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SISTEMAS DE ACONDICIONAMENTO ASSÉPTICO DE ALIMENTOS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ENG. DE ALIMENTOS – 9⁰ SEMESTRE Disciplina: Acondicionamento e Embalagem Prof. Me. Marcel de Campos Oliveira EMBALAGEM CARTONADA LONGA VIDA FIGURA 1 - Material componente de embalagem cartonada longa vida. 1. Polietileno; 2. Papel; 3. Polietileno; 4. Folha de alumínio; 5. Polietileno; 6. Polietileno. → A embalagem cartonada longa vida (Figura 1), foi lançada no Brasil no início dos anos 70, pela empresa Tetra-Pak, com a função de envasar alimentos (leites e sucos), molhos de tomate e maionese; − Sobre o material de que é feita a embalagem cartonada longa vida (UHT) pode- se destacar: EMBALAGEM CARTONADA LONGA VIDA → O papel: produzido a partir de fibras de celulose encontradas em madeiras de árvores (pinus). EMBALAGEM CARTONADA LONGA VIDA → O polietileno: produzido a partir do petróleo, porém apenas 1 % do petróleo produzido no Brasil é destinado para a produção de plásticos; → A maior parte é utilizada para o transporte e para a geração de energia; → O alumínio: extraído do solo de uma rocha chamada bauxita. Esses materiais criam uma barreira que impede além da entrada de luz, ar, água e microorganismos, ao mesmo tempo não permitem que o aroma dos alimentos deixe a embalagem. EMBALAGEM CARTONADA LONGA VIDA → O oxigênio, presente no ar, poderia produzir nos alimentos uma reação chamada de oxidação, e causar uma redução das suas qualidades. LINHAS BÁSICAS DE ENVASE ASSÉPTICO 1. Encher e selar: recipientes pré-formados de plástico termoformado, vidro ou metal são esterilizados, enchidos em ambiente asséptico e selados; 2. Moldar, encher e selar: os rolos do material são esterilizados, moldados em ambiente asséptico, selados Ex: Tetra-Pak; 3. Montar, encher e selar: embalagens pré-formadas (desmontadas) são montadas, esterilizadas, enchidas e seladas. Ex: caixas triangulares (“gable-top cartons”), cambri-bloc. Existem 5 tipos básicos de conduzir o envase asséptico: 4. Termoformar (moldar com aquecimento) rolos do material esterilizados, encher, selar assepticamente. Ex: produtos cremosos, embalagens plásticas de sopa; 5. Soprar (blow) o molde, encher e selar. LINHAS BÁSICAS DE ENVASE ASSÉPTICO EMBALAGENS USADAS NO PROCESSAMENTO UHT Latas; Laminados de papelão/plástico/folha metálica/laminados plásticos; Bolsas flexíveis; Recipientes plásticos termomoldados; Recipientes moldados por enchimento (“blow molded containers”); Bag-in-box; Bulk totes. BAG-IN-BOX 1. O rolo de papel laminado (polietileno/papelão/polietileno/alumínio/ polietileno) entra no sistema; 2. É esterilizado a 80°C por um banho de peróxido de hidrogênio a 17% durante 8 – 10 s, eliminando-se os restos de H2O2 com uma corrente de ar estéril; 3. O rolo entra em uma câmara asséptica esterilizada com ar quente; 4. A tubulação 4 procedente do esterilizador UHT, chega a esta câmara onde a embalagem é moldada e recebe o volume adequado de alimento; 5. A embalagem é fechada a quente e depois cortada com guilhotinas transversais. ACONDICIONAMENTO ASSÉPTICO COM FORMAÇÃO DA EMBALAGEM LAMINADA VIDEO: EMBALAGENS DA TETRA PAK ENVASE ASSÉPTICO FIGURA 2 - Camadas de embalagem asséptica (Fonte Tetra-Pak). ENVASE ASSÉPTICO → O sistema de envase asséptico pode ser definido como o enchimento, “a frio”, de um alimento comercialmente estéril, em uma embalagem previamente esterilizada, sob condições ambientais também estéreis; → Diferentemente dos alimentos termoprocessados na própria embalagem, esse sistema permite a utilização de embalagens com baixa resistência térmica; → A principal embalagem para o leite UHT utilizada no sistema Tetra-Pak compõe- se de uma chapa com camadas consecutivas de polietileno-cartão-polietileno- alumínio-polietileno. ENVASE ASSÉPTICO → No sistema Tetra Pak de envase estéril: realiza-se uma esterilização da chapa de embalagem com peróxido de hidrogênio a uma concentração de 30-35% que, em etapas subseqüentes, se evapora a uma temperatura superior a 100°C, necessária para a esterilização do papel. COMPARAÇÃO ENTRE PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZAÇÃO CONVENCIONAL EM AUTOCLAVES (APERTIZAÇÃO) (PROCESSO NÃO ASSÉPTICO) PROCESSO ASSÉPTICO PROCESSAMENTO ASSÉPTICO Os sistemas assépticos podem ser divididos em três etapas distintas: → Esterilização do produto: visa eliminar ou inativar enzimas e microrganismos, incluindo seus esporos; → As “zonas estéreis” do sistema de esterilização do produto (tubo de retenção e equipamentos seguintes ao tubo de retenção). → Esterilização do sistema de embalagem; → Esterilização do sistema de envase asséptico; ESTERILIZAR ANTES OU DEPOIS DO ENCHIMENTO (ENVASE) ?? − Esterilização após o envase APERTIZAÇÃO → É mais simples; → É o processamento térmico mais antigo. − Esterilização antes da embalagem PROCESSAMENTO ASSÉPTICO → Acarreta menores danos aos alimentos; → Exige o envase asséptico. LEITE UHT: LEITE LONGA VIDA ULTRAPASTEURIZAÇÃO/130-150°C (2 A 4 SEGUNDOS) RESFRIAMENTO À TEMPERATURA INFERIOR A 32°C ENVASE EM EMBALAGENS ASSÉPTICAS ARMAZENAGEM À TEMPERATURA AMBIENTE PRODUÇÃO DE SUCO DE LARANJA UHT PRODUÇÃO DE SUCO DE LARANJA UHT VIDEO: LONGA VIDA EMBALAGEM FLEXÍVEL: AVANÇA NOS PERECÍVEIS − As embalagens com sete camadas são obtidas por co-extrusão, seis de polietileno e uma interna de EVOH*, que produz a barreira ao oxigênio, fundamental à conservação de alimentos perecíveis. − A embalagem longa vida com nome comercial Duraflex foi lançada experimentalmente em 2007 e agora ganha escala de mercado. *EVOH - (ETHYLENE VINYL ALCOHOL COPOLYMER)/ *COPOLÍMERO DE ETILENO ÁLCOOL VINÍLICO. − As principais vantagens anunciadas pelo fabricante estão relacionadas com a facilidade de reciclagem e o custo similar a qualquer outro tipo de estrutura de polietileno; − O preço da embalagem pode oferecer redução entre 30% e 50% no preço final do leite tipo A, na comparação com a embalagem Tetra-Pak, ou cartonada; − Os sachês foram empregados no mercado brasileiro, porém eram importados; − O custo elevado impediu num primeiro momento a colocação do produto no país; − O Duraflex mantém todas as propriedades para a conservação de laticínios longa vida por um período de 120 a 150 dias, sem a necessidade de refrigeração. VIDEO: SACHET LONGA VIDA OBRIGADO PELA ATENÇÃO! PROF. ME. MARCEL DE CAMPOS OLIVEIRA E-mail: marceloliveira.oliveira@yahoo.com.br
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