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Anestesia geral – definição,
materiais e equipamentos , vantagens e desvantagens –
indicações para a odontologia.
Anestesia geral é definida por estado de sedação, de analgesia, de amnésia e de paralisia do músculo é chamado anestesia geral. Ou seja a anestesia geral é uma perda de consciência induzida, reversível e controlada. Na anestesia geral é utilizada uma combinação de substâncias sedativas, analgésicas e relaxantes musculares. Elas promovem total inconsciência, analgesia e relaxamento do paciente.
Ela pode ser injetada pela veia, tendo um efeito imediato, ou inalada através de uma máscara, chegando na circulação sanguínea após passar pelos pulmões. A duração do seu efeito é determinada pelo anestesista, que decide qual será o tipo, a dose e a quantidade do medicamento anestésico. 
Alguns pessoas podem apresentar efeitos colaterais durante a realização da anestesia ou até algumas horas depois, como enjoo, vômitos, dor de cabeça e alergias ao princípio ativo da medicação.
As complicações mais graves, como parada da respiração, parada cardíaca ou sequelas neurológicas, são raras, mas podem surgir em pessoas com a saúde muito debilitada, por desnutrição, doenças cardíacas, pulmonares ou renais, e que usam muitos medicamentos ou drogas ilícitas, por exemplo.
É ainda mais raro acontecer de a anestesia ter efeito parcial, como tirar a consciência, mas permitir que a pessoa se mova, ou até o contrário, quando a pessoa não consegue se mover, mas pode sentir os acontecimentos à sua volta. 
A anestesia geral é uma modalidade anestésica bastante segura, contudo, algumas complicações podem acontecer. A maioria delas está relacionada a uma interação da anestesia, procedimento realizado e estado clínico do paciente.
As complicações acontecem principalmente nos relacionadas com doenças cardiovasculares, pulmonares, idade avançada, entre outros fatores de risco.
Algumas das possíveis complicações da anestesia geral são:
· Aspiração pulmonar;
· Broncoespasmo e laringosespasmo;
· Edema agudo do pulmão;
· Arritmias cardíacas;
· Parada cardíaca;
· Alergia à medicação;
· Consciência intraoperatória acidental;
· Delírio;
· Hipertermia maligna.
A anestesia geral é uma técnica que deve ser realizada por profissionais capacitados para oferecer ao paciente uma experiência mais tranquila, com menos desconforto e redução dos riscos. 
A grande vantagem da anestesia geral é que ela permite a realização de cirurgias mais complexas ou de grande porte. Quando são afetadas diversas partes do corpo, essa é a mais indicada. O paciente fica totalmente desacordado, imóvel e pode precisar de intubação, com respirador artificial.
Alguns efeitos colaterais relatados após a anestesia geral se referem a náuseas e vômitos depois da cirurgia. Mas isso pode ser prevenido por meio de uma avaliação prévia com o anestesista.
Muitas pessoas têm receio da anestesia geral, porém, ela é bastante segura, com baixos índices de complicações. Geralmente, o que causa os efeitos adversos não é a anestesia geral, propriamente dita, mas condições prévias do paciente ou intercorrências durante a cirurgia, como hemorragias ou lesões. Mais uma vez, reafirmamos que a consulta prévia com o anestesista é essencial para a prevenção de consequências não desejadas.
Fases da anestesia geral 
1ª fase – Indução: Começa com a administração de agentes anestésicos e se prolonga até o início do procedimento cirúrgico, no momento da incisão cirúrgica; a intubação orotraqueal ocorre no início dessa fase
 2ª fase – Manutenção: manter o paciente em plano cirúrgico até o fim da cirurgia; inalação de agentes e/ou administração de medicamentos EV, doses tituladas ou infusões contínuas; corresponde do início ao término do procedimento cirúrgico.
3ª fase – Reversão: Superficialização do estado de anestesia , depende da profundidade e duração termina quando o paciente está pronto para deixar a sala de operação.
Monitorização do paciente Sistema integrado de anestesia: 
1. Taxa de fluxo de gases;
 2. Concentração do agente volátil liberado; 
3. Fração de O2 inspirada e expirada; 
4. Volume corrente, volume minuto; 
5. Frequência respiratória; 
6. Pressão inspiratória e expiratória; 
7. Traçado eletrocardiográfico; 
8. Valores de pressão arterial não invasiva/invasiva (sistólica, diastólica, média); 
9. Frequência cardíaca; 
10. Temperatura corpórea; 
11. Saturação de oxigênio.
A ventilação do paciente ocorre de forma suave, pois são aplicados medicamentos que inibem a função pulmonar. O equipamento de anestesia é utilizado em associação a monitorização: Hemodinâmica (ECG, SpO2 , PNI, PI);
Componentes básicos:
· VENTILADOR.
· SENSORES.
· FLUXOMETROS.
· VAPORIZADORES.
· CANISTER DE CAL SODADA.
O SISTEMA DE ANESTESIA
Composto por três módulos principais:
1) Bloco de fluxômetros
2) Sistema respiratório
3) Vaporizador anestésico
MODELOS MICROPROCESSADOS
ALIMENTAÇÃO DE GASES
· O2
· Ar Medicinal
· N2O
· Padronização de conexões
· Padronização de cores
A principal diferença da ventilação pulmonar utilizada para anestesia está na adição de agente anestésico no ar administrado ao paciente, para que isso seja possível é necessário que o ar esteja em um sistema fechado.
É um equipamento responsável por substituir a função respiratória natural do paciente.
A ventilação do paciente ocorre de forma suave, pois são aplicados medicamentos que inibem a função pulmonar. O equipamento de anestesia é utilizado em associação a monitorização:
Hemodinâmica (ECG, SpO2 , PNI, PI);
gases (% anestesico inalatório, FiO2, etCO2 ).
Componentes básicos:
· VENTILADOR
· SENSORES
· FLUXOMETROS
· VAPORIZADORES
· CANISTER DE CAL SODADA
VAPORIZADOR
É o processo de acrescentar umidade (vapor d’água) a um gás. A umidifica- ção assume uma importância clínica especial porque ocorre dentro do paciente que está respirando gases anestésicos secos, que podem produzir efeitos prejudiciais como a perda de calor. O ar que passa através do nariz a caminho dos pulmões é submetido à função de condicionamento do ar das vias aéreas superiores, que consiste no aquecimento, umidificação e filtração. Antes de alcançar a narina, o ar se eleva dentro de uma pequena percentagem da temperatura corporal e de saturação com o vapor d’água.
Vaporizador Universal
Vaporizador calibrado
VAPORIZADOR
CANISTER DE CAL SODADA
Descrição:
Cal Sodada é absorvente de Dióxido de Carbono (CO²), produzida de acordo com as especificações de capacidade de absorção da Farmacopéia Americana e do Formulário Nacional (U.S.P. XXII e National Formulary XVII). Mantém a umidade controlada, aumentando a capacidade de absorção.
Contém violeta de etilo que é um indicador de esgotamento de absorção, ou seja, altera da cor branca para violeta na medida que se esgota sua capacidade de absorção (violeta de etilo não afeta o processo de absorção da Cal Sodada).
Indicação:
Anestesiologia: captura o CO² do círculo do sistema de anestesia, permitindo com que os gaes anestésicos não tenham retorno, evitando a inalaçao pelo paciente.
Terapia de Oxigênio: mantém a porcentagem de Dióxido de Carbono ao nível desejado.
Composição:
Hidróxido de Cálcio - Ca(OH)²
Hidróxido de Sódio - NaOH
· RESERVATÓRIO
· Uso de EPI
· Causa Irritação dos olhos e vias aéreas
SENSOR DE O2
Sensor de O2 (Sistema paramagnético) >Custo >Vida Útil
Sistema de Segurança Contra Falta de O2 Os equipamentos de anestesia devem ter um sistema que interrompa o fluxo dos gases quando a pressão de oxigênio reduzir-se a um valor abaixo da pressão normal deste gás. Deve possuir também alarmes sonoros e visuais rotulados que sejam ativados quando a pressão de fornecimento de O2 reduzir-se a um valor abaixo da pressão de trabalho. Esses alarmes não poderão ser desligados e só serão desativados quando se restabelecer a pressão de oxigênio. Outra opção é manter um analisador de oxigênio ligado ao aparelho para registrar a concentração de oxigênio na saída comum dos gases com alarmes.
Célula galvânica de O2
SISTEMA ANTI-POLUIÇÃO
Sistema Anti-Poluição ou sistema de despoluição de gás anestésico O sistemaé destinado a coletar e remover o gás expirado e o excesso de vapores e gases anestésicos liberados de válvulas ou saídas de equipamentos usados para administrar anestésicos sob condições normais de operação ou exalados pelo paciente quando conectado a tais equipamentos. Pode ser do tipo passivo ou descarte e sistema ativo. O sistema de descarte é aquele por meio do qual os gases anestésicos expirados ou excessivos são conduzidos de um sistema receptor para um ponto de descarte. O sistema ativo os fluxos de gases resultam de um dispositivo ativo.
Capnografia
O prefixo "capno" quer dizer CO2 e, portanto capnografia é a representação gráfica dos níveis de CO2 e capnometria é a quantidade deste nível.
Um capnógrafo ou capmômetro é um aparelho que mede o nível de CO2 inspirado e expirado pelo paciente, onde o CO expirado é o valor mais importante ou mais utilizado por indicar o nível metabólico do paciente e ainda detectar possíveis variações no rendimento pulmonar e deficiências circulatórias.
O aparelho usa o mesmo método utilizado pelo oxímetro de pulso, ou seja, a fotometria. A fotometria é a identificação e/ou quantificação da presença de um determinado material através da absorção de luz.
O sistema mainstream consiste em um sensor (com o emissor e o detector de luz) que fica encaixado em um tudo transparente acoplado no circuito paciente próximo à boca
O sistema sidestream coloca o sensor (um fotômetro) dentro do aparelho. Este aparelho possui uma bomba de vácuo, que puxa uma pequena amostra do ar respirado pelo paciente através de um tubinho (sample line ou linha de amostra) para dentro deste fotômetro onde o CO2 é quantificado.
sistema sidestream
Para evitar que a umidade do ar exalado pelo paciente vá para dentro do aparelho, a grande maioria deles necessita de um dreno de água. Este sistema é menos suscetível a falhas, não possui problemas de impacto ou fadiga, não sofre interferência de luzes externas, mas tem um tempo de resposta um pouco menor. Dados em “mmHg” e “%”
Válvula inspiratória/expiratória
Não há mistura de gases inalados e exalados depois da máscara facial ou do tubo endotraqueal. O espaço morto mecânico do sistema, ou seja, o volume de gases expirados que o sistema respiratório do equipamento permite que seja respirado sem que haja uma alteração substancial do teor de CO2, é igual ao espaço morto da válvula.
Vantagens do Sistema Válvula sem absorvedor de CO2
• Equipamento simples, portátil e de baixo custo;
• Facilidade de montagem e limpeza/desinfecção/esterilização;
• As únicas partes distensíveis do sistema são os pulmões do paciente e a bolsa reservatória;
• A concentração de gases na mistura inalada pode ser alterada rapidamente. Desvantagens do Sistema Valvular sem absorvedor de CO2.
• Para adulto, aumento dos gases anestésicos, poluição, podendo gerar uma resistência expirató- ria;
• Pode haver perda de calor e umidade;
• Dificuldades na montagem e desmontagem. 
ALARMES
· Alta pressão
· Baixa pressão
· Baixo volume corrente
· Apnea
· Frequencia respiratória elevada
· Baixa pressão de gás na entrada
· Alimentação elétrica
· Monitorização diferencial - fluxo fornecido x fluxo retornado
· Relação I:E incorreta - Ti
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
BATERIA
· Periodo: 24 meses
KITS DE MANUTENÇÃO
· Horas trabalhadas ou tempo
TESTE DE FUNCIONAMENTO
· Auto teste DIÁRIO
· Alarmes
· Teste extendido
CALIBRAÇÃO
VAPORIZADOR:
· Calibração anual (ANALISADOR DE GASES)
ANESTESIA :
· Calibração anual (VT) - Sendo: volumes, pressões...
· Teste de Seg. Elétrica –ANUAL
PROBLEMAS TÍPICOS
Sensor de O2 expirado
· Vazamentos (FUGA)
· Bateria no fim da vida útil
· Knob
Curiosidade: Baixo nível de erro de operação
NORMALIZAÇÃO
NBR IEC 60601-1:
Equipamento eletromédico: Requisitos gerais para segurança básica e desempenho essencial - Requisitos e ensaio
NBR IEC 60601-1-2:
Equipamento eletromédico: Requisitos gerais para segurança básica e desempenho essencial - Norma colateral: Compatibilidade eletromagnética - Requisitos e ensaio
NBR IEC 60601-2-13:
Equipamento eletromédico: Prescrições particulares para segurança e desempenho essencial de sistemas de anestesia
Indicação na odontologia 
O termo “Paciente com Necessidade Especial” é aplicado para todo o indivíduo que apresenta algum comprometimento físico, intelectual, social ou emocional, de caráter transitório ou permanente, e que necessita de abordagem odontológica diferenciada. Visto a amplitude e importância desse conceito, no ano de 2002 o Conselho Federal de Odontologia criou uma especialidade direcionada ao atendimento desses pacientes, segundo o Art. 69 da Seção XI do Capítulo VIII, Titulo I, da Consolidação de Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia do Conselho Federal de Odontologia: 
Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, é a especialidade que tem por objetivo a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal de pacientes que tenham alguma alteração no seu sistema biopsicossocial. Leva em conta todos os aspectos envolvidos no processo de adoecimento do homem, importantíssimos na adequação do tratamento odontológico frente às necessidades deles, levando em conta a classificação de funcionalidade. Além disso, ter uma percepção e atuação dentro de um espaço de referência que tenha uma estrutura inter, multi e transdisciplinar, com envolvimento de outros profissionais de saúde e áreas correlatas, para oferecer um tratamento integral ao paciente. 
Por ser um conceito muito amplo, o tema ‘paciente especial’ engloba um grupo heterogêneo de doenças, genéticas e/ou adquiridas, que na prática podem ser divididas em: distúrbios neuropsicomotores (por exemplo, a síndrome de down, a paralisia cerebral, etc), doenças sistêmicas crônicas (diabetes mellitus, cardiopatias, hipertensão arterial sistêmica), doenças onco-hematológicas (leucemias, linfomas), doenças infectocontagiosas (HIV, hepatites virais B ou C), deficiências físicas (paraplegias, hemiplegias), deficiências sensoriais (deficiência auditiva, deficiência visual), doenças adquiridas (rubéola, tuberculose) (ROLIM, 2011). Essa classificação auxilia o cirurgião-dentista a analisar a doença de base do paciente e consequente comprometimento físico e/ou mental para a escolha da melhor abordagem terapêutica. Segundo Haddad “o cirurgião-dentista deverá adequar a abordagem psicológica, as técnicas operatórias e a escolha dos materiais 17 odontológicos para cada tipo de indivíduo.” Nota-se que dentro deste contexto, que a identificação das necessidades odontológicas e a execução do plano de tratamento, podem sofrer alterações importantes de um caso para o outro, uma vez que o estado de saúde geral irá influenciar nesta conduta.
Curiosidades 
Em relação à prevenção das pneumonias relacionadas à ventilação e ao processamento de materiais utilizados em anestesia, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention/ Hospital Infections Program) definiu condutas que são utilizadas internacionalmente e estão disponíveis abaixo. A Associação dos Anestesistas da Grã Bretanha e Irlanda relatou o risco de transmissão de patógenos veiculados pelo sangue pelos equipamentos anestésicos, recomendando o uso de filtros microbianos no circuito para prevenir a transmissão de hepatite C.
Os materiais/ equipamentos anestésicos são classificados como críticos, quando entram em contato com lesões de mucosas ou semi-críticos se o contato é com mucosa íntegra ou fluídos corpóreos, logo necessitam de esterilização ou desinfecção respectivamente. A termo-desinfecção é o procedimento recomendado para desinfecção. A autoclavação seria preferida se não danificasse os circuitos, optando-se por métodos físico-químicos mais demorados, necessitando haver maior disponibilidade de circuitos. O uso de descartáveis implica em maiores custos, causando problemas com os financiadores da assistência e também com a disponibilidade de um local para guarda do estoque dos materiais/ equipamentos.
Equipamentos de Assistência Ventilatória
· Usar água esterilizada para umidificação.Não há recomendação para uso preferencial do sistema fechado e contínuo de abastecimento do umidificador. 
· Drenar condensados acumulados no circuito. Evitar transferência de condensado para a traquéia do paciente. Higienizar as mãos após este procedimento.
· Usar preferencialmente dispositivos trocadores de umidade e calor do tipo HME (do inglês, heat and moisture exchangers), se não houver contra-indicações. Em metanálise realizada em 2005 por KOLA, mostrou-se redução significativa na incidência de PAV com o uso de HME em comparação com os sistemas convencionais de umidificação e aquecimento, particularmente entre os pacientes mantidos com ventilação mecânica por mais de sete dias.
· Até o momento, não existe evidência científica que os filtros de membrana hidrofóbica sejam superiores aos filtros eletrostáticos, devendo ser preteridos até que seja comprovada sua superioridade, pois são mais caros.
· AMBU e outros acessórios de assistência respiratória devem ser esterilizados ou sofrer desinfecção de alto nível. Mantê-los secos e protegidos, quando não usados.
· Desmontar os circuitos e acessórios, acondicionando-os em caixa plástica fechada e encaminhar ao centro de material, onde será submetido ao processo de limpeza mecânica com água e detergente enzimático, à temperatura de 70ºC, e pré-secagem em lavadora específica - Gettinge.
· Após a limpeza e pré-secagem, os materiais são transferidos para a secadora, onde é completada a secagem com ar quente a uma temperatura de 70ºC pelo período de 30 minutos.
· Os materiais termo-resistentes, como traquéias e adaptadores, são embalados em papel grau cirúrgico, etiquetados e submetidos ao processo de esterilização pelo vapor seco saturado sob pressão (autoclave) a temperatura de 133ºC, por 7 minutos de exposição ao vapor e 20 de secagem.
· Nos materiais termosensíveis como AMBU, válvulas, reservatórios de oxigênio, máscaras, umidificadores e nebulizadores, realiza-se uma secagem complementar com ar comprimido, depois são embalados, etiquetados e esterilizados pelo plasma de peróxido de hidrogênio, com exposição de 15 minutos a uma temperatura de 45ºC. Tempo total de processo de 78 minutos.
· Após o processo de esterilização, os materiais são encaminhados ao centro cirúrgico, onde serão armazenados em local fechado.
· Frequência de troca dos circuitos – diariamente, plantão noturno. Após toda anestesia geral de pacientes com isolamento de contato I, II e respiratório, é realizada troca dos circuitos e acessórios.
· Durante o processo de organização da sala operatória, os circuitos esterilizados são adaptados nos respectivos aparelhos de anestesia.
Todos os equipamentos de anestesia devem ser checados antes de cada procedimento pelo anestesista, utilizando-se o Checklist previamente estabelecido. Este checklist será apresentado no Passo 5 – Checagem de Segurança!
Intubação
· Usar cânula esterilizada e técnica asséptica: luvas estéreis e máscara cirúrgica. Lâmina de laringoscópio foi fonte de transmissão cruzada de Pseudomonas aeruginosa em UTI pediátrica e neonatal e foi implicada em surto por S. aureus meticilino resistente por descontaminação deficiente (KING, 2001). Aliás, uma pesquisa revelou que não existe padronização quanto ao reprocessamento da lâmina do laringoscópio após seu uso.
· Não reprocessar cânula traqueal.
· Considerar o uso de cânulas com via de aspiração supra-balonete.
Traqueostomia
· Realizar traqueostomia sob condições assépticas, preferencialmente em sala cirúrgica.
· Quando trocar cânula de traqueostomia, usar técnica asséptica e cânula esterilizada ou com desinfecção de alto-nível.
· O curativo da traqueostomia deve ser trocado diariamente e sempre que sujo ou úmido.
Aspiração de Secreções Endotraqueais
· Usar técnica asséptica para aspiração traqueal: luvas esterilizadas e máscara.
· Utilizar sondas esterilizadas e de uso único.
· Se houver necessidade de lavar a cânula traqueal, utilizar água esterilizada.
· Os sistemas de aspiração aberto e fechado são igualmente eficazes na remoção de secreções. No entanto, o sistema fechado determina menor risco de hipoxemia, arritmias e de contaminação e deve ser preferido, principalmente, em situações nas quais são usados valores de PEEP elevados, como na lesão pulmonar aguda (JERRE et al, 2007; FARIAS; FREIRE; RAMOS, 2006).
· A principal vantagem do sistema fechado é realizar a aspiração sem a desconexão do circuito do ventilador. Isso, além de determinar menor alteração hemodinâmica e nas trocas gasosas, poderia implicar num menor risco de infecção. Porém, os estudos realizados não mostraram menor frequência de pneumonia com o sistema fechado (LORENTE, 2005). 
· Uma manobra de recrutamento após a aspiração pode minimizar os efeitos da aspiração traqueal (EL MASRY et al, 2005). 
· A aspiração da cavidade oral deve ser realizada após a aspiração da cânula traqueal.
Programas de controle de infecção devem incluir o circuito anestésico e todos os seus acessórios (máscara facial, material de entubação, tubos endotraqueais e nasotraqueais), materiais de intubação (lâminas do laringoscópio e cânulas) e outros materiais empregados como bolsa de ressuscitação e máscaras de oxigênio.
A limpeza prévia dos artigos no próprio centro cirúrgico deve ser desencorajada e se optar por realizá-la na Central de Material, para melhor qualidade e uniformização deste procedimento básico do reprocessamento. A definição de um protocolo ou rotina de processamento e desinfecção dos materiais e equipamentos utilizados em anestesia é vital para o controle de infecções em pacientes submetidos à anestesia. Equipe multiprofissional, em parceria com a CCIH, enfermagem, engenharia clínica, etc. com programa educativo e auditorias periódicas.
A vigilância e análise da equipe de anestesia da ocorrência de complicações infecciosas no período pós-operatório são fundamentais para que se possa identificar os pontos de melhoria na prevenção de infecções de origem respiratória.