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Doenças da glândula adrenal - fases da lua

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APG 
Apg 01: fases da lua
ANATOMOFISIOLOGIA DA GLÂNDULA SUPRARRENAL
ANATOMIA
As glândulas suprarrenais se localizam acima de cada rim no espaço retroperitoneal (entre as faces supero medial dos rins e o diafragma). 
Possuem o formato de uma pirâmide achatada e são separadas dos rins por um septo fino que é parte da fáscia renal. 
Em geral são revestidos por tecido conjuntivo (capsula adiposa)
Cada glândula contém um hilo para a saída de veias e linfáticos. Os nervos e artérias podem entrar na glândula por diversos locais.
Pela função endócrina da glândula é necessário que haja uma vasta vascularização
FISIOLOGIA
CORTEX
O córtex da glândula suprarrenal produz hormônios esteroides. Ele é dividido em três zonas.
· ZONA GLOMERULOSA é a mais externa e secretam mieralcorticoides, hormônios que afetam a homeostasia mineral. Dentre eles a aldosterona, responsável por manter o equilíbrio entre sódio, potássio e agua no organismo e por isso auxilia no controle da pressão arterial, agindo nos túbulos contorcidos distais dos rins, na mucosa gástrica e glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a absorção de sódio. 
· O controle de aldosterona é feito pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona que é estimulada por desidratação, diminuição de Na+ ou hemorragia, que em geral diminuem o volume sanguíneo e reduzem a PA. 
· A PA baixa estimula as células justaglomerulares a secretar renina que é a responsável por converter angiotensinogênio em angiotensina I. Conforme o sangue circula a angiotensina I é convertida pela ECA em angiotensina II. Por sua vez, a angiotensina II estimula o córtex da adrenal a secretar aldosterona que ao circular nos rins aumenta a reabsorção de sódio e de agua por osmose.
· ZONA FASCICULADA é a camada medial e a mais larga das zonas e secretam principalmente glicocorticoides como o cortisol, corticosterona e cortisona. 
· Eles afetam a homeostasia da glicose, regulando o metabolismo de carboidratos e lipídios estimulando a gliconeogênse (hepatócitos convertem determinados aminoácidos ou ácido láctico em glicose) e a lipólise
· Aumentam a degradação de proteínas
· Resistência aos estresses corporais (exercícios, jejum
· Suprimir a resposta imune (indicados em transplantes para retardar a rejeição tecidual) 
· Amenizar inflamações (inibem participação de leucócitos nas respostas inflamatórias e atrasam o reparo tecidual).
· O controle da secreção dos glicocorticoides ocorre por um feedback negativo. Níveis baixos de cortisol estimulam células neurossecretoras dos núcleos paraventriculares do hipotálamo a secretar o hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Na adenohipófise o CRH promove a secreção de ACTH em resposta ao estresse e níveis baixos de cortisol. O ACTH (corticotrofina ou adrenocorticotrófico) por sua vez estimula a liberação de glicocorticoides. Ao atingir valores apropriados o cortisol inibe a secreção de CRH pelo hipotálamo e a secreção de ACTH pela adeno-hipófise. 
· A secreção de glicocorticoides oscila com o ritmo circadiano e os níveis de cortisol atingem valores máximos antes de se despertar e mínimos ao se deitar. 
Os glicocorticoides induzem a síntese de lipocortina, um inibidor da fosfolipase A2. (A fosfolipase A2 é a enzima que libera ácido araquidônico) Como as prostaglandinas e os leucotrienos estão envolvidos na resposta inflamatória, os glicocorticoides têm propriedades anti-inflamatórias ao inibir a formação do precursor (ácido araquidônico).
· ZONA RETICULAR é a zona mais interna e sintetizam pequenas quantidades de androgênios fracos (hormônios esteroides masculinizantes) como o deidroepiandrosterona e androstenediona. 
· O ACTH estimula sua secreção e no corpo auxiliam no crescimento de pelos axilares e pubianos, aumentam a libido nas mulheres e são a fonte de estrogênios após a menopausa.
MEDULA
A medula da suprarrenal é um grande gânglio simpático que em vez de secretar neurotransmissores secreta hormônios pelas células cromafins 
A medula da glândula suprarrenal produz três hormônios: catecolaminas – norepinefrina, epinefrina e uma pequena quantidade de dopamina, hormônios esses liberados em situações de estresse que estimulam o SNS.
O controle da secreção ocorre com os neurônios pré-anglionares simpáticos estimulam as células cromafins a liberarem epinefrina e noraepinefrina ao perceberem situações de estresse como exercícios físicos.
O ACTH aumenta a síntese dos hormônios esteroides em todas as zonas do córtex suprarrenal por meio do estímulo do colesterol desmolase e do aumento da conversão do colesterol em pregnenolona
FUNCIONAMENTO DOS GLICOCORTICÓIDES SINTÉTICOS.
· Glicocorticóides sintéticos e naturais podem ser utilizados em diversas doenças endócrinas ou não endócrinas. Na área de endocrinologia, os GC são utilizados em testes para se estabelecer diagnóstico e confirmar a etiologia da SC, para o tratamento de insuficiência adrenal e na hiperplasia adrenal congênita.
· Os GC também são aplicados na prática clínica em doses farmacológicas no tratamento de pacientes portadores de patologias inflamatórias, alérgicas, imunológicas, reumatológicas etc. 
· Os glicocorticoides entram nas células-alvo e ligam-se a receptores, dando início a muitas reações no corpo. Eles ligam-se a proteínas receptoras específicas nos tecidos-alvo para regular a expressão dos genes responsivos aos corticosteroides, modificando os níveis e o conjunto de proteínas sintetizadas pelos tecidos-alvo. Seus efeitos no organismo não são imediatos. 
· Exemplos de glicocorticoides incluem cortisona, hidrocortisona, prednisona, prednisolona e triancinolona. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS.
Os anti-inflamatórios esteroides ou corticosteroides exercem potente efeitoanti-inflamatório (glicocorticoide).
Os AIE são fármacos que simulam os efeitos do hormônio cortisol. 
1st. O mecanismo fundamental que promove a transativação ou a transrepressão gênica inicia-se com o hormônio lipofílico, Devido a sua estrutura lipofílica (com afinidade de ligação aos lipídios), o GC atravessam passivamente a dupla membrana lipoprotéica das células, ligando-se a seu receptor intracelular.
2nd. No citoplasma os glicocorticoides ligam-se a 7 receptores proteicos específicos, os receptores de glicocorticoides (RG), que são proteínas citoplasmáticas. 
3rd. Os receptores atuam como fatores de transcrição, alterando a expressão dos genes alvo em resposta a um sinal hormonal específico. 
4th. O complexo glicocorticoide-receptor sofre transformação estrutural e se torna capaz de penetrar no núcleo celular e se liga a regiões de certos genes, (elementos responsivos aos glicocorticoides) induzindo a síntese (indução da transcrição gênica), de proteínas anti-inflamatórias, como a lipocortina-1 e LB, e também de proteínas que atuam no metabolismo sistêmico 
· Transativação: indução da síntese de proteínas antiinflamatórias (lipocortina-1 e IkB) 
Transrepressão diminuição da síntese de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina 6 (IL-6) e IL-2, fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e prostaglandinas algumas quimiocinas e expressão das enzimas cicloxigenases são exemplos de inibição da transcrição de genes de proteínas relacionadas ao processo inflamatório mediado pelos AIE 
Goodman e Gilman, 2012: Cortisol (S) penetrando as células (estava sendo carregada pela proteína ligadora de cortisol) e interagindo com receptores glicocorticoides (GR), alterando sua estrutura (formato) para induzir a translocação nuclear do GR a fim de ativar a transcrição de genes
GLICOCORTICOIDES E AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA
Por meio da redução da oferta de ácido araquidônico, os GC inibem a sintetização de algumas gamas de prostaglandina e leucotrienos, levando em conta a inibição da fosfolipase A2. Nesta inibição, a fosfolipase A2 não mais possui afinidade de ligação aos fosfolipídios de membrana, havendo o impedimento na formação de ácido araquidônico(o precursor de prostaglandinas e leucotrienos processado pelas COXs e LOXs). Este composto está relacionado tanto a vias do processoinflamatório quanto de processos alérgicos. Desse modo, os GC amenizam a cascata inflamatória
Em consequência, ocorrem liberação diminuída de fatores vasoativos e quimioatraentes, redução da secreção de enzimas lipolíticas e proteolíticas, extravasamento diminuído dos leucócitos para áreas de lesão e, por fim, diminuição da fibrose. 
Os glicocorticoides também podem reduzir a expressão de citocinas pró-inflamatórias, bem como a COX-2 e NOS2. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SÍNDROME DE CUSHING.
É comumente causado pela administração de doses farmacológicas de glicocorticoides (SC exógena), mas também causado por hiperplasia primária das glândulas suprarrenais (SC endógena independente) ou pela produção elevada de ACTH na hipófise (ACTH dependente) . Dessa forma, ocorre um aumento dos níveis de cortisol e androgênios
Denomina-se doença de Cushing quando ocorre pela produção excessiva de ACTH
CARACTERIZA-SE POR:
· Hiperglicemia (causada por níveis elevados de cortisol)
· Elevado catabolismo das proteínas e consumo muscular, gerando fraqueza muscular e atrofia (membros finos)
· Obesidade central (face arredondada, gordura supraclavicular, giba de búfalo)
· Cicatrização deficiente de feridas
· Virilização das mulheres (causada por níveis elevados de androgênios suprarrenais) excesso de pelos (hirsutismo), acne, oleosidade
· Hipertensão (causada pelos níveis elevados de cortisol e aldosterona)
· Hipercoagularidade: cortisol induz fatores de coaculação
· Os efeitos catabólicos sobre as proteínas provocam a perda de colágeno e a reabsorção de osso. Desse modo, a pele se torna fina, frágil, ferindo-se com facilidade
· Osteoporose (os níveis elevados de cortisol provocam aumento da reabsorção óssea)
· Anormalidades menstruais Diminuição da libido, irregularidade menstrual (devido a inibição da secreção de gonadotrofinas pelo cortisol)
· Estrias: pele fragilizada sofre com o acumulo de gordura (reduz fibroblastos que depositam colágeno) 
· Como os glicocorticoides suprimem a resposta imune, os pacientes com síndrome de Cushing apresentam maior risco ter diversas infecções.
Particularmente, na SC endógena, o progredir da doença se dá de forma mais lenta e paulatina, em contraposição, a SC iatrogênica apresenta quadros mais leves dos sintomas.
O cetoconazol, um inibidor da síntese dos hormônios esteroides, pode ser usado no tratamento da doença de Cushing.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA DE ADDISON
A doença de Addison é uma insuficiência suprarrenal primária na qual há a diminuição da produção de glicocorticoides, androgênios e mineralocorticoides suprarrenais e elevação dos níveis de ACTH devido à ausência de inibição por feedback.
É um distúrbio relativamente raro que agride todas as zonas corticais e é mais comumente causada pela destruição autoimune do córtex suprarrenal e pode provocar crise suprarrenal aguda.
O córtex suprarrenal tem uma grande capacidade de reserva, e as manifestações da insuficiência suprarrenal normalmente não se tornam aparentes até que cerca de 90% da glândula tenham sido destruídas
CARACTERIZA-SE POR: 
· Elevação de ACTH (estimulada pelos níveis baixos de cortisol)
· Hipoglicemia (causada pela deficiência de cortisol)
· Perda de peso, fraqueza, desidratação, náuseas e vômitos
· Hiperpigmentação. A pele tem aspecto bronzeado, enquanto os sulcos e pontos de pressão tendem a ser escuros. As gengivas e as membranas mucosas orais podem se tornar preto-azuladas (os baixos níveis de cortisol estimulam a secreção de ACTH; o ACTH contém o fragmento MSH e é semelhante ao hormônio estimulador de melanócitos)
· Pelos pubianos e axilares nas mulheres (em função da deficiência de androgênios suprarrenais)
· Contração do volume de liquido extracelular (LEC), hipotensão, hiperpotassemia, eliminação excessiva de sódio (hiponametria), cloreto e agua pela urina e acidose metabólica (causada pela deficiência de aldosterona) 
· A perda de sódio diminui o débito cardíaco e consequentemente há a Hipotensão ortostática
· Baixa tolerância ao estresse corporal.
Por ser um distúrbio metabólico crônico requer terapia de reposição hormonal vitalícia, com regulação diária.
ARTIGO: EFEITOS DELETÉRIOS DO USO CRÔNICO DE CORTICOIDES: UMA ABORDAGEM DO DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME DE CUSHING Publicado em 2021 pela Research, Society and Development
O artigo explora a evolução da Síndrome de Cushing (SC) iatrogênica, que cursa do uso crônico dos Glicocorticoides (GC). Para tal, foi descrita a bioquímica, o mecanismo de ação, a farmacocinética e os efeitos metabólicos dos GC.
Os corticosteroides são hormônios sintetizados no córtex adrenal, a partir conversão do colesterol em glicocorticoides, mineralocorticoides e 17-cetosteroides (androgênios).
O mecanismo nocivo do uso de corticoides sobre o Sistema Endócrino ocorre pelo uso de GC exógenos que interferem diretamente no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), causando, por feedback negativo, inibição na produção de CRH (hipotalâmico e de ACTH hipofisário 
Com a cronicidade do uso desse tipo de substância, os níveis de produção de cortisol endógeno decaem, ocasionando casos descritos na literatura de insuficiência adrenal, associada à corticoterapia prolongada, dentre elas a SC exógena ou iatrogênica,
Na tentativa de se amenizar os impactos dos efeitos deletérios dos GC, realizam-se intervalos estratégicos e espaçados de uso, terapias locais, uso de suplementação, vitamina D3, aplicação de esteroides e hormônios do crescimento em humanos.
TAVARES, Francisco Rômulo Soares et al. Efeitos deletérios do uso crônico de corticoides: uma abordagem do desenvolvimento da Síndrome de Cushing. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e12310413487-e12310413487, 2021.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016.
Linda S. Costanzo. Fisiologia - Revisão e Questões Comentadas. Grupo GEN, 2019.
Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2021. 
KUMAR, V. et al. Robbins patologia básica. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013
RANDA, H.; LAURENCE, B. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman. Grupo A, 2015. 
Sanarflix. Glicocorticoides 
Brenda Carvalho Silva - Presente

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