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CONCEITO DE NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA

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CONCEITO DE NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA
 O conceito de normalidade em psicopatologia é uma questão de grandes controvérsias, pois a normalidade pode variar, e muito, com a cultura, a ideologia e a vivência de cada indivíduo. É óbvio que quando se trata de casos extremos, onde as alterações comportamentais e mentais são de intensidade acentuada e de longa duração, o delineamento das fronteiras entre o normal e o patológico não é tão problemático. Por outro lado, há muitos casos nos quais a delimitação entre o normal e o patológico é bastante difícil. Pode-se dizer, de uma maneira geral, que há vários critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia, e a adoção de um ou de outro depende, entre muitas coisas, das opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional, além de variarem consideravelmente em função dos fenômenos específicos com os quais trabalhamos.
ASPECTOS E FENÔMENOS QUE ENCONTRAMOS EM ALGUMAS PESSOAS, MAS NÃO EM TODAS: Estes são os fenômenos de maior interesse para a classificação diagnóstica em psicopatologia, onde se situam a maior parte dos sinais, sintomas e transtornos mentais. Aspectos e fenômenos que encontramos em apenas um ser humano em particular: tais fenômenos, embora de interesse para a compreensão do ser humano, são restritos demais e de difícil classificação e agrupamento, tendo maior interesse os seus aspectos antropológicos, existenciais e estéticos do que propriamente taxionômicos (classificatórios).
A AVALIAÇÃO DO PACIENTE : A avaliação do paciente em psicopatologia é feita principalmente por meio da entrevista, que não pode ser vista de forma alguma como uma coisa banal ou um simples perguntar ao paciente sobre alguns itens da sua vida. As entrevistas, juntamente com as observações detalhadas e cuidadosas do paciente, são a pedra angular de conhecimento da psicopatologia. Com uma entrevista bem elaborada e realizada com arte e técnica, o profissional poderá obter informações valiosas sobre o paciente. Através da entrevista psicopatológica, chegamos a dois principais aspectos da avaliação: Anamnese, ou seja, o histórico dos sintomas e sinais/signos que o paciente tem apresentado ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. Exame Psíquico, ou Exame de estado mental. Ambos são aspectos mais relevantes sobre a técnica de entrevista em psicopatologia, porém não podemos desconsiderar uma avaliação física, pois o exame físico do paciente com transtornos mentais, quando realizado de forma adequada, pode ser um excelente instrumento de aproximação afetiva, principalmente em pacientes muito regredidos, além de que o exame físico do paciente com um transtorno psiquiátrico, não difere daquele dos pacientes sem transtornos mentais; só que muitas vezes, uma avaliação física é feita por médicos clínicos gerais, que por sua vez, não ouvem o paciente psiquiátrico como devem ser ouvidos, em consequência do estigma de “louco”, que invalida suas queixas somáticas. Podemos também, além do exame físico, encaminhar o paciente para uma Avaliação Neurológica, onde poderá ajudar no psicodiagnóstico.
Com a melhora nas condições de vida, avanços nas pesquisas e os progressos da medicina, as pessoas estão vivendo mais, um fato cada vez mais evidente. Se por um lado isso é bom, porque significa aproveitar a vida por mais tempo, significa também que mais pessoas estão sujeitas às doenças associadas ao envelhecimento como: Alzheimer, AVC, Coração, Catarata, Delirium, Dor, Convulsão, Quedas, Parkinson, Pneumonia, Depressão, Demência Vascular, Pterígio, Fecalaoma, Diabetes, Prevenção de doenças Oculares, Hipotiroidismo, Comprometimento Cognitivo Leve.
A DOENÇA DE ALZHEIMER é apenas uma das formas de demências. É uma doença neurológica degenerativa e progressiva, sem uma causa definitiva, em que ocorre morte dos neurônios (células cerebrais) em diferentes áreas do cérebro. Ela é conhecida desde 1906, quando Alois Alzheimer descreveu o primeiro caso da doença, mas somente nos últimos 20 anos  é que começou uma divulgação maior por parte das entidades médicas e da mídia, a respeito desse problema devido ao envelhecimento populacional, já que este mal está diretamente relacionado à senilidade. Quanto maior o número de pessoas que atingem idades mais avançadas, maior vai ser a população dos doentes. Anteriormente o que se chamava de esclerose ou caduquice, hoje chamamos de Alzheimer. O principal sintoma da doença é a perda da memória recente e devido ao fato das pessoas acharem que o envelhecimento é acompanhado de esquecimento e ao mesmo tempo, que a memória para fatos remotos torna-se mais evidente (o paciente conta fatos do passado com precisão) faz com que os familiares achem que a memória está boa, o que retarda a procura ao médico. O paciente torna-se repetitivo, perguntando várias vezes à mesma coisa e contando fatos passados muitas vezes. O que chama a atenção dos familiares são a mudanças de comportamento. A insônia, a irritabilidade, o fato de esquecer onde guarda os objetos pessoais e acusar alguém da família, ou a ajudante da casa, de que estão lhe roubando; de que a casa em que estão morando não é dele e constantemente quer ir para sua casa; de arrumar várias vezes seus pertences para ir para casa; de não saber se localizar dentro da própria casa (não sabendo onde é o banheiro, por exemplo); de não reconhecer utensílios da casa como seus. Essas alterações comportamentais fazem com que os familiares procurem assistência médica, muito mais do que o esquecimento, que é interpretado como normal da velhice. Todas as pessoas estão sujeitas a adquirir a Doença de Alzheimer que pode ser dividida na sua forma senil e não senil. Na primeira, os acometidos são pessoas com 70 anos ou mais, enquanto que na segunda pode se iniciar desde os 45 anos de idade até os 60 anos. Quanto maior a idade maior é o risco da doença. A demência que se inicia precocemente é de evolução mais rápida e tormentuosa do que a senil. O tratamento da doença é sintomático. Não existe no momento, medicação que cure a doença ou que retarde a sua evolução. Os medicamentos hoje disponíveis melhoram a memória e comportamento. Outros medicamentos são utilizados para tratar sintomas comportamentais (agitação, insônia, agressividade, etc). A Doença de Alzheimer é, atualmente, um problema de saúde pública, porque a expectativa de vida está cada vez maior, fazendo aumentar a probabilidade das pessoas adquirirem a doença à medida que envelhecem. A idade é o fator de risco mais importante para o seu surgimento. Para cada 5 pessoas que atingem 85 anos, 2 a 3 vão ter Alzheimer, daí a preocupação do sistema de saúde porque teríamos uma epidemia da doença num futuro próximo. Com relação à área médica a preocupação com a doença não é menor. As faculdades de medicina, bem como a mídia, tem tornado a doença mais conhecida das pessoas de modo geral e dos próprios médicos no sentido de reconhecerem a doença mais precocemente, coisa que até então não era possível devido ao despreparo médico.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL OU DERRAME CEREBRAL acontece quando há uma interrupção no fluxo sanguíneo do cérebro, podendo ser Hemorrágico ou Isquêmico. É uma doença neurológica comum, constituindo-se em grave ameaça para o idoso, pois pode causar sequelas e até levar a óbito. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é muito mais comum em pessoas acima de 65 anos. O AVC é resultado da formação de um coágulo na parede interna de uma artéria cerebral. A área do cérebro que sofreu a interrupção sanguínea, não mais recebe o sangue. A função responsável por esta parte do cérebro fica prejudicada, surgindo dessa forma os sintomas, que podem ser:
· perda da consciência;
· paralisia de um lado do corpo, ou diminuição da força.
O AVC Isquêmico ocorre quando há falta de sangue em determinada região do cérebro, sem hemorragia. O AVC Hemorrágico são mais raros e em geral mais graves. Acontece uma ruptura de artéria ou aneurisma, sendo o coágulo intracerebral uma complicação relevante.
Incidência
-30 por 100.000 habitantes abaixo de 44 anos;
- 1230 por 100.000 habitantes abaixo de 75 anos;
Prevalência: A prevalência é muito alta em todo o mundo, se tornando assim um grave problema de saúde pública. Nos países desenvolvidos representam a 3ª causa de mortalidade; A maior causa de incapacitação nos países ocidentais; 30% das vezes, leva a morte; 30% apresentam boa evolução, com poucas ou ausência de sequelas; 30% dos casos necessitam de cuidados especiais por causa das sequelas: 31%: auxílio nas atividades da vida diária 20%: ajuda para deambular; 16%: precisam de assistência institucional; 70% ocorrem acima dos 75 anos, sendo predominante em homens;
Prevenção: O médico deve estar atento para a identificação de arteriosclerose familiar, o estudo cuidadoso do coração e das artérias, procurando arritmias e sopros. O exame do fundo de olho, sempre fundamental para a avaliação do estado das artérias. O controle da hipertensão arterial e do diabetes, bem como do colesterol e do peso. Excluir cigarros, não levar uma vida sedentária e tentar combater o estresse. Muitas vezes há necessidade de orientação da dieta apropriada e também do uso de medicamentos. O melhor resultado no tratamento do derrame cerebral nunca será igual ao daquele que teve sua doença prevenida.
Tratamento: Até bem pouco tempo não havia tratamento específico para o derrame cerebral, e o que se fazia era tratar as sequelas. Algumas substâncias como a cortisona e os bloqueadores de cálcio tem sido úteis nas hemorragias cerebrais. Em algumas situações especiais há necessidade de se realizar neurocirurgia, como na retirada de um coágulo ou na clipagem de um aneurisma. Recentemente surgiram novas perspectivas no tratamento da isquemia cerebral. A utilização de substâncias que destroem os trombos ou trombolíticas e o aparecimento de medicamentos que protegem a célula nervosa trazem novo alento ao tratamento do derrame cerebral do tipo isquêmico. Isso ocorre porque as artérias coronarianas (responsáveis pela condução do sangue para o coração) estreitam-se e dificultam sua chegada. Como há essa diminuição de sangue que chega ao coração, há também uma diminuição de oxigênio que deveria ser trazido para o coração através do sangue, agora chegando em pouca quantidade. Isto provoca irritação das terminações nervosas do coração e consequente surgimento da dor. Por essa razão, ás vezes falam-se em angina provocada por estresse ou por super excitação. O estreitamento das artérias coronarianas pode ser progressivo e crônico, ou repentino e violento. Quando uma pessoa sofre um ataque de angina, ela geralmente sofre dor intensa na altura do peito, podendo se estender para o pescoço, ombros e braço esquerdo, com sensação de mordedura, amassamento ou cãibra. Essa dor pode durar entre 3 a 10 minutos. Caso dure mais que 10 minutos, pode levar-se em consideração um infarto. A angina começa a se manifestar depois dos 40 anos, sendo mais frequente nos homens do que nas mulheres, exceto quando estas se encontram na menopausa. A pessoa que sofre de angina apresenta maior probabilidade de sofrer um infarto.
Infarto do Miocárdio: O infarto do miocárdio ocorre quando há uma obstrução de um vaso de alguma das artérias coronarianas, aquelas que levam sangue ao miocárdio, podendo ser de uma forma lenta e progressiva, como consequência do acúmulo de gordura nas paredes arteriais. A obstrução pode ocorrer de forma brusca, em consequência de uma embolia, ou seja, a presença de um coágulo na artéria transportado pela corrente sanguínea. O sintoma se manifesta através de uma dor intensa e duradoura que ocorre atrás do esterno (região do peito) e se estende aos ombros e braços, sobretudo do lado esquerdo. A dor é acompanhada por: sudorese abundante e fria, febre, náuseas, perturbações do ritmo cardíaco, etc. A dor pode durar mais de 20 minutos, horas ou até dias. A idade mais afetada pelo infarto é entre os 40 e 70 anos. Dependendo do quadro, o paciente pode ser hospitalizado em unidade intensiva e ficar em repouso absoluto durante algum tempo.
Arteriosclerose€: É uma afecção generalizada do organismo por causa do endurecimento, deformação ou falta de elasticidade da parede das artérias, determinando uma má circulação do sangue. Atualmente, nossos corações sofrem mais devido ao estresse do dia-a-dia, acelerando o envelhecimento das artérias. Os sintomas da arteriosclerose, quando a lesão está localizada nos vasos sanguíneos do cérebro podem ser perturbações da memória, enjoos, debilidade, falta de coordenação e demência. Quando afetam as coronárias ocorre insuficiência cardíaca, arritmia, angina e infarto do miocárdio. É necessário tratar o paciente com medicamento específicos que melhoram a circulação sanguínea, já que a elasticidade das artérias não mais voltam.
CATARATA - O que é? Em uma definição simples, a catarata é um “embaçamento” do cristalino do seu olho. O cristalino, localizado exatamente atrás da íris (a parte colorida de seus olhos) funciona como a lente de uma câmera, ou seja, recebe as imagens e focaliza a luz, as cores e as formas sobre a retina – parte do olho responsável por enviar as imagens ao cérebro. Esse cristalino pode se tornar tão “embaçado” que a luz e as imagens não conseguem atingir a retina. E você deve estar se perguntando. Quais as causas desse “embaçamento”? Em mais de 90% dos casos o “embaçamento” é causado pelo processo natural de envelhecimento do cristalino. Mas pode ser causado também por ferimentos no olho, algumas doenças ou até mesmo alguns medicamentos.
Prevenção: Até o momento não se têm medidas eficazes para a prevenção da catarata. Mas alguns hábitos de vida podem ajudar retardando o seu aparecimento: Evitar o cigarro; Evitar o consumo em excesso de bebidas alcoólicas. Há também alguns medicamentos e colírios podem induzir o aparecimento da catarata.
Os sintomas: Imagens nítidas se tornam borradas; Dificuldade em enxergar à noite; Ineficácia de óculos ou lentes de contato.
O Tratamento : Quando diagnosticado com catarata a única maneira de solucionar o problema é remover o “embaçamento”. Essa remoção é feita pelo oftalmologista através de uma técnica chamada facoemulsificação, ou seja, a catarata é ao mesmo tempo diluída e aspirada. Por isso afirmamos que é mais seguro realizar a cirurgia nos estágios iniciais da catarata. A remoção da catarata é um tratamento simples, mas muito delicado. Atualmente existe um elevado grau de recuperação visual com segurança devido ao dispendioso aperfeiçoamento dos oftalmologistas e do grande avanço tecnológico, tanto de parelhos quanto de lentes intraoculares.
O Procedimento Cirúrgico: É feita no olho uma minúscula incisão através da qual o cirurgião introduz um instrumento para diluir e aspirar seu cristalino “embaçado”.  Uma vez que este cristalino “velho” é removido o próximo passo é substitui-lo implantando um cristalino “novo” (artificial) que funcionará como seu próprio cristalino natural. Este novo cristalino é chamado de lente intraocular ou LIO. Durante e depois do procedimento cirúrgico: Essa cirurgia é um procedimento ambulatorial. Mas você passa aproximadamente 2 horas no local em que a cirurgia for realizada. Em função da anestesia você não sentirá nenhum ou praticamente nenhum desconforto em seus olhos. Após a cirurgia você descansará um pouco, e no mesmo dia poderá ir para casa.
Durante as 24 horas seguintes, seu médico certamente vai querer revê-lo para uma avaliação e prescrição de colírios com a finalidade de protegê-lo contra infecções e auxiliar na cicatrização do seu olho.
Orientações finais: Caberá ao seu oftalmologista indicar o melhor procedimento a ser adotado, pois apesar de existir um padrão de orientações cada paciente necessita de um tipo de tratamento, um tipo de cuidado. Mas atenção! Se você se sentir incomodado com alguma dúvida ou alguma sensação estranha não deixe de procurar o seu médico mesmo que não seja o seu tempo de retorno.
 Responsáveis pela matéria: Dra. Ana Cristina Picchioni (CRM: 23797) e Dr.Paulo Silvério (CRM: 23765)
DELIRIUM: É uma síndromeque se manifesta por um transtorno mental agudo – de etiologia orgânica – multifatorial (sem etiologia específica) – com alta taxa de ocorrência em pacientes idosos, particularmente em hospitalizados, caracterizada: Por um comprometimento global das funções cognitivas; Distúrbios da atenção; Do ciclo vigília-sono; Atividade psicomotora anormalmente elevada ou reduzida; 
DIAGNÓSTICO: Para se obter o diagnóstico, são necessárias as presenças de quatro características fundamentas: Distúrbio da Consciência: envolve alteração do nível de percepção do ambiente e redução da capacidade para concentrar, manter ou mudar a atenção; Distúrbios Cognitivos: perda da memória, desorientação e alucinações, distúrbios leves de linguagem e percepção; Instalação aguda e curso flutuante; Presença de uma ou mas doenças clínicas ou de toxidade medicamentosa.
EPIDEMIOLOGIA: 10 a 15% dos pacientes de todas as idades na admissão hospitalar; 5 a 30% vão desenvolver durante a internação; 30 a 50% dos pacientes geriátricos agudos; 60% dos cirúrgicos; Mortalidade hospitalar: 10 a 65%.
CAUSAS COMUNS DE DELIRIUM
1. Fazer o uso de DROGAS como: Álcool e hipnóicos-sedativos (intoxicação ou abstinência); Anticonvulsivantes; Antidepressivos; Drogas antiparkinsonianas (incluindo amantadina); Corticóides; Digitálicos; Bloqueadores H2; Narcóticos; Fenotiazinas.
2. INFECÇÕES: Meningite; Pneumonia; Septicemia; Pielonefrite.
3. DOENÇAS CARDÍACAS: Arritmias; Insuficiência cardíaca congestiva; Infarto do miocárdio.
4. DISTÚRBIOS METABÓLICOS: Distúrbios hidroeletrolíticos; Hipercalcemia; Hipoglicemia e hiperglicemia; Hipóxia; Insuficiência hepática; Insuficiência renal.
5. DESORDENS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Epilepsia; Doença vascular.
6. NEOPLASIAS: Metástases cerebrais; Tumores primários do cérebro.
7. TRAUMATISMOS: Anestesia; Queimaduras; Fraturas (especialmente de fêmur); Cirurgia.
8. MUDANÇA DE AMBIENTE: Hospitalização (especialmente em unidade de terapia intensiva).
A DOR é uma sensação desagradável que serve para alertar que algo ruim está acontecendo com o indivíduo. 
Existem 2 tipos de dor:
- Aguda: curta duração e normalmente pode ser eliminada com a retirada de sua causa.
 - Crônica: tem duração de 3 a 6 meses e mesmo com a retirada de sua causa esta dor pode persistir.
Mecanismos que Geram Dor: Quando ocorre alguma lesão no tecido (por exemplo queimadura, infecção, câncer, etc) são liberadas substâncias no nosso organismo. Estas substâncias liberadas enviam impulsos elétricos para o cérebro. O cérebro interpreta esses impulsos como Dor.
CONVULSÃO - O que é Convulsão? São distúrbios elétricos cerebrais que causam perda da consciência, fortes contrações musculares involuntárias e desordenadas em todo o corpo.
COMO IDENTIFICAR UMA PESSOA COM CONVULSÃO?
· Perda dos sentidos (perda da consciência)
· Queda ao chão inconsciente
· Salivação
· Contrações de alguns músculos ou o corpo todo
· Perda do controle da urina
· Respiração ruidosa  
Passada a crise o paciente estará confuso e desnorteado, portanto, acompanhe-o o tempo todo até que ele volte à consciência.
O QUE FAZER QUANDO ALGUEM ESTIVER COM CRISE CONVULSIVA?
· Deite o paciente no chão
· Peça ajuda
· Proteja a cabeça com as mãos, roupa ou travesseiro
· Retire o objetos próximos, que possam machucar o paciente
· Mova o paciente apenas se ele estiver próximo a lugares perigosos (por exemplo escadas, máquinas, etc)
· Terminadas as contrações, coloque o paciente em posição de recuperação
· Deixe-o descansar  
O QUE NÃO FAZER?
· Não tente desenrolar a língua com a mão
· Não tente imobilizá-lo
· Não dê nenhum tipo de líquido ou sólido,
· até que a pessoa recupere TOTALMENTE a consciência
· Não jogue água no rosto  
IMPORTANTE: As convulsões por epilepsia tendem a durar alguns minutos, portanto, não se desespere!
QUEDAS: É o deslocamento não-intencional do corpo para um nível inferior a posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinada por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. Considerada um evento sentinela na vida do idoso e um marcador potencial do início de um importante declínio da função ou um sintoma de uma nova doença. Por exemplo: Criança: cai durante seu desenvolvimento motor normal, Adultos: cai durante atividades desafiadoras, Idoso: cai por perda funcional e um enfraquecimento no seu estado de saúde (sinal de vulnerabilidade e debilidade física).
Epidemiologia: No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano, sendo que a frequência é maior entre as mulheres. Em relação a idade, a frequência de quedas ocorre: entre 65 a 74 anos: frequência de 32%; entre 75 a 84 anos: frequência de 35%; 85 anos: a frequência aumenta para 51%. Idosos de 75 a 84 anos que necessitam de ajuda nas atividades de vida diária tem uma probabilidade de cair 14 vezes maior que pessoas da mesma idade independentes. Mais de 2/3 daqueles que tem uma queda cairão novamente nos 6 meses subsequentes.
Incidência de Óbito: As quedas tem relação causal com 12% de todos óbitos na população geriátrica. São responsáveis por 70% das mortes acidentais em pessoas com 75 anos ou mais. Constituem a 6ª causa de óbito em pacientes com mais de 65 anos.
Idosos hospitalizados em decorrência de uma queda apresentam o risco de morte no ano seguinte a hospitalização entre 15 a 50%.
Consequências das Quedas: Como consequência das quedas, o paciente pode apresentar: Fraturas = 5%; Ferimentos importantes = 5% a 10%; Quedas de baixo impacto e alto impacto; Impacto psicológico = naqueles que já caíram; Medo de cair naquelas que nunca caíram; Patologia = Fobia de quedas em idosos; Maior risco de lesão naqueles indivíduos que caem longe de suas residências = indivíduos mais ativos.
Fatores de Risco Intrínsecos: Alterações Fisiológicas de processo de envelhecimento que podem originar quedas, são; Diminuição da visão; Diminuição da audição; Distúrbios vestibulares; Distúrbios proprioceptivos (neuropatia periférica – patologias degenerativas da coluna cervical); Aumento do tempo de reação a situações de perigo; Distúrbios músculo-esqueléticos: degeneração articulares e fraqueza muscular; Sedentarismo; Deformidade dos pés.
Patologias Específicas: Algumas patologias podem ser consideradas responsáveis pela queda, como: Cardiovasculares : Hipotensão postural; Crise hipertensiva; Arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca; Doença coronariana.
Neurológicas: Hematoma subdural; Demência; Neuropatia periférica; AVC e sequela de AVC; Parkinsonismo; Labirintopatia; Epilepsia.
Endocrino-metabólicas: Hipo e hiperglicemia; Hipo e hipertiroidismo;
Distúrbios hidroeletrolícos.
Miscelâmia: Distúrbios psiquiátricos; Anemia (sangramento digestivo oculto); Hipotermia; Infecções graves.
Fatores de Risco Extrínsecos: Mais de 70% das quedas ocorrem em casa sendo que as pessoas que vivem sozinhas apresentam risco maior. Alguns dos fatores ambientais que influenciam na queda são: Iluminação inadequada; Superfícies escorregadias; Tapetes soltos ou com dobras; Degraus altos ou estreitos; Obstáculos no caminho; Ausência de corrimão em corredores e banheiros; Prateleiras excessivamente baixas ou altas; Calçados inadequados e/ou patologia dos pés; Maus tratos; Roupas excessivamente compridas; Vias públicas mal conservadas.
Teste “Get-up and go”: Esse teste consiste em: O paciente sentado em uma cadeira sem braços, deverá levantar-se e caminhar 3 metros até uma parede, virar-se sem tocá-la retornar a cadeira e sentar-se novamente.
Prevenção
1. Orientar sobre o risco de quedas e suas consequências,
2. Avaliação geriátrica global: função cognitiva + humor + condição econômica;
3. Racionalização da prescrição e correção de doses;
4. Redução de ingestão de bebidas alcoólicas
5. Fisioterapia e exercícios físicos;
6. Terapia Ocupacional;
7. Correção de fatores de risco ambientais.
A Doença de Parkinson é uma síndrome clínica que compromete o controle muscular. É consequência de um problema em uma pequena área do cérebro que ajuda no controle do movimento e equilíbrio. Por motivos desconhecidos, as célulasdessa parte do cérebro deixam de funcionar. Basicamente o que ocorre com as células cerebrais é que, na região do cérebro chamada de substância negra, elas param de funcionar, diminuindo assim a produção de uma substância denominada Dopamina (responsável em ajudar a enviar mensagens para as áreas do cérebro que controlam os músculos). Assim, a diminuição ou ausência da dopamina dificultam o envio dessas mensagens, fazendo com que o corpo não obedeça mais seus comandos. Isso causa os sintomas mais comuns: tremor e rigidez. Além desses, são características da doença: a Bradicinesia (lentidão geral dos movimentos e das atividades diárias; ausência de expressão facial; expressão de espanto devido a menor frequência de piscar; comprometimento da deglutição; fala monótona; marcha de passos curtos e arrastando os pés; diminuição do balanço dos braços; congelamento) e a instabilidade postural.
 
Com Dopamina as mensagens estão sendo transmitidas para o cérebro.
Sem Dopamina as mensagens não são transmitidas para o cérebro.
O tremor, rigidez e os movimentos lentificados são sintomas de uma condição conhecida como parkinsonismo. A Doença de Pakinson é o tipo mais comum do parkinsonismo. Enquanto se desconhece a causa do Parkinson, as causas dos outros tipos de parkinsonismo podem ser identificadas e incluem: exposição a determinados produtos químicos ou medicamentos, traumatismo crânio-encefálico (encefalopatia do pugilista), certos tipos de infecção, hidrocefalia de pressão normal, hipóxia e tumores. Os sintomas da Doença de Parkinson podem variar de acordo com cada indivíduo. Alguns apresentando sintomas graves enquanto outros, sintomas mais leve. Inicialmente, os sintomas da doença podem afetar apenas um dos lados do corpo. Posteriormente, os dois lados. Pode ocorrer sintomas diferentes em diversos estágios, podendo piorar com a evolução da doença. Geralmente a memória e o raciocínio não são comprometidos.
Os sintomas mais comuns da doença de Parkinson são:
- tremor: em geral, a mão ou o braço de um dos dois lados do corpo treme, podendo comprometer outras áreas, como a perna, o pé ou o queixo. Geralmente o tremor diminui quando se usa a área afetada e desaparece completamente durante o sono;
 - rigidez: ocorre porque os músculos não recebem o comando para relaxar, podendo provocar dores musculares e postura curvada;
 - bradicinesia: para começar os movimentos, há um maior esforço, provocando dificuldades para levantar da cadeira ou da cama, por exemplo. A pessoa começa a se restringir a passos curtos, arrastando mais os pés, sentindo-se “congelados”, ou seja, incapazes de se movimentar. O pestanejar, as expressões faciais, o balanço dos braços durante o andar e outros “movimentos involuntários” também se tornam mais lentos; pode ocorrer quedas, devido a falta de equilíbrio, geralmente para a frente e para a trás; a fala pode ficar mais baixa e de forma monótona, a caligrafia pode sair tremida e pequena e dificuldade para engolir. A constipação é um problema comum. O Parkinson é uma doença crônica e uma condição lentamente progressiva, portanto os sintomas podem mudar e progredir, ao longo do tempo. É importante perceber que o padrão de sintomas pode variar de pessoa para pessoa. Pode ocorrer dificuldades no dia-a-dia. Porém, as recomendações a seguir podem ajudar no seu cotidiano:
Vestir-se: não se apresse; deixe as roupas próximas do paciente; tente fazer uma coisa de cada vez; evite roupas com botões: troque-as por velcro ou zíper; evite sapatos com cadarços: utilize aqueles que fechem com velcro, pois são mais simples de colocar e tirar.
Refeições: utilize talheres com cabos largos se você tiver dificuldade para segurá-los; coloque o prato sobre uma bandeja térmica, assim evitará que a comida esfrie rapidamente; prefira alimentos ricos em fibra (como vegetais e grãos integrais) e beba bastante líquido para evitar a constipação intestinal.
Tomar Banho: instale corrimões no chuveiro e uma cadeira no box do chuveiro podem facilitar o banho; cole tiras antiderrapantes no banheiro; utilize sabonete líquido, pois são mais fáceis de segurar; vista um roupão por alguns minutos caso seja difícil enxugar-se com a toalha.
Fala: faça leituras em voz alta; cantar é sempre um bom exercício; respire profundamente no começo de cada frase, pois ajuda a se concentrar; instale um amplificador de voz no telefone a fim de facilitar que os outros o escutem melhor.
Escrever: escreva devagar e firme; levante a caneta do papel depois de escrever algumas linhas; use caneta larga ou com cabo de borracha a fim de facilitar o manuseio. Em decorrência da doença, seus movimentos tornam-se mais lentos. Os problemas musculares e as alterações em sua autoestima podem comprometer sua sexualidade. Porém, a doença de Parkinson não impede uma vida sexual satisfatória. Programe o ato para os momentos em que estiver se sentindo o melhor possível. Carinhos e carícias sempre fazem bem. Converse com o(a) parceiro(a) sobre o que você sente. O médico e outros profissionais da saúde podem ajudar. Mantenha-se em atividade. As atividades físicas regulares deixam os músculos mais fortes e flexíveis, auxilia também o corpo a trabalhar melhor. Consulte o médico sobre a forma de se fazer esses exercícios. Caminhar é um dos exercícios mais apropriados, se possível caminhe diariamente. Dançar também é uma alternativa. Porém, não se exceda, se ficar cansado(a) intercale durante os exercícios períodos de descanso. Trabalhe a mente resolvendo jogos, palavras-cruzadas, etc.
TRATAMENTO: Os medicamentos podem auxiliar na redução dos sintomas, facilitando as atividades diárias. Dependendo da fase da doença, o médico irá receitar um ou mais medicamentos.
PNEUMONIA são infecções que se instalam nos pulmões. Podem acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.
Sinais e sintomas: Febre alta; Tosse; Dor no tórax; Alterações da pressão arterial; Confusão mental; Mal-estar generalizado; Falta de ar; Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada; Toxemia; (intoxicação resultante da ação de produtos bacterianos difundidos pela corrente circulatória). Prostração.
 Fatores de risco: Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; Resfriados mal cuidados; Mudanças bruscas de temperatura. Alergias Respiratórias e Pneumoconioses.
Tratamento: O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos em caso de origem bacteriana ou fungica e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Prevenção: Não fume e não beba exageradamente; observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas; não se exponha a mudanças bruscas de temperatura; procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações. Se tiver mais de 60 anos vacine-se contra a gripe anualmente.
NOS IDOSOS:
Incidência
 - 25 a 40 / 1000 idosos dacomunidade
- 68 a 114 / 1000 em institucionalizados
Comorbidades: 80 a 90% têm 1 ou mais sendo as principais o DM, DCV, DPOC, ICC e alcoolismo
Mortalidade: 5 a 40%
ENVELHECIMENTO PULMONAR
Aspectos anatômicos do tórax
a)Aumento do diâmetro ântero-posterior
b)Calcificação das cartilagens esterno-costais
c)Alterações tróficas em musculatura respiratória
Aspectos funcionais do tórax
a)Diminuição do clareamento muco-ciliar
b)Diminuição da complacência
c)Diminuição do recolhimento elástico
Aspectos imunológicos
a)Disfunção da imunidade celular, diminuição da maturidade da célula T, diminuição da circulação das células T imaturas, diminuição da relação CD4/CD8 por das células T auxiliares
b)Disfunção humoral, diminuição da produção de Ac contra Ag externo
Fatores Predisponentes das infecções Pulmonares em Idosos: Alterações neuropsiquiátricas; Alterações das vias aéreas superiores; Distúrbios da consciência; Delirium; Confusão mental e agitação psicomotora; Apatia; Insuficiência hepática; Alcoolismo
Outras situações clínicas: Desnutrição; Alimentação por sonda; Uso prévio de antibióticos; Uso de sedativos; Restrição ao leito; Maior colonização da orofaringe por microorganismos potencialmente patogênicos.
Perfil do Idoso
a)Faixa etária: 60 a 80 anos e maiores que 80 anos
b)Pneumonias adquiridas na comunidade (PAC): paciente sem fator de risco
- paciente com fator de risco
c)Pneumonias adquiridas em instituições: casas de repouso; hospitais (enfermaria, UTI)
Principais patógenos responsáveis por Pneumonia em Idosos
- Etiologia não identificada: 20 a 60%
- Streptococcus pneumoniae: 26 a 64%
- Bacilos Gram-negativos: 6 a 31%
- Haemophilus influenzae: 2 a 20%
- Staphylococcus aureus: 2 a 20%
- Legionella pneumophila: 2 a 20%
- Clamydia pneumoniae: 1 a 6,5%
- Vírus (Influenza): 20 a 55%
Quadro Clínico - Apresentação clínica inicial: febre; tosse; expectoração; dispneia; dor torácica; presença de ruídos adventícios na ausculta pulmonar. Estes sintomas podem estar ausentes em até 30% dos casos
Apresentação por sintomas atípicos: alteração do estado geral; alteração do estado mental; agitação; apatia; perda do apetite; quedas inexplicáveis; descompensação de uma doença de base.
Exames Complementares: Radiografia de tórax; Exame do escarro; Aspirado transtraqueal ou translaríngeo; Broncofibroscopia; Exames laboratoriais (HMG, gasometria); Análise do líquido pleural quando presente derrame pleural
- Hemocultura
DEMÊNCIA
	“A velhice é um triste inventário de perdas e limitações” – Em seu dia-a-dia, o idoso está em uma situação de perdas continuadas. A diminuição do suporte sóciofamiliar, a perda do status ocupacional e econômico, o declínio físico continuado, a maior frequência de doenças físicas e a incapacidade pragmática crescente compõem o elenco de perdas suficientes para um expressivo rebaixamento do humor. Também do ponto de vista biológico, na idade avançada é mais frequente o aparecimento de fenômenos degenerativos ou doenças físicas capazes de produzir sintomatologia depressiva. Ocorre a diminuição da: visão, audição, força e a precisão manuais, robustez e a flexibilidade, rapidez na execução de tarefas, memória, imaginação, criatividade, adaptação, atenção, energia, iniciativa e sociabilidade. É através dessa percepção da nova realidade que a saúde mental é afetada (saúde mental pode ser entendida como o equilíbrio psíquico que resulta da interação da pessoa com a realidade). Essa realidade é o meio circundante que permite à pessoa desenvolver suas potencialidades humanas e, normalmente, essas potencialidades estão estreitamente associadas à satisfação das necessidades humanas.
Dificuldades do Diagnóstico - A pessoa que sofre com a depressão, algumas vezes, tem dificuldade em se reconhecer doente e não procura um tratamento. A religiosidade exerce influência: algumas pessoas consideram a doença como castigo. Na cultura de hoje, se criou à ideia que o homem está “proibido” de ficar doente (a depressão acomete tanto homens quanto mulheres). Todos esses fatos atrasam e dificultam o diagnóstico, podendo se agravar a doença. Em relação a classe médica há uma dificuldade em se reconhecer a doença precocemente, consideram os sintomas como decorrente da própria condição clínica e por não te provas laboratoriais (é um diagnóstico clínico).
Critérios para Episódio Depressivo Maior - Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estivessem presentes durante o mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é 1.) humor deprimido ou 2.) perda do interesse ou prazer.
1. Humor depressivo durante a maior parte do dia, indicado por relato subjetivo ou observação de terceiros;
2. Diminuição importante do interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades;
3. Perda ou ganho de peso significativos, ou aumento ou diminuição do apetite;
4. Insônia ou aumento do sono;
5. Fadiga ou perda de energia, agitação ou retardo psicomotor, observado necessariamente por terceiros;
6. Sentimentos de menos-valia ou culpa excessiva e inapropriada;
7. Diminuição da capacidade de concentração ou indecisão;
8. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida;
Os sintomas devem causar sofrimento significativo ou prejuízo ocupacional, social ou em outras áreas importantes de funcionamento. Não devem ser causados por uso de substâncias, nem por uma condição médica. Segundo a CID (Classificação Internacional das Doenças), Depressão Maior caracteriza-se pela presença mínima de 2 dos seguintes sintomas: Humor depressivo em um grau anormal para o indivíduo; Perda de interesse ou prazer em atividades antes prazerosas; Energia diminuída ou fatigabilidade aumentada; Perda de confiança ou auto-estima; Sentimento de culpa ou auto-reprovação; Pensamentos de morte ou suicídio; Alteração na atividade psicomotora (agitação ou lentificação); Indecisão ou perda de concentração; Alteração do sono e alteração do apetite.
Sintomas: Humor deprimido: tristeza; Diminuição de gosto, prazer, satisfação; Perda ou ganho de peso; Alteração do sono; Fadiga; Cansaço fácil; Sentimentos: ruína; fracasso; menos valia; Perda de interesse; Retardo motor; Pessimismo; Alteração na concentração; Dificuldade de fixação; Pensamentos: de culpa; de morte.
Causas Orgânicas: Medicamentos; Substâncias de abuso; Doenças neurológicas; Doenças infecciosas; Neoplasias; Doenças metabólicas e endócrinas; Doenças cardiovasculares.
Prevalência
- 14,7% com sintomas depressivos (3,7% com depressão maior)
- Ambulatórios Gerais: 14 a 52% de depressão (Mayou e Hawton 1986)
- Pacientes hospitalizados; 30 a 35% (Alexopoulos, 1996).
Sintomas Cognitivos são mais intensos em Idosos Deprimidos: Memória; Dificuldades nas atividades intelectuais; Perda de concentração; Lentidão de raciocínio
Fatores que Induzem a Depressão
1. Perdas (por morte de amigos, cônjuge e pela saída dos filhos da casa)
2. Diminuição dos recursos financeiros (aposentadoria).
3. Diminuição das funções sociais com isolamento.
4. Diminuição da independência (diminuição da saúde + mobilidade)
5. Diminuição de suportes sociais
6. Diminuição das capacidades cognitivas.
Fatores de Risco - História familiar (casos na família); Raça: branca é mais acometida; Acontecimentos da vida; Personalidade: timidez, inibição, insegurança, etc.; Experiências da vida: experiências negativas; Sexo: maior incidência em mulheres; Parto; Relacionamentos íntimos: pessoas com maior convívio social ou ter uma vida estruturada estão mais protegidas.
Depressão e Doença Física
- A associação entre depressão e doenças físicas é frequente em idosos.
-35-45% dos idosos internados por problemas físicos apresentam síndromes depressivas.
-Diferenciação pode ser difícil.
-Evolução de forma menos satisfatória.
-Maior tempo de permanência no hospital.
- Maior mortalidade.
A depressão pode estar relacionada à gravidade da doença e à incapacitação funcional. A Depressão Pode Ser:
1. Primária: depressão coexistindo com a doença física; depressão com intensos sintomas físicos; depressão com doença físicasecundária
2. Secundária a doença física: depressão causada pela doença física; depressão reativa a doença física
Depressão de Início Tardio
-Menor frequência de história familiar de transtornos afetivos; Maior relação com eventos vitais negativos; Maior associação com doenças crônicas; Maior prevalência de demência e risco de apresentar demência no seguimento; Maior prejuízo em testes neuropsicológicos; Maior número de alterações de exames complementares como de neuroimagem estrutural; Menor resposta aos antidepressivos.
Formas de Associação entre Depressão e Demência
- Depressão na demência: Sintomas depressivos são considerados parte integrante da demência tanto com a reação psicológica, com a consequência direta do distúrbio orgânico cerebral.
- Demência com depressão: Distúrbios coexistem mas estão menos intimamente relacionados. A depressão se impõe ao quadro demencial já instalado.
- Depressão com deficiências cognitivas: Sintomas cognitivos são parte integrante do quadro clínico da depressão associados a outros sintomas depressivos.
- Demência na depressão (pseudodemência): Deficiências cognitivas muito pronunciadas com o quadro clínico assemelhando-se ao dos quadros demenciais.
PTERÍGIO, O QUE É ISSO? O Pterígio é uma pequena membrana que cresce sobre a córnea. Tecnicamente falando podemos classifica-lo como crescimento de tecido fibrovascular sobre a córnea atingindo normalmente o canto interno dos olhos, define Dr. Paulo Silvério, oftalmologista que lida com esse assunto há bastante tempo. É também erroneamente confundido com a catarata.
CAUSAS E SINTOMAS - Comumente aparece em pessoas que se expõem com frequência à luz do sol, aos raios ultravioleta, ao calor, às condições ambientais como clima seco, poluição e poeira. Os principais sintomas são: irritação no olho/olho vermelho; fotofobia; sensação de corpo estranho; ardor e lacrimejamento.
PODE APARECER EM QUALQUER IDADE? Em relação à incidência as pessoas que se expõem muito ao sol por motivo de trabalho têm mais chances de desenvolver o pterígio. Mas a reincidência é mais comum em jovens e em pessoas que não se protegem do sol e do calor após a cirurgia, enfatiza Dr. Paulo.
QUAL O TRATAMENTO? Inicialmente o tratamento pode acontecer através de pomadas oculares e colírios que auxiliam na lubrificação dos olhos e aliviam os sintomas. Caso o pterígio se desenvolva a ponto de atrapalhar a visão ou se tornar um incômodo estético pode ser retirado através de intervenção cirúrgica.
EXISTE PREVENÇÃO? O interessante é evitar excessiva exposição ao sol e qualquer fonte de irradiação. Vale lembrar que vivemos num país tropical onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento desse tipo de lesão. Assim sendo, devemos redobrar os cuidados com o sol. E em relação à hereditariedade, estudos recentes demonstram que pode haver uma predisposição hereditária da doença.
FONTE: DR. PAULO SILVÉRIO COELHO BAÊTA
A VIDA COMEÇA AOS 60- Idade não é empecilho para aprender a tocar um instrumento ou falar um novo idioma. Da mesma forma, adotar hábitos saudáveis tardiamente traz benefícios inegáveis.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul e publicado no American Journal of Medicine aponta que mudanças de hábitos melhoram a saúde física e mental. A condição, em todos os casos, é uma só: as atividades precisam ser feitas com vontade. Crianças têm mais facilidade na fala e na pronúncia, mas os adultos levam vantagem na gramática. Aprender a tocar piano ou violino leva tempo, e isso as crianças têm de sobra. Mas se o parâmetro não for o músico profissional, os idosos podem ir longe. Estudos também apontam que consumir frutas e legumes e fazer exercícios diários diminui o risco de problemas cardíacos em 35%. Segundo a revista Vida Simples, uma pessoa de 60 anos, com boa saúde, equivale a uma de 40 anos há um século.
Fonte: HUMANA SAÚDE 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES OCULARES: Guardar substâncias inflamáveis, químicas e/ou medicamentos fora do alcance de crianças; Objetos pontiagudos ou cortantes, como facas, tesouras, não devem ser manuseados por crianças; Brinquedos potencialmente perigosos, como estilingue, dardo, flecha, devem ser evitados; Usar cinto de segurança no carro; o transportar crianças no banco de trás do carro e quando menores de dois anos, usar cadeira apropriada; tomar cuidado especial com esportes violentos e brincadeiras infantis; Manter as crianças longe do fogão, quando em uso.
FONTE: DRA. ANA CRISTINA PICCHIONI
CASADOS CORREM MENOS RISCOS: - Pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre as consequências do casamento para homens e mulheres constatou que a união faz muito bem para as pessoas, sobretudo aos homens. Afirma o estudo que casados correm menos riscos que os solteiros de ter depressão, abusar do álcool e das drogas, sofrer acidente de carro ou cometer suicídio e têm uma vida social mais ativa e mais saudável.
FONTE: INFORMATIVO FUNDAFFEMG
Palestra do Dr. Paulo Silvério e Dra. Ana Cristina Picchioni 
No dia 25 de setembro de 2007 os oftalmologistas, Paulo Silvério e Ana Cristina Picchioni, farão uma palestra para um grupo de aproximadamente 50 pessoas no auditório da Livraria Paulinas, em Belo Horizonte. O tema “Saúde dos olhos garante dias mais felizes” tem como objetivo esclarecer para o grupo de interesse quais os cuidados para se manter uma visão de boa qualidade por mais tempo e tirar dúvidas sobre a cirurgia de catarata.
contato@alcanceoftalmologia.com.br
LOMBALGIA - A lombalgia pode ser definida como uma dor da musculatura lombar, de origem reumática ou traumática. O termo Citalgia, ao qual algumas vezes a Lombalgia é associada, pode ser definido como uma dor que se irradia a partir do dorso até os glúteos e à extremidade inferior. Algumas das causas as Lombalgia são:
1. Mecânica (dor lombar que piora com a movimentação e melhora com o repouso): Hipertrofia do ligamento amarelo, hipertrofia facetaria; Degeneração discal (hérnia de disco); Fraturas traumáticas; Osteoporose (fraturas patológicas); Malformações congênitas; Espondilolistese; Espondilose.
2. Não-mecânica: Neoplasia; Infecciosa; Artrite;
3. Doença Visceral (patologia nos órgãos pélvicos): Aneurisma da aorta; Doença gastrointestinal (pancreatite, colecistite, úlcera péptica perfurada);
• Nefropatia (doença renal).
TRATAMENTO
- Lombalgia Aguda: recomenda-se repouso completo no leito ou pelo menos permanecer recostado; medicamentos; tempo; calor ou gelo na região lombar.
- Lombalgia Recidivante: recuperar e manter a flexibilidade do dorso, fazer atividades físicas para manter a força muscular e adotar postura correta ao se levantar, recostar e sentar.
- Lombagia Baixa Crônica: é a lombalgia com ou sem limitação da mobilidade que persiste de 3 a 6 meses. Fazer relaxamento, contraindo e relaxando o músculo. Esse exercício pode aliviar a dor, porém o paciente que apresenta Lombalgia Crônica deve aprender a viver sentindo alguma dor.
O DIABETES MELLITUS é uma doença, que não tem cura, mas pode ser controlada. Aparece quando a insulina (hormônio responsável pelo transporte de glicose) para de ser produzida ou é produzida em pequenas quantidades pelo pâncreas. Com isso, há um aumento de açúcar (glicose) no sangue. Pode ser classificado em quatro subclasses:
Tipo 1: ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Sem a produção de insulina, o nosso organismo não consegue absorver a glicose do sangue, as células ficam sem energia (sem a glicose), por isso as células passam a se alimentar de gordura. Os pacientes precisam injetar insulina para compor sua falta no organismo. Desenvolve-se na maioria dos casos em crianças e adolescentes, representando um total de 10%;
Tipo 2: nesse caso a insulina é produzida, mas as células são incapazes de aproveitarem a insulina. Geralmente se desenvolve em pessoas acima dos 40 anos, e a ocorrência aumenta com o avanço da idade e em pessoas obesas. Esse tipo de diabetes pode não apresentar sintomas; Tipos associados a doenças ou síndromes específicas;
- Diabetes gestacional.
Tipo 2 - O diabetes tipo 2 éresponsável por cerca de 90% dos casos da doença, sendo uma das 10 principais causas de morte no mundo. Ao contrário do que vem ocorrendo com a hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares, sua incidência está aumentando, principalmente nos países em desenvolvimento, como conseqüência das mudanças nos padrões nutricionais, que levam, especialmente, ao aumento da prevalência do sobrepeso e da obesidade. Em 1998, em estudo baseado em estruturas populacionais e prevalências de diabetes obtidas em vários países do mundo, inclusive o Brasil,estimou-se que entre 1995 e 2025 haverá um aumento de 35% no número de casos existentes de diabetes nas pessoas com 20 ou mais anos de idade. As prevalências, apesar de maiores nos países desenvolvidos, crescerão mais nos países em desenvolvimento, em que podem chegar a 48%. Devido à tendência do aumento do diabetes com a idade, os países em desenvolvimento, que experimentam um processo de envelhecimento acelerado de sua população, também arcarão com os maiores contingentes populacionais de diabéticos. O Brasil, com população estimada em 4,9 milhões de adultos diabéticos, em 1995, terá cerca de 11,6 milhões deles em 2025. No final da década de 80, estimou-se em cerca de 8% a prevalência do diabetes em adultos (30-69 anos) residentes em nove capitais brasileiras. Na América Latina, a doença tem crescido entre as faixas etárias mais jovens, com impacto significativo sobre a qualidade de vida e a carga global de doenças.
Fatores de Risco: Parentes com diabetes; Ter mais de 40 anos; Excesso de peso; Ter uma vida sedentária; Ser hipertenso.
Sintomas: Cansaço; Muita sede; Boca seca; Urina em excesso; Muita fome; Perda rápida de peso; Visão embaraçadas. 
Reduzir o Risco - Para reduzir o risco de desenvolver diabetes, é essencial criar hábitos saudáveis, tais como: Controle da glicemia; Manter uma dieta equilibrada: se alimentar de modo saudável. Controlar a pressão arterial; Parar de fumar; Fazer exercícios físicos;
- Nunca abandone o tratamento; siga corretamente as orientações médicas.
Dieta para Diabetes: o diabestes pode causar diversas complicações e problemas nos rins, pés, olhos, nervos, coração, dentes e gengivas, além do acidente vascular cerebral (AVC). Uma das formas de evitá-las ou retardar seu aparecimento é manter uma dieta equilibrada. 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCULARES - A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 180 milhões de pessoas em todo o mundo apresentam algum tipo de deficiência visual. Destes, 50 milhões são cegas e 135 milhões correm o risco de ficar cegas. Hoje, toda a medicina e também a oftalmologia, caminha para a PREVENÇAO, apesar de que na prevenção de doenças oculares o Brasil ainda está muito aquém. Tanto é assim que a catarata, glaucoma e degeneração macular ainda cegam muitos brasileiros, apesar de serem doenças passíveis de tratamento e controle.
Mas quando iniciar os exames oftalmológicos? Em toda a fase da vida, cuidados com a visão são importantes. A prevenção deve começar logo após o parto. Desde o nascimento já é possível diagnosticar algumas doenças, entre elas a catarata congênita, glaucoma, hipermetropia, miopia, estrabismo e retinopatia da prematuridade. Já na adolescência e fase adulta cerca de 60 milhões de pessoas sofrem de problemas de visão devido ao uso constante do computador. Este número vem aumentando em um milhão a cada ano. Os exames também são obrigatórios e devem ser de preferência anualmente ou de 2 em 2 anos. A partir dos 40 anos é comum as pessoas sofrerem da conhecida vista cansada (presbiopia) e terem problemas de redução de visão para perto. É importante que sejam feitos exames de rotina para mapear a retina e medir a pressão ocular. Nessa fase também há o risco de aparição de doenças como catarata e glaucoma. Doenças sistêmicas como Hipertensão Arterial e diabetes necessitam de uma avaliação oftalmológica semestral. A melhor forma para ter uma visão saudável é fazer exames periódicos para precaver certas doenças, já que muitas delas podem ser desaceleradas ou até mesmo curadas se descobertas a tempo.
Lembre-se: Todas as doenças citadas podem ser retardadas ou até mesmo evitadas se detectadas logo no início. Por isso é de extrema importância a visita periódica ao oftalmologista. Com isso você terá excelência na visão pois as melhores coisas da vida são para serem vistas de perto e nitidamente.
Dra. Ana Cristina Picchioni / Dr. Paulo Silvério – oftalmologistas
HIPOTIREOIDISMO ATINGE MAIS DE 14% DOS IDOSOS (SUBDIAGNOSTICADO)- Confundida com sintomas do envelhecimento fisiológico, se não tratada a tempo, a doença pode causar insuficiência cardíaca e anemia. Pelo descuido acumulado na manutenção da saúde ao longo dos anos, para muitos, a chegada à terceira idade é sinônimo de problemas de saúde, apatia e cansaço. O que poucos sabem, porém, é que essas queixas podem não ser reflexo do processo de envelhecimento fisiológico, mas sim estar ligadas a uma doença: o hipotireoidismo. Causada pela deficiência na produção do hormônio tiroxina, produzido pela glândula tireóide, o hipotireoidismo pode se apresentar de duas maneiras: na forma clínica ou subclínica. O hipotireoidismo clínico, responsável por uma redução significante do metabolismo, pode causar fadiga, ressecamento da pele, ganho de peso, rouquidão e lentidão da fala. Este quadro, segundo estudos multicêntricos, atinge de 0,5% a 5% da população idosa e chega a 7% de incidência em pessoas com mais de 80 anos, com maior presença em mulheres. “Um dos maiores problemas do hipotireoidismo em idosos é a semelhança dos sintomas com as alterações do processo natural de envelhecimento. Por isso, é fundamental que os idosos, principalmente as mulheres, procurem seus médicos ao sentirem um desses sintomas”, explica a Dra. Nilza Scalissi, endocrinologista da Santa Casa (SP) e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Em sua forma subclínica, o hipotireoidismo é ainda mais presente: na faixa etária de 50 anos a doença se manifesta em 8% da população e em pessoas com mais de 60 anos, a incidência sobe para 14% a 20%. Os sintomas podem ser irrelevantes, como fadiga ou frio excessivo, por exemplo, ou até mesmo não existirem, mas se não for tratada, a doença pode progredir para o quadro clínico de hipotireoidismo. Segundo a endocrinologista, o hipotireoidismo clínico pode trazer sérios problemas para a saúde do idoso, como anemia e insuficiência cardíaca e pode ser confundido com queixas frequentes da faixa etária. “Não é possível prevenir o hipotireoidismo em nenhuma das fases da vida, mas o tratamento é 100% eficaz se o diagnóstico for feito corretamente”, alerta.
Tratamento - Doença mais comum da tireoide, a deficiência de hormônios ocasionado pelo hipotireoidismo é tratado durante toda a vida com a reposição hormonal com levotiroxina. A dose, segundo a endocrinologista, depende do peso e da idade do paciente e o tratamento correto devolve a vida normal ao paciente. “O diagnóstico é muito simples e o tratamento é feito com o reposição hormornal com a levotiroxina sódica, semelhante à tiroxina produzida pela tireoide. A indústria nacional já disponibiliza medicamentos adaptados para o clima e eficientes para os brasileiros”, finaliza a especialista.
Fonte: Prof. Dra. Nilza Scalissi – professora livre-docente de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE - O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ou Declínio Cognitivo Leve (DCL):
1. Comprometimento da memória, preferentemente confirmado por algum informante e pela testagem cognitiva, estando o desempenho nos teste pelo menos 1,5 desvio padrão abaixo da média do grupo controle pareado por idade e nível educacional, e apresentando escore 0,5 na Escala CDR;
2. Preservação das demais funções cognitivas;
3. Desempenho independente nas atividades da vida diária;
4. Ausência de síndrome demencial.
O CCL tem sido considerado um estágio transicional entreenvelhecimento normal e demência.
- de 10 a 15%: DA. Em comparação com idosos normais (sem DCL).
Um grupo de pesquisadores da Suécia têm ressaltado o fato de que as queixas de memória desses pacientes frequentemente associam-se a declínio de outras funções cognitivas como linguagem e orientação, e por isso têm adotado um critério mais abrangente de diagnóstico de CCL:
1. Queixa subjetiva de memória;
2. Sinais objetivos de declínio em qualquer domínio cognitivo (1,5 desvio padrão abaixo da média obtida pelos controles de mesma faixa etária);
3. Atividades da vida diária intacta;
4. Não preenchimento dos critérios DSM-IV ou CID-10
Com os avanços das pesquisas em CCL, o grupo de pesquisadores suecos passou a admitir que existem vários subtipos de CCl:
1. CCL amnésico;
2. CCL de múltiplos domínios (linguagem, funções executivas, e destrezas visuoespaciais), ou sem alteração de memória;
3. CCl de um único domínio que não a memória (por exemplo, da linguagem, ou das funções executivas, ou das habilidades visuoespaciais).
Critérios gerais para o diagnóstico de CCL:
1. O indivíduo não está normal, mas não preenche os critérios DSM-IV ou CID10 de demência;
2. O indivíduo deve ter evidência de declínio cognitivo conforme avaliado pelo próprio sujeito e/ou por algum informante, além de déficits demonstrados objetivamente em testes cognitivos; e/ou evidência de declínio em testes neuropsicológicos objetivos ao longo do tempo;
3. As atividades básicas da vida cotidiana estão preservadas e as funções instrumentais complexas estão intactas ou minimamente comprometidas.
De acordo com o consenso internacional, o processo diagnóstico de CCL (mil cognitive impairment) deve comprometer os seguintes passos:
1. O ponto de partida é a queixa do paciente ou de alguém que o conheça, mostrando preocupação com seu funcionamento cognitivo. E então, com base na história (preferentemente uma entrevista estruturada) e no exame do estado mental, o clínico deve decidir se o paciente apresenta cognição normal ou demência. Se a cognição estiver alterada, mas não comprometer significativamente as atividades funcionais do dia-a-dia, então os critérios de demência não são satisfeitos, e o diagnóstico mais apropriado é o de CCL;
2. A seguir, a fim de classificar o CCL, o clínico realiza uma testagem neuropsicológica abrangente, que inclua testes de memória episódica, particularmente de aprendizado de lista de palavras. O CCL pode então ser classificado em:
a) amnésico puro (CCL-a), se apenas a memória estiver comprometida, com escores abaixo do esperado para a idade do paciente;
b) amnésico, de múltiplos domínios (CCL-amd), se houver também déficits leves em outro(s) domínio(s) cognitivo(s);
c) não amnésico, de múltiplos domínios (CCL-namd);
 d)não amnésico, de um único domínio (CCL-naud), manifestando-se, por exemplo, como déficit viso espacial isolado. Como já ressaltado anteriormente, o valor desta classificação é que ela já fornece pistas etiológicas;
3. Finalmente, a causa ou etiologia subjacente deve ser avaliada com testes e exames laboratoriais, de modo similar a investigação das síndromes demenciais. O consenso recomenda que, em nível primário, o clínico geral deve realizar exames para rastrear doenças sistêmicas como a anemia, hipotiroidismo, deficiências vitamínicas e fatores de risco cerebrovascular como a hipertensão arterial e diabetes (hemograma completo, TSH, B12, ácido fólico, glicose, colesterol e outros pertinentes). Se estes exames não identificam a causa, o paciente é reavalidado periodicamente e, em caso de déficits cognitivos mantidos ou progressivos, ele é encaminhado a um especialista, em nível secundário ou terciário de assistência. O especialista deve solicitar aos pacientes com queixas de memória passarem por exame físico geral e neurológico, testes neuropsicológicos abrangentes e detalhados (para determinação do subtipo de CCL) e exames laboratoriais e de neuroimagem (tomografia computadorizada –TC- ou ressonância magnética – RM- cerebral e tomografia SPECT).
O envelhecimento normal principalmente o CCL (subtipos CCL-a ou CCL-amd) mostram alterações neuropsicológicas, neuropatológicas e neuromagnéticas similares às encontradas na fase incipiente de uma demência de Alzheimer, muitas vezes constituindo uma fase prodrômica ou pré-clínica dessa doença.

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