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1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Relação Jurídica + CDA + Fraude + Indisponibilidade de Bens DIREITO TRIBUTÁRIO RELAÇÃO JURÍDICA + CDA + FRAUDE + INDISPONIBILIDADE DE BENS RELEMBRANDO Olá, aluno! Nas últimas aulas, estudamos todas as etapas da relação jurídica tributária — hipótese de incidência, fato gerador, obrigação tributária (e seus tipos), lançamento, crédito tribu- tário, notificação e pagamento (ou não pagamento). Além disso, aprendemos o que são a alíquota e a base de cálculo, valendo-nos de exemplos práticos. Abaixo, você tem acesso a um fluxograma que resume esse processo tributário: Fonte: Elaboração Própria Sobre a obrigação tributária, o mapa abaixo traz um breve resumo sobre seus tipos: Fonte: Elaboração Própria www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Relação Jurídica + CDA + Fraude + Indisponibilidade de Bens DIREITO TRIBUTÁRIO Especificamente, na última aula, aprendemos quais são as espécies de lançamento. Nesta aula, daremos enfoque à Certidão de Dívida Ativa (CDA), documento consequente do não pagamento do crédito tributário. 1. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA) 1.1.Conceito A Certidão de Dívida Ativa (CDA) goza de presunção de liquidez e certeza. Isso quer dizer que, quando um crédito é inscrito em dívida ativa, presume-se que o contribuinte deve fazer o pagamento. No entanto, conforme o art. 202 do CTN, assim como o lançamento, a CDA também tem requisitos que determinam sua validade. As informações mínimas que devem ser expres- sas pela CDA de maneira a determinar sua validade são: • Nome completo (do contribuinte ou responsável); • Origem do crédito (disposta em Lei1); • Valor do crédito; • Data de inscrição; • Número do processo administrativo. 1.2. Nulidade Nesse contexto, incluem-se duas súmulas do STJ: 558 e 559. A primeira (558) esclarece que, a simples omissão na certidão de dívida ativa do CPF/ RG, de pessoa física, ou CNPJ, de pessoa jurídica, não gera a nulidade da CDA. Da mesma maneira, a segunda (559) dispõe que, a simples omissão na certidão de dívida ativa do demonstrativo de cálculo, também não gera a nulidade da CDA. Por outro lado, se a CDA for omissa quanto a um dos 5 requisitos mínimos supracita- dos, será gerada a sua nulidade (art. 203, CTN). Essa nulidade pode ser sanada até a deci- são de 1º grau, devolvendo o prazo de defesa (de embargos à execução fiscal), conforme o art. 2º § 8º, Lei n. 6.830/80. 1 A origem de um crédito tributário nunca pode estar disposta em um decreto, uma vez que esse não pode criar nem extinguir nenhum tributo. 5m 10m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Relação Jurídica + CDA + Fraude + Indisponibilidade de Bens DIREITO TRIBUTÁRIO 1.3. Espécies Há três espécies de certidão de dívida ativa: certidão positiva (+) (art. 204, CTN), cer- tidão negativa (-) (art. 205, CTN) e certidão positiva com efeito de negativa (+-) (art. 206, CTN). • Certidão positiva (+) A certidão positiva (+) indica que há uma dívida em nome do contribuinte. Nesse sen- tido, o sujeito passivo foi notificado de um débito e, após o prazo de 30 dias, não o pagou. Essa certidão goza de liquidez e certeza do crédito, isto é, presume-se que o cidadão de fato deve o valor indicado. • Certidão negativa (-) A certidão negativa (-) indica que o contribuinte não tem nenhum débito. Essa certidão será emitida para o cidadão todas as vezes que houver uma causa de extinção (art. 156, CTN) ou exclusão(art. 175, CTN) do crédito tributário. A partir do ato de requisição de uma certidão negativa pelo contribuinte, o fisco terá o prazo de 10 dias para emiti-la (art. 205, parágrafo único, CTN). Nesse contexto, conforme o art 208 do CTN, caso a impressão dessa certidão apresente dolo, fraude ou erro, o funcio- nário responderá pessoalmente pelo crime de prejudicar a Fazenda Pública. • Certidão positiva com efeito de negativa (+-) A certidão positiva com efeito de negativa (+-), por outro lado, se dá quando a exigibi- lidade do crédito for suspensa (art. 151, CTN) ou quando o juízo for garantido. 1.4. Presunção de Fraude Existem dois tipos de presunções de fraude: à execução cívil e à execução fiscal. • Cívil 15m www.grancursosonline.com.br 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Relação Jurídica + CDA + Fraude + Indisponibilidade de Bens DIREITO TRIBUTÁRIO A presunção de fraude à execução cívil, referente ao direito privado, é baseada na Súmula n. 375 do STJ, e esse intuito em fraudar somente será configurado se houver o registro de penhora do bem. • Fiscal A presunção de fraude à execução fiscal, referente ao direito público, está prevista no art. 185 do CTN e configura-se pela mera inscrição do contribuinte em uma dívida ativa. A execução fiscal, então, é uma presunção de fraude relativa, isto é, admite prova em contrário. ATENÇÃO No caso da presunção de fraude à execução cível, que se refere ao direito público, não se aplica a Súmula n. 375 do STJ, uma vez que esse texto apenas produz efeito no Di- reito Civil. Nesse contexto, para afastar a fraude em crédito tributário, o contribuinte já inscrito em dívida ativa, ao vender bens, deve provar que ainda resta patrimônio suficiente para o total pagamento do débito. Não obstante, caso o fisco reconheça a dilapidação dos bens pelo contribuinte, será ajui- zada uma Medida Cautelar Fiscal, com base no art. 2º da Lei n. 8.397/92, para determinar o bloqueio dos bens do patrimônio e resguardar o resultado útil da execução. Essa medida, por sua vez, deve ser convertida em execução pelo fisco no prazo máximo de 60 dias. 1.5. Indisponibilidade de Bens A indisponibilidade de bens está prevista no art. 185 A do CTN, somado à Súmula n. 560 do STJ e ao art. 11 da Lei n. 6.830/80, e decreta o bloqueio do patrimônio do executado. Isso, porém, só pode ser feito após se esgotarem todas as tentativas na busca de bens penhoráveis. Nesse contexto, a partir da execução dessa ação fiscal, o contribuinte tem 5 dias para pagar a dívida ou para nomear bens penhoráveis (art. 8º da Lei n. 6.830/80). Caso a dívida não seja paga nesse prazo e nem os bens penhoráveis sejam nomeados, utilizar-se-á o rol do art. 11 da Lei n. 6.830/80, na qual o magistrado efetuará a busca de dinheiro ou de bens penhoráveis do contribuinte. Ainda assim, caso o magistrado não encontre bens suficientes para arcar com a dívida, será decretada a indisponibilidade dos bens do contribuinte, no limite da dívida. 20m 25m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros D’ Oliveira. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br
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