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PLANEJAMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE VOLUME 02 PLANEJAMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE VOLUME 02 Barra do Garças - MT UniCathedral 2020 Produzido por Nome Revisão Gramatical do Texto Nome Projeto Gráfico Atila Cezar Rodrigues Lima e Coelho Georgya Politowski Teixeira Matheus Antônio dos Santos Abreu BARRA DO GARÇAS - MT JULHO 2020 Copyright © by UniCathedral, 2020 Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer sem autorização prévia do(s) autor(es). UniCathedral – Centro Universitário Av. Antônio Francisco Cortes, 2501 Cidade Universitária - Barra do Garças / MT www.unicathedral.edu.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) – Catalogação na Fonte Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Roberta M. M. Caetano – CRB-1/2914 7 UNIDADE IV..................................................................................................................................... 12 A política nacional do meio ambiente e o zoneamento ecológico econômico...................................... 12 Planos diretores e o Estatuto da Cidade ................................................................................................ 18 Temáticas de planejamento urbano e ambiental em políticas públicas municipais ............................. 23 Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 27 UNIDADE V...................................................................................................................................... 32 Políticas públicas voltadas ao planejamento urbano e ambiental ......................................................... 32 Legislações ambientais ........................................................................................................................... 36 Instrumentos de Política Ambiental no Brasil ........................................................................................ 43 Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 48 UNIDADE VI..................................................................................................................................... 53 A ocupação não planejada e a degradação ambiental........................................................................... 53 Questões ambientais em ocupações urbanas ........................................................................................ 58 Ocupação não ordenada - expansão territorial, gestão de riscos e mitigações possíveis ..................... 64 Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 70 SUMÁRIO 8 Olá, caro(a) estudante! Seja bem-vindo(a) ao segundo volume da disciplina de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Ao longo deste material, você estudará os conteúdos das Unidades 4, 5 e 6. Na Unidade 4, estudaremos o Zoneamento Ecológico Econômico, analisando seus fundamentos para que possamos compreender a sua importância no planejamento urbano municipal. Complementarmente, buscaremos entender os conceitos do Estatuto da Cidade e dos Planos Diretores e interpretar como são estabelecidas as relações da gestão ambiental urbana na evidente interface com o planejamento urbano territorial. Na Unidade 5, abordaremos importantes conceitos das políticas públicas. Políticas importantes, como o Código Florestal, serão analisadas para que possamos entender, por exemplo, como foram instituídas as Áreas de Preservação Permanente e as Reservas Legais. Nesse sentido, verificaremos os principais instrumentos das políticas públicas ambientais. Por fim, na Unidade 6, encerraremos os estudos desta disciplina analisando conceitos relevantes acerca de poluição, contaminação e manejo de ecossistemas. De forma geral, avaliaremos algumas das principais problemáticas urbanas, evidenciando como a gestão das cidades é complexa quando se levam em consideração o monitoramento ambiental e as medidas de mitigação das inúmeras formas de degradação a que tais ambientes estão constantemente expostos. Esperamos que este material contribua para sua aprendizagem acadêmica e profissional. Bons estudos! INTRODUÇÃO 9 30 U N ID A D E V 31 Autor(a) da Unidade Luiz Felipe Petusk Corona Ao final da unidade, esperamos que você seja capaz de: • Conhecer as políticas públicas voltadas ao planejamento urbano e ambiental; • Aprender sobre o histórico das políticas públicas no brasil; • Verificar as legislações ambientais brasileiras; • Estudar sobre as diferenças básicas de reserva legal para área de preservação permanente. 32 UNIDADE V POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AO PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL A política ambiental brasileira iniciou sua trajetória a partir da década de 1930, quando foram dados os primeiros documentos na elaboração de normativos para a gestão dos recursos naturais (Código de Águas e Código Florestal), ambos instituídos em 1934. Desde então, o país tem avançando, de maneira gradual, para o estabelecimento de importantes marcos legais no processo de institucionalização das políticas públicas de meio ambiente. Atualmente, as cidades brasileiras dispõem de qualquer tipo de norma urbana, desde que tenha fundamento. Em geral, as normas eram de dois tipos antes da elaboração do Código Florestal: leis portuguesas e códigos de postura municipais (GIAMBASTIANI et al., 2019). Esses códigos incluíam regras de comportamento, bem como normas relacionadas ao uso e à ocupação do espaço (ROLNIK, 2003). Foi por meio da Independência do Brasil, em 1822, e do estabelecimento da República, em 1889, que o país acelerou as preocupações sobre as leis portuguesas. A partir da segunda metade do século XIX, surgiram os códigos de postura. Já no decorrer do século XX, foram criadas diferentes legislações urbanas (GIAMBASTIANI et al., 2019). Na primeira metade do século XX, as legislações urbanas relacionavam-se em aspecto sanitarista, visto que as normas eliminavam as habitações precárias, consideradas como fontes de doenças, além de melhorar o tráfego devido à abertura das ruas. Foi nessa época que se iniciou a construção das novas cidades e intervenções urbanas de maior porte, inspiradas nas reformas de Haussmann (responsável pela reforma urbana de Paris), na década de 1850. Todas essas ações se referiam à modernização da vida urbana e se organizavam a partir de um sistema de circulação radial, com grandes alamedas arborizadas, rede de praças e parques, e iluminação pública (ROLNIK, 2003; GIAMBASTIANI et al., 2019). Já na segunda metade do século XX, as ações públicas urbanas foram conduzidas pela industrialização e pelo ideal de cidade produtiva e eficiente. Dessa forma, o poder público modificou as cidades por meio da construção de grandes obras de infraestrutura, como avenidas de trânsito rápido, viadutos, rodovias etc. Um 33 bom exemplo é a construção do Elevado Presidente João Goulart (viaduto), no centro de São Paulo, no ano de 1970, mais conhecido como Minhocão, com 3,5 km de extensão. A obra criou uma área extensa de sombreamento, ficando na altura do terceiro andar dos edifícios, e inviabilizando qualquer tipo de salubridade nos apartamentosvoltados para ele. Nos dias de hoje, seria impensável e soaria grotesco esse tipo de proposta (GIAMBASTIANI et al., 2019). Foi a partir da Constituição Federal de 1988 que o Brasil passou a apresentar um avançado conjunto de leis urbanas. Nessa linha de pensamento, a Constituição Federal é imperante em todos os campos da sociedade e relaciona-se às cidades, apresentando um conjunto de leis amplas e específicas para elas, chamado de Estatuto da Cidade, o qual foi elaborado no ano de 2001 (GIAMBASTIANI et al., 2019). A Constituição Federal de 1988 é a lei soberana no Brasil e que conduz todos os campos da sociedade, já o Estatuto da Cidade refere-se ao conjunto de regras gerais para todas as cidades no país, o qual estabelece o desenvolvimento de políticas urbanas por meio dos instrumentos de políticas públicas. As políticas públicas estão relacionadas aos conjuntos de programas e ações do Estado, que, junto à sociedade, objetivam assegurar direitos estabelecidos no texto da Constituição, visando a um bem coletivo. Em geral, as políticas públicas garantem que o espaço urbano corresponda ao ideário de sociedade postulado pela Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). Os programas e as ações das políticas públicas são realizados nos três níveis da administração pública: federal, estadual e municipal. Importante ressaltar que, nas políticas públicas, deve haver a participação, direta ou indireta, de parte da sociedade. Para conhecer os itens que abordam as políticas públicas na Constituição/1988, leia na íntegra seus artigos 182 e 183 (BRASIL, 1988), os quais reportam o significado das matrizes para todo o conjunto de leis e instrumentos de políticas urbanas. A palavra política deriva do grego polis, que significa limite, portanto, política faz referência à arte de definir um limite (SORRENTINO et al., 2005). Elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê, quando, com que consequências e para quem. São definições relacionadas com a natureza do regime político em que se vive, como grau de organização da sociedade civil e com a cultura política vigente. Nesse sentido, cabe distinguir “Políticas Públicas” de “Políticas Governamentais”. Nem sempre “políticas governamentais” são públicas, embora sejam estatais. Para serem “públicas”, é preciso considerar a quem se destinam os resultados ou benefícios, e se o seu processo de elaboração é submetido ao debate público. (TEIXEIRA, 2002, p. 2) Dentre as políticas públicas para o meio ambiente, aquelas que estão voltadas para a educação ambiental, instrumento fundamental para a sustentabilidade, reforçam os conceitos de meio ambiente ecologicamente equilibrado, tanto para a sustentabilidade quanto para a justiça social. Nesse sentido, a educação ambiental surgiu como um instrumento para a realização de uma sustentabilidade socioambiental, mas que precisa ser vista por uma ótica transdisciplinar e atrelando-a com o meio ambiente, buscando, assim, informações sobre 34 a base de interações entre o meio físico-biológico com as sociedades e a cultura produzida pela população (SORRENTINO et al., 2005). Em geral, as políticas públicas permitem romper com as barreiras que separam a administração pública da sociedade. Dessa forma, elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais e com a iniciativa privada. Portanto, é importante compreendermos que políticas públicas não são apenas basicamente uma intervenção do governo, mas também se remetem a um referencial de diretrizes gerais que regulamentam tanto as ações governamentais das organizações como da sociedade. O Ministério das Cidades foi criado no ano de 2003, sendo direcionado para exercer um papel institucional na construção das cidades com qualidade de vida para toda a população. A sua criação tinha como objetivo auxiliar o planejamento territorial urbano, viabilizando planos e programas e dirigindo investimentos federais para questões relacionadas aos centros urbanos (GUIMARÃES, 2018). Scopel (2018) relata que o ordenamento do território de um município pode ser considerado uma política pública, apresentando como seu responsável os Estados e os poderes públicos. Ainda, a autora reporta que as políticas públicas consistem em um conjunto de instrumentos que são elaborados para resolver os problemas dos centros urbanos, tendo em vista o desenvolvimento das cidades. Um instrumento de ordenamento territorial que surgiu do Estado, por meio da reivindicação da população, objetivando a regulamentação do uso do solo urbano, foi o Estatuto da Cidade. Em seu art. 4º, ele estabelece cinco grupos de instrumentos de políticas públicas (BRASIL, 2001): • planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e desenvolvimento econômico e social; • planejamento das regiões metropolitanas e microrregiões; • planejamento municipal: Plano Diretor; parcelamento do uso e da ocupação do solo; zoneamento ambiental; orçamento anual; gestão orçamentária participativa; • institutos tributários e financeiros: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU); incentivos e benefícios fiscais e financeiro; • institutos jurídicos e políticos: tombamento de imóveis; instituição de unidades de conservação; instituição de zonas especiais de interesse social; concessão de uso especial para fins de moradia; usucapião especial de imóvel urbano; regularização fundiária; assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; estudo de impacto ambiental (EIA); e estudo de impacto de vizinhança (EIV). Braga (2006) reporta que, assim como o Plano Diretor é considerado uma política pública e um instrumento de ordenamento territorial, há dois outros importantes instrumentos: o zoneamento ambiental e as áreas legalmente protegidas. O zoneamento pode ser entendido como qualquer procedimento urbanístico que valida de forma regulamentar o uso do solo e dos edifícios em áreas comuns no interesse do bem-estar da população (SILVA, 1981). Já as áreas legalmente protegidas são instrumentos de gestão ambiental e também de ordenação territorial que buscam a conservação da natureza e do uso equilibrado do solo urbano por meio de áreas naturais protegidas, com propósitos de prevenção, garantindo uma preservação permanente do território 35 (SCOPEL, 2018). O principal objetivo é evitar a exploração desenfreada dos recursos naturais que, por conseguinte, afetam a qualidade de vida das áreas urbanas. Os sítios de patrimônio natural (áreas consideradas excepcionais do ponto de vista da diversidade biológica e da paisagem) são áreas legalmente protegidas no Brasil e oficializadas pela Unesco no ano de 1972, a partir da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, a qual busca garantir a proteção de obras de arte e áreas de grande interesse para a humanidade (UNESCO, [201-]). As políticas públicas ambientais são norteadoras de ações coordenadas pelo Estado, visando à conservação e proteção da natureza. Pode-se dizer que são o conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos de ação que o Estado possui para alcançar resultados desejáveis sobre o meio ambiente, pela elaboração de leis ambientais ou pelas regulamentações que permitem o acesso dos recursos naturais de forma equilibrada, bem como a criação de métodos institucionais para supervisionar e garantir o cumprimento da legislação (CUNHA; COELHO, 2012). Dentre essas ações pertinentes ao Estado, as políticas públicas ambientais podem oferecer suporte necessário para a elaboração de uma legislação e também na ordem da fiscalização, ambos para corroborar com a proteção e conservação do meio ambiente em que vivem. Bons exemplos são a criação e a manutenção de unidades de conservação e áreas verdes, bem como os investimentos em educação ambiental. Em relação à gestão socioambiental, essa ideia teve como origem as políticas públicasenvolvidas com as comunidades locais, que tinham consigo o conhecimento e as práticas no âmbito ambiental. É interessante observar que as práticas das políticas públicas ambientais implementadas por meio de conselhos próprios configuram-se como elementos decisivos para a formação da consciência socioambiental na sociedade local, dos projetos e das atividades que englobam a iniciativa de criação de legislação ambiental e da existência de fundos específicos para o desenvolvimento dessas ações ambientais propostas. Assim, o município atua como um grande e importante ator na elaboração e execução de políticas públicas ambientais (SANTILLI, 2005). Ainda falando sobre conselhos e gestores, verifica-se que, dos 5.580 municípios, menos de 40% apresentam a criação de conselhos e possuem gestores em atividade, conforme pesquisa do IBGE em 2008. Esse fato atua como uma dificuldade que precisa ser superada para que os programas de fiscalização e preservação socioambiental sejam atuantes e eficientes (TEIXEIRA, 2002). Em geral, pode-se dizer que as políticas públicas são programas de ação governamental do Estado junto à sociedade, para alcançar objetivos específicos a um bem coletivo. A educação ambiental, com foco na sustentabilidade, acaba servindo para amplos propósitos, pois, além de colaborar com a preservação da natureza, atua no desenvolvimento de uma melhor qualidade de vida para a população. 36 LEGISLAÇÕES AMBIENTAIS O Código Florestal é a legislação que elabora regras e normas relacionadas à preservação ambiental em propriedades rurais, definindo o quanto os produtores devem preservar de vegetação. O primeiro Código Florestal brasileiro foi instituído pelo Decreto n. 23.793, de 23 de janeiro de 1934, tendo sido revogado pela primeira vez por meio da Lei n. 4.771, em 15 de setembro de 1965, em que sua última revogação ocorreu no dia 25 de maio de 2012, pela Lei n. 12.651, a partir da qual foi estabelecido o Código Florestal vigente. Em geral, o Código normatizou o uso e a conservação das florestas, estabelecendo atribuições governamentais e definindo sanções. Ainda, determina os limites de uso da propriedade, com informações sobre a faixa de vegetação nativa que precisa ser preservada, considerando o bem comum da população. Ele criou um marco legal coerente com as demandas do Brasil em desenvolvimento, garantindo aos produtores maior tranquilidade na implementação das suas atividades agrícolas, ou seja, a garantia de trabalhar e produzir dentro da lei (FAEP, 2012). Entretanto, sem a efetiva participação de tomadores de decisão e atores de cadeias produtivas, dificilmente o novo Código Florestal será implementado em plenitude e com qualidade no país. O Código prevê mecanismos de proteção ao meio ambiente, sendo as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida; reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais. O seu cumprimento nas produções agroflorestais busca conduzir a uma melhor gestão ambiental e territorial no Brasil, com destaque para os programas: Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Programa de Regularização Ambiental (PRA), que prevê a regeneração, recomposição ou compensação de áreas desmatadas historicamente de forma ilegal (MACHADO, 2016). As reservas legais são áreas localizadas dentro de uma propriedade ou posse rural com a função de proteger a vegetação e assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel, auxiliando a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promovendo a conservação da 37 biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. (MACHADO, 2016, p. 18) A percentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal (RL), varia de acordo com a região e o bioma. O Código estabelece, no seu art. 12, os tamanhos das reservas, conforme verificado na Figura 1 (BRASIL, 2012). 38 Quanto às propriedades rurais que apresentem até quatro módulos fiscais e tenham, em seu domínio territorial, área remanescente de vegetação nativa, em percentuais menores ao previsto no art. 12, a sua RL será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente até o dia 22 de julho de 2008, conforme norteado no art. 67. Por consequência, caso a propriedade rural não apresente área de vegetação nativa, ela estará dispensada de apresentar a RL (BRASIL, 2012). Ressalta-se que este é dirigido a pequenos proprietários rurais, uma vez que a RL se mostrou impraticável, pois a área excedente não seria o suficiente ao plantio produtor rural. Os possuidores e proprietários de imóveis com área acima de quatro módulos fiscais, que desmataram além do permitido até 22 de julho de 2008, deverão recuperar as áreas de RL ou realizar a compensação em áreas de tamanho equivalente às desmatadas dentro do mesmo bioma. A compensação pode ser realizada por meio de: Cota de Reserva Ambiental (CRA); contrato de arrendamento direto de outro proprietário; compra de terras e destinação para RL; ou doação para o Governo Estadual ou Federal de uma área privada dentro de uma unidade de conservação (MACHADO, 2016). As Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), observadas na Figura 2, são títulos emitidos pelo órgão ambiental representativas as áreas com vegetação nativa conservada ou em recuperação que excedem à obrigação de RL (AMARAL; REIS; DEL GIUDICE, 2017). 39 Acompanhe na Figura 3 um resumo sobre as opções de conformidade para RL. A localização da área de RL no imóvel rural precisa considerar os seguintes estudos e critérios (FAEP, 2012): • Plano da bacia hidrográfica. • Zoneamento Ecológico-Econômico. • Formação de corredores ecológicos com outra RL, APP, Unidade de Conservação ou área legalmente protegida. • Áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade. • Áreas de maior fragilidade ambiental. O produtor rural deverá especificar a localização da RL no cadastro de seu imóvel no CAR para análise e aprovação do órgão ambiental. Em relação às Áreas de Preservação Permanente (APP), esta se conceitua como a área protegida, seja coberta ou não por vegetação nativa, que preserva os recursos hídricos, paisagem, estabilidade geológica e a busca da biodiversidade, otimizando facilitar o fluxo gênico tanto da fauna quanto da flora, que proteja o solo e assegure o bem-estar da sociedade. Alguns exemplos de APP são: matas ciliares, nascentes, topos de morros, encostas e manguezais (MACHADO, 2016). Produtores rurais que realizam o desmatamento de APP não têm a opção de utilizar a compensação, como no caso da RL. Quando as áreas de APP precisam ser recompostas dentro da propriedade, possuem um prazo de, no máximo, 20 anos, e com pelo menos um décimo da área total recomposta a cada dois anos (MACHADO, 2016). 40 Para o proprietário do imóvel ter direito aos benefícios da legislação brasileira, deverá ingressar no Programa de Regularização Ambiental (PRA). Nesse caso, há componentes adicionais, como as licenças ambientais, que devem ser considerados para conformidade ambiental dos imóveis rurais e seguidos pelo produtor rural. Áreas de Preservação Permanente (APP) são caracterizadas como áreas físicas e que se apresentam ecologicamente frágeis. Devido à fragilidade dos fragmentos, os tipos de APP são descritos no art. 4° do novo Código Florestal. A Figura 4 mostra o resumo sobre os tamanhos que precisam ser deixados como APP. Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, desde a borda da calha do leito, devem apresentar as seguintes larguras mínimas (MACHADO, 2016, p. 41): • 30 metros para cursos d’água menor que 10 metros de largura; • 50 metros para cursos d’água entre 10 a 50 metros delargura; • 100 metros para cursos d’água entre 50 e 200 metros de largura; • 200 metros para cursos d’água entre 200 e 600 metros de largura; • 500 metros para cursos d’água com largura superior a 600 metros. Para lagos e lagoas naturais, as áreas de entorno precisam ter uma faixa com largura mínima de (MACHADO, 2016): • 100 metros, exceto para o corpo d’água com menos de 20 hectares de superfície, em que sua faixa marginal será de 50 metros. 41 • 30 metros em zonas urbanas (lagos ou lagoas artificiais). • Áreas no entorno de nascentes e olhos d’água perene devem apresentar uma faixa de no mínimo 50 metros (independentemente da situação topográfica). Para os topos de morros, chapadas, manguezais, acompanhe o que a legislação exige (MACHADO, 2016): • Encosta com declividade superior a 45 graus, visto que restingas, dunas ou manguezais precisam manter o habitat natural. • As chapadas devem conservar uma faixa nunca inferior a 100 metros em projeção horizontal. • Em topo de morro, montanha e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação maior que 25 graus, deve ser mantido o habitat natural. • Área de altitude superior a 1.800 metros resguarda o habitat natural. • Área de vereda, permanente encharcado, precisa manter uma faixa de 50 metros. Um dos aspectos mais inovadores que foi instituído no novo Código Florestal é o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Ele é considerado um instrumento em que os proprietários precisam registrar as propriedades rurais, buscando facilitar a regularização ambiental. O seu objetivo é a identificação da propriedade e integração das informações ambientais, permitindo produzir uma base de dados que conceda aos municípios, estados e União a atuação no controle, no monitoramento, na identificação de passivos ambientais, no planejamento ambiental e econômico, além do combate ao desmatamento. O CAR auxilia os proprietários rurais a proteger os recursos naturais e melhor planejar a sua produção, tudo em conformidade com a legislação ambiental (MACHADO, 2016). Proprietário do imóvel com RL constituída e inscrita no CAR, que apresente uma área maior que o mínimo exigido, poderá utilizar essa área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos (FAEP, 2012). Uma servidão ambiental é a renúncia voluntária por parte do proprietário rural do direito sobre área excedente de 20% da RL para outro proprietário rural que não apresente em seu imóvel a área mínima de RL. Ressalta-se que a servidão ambiental precisa ser averbada na matrícula dos imóveis envolvidos (FAEP, 2012). O CAR deve apresentar informações como: • localização georreferenciada do imóvel; • limites, identificação da APP; • Reservas Legais (RLs); • áreas de uso restrito. As diferenças entre Reserva Legal e APP se dão pela ocorrência desta ser em área de domínio público ou privado, enquanto a RL somente incide em área de domínio privado; e pela possibilidade de exploração da Reserva Legal, mediante planos de manejo sustentável aprovado pela autoridade ambiental competente, conforme possibilita o art. 16, parágrafo 2º do Código Florestal (BRASIL, 2012). O Programa de Regularização Ambiental (PRA) pode ser implementado para a regularização de passivos ambientais de RL ou de APP, considerando-se as condições ambientais específicas de cada Estado (AMARAL; REIS; DEL GIUDICE, 2017). De forma geral, para realizar a adequação de um imóvel rural por meio das regras de transição do Novo Código Florestal, divide-se em fases de implantação, em que serão definidas as obrigações dos produtos, conforme os prazos relatados a seguir: • Até 31/12/2017: toda propriedade rural precisaria estar inscrita no CAR. Quando o imóvel apresentasse pendências, deveria aderir ao PRA. 42 • Na sequência, deveria assinar-se o Termo de Compromisso em prazo definido pelo PRA. • Até 28/05/2032: o imóvel precisará estar em total cumprimento com as obrigações impostas pelo Código Florestal. A Figura 5 apresenta uma linha do tempo com informações relevantes para a adequação do imóvel no Código Florestal. São vários os motivos para que o Poder Público exija que o produtor averbe sua Reserva Legal. Além dos ganhos ambientais, que indiretamente se relacionam aos financeiros, ainda há aqueles diretamente relacionados (CETESB, 2011): • Imposto Sobre Território Rural (ITR): mediante declaração no Ibama, é possível excluir as APP, RL e demais manchas de vegetação natural da área da propriedade que serve como base para o cálculo do imposto. • Exploração da Reserva Legal: durante a recomposição da RL, há possibilidade de realizar plantios comerciais de espécies agrícolas e florestais exóticas em consórcio com as árvores nativas. • Certificação de Produtos Rurais: é um processo voluntário no qual é realizada uma avaliação da produção rural, para verificação dos cumprimentos de questões ambientais, econômicas e sociais da propriedade rural por meio de uma certificadora. As principais vantagens da certificação são a diferenciação e a valorização dos produtos agroflorestais, visto que aumentam a credibilidade junto aos consumidores, conseguem atender às novas exigências de mercado e aumentar o acesso a novos mercados ambiental e socialmente conscientes. 43 INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL NO BRASIL O conjunto de instrumentos disponíveis, atualmente, para o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas para com o meio ambiente é extenso e complexo, seja pelas licenças, taxas, subsídios, estabelecimento de padrões, acordos voluntários, sistemas de informação e zoneamentos, dentre outros. Foram criados para alcançar os efeitos ambientais positivos. Barbieri (2016) reporta um exemplo de instrumento: uma lei foi criada para ordenamento do trânsito de veículos a fim de evitar congestionamento, dessa forma, podemos dizer que essa legislação atua na melhoria da qualidade do ar e redução do nível de ruído do específico local. O autor assinala, ainda, alguns instrumentos da política ambiental: legislação ambiental; instrumentos econômicos; educação, informação e comunicação ambiental; instrumentos de controle ambiental; avalição de impacto ambiental; contabilidade ambiental; gerenciamento ambiental de empresas; tecnologias ambientais (pesquisa, processo e produto); sistema de informação; emergências ambientais; valoração de produtos e serviços ambientais. Os instrumentos de políticas ambientais podem ser classificados como diretos ou indiretos. Eskeland e Jimenez (1991) assinalam os conceitos e as diferenças entre as duas classificações. Acompanhe a seguir. Os instrumentos do tipo direto se referem a todos aqueles elaborados para resolver questões ambientais (legislação ambiental, certificações, fiscalizações), já os do tipo indireto são desenvolvidos para buscar resolver outros problemas, por meio de mecanismos de mercado (emissão/crédito de carbono, reserva particular do patrimônio natural RPPN). Importante frisarmos que os instrumentos indiretos podem cooperar ou agravar ainda mais problemas ambientais já instaurados (ESKELAND; JIMENEZ, 1991). 44 Os instrumentos indiretos buscam apresentar as influências consideradas sérias para com o meio ambiente, embora muitas vezes não serem intencionais, como, por exemplo, as políticas de finanças públicas que conseguem agir sobre os preços relativos e indiretamente causam grande impacto à poluição (de forma atmosférica ou hídrica). As políticas ambientais são determinadas e aplicadas por meio de fontes específicas ou próprias, que busquem auxiliar na determinação de como e onde se deve introduzir medidas para reduzir a poluição atmosférica, por exemplo. Algumas vezes, lança-se mão de incentivos aos agentes envolvidos, flexibilidade essa que é permitida quando não há comprometimento da eficiência dos resultados relacionados à área ambiental e à preservação (VALERA, 2007).Se um agente poluidor recebesse uma multa e fosse taxado pela quantidade de poluição emitida pela sua atividade, ele poderia optar por pagar essa taxa ou não. Caso o custo apresentado para o controle de suas emissões de poluição fosse menor do que a taxa cobrada, o poluidor teria a opção de diminuir a quantidade de poluentes emitidos para a atmosfera local. Os instrumentos de política ambiental são classificados em quatro categorias: comando e controle do uso do solo (saneamento e áreas de proteção); padrões ambientais de qualidade e de emissão; licenciamento (Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA); e penalidades (multas, compensações etc.). No Quadro 1, vamos analisar os principais instrumentos voltados para a política ambiental brasileira. Tipo Instrumento direto Instrumento indireto Vantagens/Desvantagens Comando e controle • Padrão de emissão • Zoneamento • Controle de equipamento e insumos • Rodízio de automóveis estadual (em SP) • Controle de equipamentos e insumos • Rodízio de automóveis municipal (em SP) Vantagens: previsibilidade, simplicidade, segurança no planejamento e aplicação imediata. Desvantagens: falta de flexibilidade, ausência de incentivos para melhorias, custos de implementação para fazer cumprir a lei. Incentivos e mercado • Tarifas e taxas • Subsídios à produção menos poluente • Sistemas de restituição de depósitos • Impostos e subsídios a equipamentos, processos, insumos e produtos • Subsídios a produtos similares nacionais Vantagens: flexibilidade, estímulos à inovação, menores custos de implementação, possibilidade de arrecadar recursos. Desvantagens: difícil aprovação pelo Legislativo, difíceis de operacionalizar por envolverem distintas áreas do governo (econômica e ambiental), necessitam de avaliações e adaptações periódicas. 45 Segundo Barbieri (2016), o instrumento de comando e controle otimiza o direcionamento, buscando alcançar as ações que degradam o meio ambiente, limitando o uso de bens e serviços. Como exemplo, podemos citar os padrões que estabelecem a concentração máxima aceitável de poluentes (80 µg/m³ como nível máximo de material particulado em suspensão na atmosfera). Dessa forma, a qualidade do ar estará normal para o poluente se a sua concentração estiver igual ou abaixo desse nível. Geralmente, nesse tipo de instrumento, ocorrem punições ou sanções para as condutas em desacordo, o que leva à necessidade de organizar aparato fiscalizatório para seu cumprimento. Os padrões são considerados instrumentos de comando e controle, sendo muito empregados em diferentes países. Eles indicam os limites de concentração de poluentes, de emissão e de desempenho, bem como padrões que determinam o uso de tecnologias específicas ou estabelecem controle de qualidade para produtos e processos. No Brasil, por exemplo, as licenças ambientais são usadas pelos órgãos de controle ambiental para permitir ou indeferir a instalação de projetos e atividades com potencial de impacto ambiental (BURSZTYN; BURSZTYN, 2013). Os instrumentos de comando e controle relatam uma política de atuação forte, por parte do Poder Público, com o intuito de proteger o meio ambiente, permitindo a prevenção dos comportamentos indesejáveis para com ele. O sucesso dos instrumentos do tipo comando e controle depende de que os papéis funcionem em associação, ou seja, que o órgão regulador e o policial do governo trabalhem juntos, com o intuito de assegurar a obediência à legislação e punir os possíveis infratores, opondo bastante resistência à pressão dos agentes econômicos (STRAUCH, 2008). O instrumento voltado para o padrão de qualidade e emissão é reportado na Lei n. 6.938/1981 (parte integrante da Política Nacional do Meio Ambiente), destacando como instrumento o licenciamento de atividades potencial ou efetivamente poluidoras e a avaliação de impactos ambientais das atividades da empresa em questão (FENKER, 2015). No Brasil, os padrões são estabelecidos e desenvolvidos por meio de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o qual atua na definição dos parâmetros técnicos de qualidade ambiental. Para conhecer todas as resoluções relacionadas ao tema, acesse o site do Conama: http://www2.mma.gov.br/port/conama/. Os padrões de qualidade do meio ambiente indicam as condições de normalidade dos recursos naturais (como a água, ar e solo), bem como os limites estabelecidos para a concentração máxima admissível de poluentes e resíduos no meio ambiente. Em relação aos padrões de emissão, estes buscam estabelecer os valores máximos permitidos para o lançamento de poluentes para o meio ambiente (FENKER, 2015). Um dos desafios relativos à qualidade ambiental é a verificação de forma individual dos padrões, quando se remete ao lançamento ou emissão de poluentes, já os resíduos são determinado por fontes, e não por níveis totais que poderiam ser tolerados. Um exemplo são as resoluções que estabelecem padrões de emissão para veículos automotores por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). Nesse caso, os padrões de emissão estabelecidos não se revelam suficientes para alcançar a qualidade do ar desejável para o bem-estar da população (ARAÚJO, 2013). Os instrumentos de incentivo e mercado, ou seja, os fiscais influenciam o comportamento da sociedade em geral e das empresas em relação à sua postura para com o meio ambiente, estabelecendo os seus benefícios. Os tributos ambientais atuam na transferência dos recursos em decorrência de alguma questão 46 ambiental (BARBIERI, 2016). Eles se referem às políticas fiscais integradas por impostos, taxas e contribuições que têm como objetivo contribuir e incentivar a proteção do meio ambiente. São exemplos: o ICMS Ecológico; a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA); as cobranças de créditos de carbono oriundas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo; dentre outros. Os primeiros pensamentos e documentos escritos que faziam menção sobre os tributos ambientais foram expostos e apresentam suas origens na obra do economista inglês Arthur Cecil Pigou. Pigou foi um economista inglês, aluno e sucessor de Alfred Marshall, na Universidade de Cambridge. O autor relatou em sua obra as externalidades (custos para alguém que não seja a pessoa a quem o tributo é imposto) no início do século XX. A externalidade é um fenômeno externo ao mercado que não afeta seu funcionamento, ficando conhecido como taxa pigouviana ou imposto pigouviano (BARBIERI, 2016). Barbieri (2016) relata que há diversas espécies desses tributos, como: • Tributação sobre emissão de poluentes: cobrança pela emissão de CO2, SO2 e outros lançados na atmosfera. • Tributação sobre o uso de serviços públicos referente à coleta e ao tratamento de efluentes. • Tributação sobre preço de produtos que produzam poluição ao serem incorporados no processo produtivo (derivados de carvão, baterias, pneus). • Tributação incidente sobre produtos supérfluos. A política ambiental ainda precisa priorizar o comprometimento da sociedade perante a legislação ambiental, em todas as suas esferas (federal, estadual ou municipal), além das normas ambientais aplicáveis em cada uma delas (VITERBO JÚNIOR, 1998). O Brasil apresenta um conjunto de instrumentos à disposição do Poder Público, buscando a prática dos objetivos relativos à proteção do meio ambiente. Entre eles, destaca-se os instrumentos previstos na Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) (Lei n. 6.938/1981), os quais são descritos e analisados quanto aos avanços alcançados até hoje e aos desafios para enfrentar com aprimoramento e atualização do documento (BRASIL, 1981). Para conhecermos os instrumentos da PNMA, recomenda-se a leitura da Lei n. 6.938/1981 (BRASIL, 1981). Além dos instrumentos que são previstos na PNMA, existem diversos outros que são distribuídos nas principais legislaçõesambientais brasileiras, os quais buscam atingir objetivos específicos dispostos nas legislações. Alguns dos instrumentos previstos em importantes legislações ambientais do país são (ARAÚJO, 2013): • Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (Lei n. 9.433/1997); • Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) (Lei n. 12.187/2009); • Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (Lei n. 12.305/2010); • Novo Código Florestal (Lei n. 12.651/2012); • Lei Complementar (LC) n. 140/2011, que dispõe sobre a cooperação entre os entes federativos na proteção do meio ambiente. Por fim, cada um dos instrumentos da PNMA, apresentados anteriormente, encontra-se em diferentes níveis de implantação, alguns em caráter mais avançado e outros no início. De modo geral, ainda são carentes os estudos que demonstram com maior nitidez os resultados alcançados, bem como os custos e benefícios dos instrumentos empregados para o planejamento urbano e ambiental. 47 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, P.; REIS, T.; DEL GIUDICE, R. Guia prático para a análise do atendimento ao Código Florestal. 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