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Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV Anti – inflamatórios esteroidais GLÂNDULA ADRENAL: são bilaterais; e localizam-se sobre os rins. São glândulas endócrinas, pequenas, com peso de 3 a 6 gramas. Possuem 2 porções: • Cortical adrenal. • Medular adrenal. Na porção cortical há produção e liberação de aldosterona, importante para a regulação do equilíbrio hidroeletrolítico; além de cortisol (córtex) e androgênios (medula). A medula produz adrenalina (comando central). • Hipófise anterior libera o hormônio adrenocorticotrófico que, na medula, estimula a produção de adrenalina, noradrenalina e cortisol. A combinação faz a síndrome do jaleco branco. Forma diferentes produtos nos sistemas: • Tecido adiposo → promove o catabolismo dos triglicérides (libera ácidos graxos). • Fígado → os ácidos graxos são convertidos acetil – CoA (gera corpos cetônicos). • Músculos → glicocorticoides modulam a catálise de proteínas (libera aa que podem ser usados para a síntese no fígado, de ácido pirúvico que gera glicose). CORTISOL: essencial para o metabolismo e funções imunológicas. • Elevado nos casos de síndrome de Cushing e no estresse. • Reduzido na doença de Addison e hipopituitarismo. • Testes de estímulo são usados para constatação de insuficiência adrenal. Os corticoides são sintetizados a partir do colesterol. Ex: a partir dele são sintetizados: aldosterona, dihidrotestosterona; além da aldosterona, corticosterona, cortisol e estriol. Existem 2 vias: via androgênica e via glicocorticoide. Metabolismo do colesterol: • A taxa de secreção diária em adultos normais é de: • A taxa de excreção diária do cortisol livre urinário (não metabolizado) é de: Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV A quantidade excretada é inferior à secretada, pois é um hormônio importante para o organismo. O Acth precede os picos da secreção de cortisol. Na prática clínica, muitas vezes, pacientes hospitalizados em quadros graves apresentam piora noturna – relação com modulação negativa do SI. Eixo hipotálamo – hipófise – adrenal: Estresse não específico estimula o hipotálamo a produzir CRH (hormônio liberador de corticotrofina) que estimula a hipófise anterior a produzir e liberar ACTH (hormônio corticotrópico) que estimula o córtex da adrenal a liberar e aumentar a concentração de cortisol no sangue. O ↑ do cortisol faz feedback - na hipófise anterior e no hipotálamo (eficiência na concentração). OBS: o uso de altas doses de corticoides por um período prolongado pode interferir no eixo. • Uso tópico + curto tempo → bem tolerado. • Uso sistêmico agudo (duração <7 dias), qualquer representante pode ser administrado, pois não se observam efeitos indesejáveis ou supressão do eixo hipotálamo – hipófise – adrenal, mesmo com doses de 40mg/dia de prednisona. • Uso crônico → supressão do eixo hipotálamo – hipófise – adrenal; o principal efeito do uso prolongado é a atrofia adrenal. Os corticosteróides que têm estrutura similar aos esteroides reprodutivos e podem causar retroalimentação na produção dos esteroides reprodutivos, o que pode resultar na diminuição da maturação do esperma e infertilidade. MECANISMO GERAL DOS AIEs: supressão dos sinais flogísticos: dor, calor, rubor, edema e perda de função. • Bloqueio da via de metabolismo do ácido araquidônico, por inibição da fosfolipase A2, pela ação da lipocortina (passo inicial da cadeia – proteína que tem sua expressão gênica modulada por esses glicocorticoides que possuem receptores nucleares). • Inibição da liberação de alguns mediadores químicos da inflamação e resposta imune: leucotrienos e endoperóxidos (prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos). OBS: os AINEs, em contrate, inibem a COX (bloqueio de passos finais da cadeia). Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV O cortisol estimula a produção da proteína lipocortina que inibe a fosfolipase A2. Ele também inibe o macrófago na produção de IL-1 (responsável pela febre), células T (que produzem IL-2) e linfócitos T (reduzindo linfócitos B e anticorpos). Os esteroides atravessam a membrana plasmática (similaridade com o colesterol). A ligação do esteroide aos receptores (ligados a proteínas de choque térmico 90 – Hsp90) gera instabilidade e o dímero esteroide – receptor fica ativado e entra no núcleo, modulando a maquinaria de construção. OBS: os AIEs também atuam sobre os lisossomos, sobre a função leucocitária, sobre os níveis de histamina e sobre o SI. • Estabilizam as membranas lisossômicas, resultando em inibição da ação lisossômica e, assim, na inibição da atividade fagocítica. • Inibem a liberação das hidrolases ácidas dos leucócitos, e também inibem a aderência dos leucócitos ao endotélio vascular. • Estabilizam a membrana celular do mastócito e evitam a liberação de histamina. • Estabilizam as membranas linfocíticas, reduzindo a produção de imunoglobulinas e seu complemento. A produção linfocitária também é inibida, produzindo linfocitopenia. EFEITOS IDEAIS DE UM AIE: ainda não foi desenvolvido um ideal, seria importante para o tratamento de doenças autoimunes e manejo de transplantes. • São medicamentos sintomáticos não alterando a história natural da doença. • Usados com objetivo principal de controle da dor e outras manifestações clínicas da inflamação quando são demasiado intensas e não responsivas aos AINES. • São os anti-inflamatórios mais eficazes disponíveis, suplantando os AINEs quanto ao bloqueio do edema. O efeito terapêutico ideal: máxima atividade anti – inflamatória, antialérgica e imunossupressora; mínima atividade retentora de sódio e fluídos. OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS COM AIEs: • Doenças endócrinas → reposição hormonal. • Doenças inflamatórias → controle da dor e outras manifestações clínicas da inflamação quando são demasiado intensas e não responsivas aos AINEs. • Transplante de órgãos ou tecidos → imunossupressão. • Manifestações alérgicas graves → antialérgico. Anna Laura Silva Oliveira – Turma XXIV Pequenas transformações nas moléculas são responsáveis por grandes modificações na potência e farmacocinética dos anti-inflamatórios. PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS AIEs: • Supressão do eixo hipotálamo – hipófise – adrenal. • Atrofia supra – renal. • Osteoporose. • Pancreatite. • Diabetes melito induzido por esteroides. • Catarata e glaucoma. • Psicose. • Candidíase oral e infecções oportunas. • Imunossupressão. • Infertilidade. • Aumento de peso e atrofia cutânea. • Um edema grave também pode ser produzido, particularmente na face, dependendo do grau de atividade mineralocorticoide. RECOMENDAÇÕES GERAIS SOBRE O USO DE AIEs: • Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definidamente responsivas a eles. • Só devem ser utilizados após tentativas com medicamentos de menor risco. • Emprega-se as menores doses eficazes, pelo menor tempo possível. • Melhora sintomática e não remissão completa de doença deve ser o objetivo terapêutico. • Descontinuação de tratamento prolongado deve ser lenta e gradual, a fim de permitir reativação funcional progressiva do eixo hipotálamo – hipófise – adrenal (desmame).
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