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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS TECNOLOGIA DE EMBALAGENS DE ALIMENTOS LEONARDO DA SILVA CRUZ ROBERTO BRAZ DA SILVA FILHO RELATÓRIO - EMBALAGENS CELULÓSICAS E GRAMATURA GOIÂNIA 2022 1 LEONARDO DA SILVA CRUZ ROBERTO BRAZ DA SILVA FILHO RELATÓRIO - EMBALAGENS CELULÓSICAS E GRAMATURA Relatório apresentado à Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás como parte dos requisitos exigidos para a disciplina de Tecnologia de Embalagens de Alimentos. Profa. Dra: Láisa Gomes Dias Alunos (as): Grazielly Vieira Lima, Leonardo Da Silva Cruz, Roberto Braz Da Silva Filho. Goiânia 2022 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….4 2. MATERIAIS E MÉTODOS………………………………………………………….4 2.1 EMBALAGENS………………………………………………………….5 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO…………………………………………………….8 4. CONCLUSÃO……...…………………………………………………………….......8 5. REFERÊNCIAS…….……………………………………………………………..…9 3 1. INTRODUÇÃO As embalagens são o invólucro que é atribuído para assegurar o acondicionamento, transporte e manipulação dos alimentos (RIBEIRO et al., 2008). Apresentam diversas funções, em que refere-se a particularidades ligadas à segurança do alimento, como proteção a choques mecânicos e vida útil. Irregularidades na embalagem podem apontar que o produto está inapropriado para o consumo (MACHADO,2021). A escolha de cada material e da gramatura para as embalagens está atrelada diretamente às características do produto a ser embalado, visto que a embalagem não deve interferir nas propriedades sensoriais do alimento (CARVALHO et al., 2018). O tipo da embalagem em que o produto está envolvido pode interferir diretamente na sua vida útil, em função disso há uma grande atenção com os procedimentos ao longo das fases que confere sua produção (SOUSA, 2012). As embalagens compostas de materiais celulósicos, comumente são aplicadas como primárias nas indústrias de alimentos, podendo ou não serem revestidas com algum elemento polimérico, camadas de alumínio, ceras e parafinas em vista que estão em contato com o alimento (BARÃO, 2011). Entretanto o seu uso em embalagens secundárias, que são tais que não entram em contato direto com o alimento, como cartão ou papelão são na maior parte dos casos para volumes maiores, dada sua maior rigidez devido a gramatura, praticidade no transporte e resistência a choques mecânicos quando comparadas com as primárias (DE AZEREDO, 2012). Dentro desse contexto, o objetivo da aula foi avaliar as diferentes composições celulósicas e correlacionar a gramatura das embalagens com sua forma de uso e função. 2. MATERIAL E MÉTODOS As embalagens compostas de material celulósico foram adquiridas em Goiânia (GO) e transportadas para o Setor de Engenharia de Alimentos, 4 localizado na Escola de Agronomia (EA) da Universidade Federal de Goiás (UFG). A aula prática foi ministrada no Laboratório de Físico-Química durante o mês de julho de 2022. As análises foram realizadas com o auxílio de um micrômetro medidor, onde obteve-se os dados de espessura, e com uma balança de precisão foram pesados pedaços de cada embalagem de área 10x10 cm, para cálculo de gramatura. Logo depois conduziram-se as discussões acerca das características de cada embalagem celulósica e sua correlação com as gramaturas. 2.1 Embalagens Celulósicas Foram utilizados cinco tipos de materiais celulósicos para as análises: papel cartão, papel cartolina, papel celofane, papel kraft e papelão; Figura 1. Papel Cartão Normalmente os cartões são compostos por uma combinação de duas ou mais camadas que podem diferir conforme a pasta. Os cartões de baixa gramatura, geralmente designados de cartolinas, podem ser de apenas uma camada, no entanto, a estrutura multicamada é adotada mesmo para os cartões mais finos. Cartões com forro de pasta branqueada são de boa aparência e apresentam boa superfície de impressão, sendo utilizados para aumentar a resistência e facilitar a impressão nas embalagens. 5 Figura 2. Papel Cartolina Cartolinas são basicamente papel cartão de baixa gramatura, podem ser de apenas uma camada, no entanto, a estrutura multicamada é adotada mesmo para os cartões mais finos. São normalmente utilizados para caixas tipo cartucho e multipacks. Figura 3. Papel Celofane Celofane é uma folha fina e transparente feita de regenerados de celulose, uma de suas qualidades é ser biodegradável. Sua baixa permeabilidade ao ar, óleos, graxas, bactérias e água faz com que seja útil para embalagens de alimentos e produtos como velas, verduras, assados, flores, entre outros. 6 Figura 4. Papel Kraft O papel kraft é fabricado através da mistura de diversos tipos de fibras de celulose encontradas na polpa de madeiras macias. Essas fibras podem ser tanto curtas quanto longas, o que torna o papel kraft bastante resistente e ainda sim flexível, fazendo com que esse tipo de papel seja bastante versátil, podendo ser moldado em formas, como envelopes, caixas, sacolas, entre outros. Figura 5. Papelão O papelão é constituído por uma estrutura formada por um ou mais elementos ondulados (miolos), fixados a um ou mais elementos planos (capas) por meio de um adesivo aplicado no topo das ondas. As capas podem ser em papel com uma grande quantidade de fibras virgens e, por isso, de elevada resistência ao arrebentamento. Utilizados principalmente em embalagens terciárias e para transporte de alimentos, entre outros produtos. 7 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1: Valores obtidos experimentalmente Embalagem Espessura (mm) Peso (g) Gramatura (g/m2) Kraft 0,12 0,701 70,08 Celofane 0,10 0,146 15,00 Cartão 0,26 2,246 224,67 Cartolina 0,16 1,448 144,86 Papelão 2,63 3,917 391.67 Tabela 2: Dados encontrados na literatura Embalagem Gramatura (g/m²) Kraft 30 a 250 Celofane 12 a 75 Cartão 120 a 700 Cartolina 120 a 180 Papelão 380 a 700 Foi possível observar que todas as gramaturas obtidas estavam de acordo com a literatura, podendo se constatar que as embalagens encontradas à venda no mercado estão seguindo um padrão. 4. CONCLUSÃO Observou-se durante a aula prática a importância econômica e ambiental dos materiais celulósicos e o quanto a gramatura é distinta para cada tipo de embalagem e produto a ser contido nela. Diante do exposto, pode-se concluir que as embalagens possuem gramaturas distintas e que o material celulósico é um produto de baixo custo, de fácil acesso, reciclável e possui um baixo 8 impacto ambiental devido a sua capacidade de se biodegradar em um curto período de tempo. Além disso, constatou-se que a gramatura está diretamente relacionada a resistência do material e a forma como o mesmo será usado, por exemplo o papelão é usado para armazenar produtos como embalagem primária e outros tipos de embalagens secundárias, por esta razão ele tem uma gramatura maior o que se deve também pelo fato de ter uma maior espessura. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARÃO, Mariana Zanon. Embalagens para produtos alimentícios. Instituto de Tecnologia do Paraná–TECPAR, 2011. CARVALHO, Thalyta et al. Efetivação de Boas Práticas de Fabricação em Indústria de Embalagens de Alimentos. 2018. DE AZEREDO, Henriette Monteiro Cordeiro; FARIA, José de Assis Fonseca. Embalagens e suas interações com os alimentos. Alimentos, p. 223, 2012. JORGE, Neuza. Cultura Acadêmica: Embalagens para alimentos. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação p 132-151, 2013. MACHADO, Maria Laura Quadros. Síntese e Caracterização de Biofilme à base de quitosana e glicerol para aplicação em embalagens de alimentos. 2021. RIBEIRO, Marcia Patricia Reis et al. O marketing e a embalagem no desenvolvimento do produto “milhitos” elaborado na disciplina de projeto interdisciplinar em ciência e tecnologia de alimentos. In: SIMPOSIO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO, 6., 2008, Piracicaba. Anais eletrônicos. Piracicaba: UNIMEP, 2008. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/6mostra/4/330.pdf>. Acesso em: 18julho. 2022. SOUSA, et al. Tecnologia de embalagens e conservação de alimentos quanto aos aspectos físico, químico e microbiológico. Agropecuária Científica no Semiárido, v. 8, n. 1, p. 19- 27, 2012. 9 http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/6mostra/4/330.pdf
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