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Apostila CPA 10_Preparatório_Versao abr21

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Curso Preparatório 
para a
CERTIFICAÇÃO 
PROFISSIONAL
CPA-10
2
Planejadora Financeira CFP ® pelo Instituto Brasileiro de 
Planejadores Financeiros – Planejar
Certificação Especialista em Investimentos Anbima – CEA
Autora dos livros: Finanças na prática: como planejar sua 
renda, cuidar de seu dinheiro e investir com inteligência; 
Mais que dinheiro: uma vida financeira saudável a 
partir das Escrituras; Moneybook, agenda de finanças 
pessoais; Finanças em família: como falar de dinheiro e 
enriquecer os seus filhos. Coautora dos livros: O código da 
inteligência financeira; Manual do crescimento; Crise 
para alguns, soluções para outros, Juntas Brilhamos Mais. 
Formada em Direito (UNIC), Pós-Graduação em Processo 
Civil (UNIC). MBA em Gestão Empresarial, Gestão em 
Marketing e Gestão Estratégica de Negócios (FGV). MBA 
Finanças, Investimentos e Banking, PUC-RS.
Psicologia econômica e Arquitetura de Escolhas pela B3.
Formação em Coaching Financeiro, Inteligência Financeira, 
Coaching com PNL, Planejamento Financeiro e Coaching 
Evolution, pelo Instituto de Coaching Financeiro. Master 
Coach pela International School of Coaching – Orlando, 
Florida, USA.
Trainer em educação financeira, mercado financeiro, 
certificações profissionais Anbima CPA-10 e CPA-20, 
gestão comercial e vendas. Palestrante de educação 
financeira e motivação.
eliane_metzner@financasnapratica.com 
www.financasnapratica.com 
www.linkedin.com/eliane-jaqueline-debesaitis-metzner 
www.facebook.com/FinancasNaPratica 
www.instagran.com/jaquemetzner
Eliane Jaqueline Debesaitis 
Metzner, CFP® 
3
Sumário
1. Sistema financeiro nacional e participantes do mercado
(proporção: de 5 a 10%) ..............................................................................6
1.1 Funções Básicas ........................................................................................... 7
1.2 Estrutura ........................................................................................................ 7
1.2.1.1 Conselho Monetário Nacional – CMN............................7
1.2.1.2 Banco Central do Brasil – Bacen .................................... 7
1.2.1.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM .....................8
1.2.1.4 SUSEP .......................................................................................8
1.2.1.5 ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos 
Mercados Financeiro e de Capitais ............................................ 9
1.2.1.5.1 O papel da ANBIMA e atividades 
desenvolvidas ........................................................................ 9
1.2.1.5.1.1 Código Anbima de Regulação e 
Melhores Práticas para o Programa de 
Certificação Continuada ......................................10
1.2.1.5.1.2 Código Anbima de Regulação e 
Melhores Práticas para Distribuição de 
Produtos de Investimento ..................................11
1.2.2 Principais Intermediários Financeiros .......................................11
1.2.2.1 Bancos Múltiplos ..................................................................11
1.2.2.2 Bancos Comerciais ..............................................................11
1.2.2.3 Bancos de Investimento ...................................................11
1.2.3 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros .................11
1.2.3.1 B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão .......................................11
1.2.3.2 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores 
Mobiliários ........................................................................................ 12
1.2.3.3 Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores 
Mobiliários ....................................................................................... 12
1.2.4 Sistemas e Câmaras de Liquidação e Custódia (Clearing) 12 
1.2.4.1 Sistema especial de liquidação e de custódia – 
Selic ..................................................................................................... 12
1.2.4.2 Câmara de liquidação, compensação e custódia da 
B3 S/A (Câmara BM&FBovespa) ............................................... 12
1.2.4.3 Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB ................ 13
2. Ética, Regulamentação e Análise do Perfil do Investidor
(Proporção: de 15 a 20%) ..........................................................................14
2.1 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para 
Distribuição de Produtos de Investimento ............................................. 15
2.1.1. Definições ........................................................................................... 15
2.1.2. Objetivos ............................................................................................ 17
2.1.3. Princípios Gerais de Conduta .................................................... 18
2.1.4 Regras, Procedimentos e Controles ........................................ 18
2.1.4.1 Segurança e Sigilo das Informações ........................... 18
2.1.5 Publicidade ......................................................................................... 18
2.1.5.1 Material Publicitário ......................................................... 18
2.1.5.2 Material Técnico ................................................................. 18
2.1.5.3 Avisos Obrigatórios .......................................................... 18
2.1.6 Regras Gerais (Cap. IX) .................................................................. 19
4
2.1.6.1 Divulgação de informações por meios eletrônicos: 
Devem ser disponibilizados no site da Instituição ............. 19
2.1.6.2 Conheça seu cliente.......................................................... 19
2.1.6.3 Suitability ............................................................................. 19
2.1.7 Selo ANBIMA ......................................................................................20
2.1.8 Distribuição de Fundos de Investimento ................................20
2.2 Prevenção Contra a Lavagem de Dinheiro ...................................... 20
2.2.1 Legislação e regulamentação ................................................... 21
2.2.3 Modelo de abordagem baseada em risco ............................. 22
2.2.4 Ações preventivas: princípio do “conheça seu cliente” .. 24
2.3 Ética na Venda ............................................................................................ 31
2.4 Análise do Perfil do Investidor ............................................................. 31
3. Noções de Economia e Finanças (Proporção: de 5 a 10%) ........... 33
3.1 Conceitos Básicos de Economia ......................................................... 34
3.2 Conceitos Básicos de Finanças ......................................................... 36
3.2.1 Taxa de juros nominal e taxa de juros real ........................... 36
3.2.2 Taxa de juros equivalentes versus taxa de juros 
proporcional ............................................................................................... 37
3.2.3 Capitalização Simples versus Capitalização Composta ..37 
3.2.4 Índice de referência (benchmark) aplicado a produtos de 
investimento ...............................................................................................37
3.2.5 Volatilidade .......................................................................................37
3.2.6 Prazo médio ponderado de uma carteira de títulos ......... 38
3.2.7 Marcação a Mercado como valor presente de um fluxo de 
pagamentos (apreçamento de ativos) ............................................. 38
3.2.8 Mercado Primário e Mercado Secundário ............................ 39
4. Princípios de Investimento (Proporção: de 10 a 20%) ................40
4.1 Principais Fatores de Análise de Investimentos ............................ 41
4.1.1 Rentabilidade .................................................................................... 41
4.1.2 Liquidez ...............................................................................................41
4.2 Principais Riscos do Investidor ...........................................................41
4.3 Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de
Investimento as Necessidades dos Investidores ................................41
5. Fundos de Investimento ....................................................................... 45
5.1 Definições Legais ..................................................................................... 46
5.1.1 Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em 
Cotas (FIC) ....................................................................................................47
5.1.2 Fundos Abertos e Fundos Fechados.........................................47
5.2 Dinâmica de Aplicação e Resgate ...................................................... 50
5.3 Diferenciais do Produto para o Investidor ...................................... 51
5.4 Política de Investimento .......................................................................52
5.4.4 Instrumentos de divulgação das políticas de investimento 
e rentabilidade .......................................................................................... 53
5.5 Carteira de Investimentos .................................................................... 53
5.6 Taxas de Administração e Outras ...................................................... 54
5.7 Classificação CVM .................................................................................... 54
5.8 Tributação ...................................................................................................56
5.9 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para 
Administração de Recursos de Terceiros ............................................ 58
2.2.5 Identificação e registros de operações ................................ 24
2.2.6 Responsabilidades administrativas e legais...................... 28
4.3.5 Finanças Pessoais.......................................................................... 422.2.2 Caracterização do crime de lavagem de dinheiro ............. 21
5
6. Instrumentos de Renda Variável e Renda Fixa
(Proporção: de 15 a 25%) ..........................................................................60
6.1 Ações ..............................................................................................................61
6.2 Títulos de Crédito Imobiliário e do Agronegócio ...........................65
6.3 CDB – Certificado de Depósito Bancário ......................................... 66
6.4 Caderneta de Poupança ........................................................................ 66
6.5 Debêntures e Debêntures Incentivadas ...........................................67
6.6 Títulos Públicos ........................................................................................ 68
7. Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL .........................70
7.1 Previdência Social x Previdência Privada: Avaliação da 
Necessidade 
do Cliente .......................................................................................................... 71
Simulado Capítulo 1 – Sistema Financeiro Nacional e Participantes 
do Mercado. ..................................................................................................76
Simulado Capítulo 2 – Ética, Regulamentação e Análise do Perfil 
do Investidor (Proporção: de 15 a 20%) ............................................... 81
Simulado Capítulo 3 – Noções de Economia e Finanças ..................86
Simulado Capítulo 4 – Princípios de Investimento .............................91
Simulado Capítulo 5 – Fundos de Investimento ..................................96
Simulado Capítulo 6 – Produtos de Investimento .............................102
Simulado Capítulo 7 – Previdência Privada .........................................107
Simulado Final ........................................................................................... 113
Gabarito simulado 1 ............................................................................124
Gabarito simulado 2 ...........................................................................124
Gabarito simulado 3 ...........................................................................124
Gabarito simulado 4 ...........................................................................124
Gabarito simulado 5 ...........................................................................125
Gabarito simulado 6 ...........................................................................125
Gabarito simulado 7 ............................................................................125
Gabarito simulado final CPA10 .........................................................126
Referências Bibliográficas ...............................................................126
Sistema financeiro nacional e participantes 
do mercado (proporção: de 5 a 10%)01.
7
1.1 Funções Básicas
O Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de Instituições 
que fazem a intermediação financeira, realizada através 
de captação de recursos de agentes superavitários 
(aplicadores) e o repasse para agentes deficitários 
(tomadores de crédito).
Funções básicas do SFN:
• Intermediação financeira, remunerando o capital do
poupador e disponibilizando recursos ao tomador;
• Redução do risco: o poupador avalia a segurança da
instituição, e esta, através de seus mecanismos de
análise de crédito, avalia e se responsabiliza pelo
tomador;
• Padronização dos critérios e regras para a captação
e aplicação de recursos, como taxa de juros, prazos,
condições.
1.2 Estrutura 
1.2.1.1 Conselho Monetário Nacional – CMN
Órgão máximo do SFN. Tem DNA: Delibera, Normatiza 
e Autoriza. É formado por três membros: Ministro da 
Fazenda, Ministro do Planejamento e o Presidente do 
Bacen. Principais Atribuições:
• Regular as condições de constituição, funcionamento e
fiscalização das instituições financeiras;
• Estabelecer as medidas de prevenção ou correção de
desequilíbrios econômicos através de diretrizes gerais
das políticas monetária, cambial e creditícia;
• Definir a meta de inflação no País e disciplinar todos os
tipos de crédito;
• Autorizar as emissões de Papel Moeda e títulos
públicos;
• Disciplinar todos os tipos de crédito.
1.2.1.2 Banco Central do Brasil – Bacen
Principal órgão executor do Sistema Financeiro Nacional
BACEN: Fiscaliza, Executa e Supervisiona.
Principais atribuições:
• Autoriza e fiscalizar o funcionamento das instituições
financeiras;
• Emite moeda (pela casa da moeda, autorizado pelo
CMN)
• Exerce o controle do crédito e capitais estrangeiros;
• Controla o crédito e capitais estrangeiros executando
a Política Monetária e Cambial;
CMN é o chefe. Verbos: Regula, 
Estabelece, Define.
8
• Administra o Sistema de Pagamentos Brasileiro e o
meio circulante;
• Banco do Governo: administra as contas do Tesouro
Nacional, mediante a colocação de títulos da dívida
pública, e a dívida pública externa e interna. Compra e
vende títulos públicos (responsável pela negociação);
• Banco dos bancos: recebe os recolhimentos
compulsórios dos bancos e fornece empréstimos de
liquidez (Redesconto).
Títulos Públicos
Autoriza: CMN 
Emite: Tesouro Nacional 
Negocia: Bacen 
Custodia: Selic
1.2.1.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Órgão voltado para o desenvolvimento do mercado de 
títulos e valores mobiliários. Assuntos relacionados à 
Bolsa, aos Fundos e a ações.
Principais atribuições:
• Promover medidas incentivadoras à formação de
poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
• Estimular o funcionamento das bolsas de valores e
das instituições operadoras;
• Proteger os interesses dos investidores de mercado;
• Regular e fiscalizar qualquer tipo de Fundo de
Investimento.
1.2.1.4 SUSEP
(Superintendência de Seguros Privados) é o órgão 
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados 
de seguro, previdência privada aberta, capitalização e 
resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.O BACEN é órgão executor. O verbo autorizar 
nas atribuições do BACEN 
é utilizado como executor, após a análise 
das regras determinadas pelo CMN, 
autoriza a constituição ou liquida uma 
Instituição financeira.
CVM: Bolsa FA: Bolsa, Fundos e Ações. O 
verbo regular, apesar de ser verbo de chefia, é 
utilizado na função de organizar, executar.
9
Atribuições da Susep:
1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento
e operação das Sociedades Seguradoras, de
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta
e Resseguradores, na qualidade de executora da
política traçada pelo CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança
popular que se efetua através das operações de
seguro, previdência privada aberta, de capitalização e
resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos
mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e
dos instrumentos operacionais a eles vinculados,
com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional
de Seguros Privados e do Sistema Nacional de
Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob
sua jurisdição, assegurando sua expansão e o
funcionamento das entidades que neles operem;
6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que
integram o mercado;
7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas
entidades, em especial os efetuados em bens
garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP –
Conselho Nacional de Seguros Privados, e exercer as
atividades que por este forem delegadas.
1.2.1.5 ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades 
dos Mercados Financeiro e de Capitais
Representa as Instituições Financeiras que atuam no 
mercado financeiro e de capitais. A adesão aos códigos 
é obrigatório para as Instituições filiadas. As demais 
entidades e Pessoas Físicas que não são associadas 
podem aderir aos códigos, como por exemplo um 
profissional que deseja fazer o teste de Certificação 
Profissional Anbima.
Atribuições: Criou e supervisiona/conduz o cumprimento 
dos códigos de Regulação e Melhores Práticas das 
Instituições e dos Mercados.
1.2.1.5.1 O papel da ANBIMA e atividades 
desenvolvidas
Representar: promover o diálogo, apresentar propostas, 
propor boas práticas de mercado;
Autorregular: regras de atuação no mercado);
Informar: (divulgar preços, índices, auxiliar o 
acompanhamento do mercado;
Educar: programas de certificação, cursos para educação 
continuada, educação financeira).
Anbima é associação, entidade 
de apoio à CVM.
10
o Vencimento das certificações;
o Ter assinatura dos profissionais no código de ética e
assegurar que o cumpram em sua totalidade;
o Cuidar do aperfeiçoamento e atualização dos seus
funcionários.
Certificação Profissional e público-alvo:
Papel da Anbima:
R – A – I –E
1.2.1.5.1.1 Código Anbima de Regulação e Melhores 
Práticas para o Programa de Certificação Continuada
seu principal objetivo é estabelecer princípios e regras 
para elevação e capacitação técnica dos profissionais das 
Instituições Participantes que desempenham as 
atividades elegíveis (que é a distribuição de produtos de 
investimento e de gestão de recursos de terceiros/Fundos 
de Investimento). 
As certificações exigidas para o desempenho das 
Atividades Elegíveis são obrigatórias para todos os 
profissionais que realizam a Distribuição de Produtos de 
Investimento e/ou a Gestão de Recursos de Terceiros, 
independentemente do cargo que ocupam na Instituição 
Participante (art.22).
O código exige dois grandes grupos de obrigações: 
• Supervisão de seus profissionais.
o Ter reputação ilibada
o Cumprir suas obrigações
• Estabelecer e implementar adequadamente os
controles internos:
o Identificar profissionais certificados, mantendo
base de dados na Anbima atualizada;
• Certificação Profissional Anbima série 10 - CPA 10: Destinado aos
profissionais de instituições financeiras, com exceção dos profissionais
que atendem o púbico que exige CPA 20.
• Certificação Profissional Anbima série 20 - CPA 20: destinado a
profissionais que atendem o varejo alta renda (não necessariamente
investidores qualificados), private, corporate e investidores institucionais.
• Certificação Especialista em Investimentos Anbima - CEA: Profissionais que
assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas em
investimentos, podendo indicar Produtos de Investimento.
• Certificação ANBIMA de Fundamentos em Gestão – CFG: é uma certificação
para a área de gestão de recursos de terceiros. É pré-requisito para a CGA
e/ou a CGE A CFG não é obrigatória para nenhuma função e nem habilita o
profissional a ser gestor.
• Certificação de Gestores ANBIMA - CGA: obrigatória para Gestores de
Recursos de Terceiros (fundos e carteiras administradas).
• Certificação de Gestores ANBIMA para Fundos Estruturados – CGE: habilita
profissionais para atuarem com gestão de recursos de terceiros em
produtos estruturados.
11
1.2.1.5.1.2 Código Anbima de Regulação e Melhores 
Práticas para Distribuição de Produtos de 
Investimento
dispões sobre as regras de distribuição de produtos e 
orientação ao investidor. Mais detalhes serão vistos no 
Capítulo 2.
1.2.2 Principais Intermediários Financeiros
1.2.2.1 Bancos Múltiplos
Realizam operações de crédito, captação e outros 
serviços, através das seguintes carteiras:
• Comercial;
• Investimentos;
• Crédito Imobiliário;
• Desenvolvimento (bancos públicos);
• Arrendamento Mercantil (Leasing);
Para que um banco seja considerado múltiplo, precisa ter 
no mínimo duas carteiras, sendo uma delas Comercial ou 
Investimento.
1.2.2.2 Bancos Comerciais
Captam Depósito a Vista e Depósito a Prazo e realizam 
operações de crédito de Curto/Médio Prazo.
1.2.2.3 Bancos de Investimento
Captam Depósito a Prazo, operações de crédito de Médio/
Longo Prazo e operações no mercado de capitais (por 
exemplo Ofertas públicas de ações ou debêntures). Não 
possuem conta corrente.
1.2.3 Outros Intermediários ou Auxiliares 
Financeiros 
1.2.3.1 B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão
é uma empresa de infraestrutura para o mercado 
financeiro, criada em março de 2017, com serviços de 
negociação (bolsa de valores), pós-negociação (Câmara 
central depositária de ativos, compensação e liquidação e 
contraparte garantidora da realização das operações). 
BMF&Bovespa: É a única Bolsa de Valores do Brasil, 
com ampla oferta de produtos e serviços, tais como: 
Para negociar ações na Bolsa de 
valores, é necessário ter uma conta 
em uma Corretora ou Distribuidora de 
Títulos e Valores mobiliários.
12
negociação de Ações, Títulos de Renda Fixa, Câmbio 
Pronto e Contratos Derivativos referenciados em Ações, 
Ativos Financeiros, Índices, Taxas, Mercadorias, Moedas, 
entre outros; listagem de empresas e outros emissores 
de Valores Mobiliários, depositária de Ativos, empréstimo 
de Títulos e licença de softwares. As negociações são 
realizadas exclusivamente por meio eletrônico.
1.2.3.2 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores 
Mobiliários
é uma pessoa jurídica que intermedia a compra e venda 
de títulos financeiros para seus clientes. Sua constituição 
depende de autorização do BACEN e o exercício de sua 
atividade depende de autorização do CVM. 
• Operam na Bolsa de Valores com compra, venda e
distribuição de títulos e valores mobiliários;
• Administram e organizam fundos e clubes de
investimento;
• Intermediam operações de câmbio;
• Promovem/participam lançamento público de ações.
1.2.3.3 Sociedades Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários 
As Distribuidoras não podiam operar diretamente em 
Bolsas de Valores, o que foi alterado pela Decisão 
Conjunta Bacen-CVM nº 17, de 02/03/2009. A partir de 
então, realiza praticamente as mesmas operações da 
corretora de títulos e valores mobiliários.
1.2.4 Sistemas e Câmaras de Liquidação e 
Custódia (Clearing) 
Possuem a atribuição de garantir a liquidação financeira 
dos contratos, assim como de realizar a custódia de 
ativos, dando segurança ao investidor tanto no aspecto 
deguarda dos ativos, como na mitigação dos riscos de 
liquidação.
Principal objetivo: Mitigar o risco de liquidez.
1.2.4.1 Sistema especial de liquidação e de custódia 
– Selic
Custodia títulos públicos. (LFT; LTN; NTN-B, NTN-B 
Principal e NTN-F).
1.2.4.2 Câmara de liquidação, compensação e 
custódia da B3 S/A (Câmara BM&FBovespa)
Câmara BM&Fbovespa: faz a custódia e liquida 
SELIC: Títulos Públicos LTN, LFT, NTN-B, NTN-F.
Câmara BM&F Bovespa: Títulos Privados CDI 
CDB, LCI, LCA, CPR, Debêntures (Renda Fixa) e 
ações e derivativos (Renda Variável)
13
operações de renda fixa e variável realizadas na bolsa, 
atuando como contraparte central.
Garantias e benefícios para o investidor: além de 
proporcionar um ambiente seguro e confiável de 
negociação, a BM&FBovespa atua como “contraparte”, 
ou seja, se uma das partes não honrar com os seus 
compromissos (entregar a ação ou depositar o valor 
correspondente), a operação é automaticamente 
realizada, transferindo a titularidade do ativo na conta 
de custódia se houve a venda, ou o valor da conta da 
corretora, se houve aquisição de ativos.
1.2.4.3 Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB
É o conjunto de regras, sistemas e mecanismos utilizados 
para transferir recursos e liquidar operações financeiras 
entre empresas, órgãos governamentais e pessoas físicas.
Traz segurança, agilidade e redução do risco sistêmico, 
desestimulando o uso de instrumentos sujeitos a 
compensação (cheques, DOC’s, cobrança Bancária).
Executa transferências on-line: TED (Transferência 
Eletrônica Disponível) e transaciona valores através dos 
sistemas de cartões de débito e crédito.
Valor mínimo de uma TED (transferência eletrônica): 
R$ 0,01
Valor máximo de um DOC (via compensação): R$ 4.999,99
SPB: terrível contra os riscos!
Ética, Regulamentação e Análise do Perfil do 
Investidor (Proporção: de 15 a 20%)02.
15
A adesão aos códigos é automática e obrigatória para todas 
as instituições filiadas à ANBIMA, sendo que as demais 
Instituições podem aderir aos códigos. TODOS eles destacam: 
• Proteção ao investidor – equidade no atendimento
deste público;
• A transparência do processo de prestação de
informações aos investidores;
• A ética na condução dos negócios;
• Aspectos relacionados à prevenção ao crime de
lavagem de dinheiro;
• O adequado monitoramento dos riscos a que estão
sujeitas as atividades relacionadas à indústria de
Fundos de Investimento.
2.1 Código Anbima de Regulação e 
Melhores Práticas para Distribuição de 
Produtos de Investimento
2.1.1. Definições
I. Aderente: instituições que aderem ao Código e se
vinculam à Associação por meio contratual, ficando
sujeitas às regras específicas deste documento;
II. Agente Autônomo de Investimento ou AAI: pessoa
natural ou jurídica registrada na Comissão de Valores
Mobiliário, para realizar, sob a responsabilidade
e como preposto da Instituição Participante, as
atividades previstas no parágrafo 1º do artigo 24; 
III. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira de
Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais;
IV. Associada ou Filiada: instituições que se associam
à ANBIMA e passam a ter vínculo associativo,
ficando sujeitas a todas as regras de
autorregulação da Associação;
V. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos
utilizados na Distribuição de Produtos de
Investimento, que servem como instrumentos
remotos sem contato presencial entre o investidor
ou potencial investidor e a Instituição Participante;
VI. Carta de Recomendação: documento expedido pela
Supervisão de Mercados e aceito pela Instituição
Participante que contém as medidas a serem
adotadas a fim de sanar a(s) infração(ões) de
pequeno potencial de dano e de fácil reparabilidade
cometida(s) pelas Instituições Participantes,
conforme previsto no Código dos Processos;
VII. Código de Atividades Conveniadas: Código
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
as Atividades Conveniadas, que dispõe sobre
os convênios celebrados entre a ANBIMA e as
instituições públicas;
VIII. Código dos Processos: Código ANBIMA dos
Processos de Regulação e Melhores Práticas
que dispõe sobre a condução de processos
sancionadores para apuração de descumprimento
16
às regras estabelecidas nos Códigos ANBIMA de 
Regulação e Melhores Práticas;
IX. Código: Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para Distribuição de Produtos de
Investimentos que dispõe sobre a atividade de
Distribuição de Produtos de Investimento;
X. Comissão de Acompanhamento: Organismo de
Supervisão com competências definidas no artigo
61 deste Código;
XI. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto
de entidades controladoras diretas ou indiretas,
controladas, coligadas ou submetidas a controle
comum;
XII. Conheça seu Cliente: regras e procedimentos
adotados pelas Instituições Participantes para
conhecer seus investidores;
XIII. Conselho de Distribuição: Organismo de Supervisão
com competências definidas no artigo 68 deste
Código;
XIV. Criptografia: conjunto de técnicas para codificar a
informação de modo que somente o emissor e o
receptor consigam decifrá-la;
XV. Distribuição de Produtos de Investimento: (i)
oferta de Produtos de Investimento de forma
individual ou coletiva, resultando ou não em
aplicação de recursos, assim como a aceitação
de pedido de aplicação por meio de agências
bancárias, plataformas de atendimento, centrais
de atendimento, Canais Digitais, ou qualquer outro 
canal estabelecido para este fim; e (ii) atividades 
acessórias prestadas aos investidores, tais como 
manutenção do portfólio de investimentos e 
fornecimento de informações periódicas acerca dos 
investimentos realizados; 
XVI. Estrategista de Investimentos: profissional
responsável pela construção dos portfólios
estratégicos e recomendações táticas dentro de
cada perfil de investimento;
XVII. Fundo de Investimento ou Fundo: comunhão de
recursos, constituído sob a forma de condomínio,
destinada à aplicação em ativos financeiros;
XVIII. Fundo Exclusivo: Fundo destinado exclusivamente
a um único investidor profissional, nos termos da
Regulação em vigor;
XIX. Fundo Reservado: Fundo destinado a um grupo
determinado de investidores que tenham entre si
vínculo familiar, societário ou que pertençam a um
mesmo Conglomerado ou Grupo Econômico, ou
que, por escrito, determinem essa condição;
XX. Instituições Participantes: instituições Associadas à
ANBIMA ou instituições Aderentes a este Código;
XXI. Material Publicitário: material sobre Produtos de
Investimento ou sobre a atividade de Distribuição
de Produtos de Investimento divulgado pelas
Instituições Participantes por qualquer meio de
comunicação disponível, que seja destinado a
17
investidores ou potenciais investidores com o 
objetivo de estratégia comercial e mercadológica; 
XXII. Material Técnico: material sobre Produtos de
Investimento divulgado pelas Instituições
Participantes por qualquer meio de comunicação
disponível, que seja destinado a investidores ou
potenciais investidores com o objetivo de dar
suporte técnico a uma decisão de investimento,
devendo conter, no mínimo, as informações
previstas no artigo 32 deste Código;
XXIII. Organismos de Supervisão: em conjunto, Conselho
de Distribuição, Comissão de Acompanhamento e
Supervisão de Mercados;
XXIV. Plano de Continuidade de Negócios: planos
de contingência, continuidade de negócios
e recuperação de desastres que assegurem
a continuidade das atividades da Instituição
Participante e a integridade das informações
processadas em sistemas sob sua
responsabilidade e interfaces com sistemas de
terceiros;
XXV. Produtos Automáticos: aqueles que possuem a
funcionalidade de aplicação e resgate automático,
conforme saldo disponível na conta corrente do
investidor;
XXVI. Produtos de Investimento: valores mobiliários
e ativos financeiros definidos pela Comissão de
Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do
Brasil;
XXVII. Regulação: normas legais e infralegais que
abrangem a Distribuição de Produtos de
Investimento;
XXVIII. Supervisão de Mercados: Organismo de Supervisãocom competências definidas no artigo 58 deste
Código;
XXIX. Termo de Compromisso: instrumento pelo qual a
Instituição Participante compromete-se perante
a ANBIMA a cessar e corrigir os atos que possam
caracterizar indícios de irregularidades em face
deste Código; e
XXX. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento
e carteiras administradas constituídos localmente
com o objetivo de investir recursos obtidos junto a
um ou mais investidores.
2.1.2. Objetivos
I. A manutenção de padrões éticos e práticas
equitativas no mercado financeiro e de capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da
Distribuição de Produtos de Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os
investidores, de acordo com o canal utiliza do e as
características dos investimentos; e
18
VI. A qualificação das instituições e de seus
profissionais envolvidos na Distribuição de
Produtos de Investimento.
2.1.3. Princípios Gerais de Conduta 
As Instituições e seus profissionais devem cumprir todas 
as suas obrigações com ética e diligência, com idoneidade 
moral e profissional, mantendo a confiança e o bom 
funcionamento do sistema. Descumprimento: inexistência 
das regras e procedimentos ou a sua não implementação 
ou implementação inadequada.
2.1.4 Regras, Procedimentos e Controles 
Controles efetivos e consistentes, acessíveis a todos 
os seus profissionais, evitando conflitos de interesses, 
com vistas ao gerenciamento do risco. Deverá ter 
uma estrutura adequada ao porte de cada instituição, 
com qualificação técnica e experiência e autonomia e 
autoridade para questionar os riscos. Segregação de 
atividades para evitar conflitos de interesses, deve manter 
segregação de responsabilidades.
2.1.4.1 Segurança e Sigilo das Informações
Controle de informações confidenciais, reservadas ou 
privilegiadas, testes periódicos de segurança e treinamento 
para o tratamento de informações confidenciais.
2.1.5 Publicidade
Materiais adequados, minimizando incompreensões e 
privilegiando informações necessárias para a tomada de 
decisão de investidores; 
2.1.5.1 Material Publicitário 
Deve incluir, em destaque, link ou caminho direcionando os 
investidores ou potenciais investidores ao Material Técnico.
2.1.5.2 Material Técnico
O material técnico do fundo deve possuir: 
I. Descrição do objetivo e/ou estratégia;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores
específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Tributação aplicável; e
V. Informações sobre os canais de atendimento.
2.1.5.3 Avisos Obrigatórios 
I. Rentabilidade obtida no passado não representa
garantia de resultados futuros;
II. A rentabilidade divulgada não é líquida de
impostos;
III. O investimento em Fundo não é garantido pelo FGC;
19
IV. A rentabilidade divulgada não é líquida de
impostos;
V. “Leia o formulário de informações complementares,
a lâmina de informações essenciais, se houver, e o
regulamento antes de investir”.
VI. Este formulário está em consonância com as
disposições do Código ANBIMA de Administração de
Recursos de Terceiros e com o regulamento, mas
não o substitui.
2.1.6 Regras Gerais (Cap. IX) 
É proibido induzir os investidores a erro ao dar a entender 
que atuam como prestadores de serviço de consultoria 
independente de valores mobiliários de forma autônoma à 
atividade de Distribuição de Produtos de Investimento.
2.1.6.1 Divulgação de informações por meios 
eletrônicos: Devem ser disponibilizados no site da 
Instituição
I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de
investimento;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores
específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação; IV.
Nome do emissor, quando aplicável; V. Tributação
aplicável;
IV. Classificação do Produto de Investimento, nos
termos estabelecidos pelo artigo 49 deste Código;
V. Descrição resumida dos principais fatores de risco,
incluindo, no mínimo, os riscos de liquidez, de
mercado e de crédito, quando aplicável; e
VI. Informações sobre os canais de atendimento.
2.1.6.2 Conheça seu cliente
As IF devem conhecer seus investidores no início 
do relacionamento e durante o processo cadastral, 
identificando a necessidade de visitas pessoais em 
suas residências, seus locais de trabalho e em suas 
instalações comerciais. 
As Instituições Participantes devem manter as 
informações cadastrais atualizadas, de modo a permitir 
que haja identificação, a qualquer tempo, de cada um dos 
beneficiários finais, bem como do registro atualizado de 
todas as aplicações e resgates realizados em nome dos 
investidores, quando aplicável. 
2.1.6.3 Suitability 
As Instituições Participantes não podem recomendar Produtos 
de Investimento, realizar operações ou prestar serviços 
sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor. 
A IF deve obter: coleta de informações, classificação 
de perfil, classificação dos produtos de investimento, 
20
procedimento operacional e comunicação com o investidor 
da adequação dos investimentos a seu perfil (suitability).
2.1.7 Selo ANBIMA
O selo Anbima demonstra o compromisso das Instituições 
Participantes em atender às disposições deste Código. 
Não representa responsabilização pelas informações 
constantes dos documentos divulgados pelas Instituições 
Participantes, ainda que façam uso do selo ANBIMA, nem 
tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades.
2.1.8 Distribuição de Fundos de Investimento
As IF devem manter em seus sites as seguintes 
informações de fundos de investimento:
I. Política de investimentos;
II. Classificação de risco do Fundo;
III. Condições de aplicação, amortização (se for o caso)
e resgate (cotização);
IV. Limites mínimos e máximos de investimento
e valores mínimos para movimentação e
permanência no Fundo; V. Taxa de administração,
de performance e demais taxas;
V. Rentabilidade, observado o disposto nas regras
de Publicidade previstas nos anexos do Código
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando
aplicável; 
VI. Avisos obrigatórios, observado o disposto nas
regras de Publicidade previstas nos anexos do
Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas
para Administração de Recursos de Terceiros,
quando aplicável; e
VII. Referência ao local de acesso aos documentos
do Fundo com explicitação do canal destinado ao
atendimento a investidores.
Para saber mais, leia o Código de Distribuição 
disponível no site da Anbima. 
Os códigos de autorregulação buscam 
transparência, ética e proteção ao investidor. 
2.2 Prevenção Contra a Lavagem de 
Dinheiro 
Em 1988, a Organização das Nações Unidas aprovou a 
Convenção de Viena, onde os participantes se 
comprometeram a se esforçar para penalizar a conversão, 
transferência, ocultação ou encobrimento de bens 
provenientes de atividades ilícitas relacionadas a crimes, 
inicialmente tráfico de drogas, terrorismo e corrupção e 
depois ampliado para qualquer crime antecedente que 
levasse a uma vantagem financeira ilícita.
21
2.2.1 Legislação e regulamentação
A Lavagem de dinheiro é regulamentada pela Lei 9.613, 
alterada pela lei 12. 683/12, conhecida por “Lei de 
Prevenção e ao combate à Lavagem de Dinheiro e ao 
Financiamento do Terrorismo (PLD/FT)”.
A Lei nº 13.810/19 e sua regulamentação fortaleceram o 
sistema de combate à lavagem de dinheiro, 
estabelecendo sanções como a indisponibilidade de 
ativos de pessoas físicas e jurídicas.
A Circular nº 3.978/2020 dispõe sobre a política, 
procedimentos e controles internos a serem adotados 
pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil visando à prevenção da utilização do 
sistema financeiro para a prática dos crimes de "lavagem" 
ou ocultação de bens, direitos e valores.
Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso 
transforma recursos ganhos em atividades ilegais em 
ativos com uma origem aparentemente legal.
O número das leis, decretos e circulares não 
costuma ser cobrado nas provas.
2.2.2. Caracterizaçãodo crime
de lavagem de dinheiro
É crime de lavagem de dinheiro “ocultar ou dissimular a 
natureza, origem, localização, disposição, movimentação 
ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, 
direta ou indiretamente, de qualquer infração penal”.
O processo de lavagem de dinheiro tem, normalmente, 
três etapas:
1. Colocação: é a fase de ingresso do dinheiro no
sistema econômico, onde o dinheiro passa pelo caixa ou
balcão dos bancos. Também é considerado como
colocação a compra de bens (compra em espécie de joias,
obras de arte, carros, imóveis, etc.) ou instrumentos
negociáveis (outras moedas), sem que haja o depósito
anterior, pois é onde o recurso entra na economia.
2. Ocultação: Visa dificultar o rastreamento em caso
de investigações, ou confundir o rastreamento por meio de
transferências e/ou aplicações múltiplas. Pode ser
utilizado empresas fictícias ou os famosos “laranjas”,
pessoas que emprestam ou alugam seus nomes para as
movimentações, para a colocação inicial ou mesmo nas
transferências.
22
3. Integração: é a fase onde o dinheiro volta à
economia, agora com origem aparentemente legítima.
Penalidade para quem pratica o crime: reclusão de 3 
a 10 anos, e multa. 
O crime é afiançável, ou seja, se houver prisão 
anterior ao julgamento, o juiz pode 
estabelecer fiança para que o acusado 
responda o processo em liberdade, desde que 
não haja risco de fuga e destruição de provas. 
A lei estabelece as situações em que os 
valores podem ser abatidos da multa da 
condenação ou se haverá perda dos valores 
pagos por fiança.
“As mesmas penas são aplicáveis também aos 
agentes que possibilitaram a ocorrência da 
lavagem de dinheiro em todo o seu ciclo”. 
Por isso incorre na mesma pena quem: 
• Ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal, os converte
em ativos lícitos, comercializa ou os guarda.
• Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
direitos ou valores provenientes de infração penal ou
for sócio de empresa que o faz.
A pena poderá ser reduzida de um a dois terços, ou ser 
aplicada pena administrativa se o autor, coautor ou 
participante colaborar espontaneamente com as 
autoridades (delação premiada).
A pena poderá ser aumentada de um a dois terços se 
praticada de forma reiterada ou por organização 
criminosa.
2.2.3 Modelo de abordagem baseada 
em risco 
As instituições supervisionadas pelo Banco Central do 
Brasil devem implementar e manter política de 
prevenção de práticas de lavagem de dinheiro e de 
financiamento do terrorismo.
23
A política de prevenção de lavagem de dinheiro deve 
conter a definição de:
a. Papéis e responsabilidades.
b. Procedimentos de avaliação e análise prévia de
novos produtos e serviços, e utilização de novas
tecnologias.
c. Avaliação interna de risco.
d. Verificação do cumprimento da política,
procedimentos e controles internos da mesma,
assim como a identificação e a correção das
deficiências verificadas.
e. Promoção de cultura organizacional, contemplando
funcionários, parceiros e prestadores de serviços
terceirizados.
f. Seleção e a contratação de funcionários e de
prestadores de serviços terceirizados, tendo em
vista o risco de lavagem de dinheiro e de
financiamento do terrorismo.
g. Capacitação dos funcionários sobre o assunto.
Também deverá definir as diretrizes para 
implementação de procedimentos de:
a) Coleta, verificação, validação e atualização de
informações cadastrais de funcionários, parceiros e
prestadores de serviços terceirizados;
b) Registro de operações e de serviços financeiros;
c) Monitoramento, seleção e análise de operações e
situações suspeitas; e
d) Comunicação de operações ao Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf).
As instituições devem indicar formalmente ao Banco 
Central do Brasil um diretor responsável pela PLD/FT.
Da avaliação interna de risco
As instituições supervisionadas pelo BCB devem realizar 
avaliação interna com o objetivo de identificar e mensurar 
o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática
da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo.
A avaliação interna deve considerar, 
no mínimo, os perfis de risco:
I. Dos clientes;
II. Da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área
geográfica de atuação;
III. Das operações, transações, produtos e serviços,
abrangendo todos os canais de distribuição e a
utilização de novas tecnologias; e
IV. Das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros
e prestadores de serviços terceirizados.
A avaliação interna de risco deve ser revisada a 
cada dois anos, bem como quando ocorrerem 
alterações significativas nos perfis de risco.
24
2.2.4. Ações preventivas: princípio do 
“conheça seu cliente” 
O princípio “conheça o seu cliente” determina que as 
Instituições Financeiras devem manter cadastros 
atualizados com o objetivo de verificar a procedência 
dos valores, assim como acompanhar as 
movimentações financeiras, proporcionando a 
possibilidade de identificação das suspeitas no crime 
de lavagem de dinheiro.
Função do cadastro: auxiliar a identificação da origem 
e destinação dos recursos.
Implicações de um cadastro desatualizado: a análise 
da capacidade financeira fica comprometida, pois não 
há dados suficientes para verificar as movimentações 
financeiras.
Prazo para a guarda dos documentos: 05 anos da 
conclusão da transação ou do encerramento da conta.
Pessoas Expostas Politicamente (PEPs)
As Instituições devem manter registro de seus clientes 
que forem pessoas politicamente expostas.
Consideram-se pessoas expostas politicamente os 
detentores de mandatos eletivos dos Poderes 
Executivo e Legislativo da União, Estados e Municípios, 
ministros, assessores, membros de tribunais, 
procuradores-gerais, presidentes e tesoureiros de 
partidos políticos, presidentes de entidades da 
administração pública indireta estadual e distrital e os 
presidentes de Tribunais de Justiça, Militares, de 
Contas ou equivalente de Estado e do Distrito Federal.
2.2.5. Identificação e registros de 
operações 
As instituições financeiras devem manter registros de 
todas as operações realizadas, produtos e serviços 
contratados, inclusive saques, depósitos, aportes, 
pagamentos, recebimentos e transferências de 
recursos.
Estão sujeitas ao controle da lavagem de dinheiro: 
Pessoas Físicas e Jurídicas que exercem a gestão de 
recursos de terceiros, sendo entidades reguladas e 
supervisionadas pelo Sistema Financeiro Nacional e 
entidades não pertencentes ao SFN, mas que 
respondem ao COAF por movimentarem recursos de 
terceiros:
25
I. Entidades reguladas e supervisionadas pelo
Sistema Financeiro Nacional: Os participantes do
sistema financeiro nacional, supervisionados pelo
Bacen (Bancos, Cooperativas de Crédito, financeiras,
corretoras instituições de pagamentos,
administradoras de consórcio, fintech, etc.), CVM
(bolsas, corretoras, administradores de fundos,
consultores e auditores de valores mobiliários, etc.) e
demais entidades cujo funcionamento dependa de
autorização de órgão regulador dos mercados
financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros.
Possuem a obrigação de registro e comunicação:
1. Registro: As Instituições devem manter registros de
todas as operações realizadas, produtos e serviços
contratados, inclusive saques, depósitos, aportes,
pagamentos, recebimentos e transferências de
recursos. Se o cliente for Pessoa Jurídica, a
identificação deverá abranger as pessoas físicas
autorizadas a representá-la, bem como seus
proprietários.
As operações em espécie com valor superior a R$ 
2.000,00 devem ser registradas internamente com 
dados do portador e destinatário (nome, CPF/CNPJ).
As operações acima de R$ 50.000,00 em espécie 
devem conter, além do nome e CPF/CNPJ do portador 
dos recursos e destinatário, o tipo de operação, valor, 
data, canal e origem dos recursos.
2. Comunicação: As instituições deverão
comunicar ao COAF:
1. As operações suspeitas de qualquer valor.
São operações suspeitas:
I. Aquelasincompatíveis com a renda, ocupação
profissional e situação patrimonial.
II. Operações com oscilações significativas em
volume ou frequência.
III. Operações sem fundamentação econômica.
IV. Operações com indicio de burla a
procedimentos padrões.
As transferências internacionais deverão ser 
previamente comunicadas à instituição financeira, 
e se não tiver justificativa da origem dos fundos 
envolvidos ou se forem incompatíveis com o 
cadastro, deverão ser comunicados ao COAF.
26
Movimentações em espécie: saques, pagamentos, 
recebimentos e transferências de recursos, por meio 
de qualquer instrumento, contra pagamento em 
espécie, assim como também a solicitação de 
provisionamento de saques em espécie de valor igual 
ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais). São 
chamadas de comunicações automáticas, pois não 
dependem de análise, devem ser comunicadas 
indistintamente.
2.
Após receber as denúncias, o COAF faz averiguações 
preliminares, e proporá a instauração do processo 
administrativo sancionador ou determinará o seu 
arquivamento. 
As comunicações de boa-fé não acarretarão 
responsabilidade civil ou administrativa.
 Veja a lista completa das pessoas físicas, jurídicas e 
entidades que estão sujeitas à lavagem de dinheiro, 
de acordo com a Lei 9.613: 
Art. 9º. Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 
e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em 
caráter permanente ou eventual, como atividade 
principal ou acessória, cumulativamente ou não:
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos 
financeiros de terceiros, em moeda nacional ou 
estrangeira;
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro 
como ativo financeiro ou instrumento cambial;
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, 
negociação, intermediação ou administração de títulos 
ou valores mobiliários.
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou 
futuros e os sistemas de negociação do mercado de 
balcão organizado;
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as 
entidades de previdência complementar ou de 
capitalização;
II. Entidades não pertencentes ao SFN, mas
regulados pelo COAF: Também possuem a
obrigatoriedade de manter registro das operações e
comunicar ocorrências suspeitas: corretoras de
imóveis, pessoas físicas e jurídicas que comercializam
bens de alto valor, transporte altos valores, cartórios,
representantes de atletas e artistas, feiras, ou seja,
gestão ou intermediação de recursos de terceiros.
27
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, 
negociação, intermediação ou administração de 
títulos ou valores mobiliários.
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou 
futuros e os sistemas de negociação do mercado de 
balcão organizado;
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as 
entidades de previdência complementar ou de 
capitalização;
III - as administradoras de cartões de credenciamento 
ou cartões de crédito, bem como as administradoras 
de consórcios para aquisição de bens ou serviços;
IV - as administradoras ou empresas que se utilizem 
de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, 
magnético ou equivalente, que permita a 
transferência de fundos;
V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing), 
as empresas de fomento comercial (factoring) e as 
Empresas Simples de Crédito (ESC);
VI - as sociedades que efetuem distribuição de 
dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, 
mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos 
na sua aquisição, mediante sorteio ou método 
assemelhado;
VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros 
que exerçam no Brasil qualquer das atividades 
listadas, ainda que de forma eventual;
VIII - as demais entidades cujo funcionamento 
dependa de autorização de órgão regulador dos 
mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de 
seguros;
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou 
estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, 
dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por 
qualquer forma representem interesses de ente 
estrangeiro que exerça qualquer das atividades 
referidas neste artigo;
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam 
atividades de promoção imobiliária ou compra e venda 
de imóveis;
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem 
joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e 
antiguidades.
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem 
bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua 
comercialização ou exerçam atividades que envolvam 
grande volume de recursos em espécie;
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;
28
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, 
mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, 
consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou 
assistência, de qualquer natureza, em operações:
a) de compra e venda de imóveis,
estabelecimentos comerciais ou industriais ou 
participações societárias de qualquer natureza;
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou
outros ativos;
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de
poupança, investimento ou de valores mobiliários;
d) de criação, exploração ou gestão de
sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos 
fiduciários ou estruturas análogas;
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre
contratos relacionados a atividades desportivas ou 
artísticas profissionais;
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na 
promoção, intermediação, comercialização, 
agenciamento ou negociação de direitos de 
transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições 
ou eventos similares;
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores;
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que 
comercializem bens de alto valor de origem rural ou 
animal ou intermedeiem a sua comercialização;
XVIII - as dependências no exterior das entidades 
mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no 
Brasil, relativamente a residentes no País.
2.2.6 Responsabilidades administrativas e 
legais. 
O COAF – Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras é a UIF - Unidade de Inteligência 
financeira no Brasil.
É a entidade responsável por receber, examinar e 
identificar as ocorrências suspeitas. Também aplica 
penas administrativas. Sua missão é “prevenir a 
utilização dos setores econômicos para a lavagem de 
dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a 
cooperação e o intercâmbio de informações entre os 
Setores Público e Privado”. 
29
Processo Administrativo Sancionador (PAS) 
O Processo Administrativo Sancionador (PAS) é o 
instrumento de supervisão do COAF instaurado com o 
fim de apurar responsabilidades e, se for o caso, 
aplicar penalidades por infrações administrativas, 
praticadas por pessoas físicas e jurídicas 
supervisionadas pelo Coaf. São asseguradas às partes 
o direito à ampla defesa e ao contraditório.
O processo é julgado, na forma do Regimento Interno.
Contra as decisões, pode ser apresentado recurso ao
Coaf e endereçada ao presidente do Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN),
órgão de segunda e última instância administrativa.
As pessoas sujeitas ao controle da lavagem de 
dinheiro poderão receber as seguintes penalidades: 
I – Advertência;
II - Multa não superior a:
a) Ao dobro do valor da operação;
b) Ao dobro do lucro que presumidamente
acarretaria a operação;
c) Ao valor de R$ 20 milhões;
III- Inabilitação temporária até 10 anos;
IV – Cassação da autorização de funcionamento.
As autoridades policiais, Receita Federal e Ministério 
Público atuam conjuntamente ao COAF no combate ao 
crime e recuperação do patrimônio, e podem 
compartilhar dados sigilosos entre si. Terão acesso 
aos dados cadastrais do investigado, como 
qualificação pessoal, filiação e endereço, 
independentemente de autorização judicial, mantidos 
pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, 
Instituições Financeiras, provedores de internet e 
administradorasde cartão de crédito. 
Reclusão de 3 a 10 anos
Multa
Advertência
Multa
Inabilitação temporária
Cassação da autorização de funcionamento
Penalidades para quem pratica
Penalidades para quem tem o dever de controlar
30
Indisponibilidade de bens, direitos e valores em 
decorrência de resoluções do Conselho de 
Segurança das Nações Unidas 
O Conselho de Segurança da Organização das Nações 
Unidas (ONU) foi criado em 1945, no fim da Segunda 
Guerra Mundial, com o objetivo de manter a paz e a 
segurança internacionais. É ele que autoriza sanções 
econômicas, o envio de missões de paz e o uso da 
força quando necessário. 
No Brasil, a Lei nº 13.810/19 dispõe sobre o 
cumprimento de sanções impostas por resoluções do 
Conselho de Segurança da ONU, como a 
indisponibilidade de ativos de pessoas físicas, 
jurídicas e de entidades investigadas ou acusadas de 
terrorismo, de seu financiamento ou de atos a ele 
correlacionados. 
Eventuais tentativas de transferências de bens 
indisponíveis por suspeita de terrorismo deverão ser 
comunicadas ao Ministério da Justiça e Segurança 
Pública, aos órgãos reguladores ou fiscalizadores e ao 
COAF.
Listas restritivas
Para facilitar a identificação de operações suspeitas, 
há listas restritivas, com a relação de pessoas e 
entidades que tiveram alguma ligação ou suspeita de 
atos terroristas. Visam proibir, restringir ou 
constranger transações financeiras, comerciais, de 
serviço ou de tecnologia envolvendo os setores ou 
pessoas das relações, podendo inclusive haver o 
congelamento de bens e ativos de um indivíduo ou 
entidade.
Há diversas listas restritivas, nacionais e 
internacionais. As listas restritivas podem conter 
nomes de pessoas e entidades que supostamente 
tenham ligação com o terrorismo, setores, atividades 
e tipos de transação proibidos, e até listar países que 
se encontram sob sanções.
Princípio do “conheça seu parceiro”
Os setores obrigados à Lei de Prevenção à Lavagem 
de Dinheiro, instituições financeiras e atividades como 
seguradoras, transações de imóveis, bens de luxo, 
precisam certificar-se de que não apenas a atividade 
da instituição esteja correta, mas também a de seus 
clientes e parceiros.
31
2.3 Ética na Venda
Um vendedor ou consultor ético tem foco no relacionamento 
com o cliente e não apenas no produto que vende. Seu foco é 
relacionamento de longo prazo, quer vender hoje e continuar 
vendendo ao longo do tempo. Isso só será possível se 
fortalecer a confiança que o cliente deposita nele, através de 
orientações éticas e comprometidas.
Venda Casada: É proibido condicionar/obrigar a 
contratação de quaisquer operações à realização de 
outras operações, ou à aquisição de outros bens e 
serviços.
Restrições do investidor: Todo profissional que vende 
produtos de investimento deve procurar seguir um 
Processo de Avaliação do cliente visando adequar melhor 
os objetivos e as necessidades dos clientes aos produtos:
1. Conhecimento do produto;
2. Tolerância a Risco;
3. Idade;
4. Horizonte de Tempo.
2.4 Análise do Perfil do Investidor
A Instrução CVM 539 dispõe sobre o dever de verificação 
da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil 
do cliente, também constante no Código de distribuição 
de produtos de investimento. Esta prática é chamada 
de Suitability e é obrigatória às pessoas habilitadas a 
atuar como integrantes do sistema de distribuição e os 
consultores de valores mobiliários (Ex.: fundos, ações).
A metodologia de captação de informações, Análise do 
Perfil de Investidor, deve considerar três itens:
I. o produto, serviço ou operação é adequado aos
objetivos de investimento do cliente;
• o período em que o cliente deseja manter o
investimento;
• as preferências declaradas do cliente quanto à
assunção de riscos;
• as finalidades do investimento.
II. a situação financeira do cliente é compatível com o
produto, serviço ou operação;
• o valor das receitas regulares declaradas pelo
cliente;
• o valor e os ativos que compõem o patrimônio
do cliente; e
O princípio “Conheça o seu Parceiro” é a obrigação de 
conhecer o parceiro comercial, inclusive correspondentes 
no país e no exterior, com o objetivo de prevenir a 
realização de negócios com contrapartes inidôneas ou 
suspeitas de envolvimento com atividades de lavagem de 
dinheiro ou financiamento do terrorismo, bem como de 
assegurar que eles possuam procedimentos adequados 
de PLD/FT, quando aplicáveis.
32
• a necessidade futura de recursos declarada
pelo cliente.
III. o cliente possui conhecimento necessário para
compreender os riscos relacionados ao produto,
serviço ou operação.
• os tipos de produtos, serviços e operações com
os quais o cliente tem familiaridade;
• a natureza, o volume e a frequência das
operações já realizadas pelo cliente no
mercado de
• valores mobiliários, bem como o período em
que tais operações foram realizadas; e
• a formação acadêmica e a experiência
profissional do cliente.
• (o item III não se aplica à pessoa jurídica)
Perfis: 
d. Conservador: Não aceita assumir riscos no
principal, prefere ganhar pouco mas sem oscilações
significativas;
e. Moderado: Aceita assumir médios riscos no curto
prazo para ganhar um pouco mais;
f. Arrojado ou agressivo: Disposto a correr grandes
riscos para obter ganhos maiores.
É vedado recomendar produtos ou serviços ao cliente 
quando:
I. o perfil do cliente não seja adequado ao produto ou
serviço;
II. não sejam obtidas as informações que permitam a
identificação do perfil do cliente;
III. as informações relativas ao perfil do cliente não
estejam atualizadas.
E se o investidor se negar a responder ou não acatar a 
recomendação?
• O consultor deverá alertar o investidor dos riscos e
adequação ao perfil;
• O investidor deve prestar declaração expressa de sua
decisão.
A API deve ser aplicada em intervalos não superiores a 24 
meses, a todos os investidores. Não se aplica se:
1. Pessoa Jurídica do segmento middle e corporate;
2. União, Estados e Municípios quanto a seus recursos;
3. Distribuição de poupança, fundo simples e CDB de
resgate automático.
Os questionários devem ser guardados pelo prazo de 5 
anos, por meio físico ou eletrônico. A não observância 
da aplicação do API constitui falta grave à Instituição 
Financeira.
Noções de Economia e Finanças (Proporção: 
de 5 a 10%)03.
34
3.1 Conceitos Básicos de Economia 
Produto Interno Bruto (PIB): É o conjunto da produção 
final de bens e serviços realizada em território nacional, 
independente da nacionalidade dos agentes econômicos, 
num determinado período de tempo. O índice considera 
o valor dos bens e serviços adicionados, de modo a não
calcular a mesma coisa duas vezes. Com isso, a matéria-
prima usada na fabricação é descontada do valor final.
Componentes do PIB (sob a óptica da despesa):
C - consumo privado ou das famílias
I - Investimentos privados das empresas. 
G - gastos públicos do governo. Depende da arrecadação 
fiscal.
X - volume de exportações
M - volume de importações
A expressão X-M (exportações menos importações) pode 
ser substituída por NX:
Inflação: É uma elevação do nível geral de preços. 
Os índices de inflação mostram o comportamento da 
variação dos preços dos bens e serviços.
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo: 
Cálculo: produtos e serviços consumidos pelas famílias 
com rendas de 1 a 40 salários mínimos, nas principais 
regiões metropolitanas do Brasil.
Calculado e divulgado pelo IBGE;
Utilizado como referência para meta da inflação, definida 
pelo CMN para o Copom (Comitê de política monetária) 
que tem a função de determinar a taxa básica de juros 
SELIC META.
IGP-M : Índice Geral de preços – médio
O IGP-M é a média ponderada de três índices: IPA(60%) + 
IPC (30%) + INCC(10%). É calculado e divuldago pela FGV, 
utilizando como base de cálculo o as variações medidas 
entre o dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência.
IPCA: índice oficial da inflação no Brasil. 
Mede o CONSUMO de determinada faixa de 
renda nas principaiscidades do país.
IGPM: média ponderada de três índices, 
onde o principal peso é ATACADO.
Ptax: A Taxa de câmbio é a equivalência de uma moeda em 
relação a outra. A Taxa PTAX é a taxa média das taxas de 
câmbio em relação ao Real. 
Y= C + I + G + X – M (todos somam menos M)
35
Regimes cambiais:
Arranjos sem moeda distinta: países abrem mão de sua 
própria moeda.
Controlado ou fixo: o governo define a cotação da moeda, 
também chamado de âncora cambial. Ex.: China.
Flutuante: o mercado livremente define a cotação das 
moedas, pela lei da oferta e demanda. Exemplo: Estados 
Unidos.
Flutuante administrado (ou sujo): o mercado livremente 
define a cotação das moedas, pela lei da oferta e 
demanda. No entanto, em caso de desiquilíbrio, o 
governo intervém comprando ou vendendo a moeda para 
reestabelecer o equilíbrio entre elas. Ex. Brasil.
Taxa cambial desvalorizada: bom para o exportador e 
ruim para o importador. Também dificulta o controle da 
inflação;
Taxa cambial valorizada: ruim para o exportador e bom 
para o importador. Facilita o controle da inflação.
Ex.: Ontem precisava-se de R$ 4,30 para se comprar 1 Dólar. 
Hoje precisa-se de R$ 4,20. O Real VALORIZOU-SE frente ao 
Dólar. É preciso menos Reais para se comprar 1 dólar.
COPOM: O COPOM tem o objetivo de estabelecer as 
diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros 
básica da economia.
Os objetivos do COPOM são:
• Implementar diretrizes de política monetária,
• Analisar o Relatório de Inflação,
• Definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés
(tendência).
O COPOM analisa o IPCA para definir a SELIC Meta.
A taxa básica de juros é uma forma do governo regular a 
liquidez do mercado. Com taxas altas, os consumidores 
compram menos, fazem menos empréstimos e os bancos 
restringem o crédito, reduzindo a inflação e impactando 
negativamente o crescimento do país. 
CMN: meta da inflação.
COPOM: Meta da taxa de juros (Selic.Meta).
Meta Selic: instrumento 
de controle da inflação.
TAXA CAMBIAL
DESVALORIZA VALORIZA
Importador Ruim Bom
Exportador Bom Ruim
Controle Inflação Dificulta Facilita
36
Com taxas mais baixas, os consumidores aquecem a 
economia, com mais empréstimos e comprando mais, 
aumentando o crescimento do país e também a inflação. 
O grande desafio é crescer com a menor taxa de juros e 
inflação possível.
Taxa SELIC – Meta – Divulgada pelo COPOM, é expressa 
na forma anual para 252 dias úteis e representa o nível 
de taxa de juros que o governo considera adequada para 
atingir a meta de inflação definida pelo CMN.
Taxa SELIC – Over ou diária - É a taxa média ponderada 
pelo volume das operações de financiamento por um dia, 
lastreadas em títulos públicos federais e registradas no 
sistema SELIC. Expressa na forma anual para 252 dias 
úteis, é a taxa efetivamente praticada no mercado, que 
irá remunerar os títulos indexados à taxa SELIC.
Operações compromissadas – Dão origem à taxa SELIC 
Over: Banco A vende um título público hoje (D+0) com o 
compromisso de recomprá-lo amanhã (D+1). O comprador 
pode ser outro Banco ou o Banco Central. Registradas 
na SELIC.
CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro: São operações 
realizadas entre bancos com o objetivo de captar recursos, 
geralmente para suprir insuficiência de liquidez. 
TAXA DI - A taxa média do CDI, divulgada diariamente 
pela Bovespa Fix/LTN, tem como base as operações de 
Depósitos Interfinanceiros, pactuadas por um dia útil e 
registradas no sistema da Bovespa Fix/CETIP. Sua taxa é 
expressa ao ano, considerando 252 dias úteis.
*Depósito Interfinanceiro: Operações realizadas entre
Instituições Financeiras. Diariamente há bancos com
excesso de recursos e outros com falta de recursos, que
realizam operações entre si.
TR – taxa referencial, calculada a partir da média das taxas 
praticadas nas LTN- Letras do tesouro nacional. Sobre esta 
taxa, a TBF, aplica-se um redutor, resultando a TR.
3.2 Conceitos Básicos de Finanças 
3.2.1 Taxa de juros nominal e taxa de juros real 
Taxa de juros Nominal é a taxa visível aos participantes de 
uma transação. 
Taxa de juros Real é a taxa de juros nominal desconsiderando 
a inflação por um de seus índices (IPCA, IGP-M etc...).
A TR é formada a partir da média das LTNs. 
37
3.2.2 Taxa de juros equivalentes versus taxa 
de juros proporcional 
Equivalente: Utilizada em capitalização composta; CE
Ex: 2% a.m é equivalente a 26,82% a.a. 
Proporcional: Basta multiplicar ou dividir a taxa entre 
períodos;
Ex: 2% a.m é proporcional a 24% a.a. SP
3.2.3 Capitalização Simples versus 
Capitalização Composta
Juros Simples incide sobre o capital inicial. Linear. 
J= VP x i x n (juros simples é igual a valor presente vezes 
taxa- linear, dividida por 100, vezes tempo)
Juros compostos incide sobre capital inicial + juros de 
cada período. Exponencial.
J= VP x (1+i)^n – 1 e VF= VP x (1+i)^n (a taxa sempre tem 
que estar dividida por 100)
Juro simples é maior: quando a unidade de tempo 
requerida é menor que a unidade de tempo em que a taxa 
está expressa. Exemplo: taxa ao mês para dia.
Juro composto é maior: quando a unidade de tempo 
requerida é maior que a unidade de tempo em que a taxa 
está expressa. Exemplo: taxa ao mês para ano.
3.2.4 Índice de referência (benchmark) 
aplicado a produtos de investimento
Este termo é utilizado quando um índice de mercado 
conhecido é escolhido como objetivo ou parâmetro 
de avaliação da gestão dos fundos de investimento, 
permitindo a comparação entre os mesmos.
Exemplo:
Fundos de renda fixa: CDI, Selic, IGP-M.
Fundos de renda variável: Ibovespa, IBR-X.
3.2.5 Volatilidade
É uma medida de risco que indica a intensidade da 
oscilação de preços de um ativo ou carteira de ativos. 
Quanto mais volátil, maior o risco de um ativo ou carteira. 
A expectativa de rendimento será proporcionalmente 
maior.
Observação: Você só aceita correr um risco maior 
(volatilidade) se tiver uma probabilidade de rendimento 
maior, que compense o risco incorrido.
38
3.2.6 Prazo médio ponderado de uma carteira 
de títulos
É o prazo médio ponderado do valor presente dos títulos 
de uma carteira de renda fixa, descontados pela taxa de 
juros vigente, pelos seus respectivos prazos a decorrer 
até o vencimento.
Porque é importante conhecer o prazo médio de uma 
carteira?
• Ele determinará maior ou menor grau de exposição ao
risco de mercado.
• Uma carteira de títulos de taxa prefixada está exposta
ao risco da elevação da taxa de juros. A carteira estará
tanto mais exposta a esse risco quanto maior for o
prazo médio de seus ativos.
• As carteiras de prazo mais longo se caracterizam por
apresentarem maiores oscilações de preço. Por serem
mais arriscadas, no longo prazo tendem a apresentar
maior rentabilidade.
3.2.7 Marcação a Mercado como valor 
presente de um fluxo de pagamentos 
(apreçamento de ativos)
As Instituições Participantes devem utilizar a marcação 
a mercado (MaM) no registro dos ativos de todos 
os fundos de investimento que administrem. Este 
procedimento consiste em registrar todos os ativos, para 
efeito de valorização e cálculo de cotas dos fundos de 
investimento, pelos preços negociados no mercado.
Marcação a Mercado é reconhecer o valor do ativo no 
momento presente, independentemente de seu valor 
de aquisição. O principal objetivo da MaM é evitar a 
transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de 
Investimentos, além de dar maior transparência aos riscos 
embutidos nas posições.
Exemplo:
Joao tem um cheque pré-datado para 30 dias de 
R$ 1.000,00 e pede para seu amigo Pedro trocar para ele 
(empréstimo). Pedro cobra 3%, e lhe dá R$ 970,00. Mais 
tarde se arrepende, e resolve passar o cheque adiante. 
Encontra Maria, que cobra 5%, e paga R$ 950,00 para 
Pedro. Mais tarde Maria encontra Sebastião, que cobra 
2%. Então Maria vende o cheque por R$ 980,00.
Marcação a mercado: valor do título 
negociado no mercado, independente do 
preço de aquisição ou vencimento.
39
À medida que a taxa de juros sobe, o valor de mercado 
do títulocai, porque não haverá investidores dispostos 
a aceitar a remuneração original do título, se no mercado 
há títulos mais rentáveis. O raciocínio é o mesmo para 
quando a taxa de juros de mercado cair. O preço do título 
se elevará. 
Exemplo de marcação a mercado com título público:
Um título Público Tesouro IPCA+ paga 6% ao ano mais o 
IPCA. São emitidos novos títulos a 8% + IPCA. Qual deles 
você compraria?
Para que um Tesouro IPCA+ com o rendimento menor que 
o mercado atual se torne atrativo, terá que ser vendida
com deságio. Por exemplo, se seu valor de face é R$
1.000,00, terá que ser vendida por R$ 900,00, por exemplo,
e os R$ 100,00 de deságio mais os 6% empatará com os
8% que o mercado está exigindo.
Não se pode modificar o cupom original deste papel, 
então resta vendê-lo por um preço menor, que garanta ao 
seu novo titular a remuneração vigente de mercado.
3.2.8 Mercado Primário e Mercado 
Secundário
Mercado primário: é quando o emissor do título coloca 
à venda os seus papéis, ou os recompra (aplicação e 
resgate). Exemplo: uma empresa emite uma debênture 
para captar recursos para um projeto de investimento. 
Sua função é captar recursos para o emissor.
Mercado secundário: quando um investidor vende a outro 
investidor os papéis, não há entrada ou saída de caixa do 
emissor. Exemplo: Um título público possui vencimento 
em 2035 (mercado primário, resgate). O investidor que 
o detém poderá vendê-lo no mercado secundário para
outro investidor, não haverá fluxo de caixa do emissor. 
Sua função é proporcionar liquidez ao mercado.
Valor de face Juros Valor a mercado
R$ 1.000,00 3% R$ 970,00
R$ 1.000,00 5% R$ 950,00
R$ 11.000,000 2% R$ 980,00
Princípios de Investimento (Proporção: de 10 
a 20%)04.
41
4.1 Principais Fatores de Análise de 
Investimentos
4.1.1 Rentabilidade 
Absoluta: Rentabilidade medida em valores ou 
percentual.
Relativa: Comparada a um benchmark de mercado.
Bruta: não está descontado os impostos.
Líquida: descontado os impostos (não é utilizado este 
termo habitualmente).
4.1.2 Liquidez
Capacidade de transformar um investimento em dinheiro, 
a qualquer momento, por preço justo. A falta de liquidez 
faz com que seja difícil vender um ativo. 
4.2 Principais Riscos do Investidor
Risco de Crédito: O devedor pode não honrar seus 
compromissos (inadimplência);
Risco de Mercado: Oscilações das taxas de juros ou preço 
de um ativo (Volatilidade);
Risco de Liquidez: Dificuldade da conversão de 
investimento em moeda (negociação).
Risco de mercado externo: O mercado externo interfere 
diretamente no comportamento dos ativos nacionais. 
Eventos como alteração na taxa de juros de outros países, 
taxa de câmbio, questões internacionais tributárias, 
regulatórias e legais, questões políticas internacionais 
podem acarretar em valorização ou desvalorização dos 
ativos nacionais.
Relação entre risco X retorno X liquidez
Quanto maior o risco, maior a probabilidade de retorno;
Quanto menor a liquidez, maior a probabilidade de retorno;
Quanto menor a liquidez, maior a probabilidade de risco de 
mercado. 
4.3 Fatores Determinantes para 
Adequação dos Produtos de 
Investimento as Necessidades 
dos Investidores 
Objetivos de investidor: Um investimento é realizado 
com um objetivo de acumulação de capital, e cada objetivo 
traz uma necessidade e uma indicação de produtos.
42
Risco e retorno são proporcionais. Quanto 
maior a expectativa de rentabilidade, maior 
será o risco. O grande desafio do investidor é 
buscar investimentos de maior rentabilidade 
e menor riscos.
Horizonte de tempo: O investidor, ao definir sua carteira 
de acordo com os seus objetivos, possui horizontes de 
tempo para cada um deles, ou seja, um prazo para a 
utilização do recurso.
Exemplos:
• Reservas para emergência precisam ter liquidez
diária, ou horizonte de tempo curto, porque podem ser
utilizados a qualquer momento.
• Aposentadoria: o horizonte deve ser superior a 10
anos, para ter tempo de juntar o montante e buscar
rentabilidade compatível aos objetivos.
• Ações: horizonte de tempo superior a 2 anos, pois pode
haver períodos de oscilações e é preciso ter tempo para
escolher o melhor momento de aplicar ou resgatar.
Risco em ações 
A diversificação é a estratégia de investir em ativos 
de mercados diferentes, para se proteger quanto a 
possíveis eventualidades em um segmento. Uma carteira 
eficientemente diversificada reduz o seu risco total.
Risco sistemático: Fatores externos. Mudanças na 
economia nacional e internacional. Atinge o mercado em 
maior ou menor escala. Não diversificável.
Risco não-sistemático/ específico: Fatores de um setor 
da economia ou específicos de uma empresa. Risco 
diversificável.
4.3.5 Finanças Pessoais 
O orçamento pessoal ou familiar são importantes 
ferramentas da gestão das finanças pessoais. Permite 
controlar melhor o dinheiro e planear o futuro com 
segurança e confiança. O primeiro passo é identificar 
todos os rendimentos e todas as despesas. Esta tarefa 
consiste em calcular quanto se ganha e quanto se gasta.
Itens que devem ser previstos:
• Receitas: qual a estimativa de recebimento anual e
mês a mês, entradas periódicas e eventuais;
Risco sistemático: não diversificável, não dá 
pra se proteger do sistema.
Risco não sistemático ou específico: 
diversificável, os ovos em várias cestas.
43
• Despesas: Separar despesas de manutenção e
consumo, assim como as despesas fixas e variáveis;
• Investimentos: o orçamento familiar deve prever
uma parcela para os investimentos, não inferior a
10%, para a formação de reservas para emergências,
aposentadoria e projetos;
• Dívidas: valor comprometido com parcelas de bens
duráveis, como automóvel, imóveis e outros débitos.
As dívidas não devem ultrapassar 30% da renda.
Além do orçamento familiar, é importante fazer o 
acompanhamento das receitas e despesas mensais, ou 
seja, do fluxo de caixa, as reais entradas e saídas, para as 
devidas adequações e ajustes.
Balanço Patrimonial 
Assim como as empresas fazem seu balanço, as pessoas 
físicas devem fazer seu levantamento patrimonial, 
anotando todos os seus bens e dívidas, onde a diferença 
será seu patrimônio líquido.
Ativos: todos os bens, calculados pelo seu valor de mercado;
Passivos: todas as dívidas, formais e informais;
Patrimônio Líquido: diferença entre o ativo (bens) e o 
passivo (obrigações).
Para fechar a contabilidade, igualar ativos e passivos, o PL 
é classificado como Passivo, de propriedade do dono.
Cálculo do Índice de endividamento (ou Grau de de 
endividamento GE):
O endividamento pode ser calculado de duas formas:
a. Índice de endividamento mensal:
2. Some todas as suas dívidas (parcelas mensais);
3. Calcule o seu salário mensal líquido;
4. Divida o total das dívidas pelo salário.
5. Encontrou seu índice de endividamento mensal!
b. Índice de endividamento patrimonial: é obtido
através do cálculo das dívidas totais pelo total
dos bens.
1. Some o total das dívidas;
2. Some o total dos bens;
Patrimônio Líquido = Bens – dívidas
Ou Ativos - Passivos
O índice de endividamento mensal, para ser 
considerado administrável, não pode ser 
superior a 30% da renda líquida.
44
3. Divida o total das dívidas pelo total dos bens,
encontrando o índice de endividamento patrimonial.
Fluxo de caixa e situação financeira
Nem sempre ocorre o recebimento das receitas geradas 
durante o mês. Pode haver parcelamento ou então 
inadimplência. Da mesma forma, as despesas realizadas 
em um mês podem ter vencimento em meses seguintes, 
através de prazo ou parcelamentos. Por estes motivos, 
é importante ficar atendo ao fluxo de caixa: entradas e 
saídas efetivamente realizadas no período.
O descuido com o fluxo de caixa pode acarretar em 
problemas financeiros, com o não recebimento de receitas 
por trabalhos já realizados ou pelo acúmulo de despesas 
realizadas a prazo. Este é mais um motivo para que haja 
uma reserva, para eventuais desencaixes ou emergências.
Se o índice de endividamento patrimonial 
(GE) for superior

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