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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ CIVEL DA COMARCA DE CUIABÁ/MATO GROSSO. PAULO ANDRÉ, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Carteira de Identidade XXX, e inscrito no CPF sob o n° XXX, residente na cidade X, à Rua Y, bairro XX, vem por meio de sua advogada que a este subscreve, com escritório profissional à Rua Y, onde o mesmo recebera intimações e notificações vem à ilustre presença de Vossa Excelência, propor a presente: AÇÃO DE COBRANÇA em face de SEGURADORA FORGET LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX, com sede à Rua XXX, na cidade de XXX, Estado de XXX o que faz pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: I – DOS FATOS. Verifica-se que oautor apresenta a presente demanda a este Juízo, visto que o mesmo sequer teve a possibilidade de realizar qualquer de resolução administrativa junto à requerida, pois obteve sucesso, e não mais vendo outra opção para a resolução do presente imbróglio que será apresentado a seguir, procurou esse estimado Órgão Judiciário, com o fito de que este lhe auxilie na obtenção da tutela jurisdicional desejada. O autor celebrou um contrato com a companhia de seguros pelo qual teria direito a um seguro médico em caso de qualquer tipo de cirurgia. Dois anos após a assinatura do contrato, o autor foi diagnosticado com doença renal grave, para a qual o transplante era a única solução. Logo surgiu um órgão compatível, e o autor foi imediatamente submetido a um transplante de rim, que foi positivo. Com isso, a seguradora se recusou a reembolsar despesas médicas e hospitalares, alegando que a doença de Marcelo já existia antes da assinatura do contrato, e que o contrato estava sendo assinado ignorando esse fato. Portanto, indiscutível é que o caso em tela se faz autoexplicativo, dispensando delongas acerca dos direitos do autor que foram brutalmente violados, ficando expressamente evidente também, que não restara ao Sr. Paulo André, outra opção senão recorrer ao Poder Judiciário para socorrer os seus direitos. II - DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA. Cumpre-se destacar, que o autor não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem que sobre ela tenha prejuízo e detrimento próprio, com fundamento no artigo 5º, inciso 74 da Constituição Federal Brasileira: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;” Outrossim, aduz o artigo 98 do Código de Processo Civil: “Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1º A gratuidade da justiça compreende: I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;” Desse modo, o autor faz jus à concessão da gratuidade da Justiça. III - DO DIREITO. A seguradora alegou que o autor sofria de uma condição congênita no momento do contrato, mas aparentemente a seguradora não se preocupou em investigar se a afirmação do autor era verdadeira, sendo assim, segue jurisprudência: "SEGURO DE VIDA INDIVIDUAL -DOENÇA PREEXISTENTE - CÓDIGO DEDEFESA DO CONSUMIDOR – “SEGURO DE VIDA INDIVIDUAL -DOENÇA PREEXISTENTE - CÓDIGO DEDEFESA DO CONSUMIDOR - PRINCÍPIOS - No contrato de seguro de vida individual, aseguradora não se eximirá de pagar a indenização contratada, ao argumento de doença preexistente, se não investigou corretamente as declarações do segurado, por meio de exame médico, à época da contratação. Os princípios da boa fé objetiva, da transparência, do dever e da vulnerabilidade do autor, insculpidos no CDC, não autorizam a negativa de pagamento do seguro contratado, sob a alegação de que o seguro deixou de prestar informações sobre o seu efetivo estado de saúde. Agravo retido não conhecido e apelação não provida. ” É certo que a atitude da seguradora foi ilícita, bem como o ato de dever o autor também configura ato ilícito, tendo em vista que causaram e causam prejuízos ao autor, devendo, portanto, promover reparação por todos os danos causados, nos termos do artigo 389 do CC, artigo 186 combinado com o artigo 927, do CPC. Prelecionam os citados artigos: “389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. ” “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ” “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. ” Não há dúvidas de que a ação voluntária da requerida, mediante a negligência, e agora, inadimplência no cumprimento de suas obrigações, violaram os direitos e causaram danos ao autor. Notório é que, além de causar danos ao autor, a inadimplência da requerida lhe enseja enriquecimento ilícito pois que, uma vez recebido o abono, o utilizou da maneira que lhe era pretendida sem dispensar qualquer valor de pagamento por ele. Pelo exposto, ficou comprovado o enriquecimento da requerida e o enriquecimento sem causa, pois usufruiu do valor recebido, e não efetuou a prestação de serviço devida ao requerente que cumpriu com sua obrigação, conforme elenca o artigo 884 do CC, faz jus o ressarcimento ao autor. “Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes”. Assim, por força do artigo 927 do Código Civil, deve a requerida ser condenada no adimplemento de sua obrigação, qual seja, pagar o valor adquiridos através do autor, no valor total de R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco mil reais). IV – DOS PEDIDOS. Diante do exposto, requer à Vossa Excelência: 1 – A citação da requerida para responder aos termos da presente ação, sob pena de revelia e confissão; 2 – A procedência total dos pedidos para que seja definitivamente; 3 – A concessão da da Justiça Gratuita ao autor, pelo mesmo não ter condições de arcar com as custas processuais, sem prejudicar seu sustento e de sua família; 4 – A designação prévia da audiência de conciliação, nos termos do art. 319, VII do CPC. 5 – A condenação da requerida no pagamento das custas processuais, bem como, a condenação de honorários advocatícios. Dá-se o valor da causa no total de R$ R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco mil reais). Nestes Termos, Pede deferimento. CUIABÁ/MATO GROSSO, XX de XX DE 2022 ADVOGADA OAB/MT xxxx
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