoção e geraria aumento salarial. Um 
mês depois, a empresa exigiu que todas as funcionárias 
do sexo feminino apresentassem atestado médico de gra-
videz. Rafaela, 4 meses após esse fato, engravidou e, após 
apresentação de atestado médico, teve a jornada reduzida 
em duas horas, por se tratar de uma gestação delicada, o 
que acarretou a redução salarial proporcional. Sete meses 
após o parto, Rafaela foi dispensada. Como advogado(a) 
de Rafaela, de acordo com a legislação trabalhista em vi-
gor, assinale a opção que contém todas as violações aos 
direitos trabalhistas de Rafaela. 
A) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a 
função de estoquista.
B) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a 
função de estoquista, exigência de atestado de gravidez e 
redução salarial.
C) Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a 
função de estoquista, exigência de atestado de gravidez, 
redução salarial e dispensa dentro do período de estabili-
dade gestante.
D) Dispensa dentro do período de estabilidade gestante.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
1) Introdução
Segundo o inciso II do art. 373-A da CLT, ressalvadas 
as disposições legais destinadas a corrigir as distorções 
que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho 
e certas especificidades estabelecidas nos acordos traba-lhistas, é vedado recusar emprego, promoção ou motivar 
a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situa-
ção familiar ou estado de gravidez, salvo quando a nature-
za da atividade seja notória e publicamente incompatível.
CLT, Art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destina-
das a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao 
mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos 
5 Resolução de Questões- OAB
(FGV/OAB - XIX - Exame - 2016) Os empregados da socie-
dade empresária ABC Ltda. criaram uma sociedade coo-
perativa de crédito que busca dar acesso a empréstimos 
com juros bastante reduzidos para os próprios emprega-
dos da empresa ABC. Renata, que trabalha na empresa em 
questão, foi eleita diretora suplente dessa sociedade coo-
perativa de crédito e, dois meses depois, foi dispensada 
sem justa causa. Com base na hipótese apresentada, de 
acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale 
a afirmativa correta.
A) Renata é estável por ter sido eleita, razão pela qual de-
verá ser reintegrada.
B) Não se cogitará de reintegração, seja do titular ou do 
suplente, porque esse caso não é previsto na lei como ge-
rador de estabilidade.
C) A condição legal para que Renata seja estável é que 
contraia ao menos um empréstimo junto à cooperativa.
D) Renata não terá garantia no emprego por ser suplente, 
e a estabilidade alcança apenas o titular.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução
Segundo o art. 55 da Lei n. 5.764/71, os empregados 
de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades 
cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garan-
tias asseguradas aos dirigentes sindicais, ou seja, fica ve-
dada a dispensa do empregado a partir do momento do 
registro de sua candidatura, até 1 (um) ano após o final do 
seu mandato, caso seja eleito.
OBS: O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garan-
tia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores 
de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes, 
conforme determina a OJ 253 da SDI-1 do TST.
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(FGV/OAB - XVII - Exame - 2015) Jonas é empregado da 
sociedade empresária Ômega. Entendendo seu emprega-
dor por romper seu contrato de trabalho, optou por pro-
mover sua imediata demissão, com pagamento do aviso 
prévio na forma indenizada. Transcorridos 10 dias de pa-
gamento das verbas rescisórias, Jonas se candidatou a di-
rigente do sindicato da sua categoria e foi eleito presidente 
na mesma data. Sobre a hipótese apresentada, de acordo 
com o entendimento consolidado do TST, assinale a afir-
mativa correta.
A) Jonas poderá ser desligado ao término do aviso prévio, 
pois não possui garantia no emprego.
B) Jonas tem garantia no emprego por determinação legal, 
porque, pelo fato superveniente, o aviso prévio perde seu 
efeito.
C) Jonas passou a ser portador de garantia no emprego, 
não podendo ter o contrato rompido.
D) Jonas somente poderá ser dispensado se houver con-
cordância do sindicato de classe obreiro.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução - Dirigente Sindical 
Segundo o § 3º do art. 543 da CLT, fica vedada a dis-
pensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir 
do momento do registro de sua candidatura a cargo de 
direção ou representação de entidade sindical ou de as-
sociação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu 
mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo 
se cometer falta grave devidamente apurada nos termos 
desta Consolidação.
sória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Dis-
posições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese 
de admissão mediante contrato por tempo determinado. 
(TST, SUM 244, item III).
OBS: No julgamento do IAC 5639-31.2013.5.12.0051, o 
Tribunal Pleno desta Corte fixou a tese jurídica de que “é 
inaplicável ao regime de trabalho temporário, disciplina-
do pela Lei n.º 6.019/74, a garantia de estabilidade provi-
sória à empregada gestante.”
3. Cipeiro
O cipeiro representante dos empregados (que passam 
por um processo eletivo) e seus suplentes possuem esta-
bilidade, desde o registro de sua candidatura até um ano 
após o final de seu mandato, conforme alínea a do inciso 
II do art. 10 do ADCT. 
OBS: O cipeiro presidente da cipa, não possui estabi-
lidade, pois ele não passa por processo eletivo e sim, é 
indicado pelo empregador.
A estabilidade provisória do cipeiro não constitui van-
tagem pessoal, mas garantia para as atividades dos mem-
bros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em 
atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se 
verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reinte-
gração e indevida a indenização do período estabilitário. 
(TST, SUM 339, item II).
4. Acidentado
O segurado que sofreu acidente do trabalho (típico - 
doença profissionais e do trabalho e ainda o de percurso) 
tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a ma-
nutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após 
a cessação do auxílio-doença acidentário, independente-
mente de percepção de auxílio-acidente, conforme art. 118 
da Lei 8.213/1991.
PRESSUPOSTOS PARA ADQUIRIR A ESTABILIDADE - 
Segundo o Item II do da súmula 378 do TST, são pressu-
postos para a concessão da estabilidade o afastamento 
superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-
-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedi-
da, doença profissional que guarde relação de causalidade 
com a execução do contrato de emprego.
CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO DETERMINA-
DO - O empregado submetido a contrato de trabalho por 
tempo determinado goza da garantia provisória de empre-
go decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 
da Lei nº 8.213/91.
5. Representantes dos empregados
Desde o registro da candidatura até um ano após o fim 
do mandato, o membro da comissão de representantes 
dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, 
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo 
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro, nos termos 
do § 3º do art. 510-D da CLT.
Nos termos do art. 510-A da CLT, nas empresas com 
mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição 
de uma comissão para representá-los, com a finalidade de 
promover-lhes o entendimento direto com os empregado-
res.
OBS: O mandato de membro de comissão de represen-
tantes dos empregados não implica suspensão ou inter-
rupção do contrato de trabalho, devendo o empregado 
permanecer no exercício de suas funções.
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6 Hamilton Novo Lucena Junior 
emprego, mesmo que seja informado deste fato após a 
ruptura da interlocução social, devendo readmiti-la.
C) O empregador tem de respeitar a garantia, ainda que 
seja comunicado posteriormente da candidatura da em-
pregada, desde que isso ocorra enquanto o pacto laboral 
estiver em vigor.
D) A empresa não precisa respeitar a garantia no emprego 
porque o prazo legal não foi observado, de modo que isso 
não a vincula. Ademais, ignorando a garantia da emprega-
da, a empresa não teria agido de má-fé.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução - Comunicação do empregador
É assegurada a estabilidade provisória ao empregado 
dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da 
candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do 
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciên-
cia ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência 
do contrato de trabalho, nos termos da súmula 369, item 
I do TST.
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(FGV/OAB - XI - Exame - 2013) Rodrigo foi admitido pela 
empresa Dona Confecções, a título de experiência, por 45 
dias. No 35º dia após a admissão, Rodrigo foi vítima de um 
acidentedo trabalho de média proporção, que o obrigou ao 
afastamento por 18 dias. De acordo com o entendimento 
do TST:
A) Rodrigo não poderá ser dispensado pois, em razão do 
acidente do trabalho, possui garantia no emprego, mesmo 
no caso de contrato a termo.
B) O contrato poderá ser rompido porque foi realizado por 
prazo determinado, de forma que nenhum fator, por mais 
relevante que seja, poderá elastecê-lo.
C) Rodrigo poderá ser desligado porque a natureza jurídica 
da ruptura não será resilição unilateral, mas caducidade 
contratual, que é outra modalidade de rompimento.
D Rodrigo não pode ter o contrato rompido no termo final, 
pois em razão do acidente do trabalho sofrido, terá garan-
tia no emprego até 5 meses após o retorno, conforme Lei 
previdenciária.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução - Acidente contrato por prazo determinado
 O empregado submetido a contrato de trabalho por 
tempo determinado goza da garantia provisória de em-
prego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 
118 da Lei nº 8.213/91, nos termos da súmula 378, item 
III do TST.
Basta preencher os requisitos:
> Afastamento superior a 15 dias do trabalho;
> Percepção de beneficio de incapacidade temporária 
por acidente de trabalho - antigo auxílio doença acidentá-
rio.
2. Acidente no curso do aviso prévio
Se o trabalhador sofreu acidente de trabalho no curso 
do aviso prévio, a jurisprudência vem garantido a ele a es-
tabilidade amparada pelos direitos assegurados pelo arti-
go 118 da Lei 8.213 /1991.
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3. REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO
2. Comunicação do empregador
É assegurada a estabilidade provisória ao empregado 
dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da 
candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do 
prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciên-
cia ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência 
do contrato de trabalho, nos termos da súmula 369, item 
I do TST.
3. Número de suplentes e dirigentes 
Fica limitada a estabilidade a que alude o art. 543, § 
3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de 
suplentes, nos termos da súmula 369, item II do TST
4. Categoria diferenciada
O empregado de categoria diferenciada eleito dirigen-
te sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa 
atividade pertinente à categoria profissional do sindicato 
para o qual foi eleito dirigente, nos termos da súmula 369, 
item III do TST.
5. Extinção da estabilidade empresarial 
Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito 
da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir 
a estabilidade, nos termos da súmula 369, item IV do TST.
6. Registro da candidatura
O registro da candidatura do empregado a cargo de 
dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda 
que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que 
inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das 
Leis do Trabalho, nos termos da súmula 369, item V do 
TST.
7. Não possuem estabilidade 
MEMBRO DO CONSELHO FISCAL - 
Nos termos da OJ 365 DO TST, o membro de conselho 
fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista 
nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto 
não representa ou atua na defesa de direitos da categoria 
respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização 
da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
DELEGADO SINDICAL -
Nos termos da OJ 369 DO TST, o delegado sindical 
não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no 
art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, 
àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos 
sindicatos, submetidos a processo eletivo.
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(FGV/OAB - XII - Exame - 2013) Para que a garantia no em-
prego em razão da candidatura do empregado a dirigente 
sindical se consolide, a CLT dispõe no Art. 543, § 5º que: 
“Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará 
por escrito à empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, 
o dia e a hora do registro da candidatura do seu emprega-
do e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, ou-
trossim, a este comprovante no mesmo sentido”. Gislene 
registrou sua candidatura a dirigente sindical, na condição 
de Vice-presidente na chapa, mas o sindicato não comuni-
cou tal fato ao seu empregador que, ignorando a situação, 
concedeu aviso prévio à empregada 10 dias depois. Nessa 
hipótese, de acordo com o entendimento do TST, assinale 
a afirmativa correta.
A) O empregador, a seu critério, aceitará ou não a justifi-
cativa tardia da empregada que se candidatou a dirigente 
sindical e mantém seu contrato de trabalho.
B) O empregador fica obrigado a respeitar a garantia no 
7 Resolução de Questões- OAB
que Godofredo foi dispensado, por justa causa, dois me-
ses após.
Sobre a situação retratada, segundo os termos da CLT, as-
sinale a afirmativa correta.
A) O empregado perderá o direito à comissão vincenda, 
em razão da falta grave que motivou a dispensa por justa 
causa.
B) Godofredo terá direito a receber antecipadamente a 
comissão sobre as parcelas futuras, porque o motivo da 
ruptura contratual é irrelevante.
C) O empregador deverá pagar a comissão ao emprega-
do dispensado, de acordo com a respectiva liquidação, ao 
longo do tempo.
D) A Lei determina o pagamento de metade da comissão 
vincenda, uma vez que Godofredo praticou falta grave.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução 
As comissões são parcelas com valores fixos recebi-
das em razão da venda de determinado produto.
2. Pagamento
O pagamento de comissões e percentagens só é exi-
gível depois de ultimada a transação a que se referem, 
conforme determina o art. 466 da CLT. O pagamento de 
comissões e percentagem deverá ser feito mensalmente, 
expedindo a empresa, no fim de cada mês, a conta res-
pectiva com as cópias das faturas correspondentes aos 
negócios concluídos. (Lei 3.207/1957)
Contudo, o art. 459 da CLT, determina que o pagamen-
to do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, 
não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, 
salvo no que concerne a comissões, percentagens e gra-
tificações.
Nesses casos, a Lei permite fixar outra época para o 
pagamento de comissões e percentagens, o que, no en-
tanto, não poderá exceder a um trimestre, contado da 
aceitação do negócio, conforme parágrafo único do art. 4º 
da Lei 3.207/1957
3. Garantia de salário minimo 
Segundo o art. 7°, VII, CF, são direitos dos trabalhado-
res urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: garantia de salário,nunca inferior 
ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.
4. Prestações sucessivas
Nas transações realizadas por prestações sucessivas, 
é exigível o pagamento das percentagens e comissões que 
lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva li-
quidação, conforme determina o § 1º do art. 466 da CLT. 
5. Demissão do empregado x pagamento
A cessação das relações de trabalho não prejudica a 
percepção das comissões e percentagens devidas na for-
ma estabelecida por este artigo, conforme determina o § 
2º do art. 466 da CLT.
6. Estorno das comissões 
Porém, o art. 7º da Lei 3.207/57 que regulamenta as 
atividades dos empregados vendedores, viajantes ou pra-
cistas, permite o estorno de comissões nos casos de in-
solvência do comprador.
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(FGV/OAB - XXXII - Exame - 20121) Regina foi admitida 
pela sociedade empresária Calçados Macios Ltda., em 
Antes de estudar as questões, saiba que:
 • Remuneração é com posta de salários mais gorjetas.
 • Salário é devido e pago diretamente pelo emprega-
dor, como contraprestação do serviço prestado pelo em-pregado.
CF, art. 5º, VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo;
CF, art. 5º, VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, 
para os que percebem remuneração variável;
CF, art. 5º, X - proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa;
 • Considera-se gorjeta não só a importância esponta-
neamente dada pelo cliente ao empregado, como também 
o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, 
a qualquer título, e destinado à distribuição aos emprega-
dos.
TST, SUM 354 - As gorjetas, cobradas pelo empregador na 
nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base 
de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, 
horas extras e repouso semanal remunerado.
 • Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas 
pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em 
dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em ra-
zão de desempenho superior ao ordinariamente esperado 
no exercício de suas atividades.
 • O pagamento do salário, qualquer que seja a moda-
lidade do trabalho, não deve ser estipulado por período 
superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comis-
sões, percentagens e gratificações. Quando o pagamen-
to houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o 
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao 
vencido. 
 • Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto 
nos salários do empregado, salvo quando este resultar de 
adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coleti-
vo. Em caso de dano causado pelo empregado, o descon-
to será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido 
acordada nos casos de culpa (negligência, imprudência 
e imperícia) do empregado ou na ocorrência de dolo do 
empregado, aqui não precisa de concordância.
TST, OJ 256 SDI-1 - É lícito o desconto salarial referente à de-
volução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar 
as recomendações previstas em instrumento coletivo.
 • O pagamento do salário deverá ser efetuado contra 
recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de anal-
fabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta 
possível, a seu rogo. Terá força de recibo o comprovante 
de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em 
nome de cada empregado, com o consentimento deste, 
em estabelecimento de crédito próximo ao local de traba-
lho.
 • É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos 
salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de 
trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem 
assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao em-
pregador pelo recebimento da indenização que lhe for de-
vida.
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(FGV/OAB - XXXII - Exame - 20121 - Questão alterada) 
Godofredo foi contratado como vendedor de automóveis 
usados pela sociedade empresária Carango de Ouro Ltda., 
em julho de 2019. Godofredo recebia salário fixo acrescido 
de 5% sobre as vendas por ele efetuadas. Em março de 
2020, Godofredo vendeu um automóvel por R$ 30.000,00, 
divididos em 10 parcelas de R$ 3.000,00 mensais. Ocorre 
8 Hamilton Novo Lucena Junior 
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previden-
ciário.
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(FGV/OAB - XXX - Exame - 20119) Edimilson é vigia no-
turno em um condomínio residencial de apartamentos. 
Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia 
é motociclista de entregas de uma empresa de logística. 
Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras 
da CLT, assinale a afirmativa correta.
A) Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus 
ao adicional de periculosidade. A atividade de Edimilson 
não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve rece-
ber adicional.
B) onsiderando os três empregados não lidam com explo-
sivos e inflamáveis, salvo por disposição em norma coleti-
va, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional 
de periculosidade.
C) Os três empregados fazem jus ao adicional de pericu-
losidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão 
sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco 
de vida.
D) Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de 
periculosidade por conta do risco de violência física.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução 
Segundo o art. 193 da CLT, São consideradas ativida-
des ou operações perigosas, na forma da regulamentação 
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas 
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem 
risco acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhador a
> inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
> roubos ou outras espécies de violência física nas ativi-
dades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
> são também consideradas perigosas as atividades 
de trabalhador em motocicleta.
2. Adicional
O trabalho em condições de periculosidade assegu-
ra ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) 
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratifi-
cações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, 
segundo o § 1º do art. 193 da CLT.
3. Quem não tem direito 
Vigia - Com efeito, o TST, ao enfrentar a discussão 
acerca da possibilidade de enquadramento do vigia no 
conceito de atividade perigosa, firmou jurisprudência no 
sentido de não ser devido o adicional de periculosidade 
previsto no artigo 193, inciso II, da CLT ao empregado que 
exerça a função de vigia, na medida em que essa função 
não se equipara à função de vigilante, regida pela Lei nº 
7.102/1983, nem se amolda ao conceito de segurança pa-
trimonial constante do Anexo 3 da NR 16 do MTE. Prece-
dentes.
4. Tempo reduzido
Segundo a sumule 367 item I do TST, tem direito ao 
adicional de periculosidade o empregado exposto perma-
nentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a 
condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato 
dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, 
ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente 
reduzido.
abril de 2020, para exercer a função de estoquista. No 
processo de admissão, foi ofertado a Regina um plano de 
previdência privada, parcialmente patrocinado pelo em-
pregador. Uma vez que as condições pareceram vantajo-
sas, Regina aderiu formalmente ao plano em questão. No 
primeiro contracheque, Regina, verificou que, na parte de 
descontos, havia subtrações a título de INSS e de previdên-
cia privada. Assinale a opção que indica, de acordo com a 
CLT, a natureza jurídica desses descontos.
A) Ambos são descontos legais.
B) INSS é desconto legal e previdência privada, contratual.
C) Ambos são descontos contratuais.
D) INSS é desconto contratual e previdência privada, legal.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução 
Segundo o art. 462 da CLT, ao empregador é vedado 
efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, 
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositi-
vos de lei ou de contrato coletivo.
2. Desconto do INSS
Tem previsão legal, não tendo o que se discutir, já que 
não precisa de concordância do empregado por ser tribu-
to, conforme art. 3o do CTN.
3. Demais descontos
Descontos salariais efetuados pelo empregador, com 
a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser 
integrado em planos de assistência odontológica, médico-
-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entida-
de cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus 
trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, 
NÃO afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar 
demonstrada a existência de coação ou de outro defeito 
que vicie o ato jurídico.
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(FGV/OAB - XXXII- Exame - 20121) Desde abril de 2019, 
Denilson é empregado em uma indústria de cosméticos, 
com carteira profissional assinada. No último contrache-
que de Denilson verifica-se o pagamento das seguintes 
parcelas: abono, prêmio, comissão e diária para viagem.
Considerando essa situação, assinale a opção que indica a 
verba que, de acordo com a CLT, integra o salário e consti-
tui base de incidência de encargo trabalhista.
A) bono.
B) Prêmio.
C) Comissão.
D) Diária para viagem.
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COMENTÁRIOS:
1) Introdução 
Segundo o § 2º do art. 457 da CLT, As importâncias, 
ainda que habituais, pagas a título de:
> ajuda de custo, 
> auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em di-
nheiro, 
> diárias para viagem, 
> prêmios e 
> abonos 
Não integram a remuneração do empregado, não se 
incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base 
9 Resolução de Questões- OAB
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(FGV/OAB - XXX - Exame - 2019) Em 2018, um sindicato 
de empregados acertou, em acordo coletivo com uma so-
ciedade empresária, a redução geral dos salários de seus 
empregados em 15% durante 1 ano.
Nesse caso, conforme dispõe a CLT,
A) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigató-
ria e deverá ser acertada com a sociedade empresária.
B) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os 
empregados envolvidos durante a vigência do acordo co-
letivo.
C) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores 
para validar o acordo coletivo será desnecessária.
D) a norma em questão será nula, porque a redução geral 
de salário somente pode ser acertada por convenção co-
letiva de trabalho.
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1) Introdução 
Em regra no ordenamento jurídico trabalhista, não e 
permitido reduzir salário, pois no art. 7º da CF em seu in-
ciso V, determina que irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo.
Contido a própria parte final do dispositivo, autoriza a 
redução do salário, desde que:
> Evite a demissão dos funcionários (princípio da conti-
nuidade da relação de emprego).
> Prazo determinado - (Não superior a 2 anos - prazo de 
vigência máxima da CCT ou CT- art. 614, § 3 da CLT)
> Garantia a estabilidade pelo período da Redução. CLT, 
art. 611-A - § 3 - Se for pactuada cláusula que reduza 
o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo 
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos em-
pregados contra dispensa imotivada durante o prazo de 
vigência do instrumento coletivo. É a única redução de 
direitos que exige compartida.
OBS: Segundo o § 2º do art. 611-A da CLT, a inexistên-
cia de expressa indicação de contrapartidas recíprocas 
em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não 
ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do ne-
gócio jurídico.
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(FGV/OAB - XXX - Exame - 2018) Jorge era caixa bancá-
rio e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário 
fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia comis-
são de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência 
oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia con-
comitantemente com suas atividades de caixa, computan-
do-se o desempenho para suas metas e da agência. Os 
produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da 
Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo eco-
nômico do empregador de Jorge.
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial 
consolidado do TST, bem como as disposições da CLT, as-
sinale a afirmativa correta.
A) Os valores recebidos a título de comissão não devem 
integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de liberali-
dade.
B) Os valores recebidos a título de comissão não devem 
integrar a remuneração de Jorge, porque relacionados a 
produtos de terceiros.
C) Os valores recebidos a título de comissão devem inte-
grar a remuneração de Jorge.
D) Os valores recebidos a título de comissão não devem 
integrar a remuneração de Jorge, uma vez que ocorreram 
5. Proibição da cumulação com adicional de periculosi-
dade com insalubridade
Nos termos do artigo 193, §2º, da CLT, o empregado po-
derá optar pelo adicional de insalubridade, se esse lhe for 
mais benéfico, tendo em vista que a lei não prevê a cumu-
lação de adicionais, ainda que esteja presente, de forma 
simultânea, a exposição a agentes insalubres e perigosos.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXX - Exame - 20119) Reinaldo é empregado 
da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de 
auxiliar de padeiro, com jornada de segunda a sexta-feira, 
das 12h às 17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Apro-
xima-se o final do ano, e Reinaldo aguarda ansiosamen-
te pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo 
para comprar uma televisão.
A respeito do 13º salário, assinale a afirmativa correta.
A) Com a reforma da CLT, a gratificação natalina poderá 
ser paga em até três vezes, desde que haja concordância 
do empregado.
B) A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, 
sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro 
e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano.
C) Atualmente é possível negociar a supressão do 13º sa-
lário em convenção coletiva de trabalho.
D) O empregado tem direito a receber a primeira parcela 
do 13º salário juntamente com as férias, desde que a re-
queira no mês de março.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
O 13º salário é devido a empregados com carteira assi-
nada, aposentados, pensionistas e servidores, o benefício, 
também conhecido como gratificação natalina. 
Tem previsões nas Leis:
> Lei nº 4.090, de 1962
> Lei nº 4.749, de 1965
2. Pagamento
O 13º salário deve ser pago pelo empregador em duas 
parcelas: 
> a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro; 
> e a segunda até 20 de dezembro.
O empregador não estará obrigado a pagar o adian-
tamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados.
O adiantamento será pago ao ensejo das férias do em-
pregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do 
correspondente ano.
3. Cálculo
A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remune-
ração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano 
correspondente.
O 13º salário será pago proporcional ao tempo de ser-
viço do empregado na empresa, considerando-se a fração 
de 15 dias de trabalho como mês integral. 
Quando na composição do salário do empregado en-
volver parte variável, deverá ser calculada a sua média.
4. Supressão
O 13º salário é um direito fundamental, previsto no art. 
7º da Constituição Federal e, portanto, convenção não 
pode suprimi-lo, com base no inciso V do art. 611-B da CLT.
10 Hamilton Novo Lucena Junior 
mento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito 
ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da 
CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16 do MTE. (TST, SUM 
447)
5. Exposição intermitente 
Tem direito ao adicional de periculosidade o emprega-
do exposto permanentemente ou que, de forma intermi-
tente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, 
quando o contato dá-se de forma eventual, assim conside-
rado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo 
extremamente reduzido. (TST, SUM 364 - I)
6. Redução do percentual por CCT ou ACT
Não é válida a cláusula de acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em 
percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional 
ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui 
medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garanti-
da por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF 
e 193, §1º, da CLT). (TST, SUM 364 - II)
CLT, Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coleti-
va ou de acordo coletivode trabalho, exclusivamente, a supressão 
ou a redução dos seguintes direitos: XVIII - adicional de remune-
ração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; 
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXX - Exame - 2018) Um grupo econômico 
é formado pelas sociedades empresárias X, Y e Z. Com a 
crise econômica que assolou o país, todas as empresas 
do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão 
de obra. Para evitar dispensas, a sociedade empresária X 
acertou a redução de 10% dos salários dos seus emprega-
dos por convenção coletiva; Y acertou a mesma redução 
em acordo coletivo; e Z fez a mesma redução, por acordo 
individual escrito com os empregados. Diante da situação 
retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa 
correta.
A)As empresas estão erradas, porque o salário é irredutí-
vel, conforme previsto na Constituição da República.
B) Não se pode acertar redução de salário por acordo co-
letivo nem por acordo individual, razão pela qual as empre-
sas Y e Z estão erradas.
C) A empresa Z não acertou a redução salarial na forma da 
lei, tornando-a inválida.
D) As reduções salariais em todas as empresas do grupo 
foram negociadas e, em razão disso, são válidas.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução
Em regra no ordenamento jurídico trabalhista, não e 
permitido reduzir salário, pois no art. 7º da CF em seu in-
ciso V, determina que irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo.
Contido a própria parte final do dispositivo, autoriza a 
redução do salário, desde que:
> Evite a demissão dos funcionários (princípio da conti-
nuidade da relação de emprego).
> Prazo determinado - (Não superior a 2 anos - prazo de 
vigência máxima da CCT ou CT- art. 614, § 3 da CLT)
> Garantia a estabilidade pelo período da Redução. CLT, 
art. 611-A - § 3 - Se for pactuada cláusula que reduza 
o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo 
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos em-
pregados contra dispensa imotivada durante o prazo de 
vigência do instrumento coletivo. É a única redução de 
direitos que exige compartida.
dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já 
é remunerado pelo banco.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
Integra a remuneração do bancário a vantagem pecu-
niária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis 
ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mes-
mo grupo econômico, se exercida essa atividade no horá-
rio e no local de trabalho e com o consentimento, tácito 
ou expresso, do banco empregador, conforme entende a 
súmula 93 do TST.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXX - Exame - 2019) Solange é comissária 
de bordo em uma grande empresa de transporte aéreo e 
ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional de 
periculosidade, alegando que permanecia em área de ris-
co durante o abastecimento das aeronaves porque ele era 
feito com a tripulação a bordo. Iracema, vizinha de Solan-
ge, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional 
de insalubridade, mas, após cinco anos, sua atividade foi 
retirada da lista de atividades insalubres, por ato da auto-
ridade competente. Sobre as duas situações, segundo a 
norma de regência e o entendimento consolidado do TST, 
assinale a afirmativa correta.
A) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade 
e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade.
B) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Ira-
cema manterá o adicional de insalubridade por ter direito 
adquirido.
C) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade 
e Iracema manterá o direito ao adicional de insalubridade.
D) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Ira-
cema perderá o direito ao adicional de insalubridade.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
Segundo o art. 193 da CLT, são consideradas ativida-
des ou operações perigosas, na forma da regulamentação 
aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas 
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem 
risco acentuado em virtude de exposição permanente do 
trabalhador a: 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades 
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de 
trabalhador em motocicleta.
2. Percentual do adicional de periculosidade 
O trabalho em condições de periculosidade assegura 
ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) so-
bre o salário sem os acréscimos resultantes de gratifica-
ções, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
3. Proibição de cumulação com outros adicional
O empregado poderá optar pelo adicional de insalubri-
dade que porventura lhe seja devido. Serão descontados 
ou compensados do adicional outros da mesma nature-
za eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de 
acordo coletivo. 
4. Tripulantes de demais empregado do avião 
Os tripulantes e demais empregados em serviços auxi-
liares de transporte aéreo que, no momento do abasteci-
11 Resolução de Questões- OAB
Segundo o item II da súmula 364 do TST, não é válida a 
cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fi-
xando o adicional de periculosidade em percentual inferior 
ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposi-
ção ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, 
saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de 
ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da 
CLT).
Nesse sentido também o inciso XVII do art. 611-B que 
determina que constituem objeto ilícito de convenção co-
letiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a 
supressão ou a redução do adicional de remuneração para 
as atividades penosas, insalubres ou perigosas;”
2. Percentual de periculosidade
O trabalho em condições de periculosidade assegu-
ra ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) 
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratifi-
cações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, 
conforme art. 193, § 1º da CLT.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXII - Exame - 2017) Lino trabalha como dia-
gramador na sociedade empresária XYZ Ltda., localizada 
em um grande centro urbano, e recebe do empregador, 
além do salário, moradia e plano de assistência odontoló-
gica, graciosamente. Sobre o caso narrado, de acordo com 
a CLT, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A) Ambos os benefícios serão incorporados ao salário de 
Lino.
B) Somente o benefício da habitação será integrado ao sa-
lário de Lino.
C) Nenhum dos benefícios será incorporado ao salário de 
Lino.
D) Somente o benefício do plano de assistência odontoló-
gica será integrado ao salário de Lino.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
Segundo o art. 458 da CLT, além do pagamento em di-
nheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos 
legais, a alimentação fornecida em dinheiro, habitação, 
vestuário ou outras prestações “in natura” que a empresa, 
por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitual-
mente ao empregado.
Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-uti-
lidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão 
do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, 
vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma uni-
dade residencial por mais de uma família.
2. Requisitos para o salário in natura 
Para ser in natura a parcela paga pelo empegador ela 
deve :
Ser paga com habitualidade;
Ser paga em decorrência do trabalho (pelo Trabalho) e 
não para a execução do Trabalho;
TST, SUM 367 - I - A habitação,a energia elétrica e veículo 
fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensá-
veis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, 
ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado 
também em atividades particulares.
Não ser prejudicial a saúde;
CLT, Art. 458, parte final - [...] Em caso algum será permitido 
o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. Nesse 
sentido
OBS: Segundo o § 2º do art. 611-A da CLT, a inexistên-
cia de expressa indicação de contrapartidas recíprocas 
em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não 
ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do ne-
gócio jurídico.
Ademais, é sempre bom lembrar que segundo o art. 8° 
da CF, VI, é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho;
2. Pandemia pelo coronavírus
Conforme a Lei 14.020 de 2020, em decorrência da 
pandemia do coronavírus é válido, acordo individual para 
redução salarial. Vejamos:
Lei 14.020 de 2020, Art. 7º- Durante o estado de calamidade 
pública a que se refere o art. 1º desta Lei, o empregador poderá 
acordar a redução proporcional de jornada de trabalho e de 
salário de seus empregados, de forma setorial, departamental, 
parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até 90 
(noventa) dias, prorrogáveis por prazo determinado em ato do 
Poder Executivo, observados os seguintes requisitos: 
I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II - pactuação, conforme o disposto nos arts. 11 e 12 desta Lei, 
por convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho ou 
acordo individual escrito entre empregador e empregado; e
III - na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, 
encaminhamento da proposta de acordo ao empregado com 
antecedência de, no mínimo, 2 (dois) dias corridos, e redução da 
jornada de trabalho e do salário exclusivamente nos seguintes 
percentuais:
a) 25% (vinte e cinco por cento);
b) 50% (cinquenta por cento);
c) 70% (setenta por cento).
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXX - Exame - 2017) 
Na convenção coletiva de determinada categoria, ficou es-
tipulado que o adicional de periculosidade seria pago na 
razão de 15% sobre o salário-base, pois, comprovadamen-
te, os trabalhadores permaneciam em situação de risco 
durante metade da jornada cumprida. Sobre a cláusula em 
questão, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A) A cláusula não é válida, pois se trata de norma de ordem 
pública.
B) A validade da cláusula depende de homologação judi-
cial.
C) A cláusula é válida, porque a Constituição da República 
garante eficácia aos acordos e às convenções coletivas.
D) A legalidade da cláusula será avaliada pelo juiz, porque 
a Lei e o TST são silentes a respeito.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXX - Exame - 2019) Na convenção coletiva 
de determinada categoria, ficou estipulado que o adicio-
nal de periculosidade seria pago na razão de 15% sobre 
o salário-base, pois, comprovadamente, os trabalhadores 
permaneciam em situação de risco durante metade da jor-
nada cumprida. Sobre a cláusula em questão, assinale a 
afirmativa correta.
A) A cláusula não é válida, pois se trata de norma de ordem 
pública.
B) A validade da cláusula depende de homologação judi-
cial.
C) A cláusula é válida, porque a Constituição da República 
garante eficácia aos acordos e às convenções coletivas.
D) A legalidade da cláusula será avaliada pelo juiz, porque 
a Lei e o TST são silentes a respeito.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução - Redução no percentual 
12 Hamilton Novo Lucena Junior 
4. Adicional de transferência 
Somente a transferência provisória gera direito ao adi-
cional de transferência (25% do salário).
TST, OJ 113 da SDI-1 - O fato de o empregado exercer cargo 
de confiança ou a existência de previsão de transferência no con-
trato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto 
legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a 
transferência provisória.
5. Transferência unilateral 
A transferência unilateral é vedada, exigindo o consen-
timento do empregado.
Contudo, é permitida a transferência unilateral nas se-
guintes hipóteses:
 • Empregados que exercem cargo de confiança, desde 
que haja necessidade de serviço; 
TST, SUM 43 - Presume-se abusiva a transferência de que 
trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade 
do serviço.
 • Empregados cujo os contratos tenham como condi-
ção, implícita ou explícita, a transferência, desde que haja 
necessidade do serviço; 
 • Extinção do estabelecimento.
6. Transferência abusiva
A Transferência abusiva ocorre quando a transferência 
for unilateral ou estiver ausente a necessidade de serviço 
nos casos de cargo de confiança ou nos contratos tenham 
como condição, implícita ou explícita, a transferência.
Nesse casos, o empregado pode ajuizar uma ação tra-
balhista com pedido de liminar conceder para tornar sem 
efeito transferência, conforme inciso IX do art. 659 da CLT.
4. CONTRATO DE TRABALHO
(FGV/OAB - XXXII - Exame - 2021) Luiz e Selma são casa-
dos e trabalham para o mesmo empregador. Ambos são 
teletrabalhadores, tendo o empregador montado um home 
office no apartamento do casal, de onde eles trabalham na 
recepção e no tratamento de dados informatizados. Para a 
impressão dos dados que serão objeto de análise, o casal 
necessitará de algumas resmas de papel, assim como de 
toner para a impressora que utilizarão.
Assinale a opção que indica quem deverá arcar com esses 
gastos, de acordo com a CLT.
Alternativas
A) Cada parte deverá arcar com 50% desse gasto.
B) A empresa deverá arcar com o gasto porque é seu o 
risco do negócio.
C) A responsabilidade por esse gasto deverá ser prevista 
em contrato escrito.
D) O casal deverá arcar com o gasto, pois não há como o 
empregador fiscalizar se o material será utilizado apenas 
no trabalho.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
Considera-se teletrabalho a prestação de serviços pre-
ponderantemente fora das dependências do empregador, 
com a utilização de tecnologias de informação e de comu-
nicação que, por sua natureza, não se constituam como 
trabalho externo. O comparecimento às dependências do 
empregador para a realização de atividades específicas 
que exijam a presença do empregado no estabelecimento 
não descaracteriza o regime de teletrabalho, conforme art. 
TST, SUM 367 - II - O cigarro não se considera salário utilidade 
em face de sua nocividade à saúde.
Não ser vedado pela Lei.
Nos termos do § 2º do art. 458 da CLT, não serão conside-
radas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo 
empregador:
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos 
aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a presta-
ção do serviço;
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de 
terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, men-
salidade, anuidade, livros e material didático;
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e 
retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada 
diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VII – (VETADO)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico 
ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despe-
sas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, 
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mes-
mo quando concedido em diferentes modalidades de planos e 
coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer 
efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na 
alínea q do § 9o do art.28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XVII - Exame - 2015) Maria trabalha para a so-
ciedade empresária Alfa S.A. como chefe de departamen-
to. Então, é informada pelo empregador que será transferi-
da de forma definitiva para uma nova unidade da empresa, 
localizada em outro estado da Federação. Para tanto, Ma-
ria, obrigatoriamente, terá de alterar o seu domicílio. Diante 
da situação retratada e do entendimento consolidado do 
TST, assinale a afirmativa correta. 
A) Maria receberá adicional de, no mínimo, 25%, mas tal 
valor, por ter natureza indenizatória, não será integrado ao 
salário para fim algum.
B) A empregada não fará jus ao adicional de transferência 
porque a transferência é definitiva, o que afasta o direito.
C) A obreira terá direito ao adicional de transferência, mas 
não à ajuda de custo, haja vista o caráter permanente da 
alteração.
D) Maria receberá adicional de transferência de 25% do 
seu salário enquanto permanecer na outra localidade.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
A transferência é a alteração do local de trabalho que 
implique na mudança de domicílio do empregado.
TST, SUM 29 - Empregado transferido, por ato unilateral do 
empregador, para local mais distante de sua residência, tem 
direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da 
despesa de transporte.
2. Proibidos de serem transferidos
Empregados detentores de garantia de emprego não 
podem ser transferidos.
CLT, Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administra-
ção sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão 
de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício 
de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe 
dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições 
sindicais.
3. Despesas com a transferência 
As despesas da transferência correm por conta do em-
pregador, conforme art. 470 da CLT.
13 Resolução de Questões- OAB
locações eram feitas on-line. Rogério comparecia à loca-
dora uma vez por semana para conferir e assinar as notas 
de devolução dos automóveis. Assim, Rogério trabalhava 
em sua residência, com todo o equipamento fornecido 
pelo empregador, sendo que seu contrato de trabalho pre-
via expressamente o trabalho remoto a distância e as ati-
vidades desempenhadas. Após um ano trabalhando desse 
modo, o empregador entendeu que Rogério deveria traba-
lhar nas dependências da empresa. A decisão foi comuni-
cada a Rogério, por meio de termo aditivo ao contrato de 
trabalho assinado por ele, com 30 dias de antecedência. 
Ao ser dispensado em momento posterior, Rogério pro-
curou você, como advogado(a), indagando sobre possível 
ação trabalhista por causa desta situação.
Sobre a hipótese de ajuizamento, ou não, da referida ação, 
assinale a afirmativa correta.
A) Não se tratando da modalidade de teletrabalho, deverá 
ser requerida a desconsideração do trabalho em domicílio, 
já que havia comparecimento semanal nas dependências 
do empregador.
B) Não deverá ser requerido o pagamento de horas extras 
pelo trabalho sem limite de horário, dado o trabalho em 
domicílio, porém poderá ser requerido trabalho extraordi-
nário em virtude das ausências de intervalo de 11h entre 
os dias de trabalho, bem como o intervalo para repouso e 
alimentação.
C) Em vista da modalidade de teletrabalho, a narrativa 
não demonstra qualquer irregularidade a ser requerida em 
eventual demanda trabalhista.
D) Deverá ser requerido que os valores correspondentes 
aos equipamentos usados para o trabalho em domicílio 
sejam considerados salário-utilidade.
------------------------------------------X-------------------------------------------
1) Introdução 
O comparecimento às dependências do empregador 
para a realização de atividades específicas que exijam a 
presença do empregado no estabelecimento não desca-
racteriza o regime de teletrabalho, conforme art. 75-A da 
CLT.
Poderá ser realizada a alteração do regime de teletra-
balho para o presencial por determinação do empregador 
(unilateral), garantido prazo de transição mínimo de quin-
ze dias, com correspondente registro em aditivo contra-
tual.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXXI - Exame - 2018) Paulo é policial militar 
da ativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Como 
policial militar, trabalha em regime de escala 24h x 72h.
Nos dias em que não tem plantão no quartel, atua como 
segurança em uma joalheria de um shopping center, onde 
tem que trabalhar três dias por semana, não pode se fazer 
substituir por ninguém, recebe remuneração fixa mensal e 
tem que cumprir uma rotina de 8 horas a cada dia labora-
do. Os comandos do trabalho lhe são repassados pelo ge-
rente-geral da loja, sendo que ainda ajuda nas arrumações 
de estoque, na conferência de mercadorias e em algumas 
outras funções internas. Paulo não teve a CTPS anotada 
pela joalheria. Diante dessa situação, à luz das normas da 
CLT e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afir-
mativa correta.
A) Estão preenchidos os requisitos da relação de empre-
go, razão pela qual Paulo tem vínculo empregatício com a 
joalheria, independentemente do fato de ser policial militar 
da ativa, e de sofrer eventual punição disciplinar adminis-
trativa prevista no estatuto do Policial Militar.
B) Estão preenchidos os requisitos da relação de empre-
75-A da CLT.
O empregador deverá instruir os empregados, de ma-
neira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar 
a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.
2. Cláusula de teletrabalho no contrato
A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho 
deverá constar expressamente do contrato individual de 
trabalho, que especificará as atividades que serão realiza-
das pelo empregado, conforme art. 75-B da CLT.
3. Troca de regime - presencial para teletrabalho
Poderá ser realizada a alteração entre regime presen-
cial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre 
as partes, registrado em aditivo contratual.
4. Troca de regime - teletrabalho para presencial
Poderá ser realizada a alteração do regime de teletra-
balho para o presencial por determinação do empregador 
(unilateral), garantido prazo de transição mínimo de quin-
ze dias, com correspondente registro em aditivo contra-
tual.
5. Custos com o trabalho
À responsabilidade pela aquisição, manutenção ou for-
necimento dos equipamentos tecnológicos e da infraes-
trutura necessária e adequada à prestação do trabalho 
remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas 
pelo empregado, serão previstas em contrato escrito, e 
pagas pelo empregador e não integram a remuneração 
do empregado, conforme art. 75-B da CLT.
-------------------------------------------X-------------------------------------------
(FGV/OAB - XXXI - Exame - 2020) Gervásia é empregada 
na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo a 
função de atendente e recebendo o valor correspondente 
a um salário mínimo por mês. Acerca da cláusula compro-
missória de arbitragem que o empregador pretende inserir 
no contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale 
a afirmativa correta.
A) A inserção não é possível, porque, no Direito do Traba-
lho, não cabe arbitragem em lides individuais.
B) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá 
ser inserida no contrato citado, em razão do salário recebi-
do pela empregada.
C) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromis-
sória de arbitragem nos contratos de trabalho, inclusive no 
de Gervásia.
D) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os 
contratos de trabalho, sendo admitida de forma expressa 
ou tácita.
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1) Introdução 
Segundo o art. 507-A da CLT, nos contratos individuais 
de trabalho cuja remuneração seja superior a duas ve-
zes o limite máximo

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