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DIREITO TRIBUTÁRIO 4

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Relação Jurídica + CDA + Fraude + Indisponibilidade de Bens
DIREITO TRIBUTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA + CDA + FRAUDE + INDISPONIBILIDADE DE BENS
RELEMBRANDO
Olá, aluno!
Nas últimas aulas, estudamos todas as etapas da relação jurídica tributária — hipótese 
de incidência, fato gerador, obrigação tributária (e seus tipos), lançamento, crédito tribu-
tário, notificação e pagamento (ou não pagamento). Além disso, aprendemos o que são a 
alíquota e a base de cálculo, valendo-nos de exemplos práticos.
Abaixo, você tem acesso a um fluxograma que resume esse processo tributário:
Fonte: Elaboração Própria
Sobre a obrigação tributária, o mapa abaixo traz um breve resumo sobre seus tipos:
Fonte: Elaboração Própria
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Especificamente, na última aula, aprendemos quais são as espécies de lançamento.
Nesta aula, daremos enfoque à Certidão de Dívida Ativa (CDA), documento consequente 
do não pagamento do crédito tributário.
1. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA)
1.1.Conceito
A Certidão de Dívida Ativa (CDA) goza de presunção de liquidez e certeza. Isso quer 
dizer que, quando um crédito é inscrito em dívida ativa, presume-se que o contribuinte deve 
fazer o pagamento.
No entanto, conforme o art. 202 do CTN, assim como o lançamento, a CDA também tem 
requisitos que determinam sua validade. As informações mínimas que devem ser expres-
sas pela CDA de maneira a determinar sua validade são: 
• Nome completo (do contribuinte ou responsável);
• Origem do crédito (disposta em Lei1);
• Valor do crédito;
• Data de inscrição;
• Número do processo administrativo.
1.2. Nulidade
Nesse contexto, incluem-se duas súmulas do STJ: 558 e 559.
A primeira (558) esclarece que, a simples omissão na certidão de dívida ativa do CPF/
RG, de pessoa física, ou CNPJ, de pessoa jurídica, não gera a nulidade da CDA. Da mesma 
maneira, a segunda (559) dispõe que, a simples omissão na certidão de dívida ativa do 
demonstrativo de cálculo, também não gera a nulidade da CDA.
Por outro lado, se a CDA for omissa quanto a um dos 5 requisitos mínimos supracita-
dos, será gerada a sua nulidade (art. 203, CTN). Essa nulidade pode ser sanada até a deci-
são de 1º grau, devolvendo o prazo de defesa (de embargos à execução fiscal), conforme o 
art. 2º § 8º, Lei n. 6.830/80. 
1 A origem de um crédito tributário nunca pode estar disposta em um decreto, uma vez que esse não pode criar nem extinguir nenhum tributo.
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1.3. Espécies
Há três espécies de certidão de dívida ativa: certidão positiva (+) (art. 204, CTN), cer-
tidão negativa (-) (art. 205, CTN) e certidão positiva com efeito de negativa (+-) (art. 
206, CTN).
• Certidão positiva (+)
A certidão positiva (+) indica que há uma dívida em nome do contribuinte. Nesse sen-
tido, o sujeito passivo foi notificado de um débito e, após o prazo de 30 dias, não o pagou. 
Essa certidão goza de liquidez e certeza do crédito, isto é, presume-se que o cidadão de 
fato deve o valor indicado.
• Certidão negativa (-)
A certidão negativa (-) indica que o contribuinte não tem nenhum débito. Essa certidão 
será emitida para o cidadão todas as vezes que houver uma causa de extinção (art. 156, 
CTN) ou exclusão(art. 175, CTN) do crédito tributário.
A partir do ato de requisição de uma certidão negativa pelo contribuinte, o fisco terá o 
prazo de 10 dias para emiti-la (art. 205, parágrafo único, CTN). Nesse contexto, conforme o 
art 208 do CTN, caso a impressão dessa certidão apresente dolo, fraude ou erro, o funcio-
nário responderá pessoalmente pelo crime de prejudicar a Fazenda Pública.
• Certidão positiva com efeito de negativa (+-)
A certidão positiva com efeito de negativa (+-), por outro lado, se dá quando a exigibi-
lidade do crédito for suspensa (art. 151, CTN) ou quando o juízo for garantido. 
1.4. Presunção de Fraude
Existem dois tipos de presunções de fraude: à execução cívil e à execução fiscal.
• Cívil
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DIREITO TRIBUTÁRIO
A presunção de fraude à execução cívil, referente ao direito privado, é baseada na 
Súmula n. 375 do STJ, e esse intuito em fraudar somente será configurado se houver o 
registro de penhora do bem.
• Fiscal
A presunção de fraude à execução fiscal, referente ao direito público, está prevista no 
art. 185 do CTN e configura-se pela mera inscrição do contribuinte em uma dívida ativa. A 
execução fiscal, então, é uma presunção de fraude relativa, isto é, admite prova em contrário.
ATENÇÃO
No caso da presunção de fraude à execução cível, que se refere ao direito público, não 
se aplica a Súmula n. 375 do STJ, uma vez que esse texto apenas produz efeito no Di-
reito Civil.
Nesse contexto, para afastar a fraude em crédito tributário, o contribuinte já inscrito em 
dívida ativa, ao vender bens, deve provar que ainda resta patrimônio suficiente para o total 
pagamento do débito. 
Não obstante, caso o fisco reconheça a dilapidação dos bens pelo contribuinte, será ajui-
zada uma Medida Cautelar Fiscal, com base no art. 2º da Lei n. 8.397/92, para determinar 
o bloqueio dos bens do patrimônio e resguardar o resultado útil da execução. Essa medida, 
por sua vez, deve ser convertida em execução pelo fisco no prazo máximo de 60 dias.
1.5. Indisponibilidade de Bens
A indisponibilidade de bens está prevista no art. 185 A do CTN, somado à Súmula n. 560 
do STJ e ao art. 11 da Lei n. 6.830/80, e decreta o bloqueio do patrimônio do executado. Isso, 
porém, só pode ser feito após se esgotarem todas as tentativas na busca de bens penhoráveis.
Nesse contexto, a partir da execução dessa ação fiscal, o contribuinte tem 5 dias para 
pagar a dívida ou para nomear bens penhoráveis (art. 8º da Lei n. 6.830/80). Caso a dívida 
não seja paga nesse prazo e nem os bens penhoráveis sejam nomeados, utilizar-se-á o rol 
do art. 11 da Lei n. 6.830/80, na qual o magistrado efetuará a busca de dinheiro ou de bens 
penhoráveis do contribuinte.
Ainda assim, caso o magistrado não encontre bens suficientes para arcar com a dívida, 
será decretada a indisponibilidade dos bens do contribuinte, no limite da dívida. 
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25m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros D’ Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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