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1 Acessibilidade na Comunicação Conceito biopsicossocial, terminologia e demografia da pessoa com deficiência 1 2 Enap Escola Nacional de Administração Pública Enap, 2021 SAIS - Área 2-A -70610-900 - Brasília, DF Conteudista: Viviane Goi Consultoria Ltda (Conteudista, 2021); Diretoria de Desenvolvimento Profissional. 3 Sumário Unidade 1. O conceito biopsicossocial da deficiência e barreiras na comunicação ........... 4 1.1. O conceito biopsicossocial da deficiência ........................................................................................................4 1.2. A demografia da pessoa com deficiência ........................................................................................................6 1.3. Terminologia atualmente utilizada .....................................................................................................................9 1.4. O enfoque não discriminatório e não capacitista .........................................................................................12 1.5. As barreiras existentes na comunicação e os recursos de acessibilidade comunicacional ..........14 Referências ........................................................................................................................................... 17 4 Unidade 1. O conceito biopsicossocial da deficiência e barreiras na comunicação Conceito biopsicossocial, terminologia e demografia da pessoa com deficiênciaMÓ D U LO 1 No texto “Psicologia e a pessoa com deficiência”, de 2018, Lopes e outros autores apontam que, em meados do século XX, o conceito de deficiência estava vinculado ao modelo biomédico, visto como mera incapacidade ou limitação a ser superada pelo sujeito que a portava. Já durante a década de 1960, iniciou-se no Reino Unido um movimento que visava à superação do modelo biomédico e se estendeu a outras partes do mundo. Esse movimento, chamado de modelo social, propôs que a inclusão da pessoa com deficiência deveria ocorrer na sociedade, a partir da eliminação das barreiras estruturais. Com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – publicada em Nova York, em 2006, e promulgada no Brasil pelo Decreto nº 6.949, em 2009 –, o conceito de deficiência passou a ser reconhecido pela ótica do modelo biopsicossocial, que considera tanto as particularidades das deficiências quanto as barreiras atitudinais e ambientais do meio em que a pessoa com deficiência vive. 1.1. O conceito biopsicossocial da deficiência Objetivo de aprendizagem Ao final dessa unidade, você será capaz de sensibilizar para a relevância da comunicação acessível e inclusiva a partir do conhecimento das características da principal população beneficiada por essa ação. Ao longo dos anos, a deficiência foi percebida pela sociedade de diferentes maneiras, ora sendo considerada um castigo divino, como na Idade Média, ora sendo sinônimo de doença, que deveria ser curada nos moldes da medicina. Essas concepções sobre a deficiência influenciaram, e ainda influenciam, o tratamento destinado a pessoas com deficiência, levando à discriminação e ao preconceito. Como visto, a sociedade nem sempre exigiu mudanças estruturais para oferecer acessibilidade e inclusão ao cidadão com deficiência, afinal não se tinha uma visão biopsicossocial a respeito dessa parcela da população. O direito à acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência é uma iniciativa moderna e, portanto, precisa ser constantemente discutida, pois, apesar dos avanços sociais conquistados nas últimas décadas, ainda há um longo caminho a percorrer até que seja garantido, de fato, o mesmo direito de igualdade e oportunidade a todos. Portanto, deve ser constante a luta pela acessibilidade e inclusão social desse grupo de pessoas, que carrega todo um histórico de sofrimento com preconceito e estigma. Somente assim será possível alcançar uma sociedade em condições de igualdade de direitos, visando à cidadania e à inclusão social. O Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, afirma que, sob essa ótica, a deficiência passa a ser resultante “da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm 5 Com base na convenção, foi publicada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015), que reafirmou esse avanço em seu art. 2º. Esse artigo considera que a pessoa com deficiência é aquela que tem algum tipo de impedimento de longo prazo de natureza sensorial, intelectual, física ou mental, que, ao interagir com uma ou mais barreiras, fica impedida de participar da sociedade de forma efetiva em termos de igualdade com pessoas sem deficiências. Na perspectiva biopsicossocial, portanto, a deficiência não se relaciona apenas às estruturas e funções do corpo, mas também aos fatores contextuais, ou seja, do contexto em que a pessoa vive. Assim, é compreendida como o resultado da interação entre pessoas com impedimentos nas funções e estruturas do corpo e fatores contextuais diversos, que interagem com esses impedimentos. Descrição: Três círculos. O círculo azul, à esquerda, diz modelo médico: a deficiência é uma limitação, incapacidade da própria pessoa que a possui. Nagi. O verde, à direita, diz modelo social: a deficiência é construída socialmente a partir da exclusão imposta por barreiras estruturais. Upias. O círculo rosa, no centro abaixo e sobreposto aos outros dois, diz modelo biopsicossocial: a deficiência é o resultado da interação entre a pessoa que tem algum impedimento de longo prazo com as barreiras sociais, atitudinais e ambientais com que vive. CIF-OMS. Modelo biopsicossocial: integra os modelos médico e social Fonte: Adaptada de Dall’Agnol (2018) No texto “Psicologia e a pessoa com deficiência”, de Lopes e outros autores, de 2018, embasado na LBI, de 2015, os direitos das pessoas com deficiência passam a ser garantidos em conformidade com suas particularidades, com base nos princípios da solidariedade e da universalidade. Com isso, o Estado e a sociedade passam a ser responsáveis por oferecer condições para que essas pessoas possam viver de forma digna e independente, afinal, quanto menos barreiras existirem no contexto em que a pessoa vive, maior a participação dessa pessoa na sociedade. Assim, considerando-se que o foco de abordagem da temática está além dos impedimentos nas funções e estruturas do corpo, destaca-se a importância de o setor público, o setor privado e toda a sociedade atuarem para superar as barreiras que impedem o pleno desenvolvimento das pessoas com deficiência. Nesse sentido, em cada contexto, inclusive no da comunicação, deve-se observar, à luz da legislação e das boas práticas, dentre outros aspectos, o que pode ser feito para a eliminação dessas barreiras. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm 6 De acordo com dados do Relatório Mundial sobre Deficiência, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, havia no mundo uma população com deficiência estimada em mais de um bilhão de pessoas, dentre as quais aproximadamente 200 milhões tinham dificuldades funcionais significativas. O Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando uma população total de 190.755.048 pessoas, indicou que cerca de 45,6 milhões delas – 23,9% da população – foram declaradas como tendo alguma limitação funcional. Para uma melhor compreensão desses números, é preciso entender que o questionário utilizado para o levantamento de dados do IBGE partiu do modelo de perguntas e respostas propostas pelo Grupo de Washington para Estatísticas sobre Pessoas com Deficiência (Washington Group on DisabilityStatistics), descrito no quadro seguinte: 1.2. A demografia da pessoa com deficiência DEFICIÊNCIA - PARA TODAS AS PESSOAS: 6.14 - Tem dificuldade permanente de enxergar? (Se usa óculos ou lentes de contato, faça sua avaliação quando os estiver utilizando.) ( ) 1. Sim, não consegue de modo algum ( ) 2. Sim, grande dificuldade ( ) 3. Sim, alguma dificuldade ( ) 4. Não, nenhuma dificuldade 6.15 - Tem dificuldade permanente de ouvir? (Se usa aparelho auditivo, faça sua avaliação quando o estiver utilizando.) ( ) 1. Sim, não consegue de modo algum ( ) 2. Sim, grande dificuldade ( ) 3. Sim, alguma dificuldade ( ) 4. Não, nenhuma dificuldade 6.16 - Tem dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus? (Se usa prótese, bengala ou aparelho auxiliar, faça sua avaliação quando o estiver utilizando.) ( ) 1. Sim, não consegue de modo algum ( ) 2. Sim, grande dificuldade ( ) 3. Sim, alguma dificuldade ( ) 4. Não, nenhuma dificuldade 6.17 - Tem dificuldade mental/intelectual permanente que limite as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar etc.? ( ) Sim ( ) Não Quadro 1 - Questionário aplicado pelo IBGE no ano de 2010 Fonte: IBGE, c2021. 7 Por esse modelo de perguntas adotado pelo IBGE em 2010, como sugerido pelo Grupo de Washington, é possível identificar as pessoas com deficiência, considerando, pelo menos, quatro maneiras diferentes: 1. aquelas que responderam que tinham, pelo menos, alguma dificuldade em uma ou mais questões; 2. aquelas que responderam que tinham, pelo menos, muita dificuldade em uma ou mais questões; 3. aquelas que responderam que não conseguiam de modo algum em alguma questão; ou 4. aquelas que responderam que tinham, pelo menos, alguma dificuldade em duas ou mais questões. (2018) Para a contagem, o IBGE considerou as opções de resposta para as questões 1 a 3 do questionário, ou seja, foram consideradas pessoas com deficiência todas aquelas que responderam positivamente para, pelo menos, uma das opções: alguma dificuldade, grande dificuldade e não consegue de modo algum. Já existia no período uma recomendação do Grupo de Washington para a aplicação de uma linha de corte. No entanto, por ainda ser muito recente, ter pouca experiência internacional e por ter sido publicada após o planejamento do Censo de 2010, a linha de corte não foi adotada pelo IBGE, que considerou uma proposta mais abrangente. O Grupo de Washington foi criado para auxiliar na padronização e harmonização das definições, das metodologias e dos conceitos utilizados nos levantamentos de dados estatísticos entre os diferentes países, a fim de garantir a comparabilidade entre eles. O IBGE, desde 2001, participa ativamente desse grupo, acompanhando todos os estudos e discussões propostas. SAIBA MAIS Contudo, em 2018, com o objetivo de incorporar de modo consistente as boas práticas internacionais e garantir a comparabilidade entre países, o IBGE fez uma releitura dos dados do Censo de 2010, decidindo incorporar a linha de corte sugerida pelo Grupo de Washington. A partir de então, passou a considerar pessoas com deficiência apenas aquelas que haviam respondido ter grande dificuldade ou não conseguirem de modo algum em uma ou mais questões ou respondido sim na pergunta sobre dificuldade mental/ intelectual. Com isso, passou-se a considerar o número de 12,7 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, ou seja, 6,7% da população em geral. 8 Descrição: Gráfico de colunas indica a proporção de pessoas com deficiência no Brasil. Para cada tipo de deficiência, um par de colunas azul e vermelho indica, respectivamente, a proporção sem e com a linha de corte do Washington Group: visual, 18,8% e 3,4%; auditiva, 5,1% e 1,1%; física, 7% e 2,3%; intelectual ou mental, 1,4% e 1,4%. Vale destacar que a releitura realizada pelo IBGE não alterou os números divulgados, apenas foi feita uma nova apuração analítica dos resultados, mantendo a metodologia utilizada pelo Censo de 2010. Para saber mais, acesse a Nota Técnica 01/2018, do IBGE, que apresenta a releitura dos dados do Censo Demográfico de 2010 a partir das recomendações do Grupo de Washington sobre a demografia de pessoas com deficiência. SAIBA MAIS O gráfico a seguir mostra a proporção de pessoas com deficiência no Brasil em 2010, com e sem a aplicação da linha de corte recomendada pelo Grupo de Washington. Proporção de pessoas com deficiência, por tipo de deficiência Fonte: Adaptada de IBGE, Censo Demográfico, 2010 https://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/metodologia/notas_tecnicas/nota_tecnica_2018_01_censo2010.pdf 9 A efetivação de uma sociedade verdadeiramente inclusiva também demanda um cuidado com a linguagem, pois é nela que se expressa, de maneira voluntária ou involuntária, o respeito ou a marginalização para com as pessoas com deficiência. A linguagem não é algo estático, mas se modifica a partir do significado compatível com os valores vigentes de cada sociedade. Portanto, a problematização de estigmas sofridos por essas pessoas ao longo dos anos torna-se necessária para que se possa pensar em novas formas de agir com elas. A maneira como as pessoas são percebidas e chamadas reflete muito o respeito e a integridade destinados a elas. Durante a longa trajetória histórica percorrida pelas pessoas com deficiência, muitos termos pejorativos lhes foram atribuídos, entre os quais: excepcionais, retardados, aleijados, inválidos e mongoloides. A terminologia “excepcional”, por exemplo, era utilizada entre as décadas de 1950 a 1970 para se referir, sobretudo, à pessoa com deficiência intelectual. No entanto, após pesquisas sobre pessoas com altas habilidades nos anos 1980 e 1990, essa nomenclatura mudou. O termo “excepcionais” foi substituído por “excepcionais negativos” ou “pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média”, em contraponto ao termo “excepcionais positivos” e “com inteligências múltiplas acima da média”, destinado a pessoas com altas habilidades. Atualmente esses termos não são mais utilizados, pois carregam um sentido pejorativo e discriminatório. Essa expressão foi registrada no texto da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e, posteriormente, promulgada por meio de leis nacionais. Optou-se por não usar a terminologia “pessoas portadoras de deficiência”, como era utilizada anteriormente, porque se entende atualmente que a deficiência faz parte da pessoa, portanto ela tem uma deficiência e não a porta, assim como diz no texto “Psicologia e a pessoa com deficiência” de Lopes e outros autores, de 2018. Como visto, a principal terminologia a ser usada é “pessoa com deficiência”, mas pode-se usar também um substantivo seguido de “com deficiência”, por exemplo: aluna ou aluno com deficiência, atleta com deficiência ou jornalista com deficiência. Já quando se referir a uma pessoa que não tem deficiência, deve-se usar a terminologia “pessoa sem deficiência”, mas nunca pessoas normais, uma vez que esse termo remete a seu oposto: pessoas anormais. O termo “pessoa com necessidades especiais”, utilizado na década de 1990 e que originou o termo “pessoa portadora de necessidades especiais” e posteriormente, “pessoa portadora de deficiência”, também foi destituído. O conceito de portar agregava um valor à pessoa. Assim, após discussão realizada em 1994 por pessoas com deficiência de todo o mundo, incluindo o Brasil, elas escolheram ser chamadas de pessoas com deficiência. 1.3. Terminologia atualmente utilizada DESTAQUE Portanto, se almejamos uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, também precisamos respeitar a maneira como as pessoas com deficiência preferem ser chamadas. Nesse sentido, os debates incitados pelos movimentos mundiais de pessoas com deficiência possibilitaram um consenso sobre a forma como elas desejam ser denominadas: pessoas com deficiência. 10 Depois de várias pesquisas em nível mundial, algumas terminologias simplese que representam a realidade de maneira positiva passaram a ser apoiadas por pessoas com deficiência e adotadas pela sociedade inclusiva. Veja algumas delas no quadro a seguir: usado em substituição aos termos “deficiente” e “deficiente físico”, refere-se à pessoa com impedimento de natureza física. A terminologia “deficiência física” alude a uma categoria que contempla vários tipos: paralisias, amputações, baixa estatura, paresias, malformações congênitas, entre outras. Contudo, não deve ser utilizada para se referir a todas as pessoas com deficiência. Pessoa com deficiência física geralmente utilizado para se referir às pessoas com deficiência visual, auditiva ou surdocegueira. Pessoa com deficiência sensorial a terminologia “deficiência auditiva” relaciona-se às categorias baixa audição e surdez (ambas em vários graus). Pessoa com deficiência auditiva a terminologia “deficiência visual” remete a uma categoria que envolve dois tipos: baixa visão e cegueira (ambas em diferentes graus). Pessoa com deficiência visual a maioria das pessoas surdas preferem ser chamadas de surdas, no entanto deve-se evitar dizer “pessoa com surdez total”, “pessoa surda total” ou “surdo total”. Pessoa surda refere-se à pessoa surda que se comunica pela língua de sinais, por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Brasil. Pessoa surda sinalizante pessoas cegas costumam aceitar serem chamadas de cegas, no entanto deve-se evitar usar os termos “pessoa com cegueira total” ou “pessoa cega total”, uma vez que se tornam redundantes. Pessoa cega terminologia utilizada para pessoas que têm deficiência visual e auditiva concomitante, ambas em diferentes graus. Pessoa surdocega refere-se à pessoa surda que utiliza a linguagem oral para se comunicar, por meio da Língua Portuguesa no Brasil, independentemente de saber ler lábios ou não, usar aparelho auditivo ou não. Pessoa surda oralizada é usado em substituição aos termos “surdo parcial” ou “pessoa com surdez parcial”. Pessoa com baixa audição usado em substituição ao termo “pessoa com visão subnormal”. Pessoa com baixa visão 11 refere-se à pessoa que tem duas ou mais deficiências concomitantes.Pessoa com deficiência múltipla é aquela que, devido a motivos diversos, como ter idade superior a 60 anos, ser lactante, ser gestante ou estar com criança de colo, tem dificuldades para se movimentar, ocasionando diminuição da mobilidade, da coordenação motora, da flexibilidade ou da percepção. Pessoa com mobilidade reduzida terminologia nova usada para referir a pessoa com sequelas decorrentes de um transtorno mental que gere uma deficiência. Pessoa com deficiência psicossocial é usado em substituição aos termos “retardado mental”, “excepcional” ou “deficiente mental”. A terminologia “deficiência intelectual” corresponde a uma categoria de muitos tipos, a depender do déficit cognitivo, das habilidades adaptativas, dos apoios e demais fatores. Pessoa com deficiência intelectual EM VEZ DE: PREFIRA: criança, adolescente, adulto ou pessoa normal criança, adolescente, adulto ou pessoa sem deficiência. escola, sala de aula ou classe normal escola, sala de aula ou classe comum. siglas PNE e PcD pessoa com deficiência (afinal não é adequado se referir a seres humanos usando siglas). cadeirante ou muletante usuário de cadeira de rodas ou usuário de muletas (o recurso utilizado pela pessoa não a define). cadeira elétrica cadeira motorizada. anão pessoa com nanismo. surdo-mudo pessoa surda, surdo ou surda (a surdez não interfere nas cordas vocais. Muitas não falam porque não aprenderam ou porque preferem se comunicar em Libras). Linguagem Brasileira de Sinais Língua Brasileira de Sinais (Libras). Além disso, deve-se evitar o uso de termos e expressões que denotam vitimização, sentimento de piedade ou infantilização, pois apenas contribuem para distanciar as pessoas com deficiência das condições de igualdade em relação às demais pessoas. Vale lembrar que o uso da terminologia adequada evidencia conhecimento sobre o tema e demonstra respeito à pessoa com deficiência. Quadro 2 - Terminologia adequada para pessoas com deficiência Fonte: o autor. 12 Capacitismo é o termo utilizado para se referir à discriminação realizada por aqueles que consideram as pessoas com deficiência incapazes de participarem de aspectos da vida em sociedade, por pressuporem que elas não são aptas antes mesmo de conhecerem os impedimentos e as limitações de cada uma. Com isso, determinam um padrão considerado “normal” de pessoa, tendo como referência o desempenho de seu próprio corpo. O capacitismo contribui fortemente com o preconceito e a marginalização de pessoas com deficiência. A lei mencionada prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência, podendo ser o período de reclusão aumentado, dependendo das condições em que o crime foi praticado. Tratar pessoas com deficiência de maneira infantilizada, assexualizada e inferior às demais pessoas ou considerar que ela deve ser medicada, institucionalizada ou protegida da exposição social são alguns exemplos de capacitismo. Além desses, pode-se citar os seguintes: • Quando alguém conversa com o acompanhante da pessoa com deficiência, em vez de falar com ela própria, em situações em que a pessoa não está impedida de se comunicar; • Quando é apresentado na mídia determinado fato da vida de uma pessoa com deficiência, retratando-a como super-herói ou com excesso de superlativos. O capacitismo constrói barreiras atitudinais e sociais que prejudicam o acesso e a participação da pessoa com deficiência em vários espaços da sociedade, entre eles escolas e ambientes de trabalho, culturais, esportivos e de lazer. Nesse movimento, as pessoas com deficiência ficam impedidas de exercer seus direitos e suas liberdades fundamentais. 1.4. O enfoque não discriminatório e não capacitista Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. §1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015, determina em seu art. 4º, que: Acesse o vídeo a seguir e aprenda mais sobre como e quando ocorre o capacitismo em nossa sociedade e como é possível evitá-lo. Video 1: Capacitismo https://cdn.evg.gov.br/cursos/615_EVG/videos/modulo01_video01/story.html http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm https://cdn.evg.gov.br/cursos/615_EVG/videos/modulo01_video01/story.html 13 O comportamento não capacitista de pessoas, grupos e instituições desconstrói barreiras em contextos diversos, favorecendo a equiparação de condições entre as pessoas com e sem deficiência. Especialmente no âmbito da comunicação e da informação, esse tipo de comportamento favorece a transmissão da mensagem e a interação entre as pessoas. No link, está uma reportagem sobre a diplomação em nível acadêmico superior de um estudante surdocego no curso de Letras. Essa manifestação é um exemplo de como o enfoque não capacitista abre oportunidades para o reconhecimento da pessoa com deficiência e suas potencialidades. SAIBA MAIS Capacitismo Fonte: Adaptada de Ferraz (2021) Descrição: Desenho de pessoa em cadeira de rodas na sua mesa de trabalho. Um homem e uma mulher observam. A mulher pensa: “Pensava que ele nunca iria realizar nenhuma tarefa”, enquanto o homem fala: “É incrível o que estou vendo, um milagre!”. A pessoa em cadeira de rodas pensa: “Um dia vão entender que não sou de outro mundo”. https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-10/primeiro-estudante-surdocego-da-unb-se-forma-em-letras#:~:text=Primeiro%20estudante%20surdocego%20a%20se,curso%20de%20Letras%2C%20em%202016.14 Quando se ouve falar em acessibilidade para pessoas com deficiência, costuma-se logo pensar na falta de rampas, elevadores e demais barreiras arquitetônicas. No entanto, a acessibilidade vai muito além disso; compreende, também, recursos adequados no âmbito da comunicação e da informação, permitindo que a pessoa esteja em plena interação com o mundo. Segundo o texto “Direito das pessoas com deficiência para provas de concursos” de Vailatti e outros autores, de 2019, a comunicação é essencial aos seres humanos, pois permite que eles interajam entre si, socializando- se e se desenvolvendo. A comunicação compreende não apenas a linguagem falada, mas todos os tipos de interação entre as pessoas com função comunicativa, como as linguagens escrita, gestual e corporal, o Braille, a língua de sinais, as legendas, a leitura labial, a audiodescrição, os textos convertidos em voz digitalizada, os softwares para leitura de telas etc. Dada a sua importância na vida cotidiana, a acessibilidade na comunicação se caracteriza como um requisito essencial, além de ser um direito garantido por lei às pessoas com deficiência. Portanto, toda e qualquer barreira na comunicação deve ser imediatamente eliminada. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), de 2015, dispõe, em seu art. 3º, que barreiras são: Segundo a referida lei, essas barreiras podem ser classificadas em: A identificação e a eliminação de barreiras acontecem por meio da promoção da acessibilidade, que, por sua vez, é considerada pela Lei Brasileira de Inclusão, de 2015, como a: 1.5. As barreiras existentes na comunicação e os recursos de acessibilida- de comunicacional [...] qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros [...]. Barreiras urbanísticas: são aquelas existentes em espaços e vias públicas e privadas de uso coletivo. Barreiras arquitetônicas: estão presentes nos prédios privados e públicos. Barreiras nos transportes: são aquelas existentes nos meios e sistemas de transportes. Barreiras nas comunicações e na informação: são todo tipo de obstáculo, entrave, comportamento ou atitude que impossibilite ou dificulte o recebimento ou a expressão de informações e mensagens, inclusive por meio de tecnologia da informação e de sistemas de comunicação. Barreiras atitudinais: são os comportamentos ou atitudes que prejudicam ou impedem a participação da pessoa com deficiência na sociedade, em termos de igualdade e oportunidade de condições com as pessoas sem deficiência. Barreiras tecnológicas: são aquelas que impedem ou dificultam o acesso de pessoas com deficiência às tecnologias. [...] possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm 15 Para isso, o Capítulo VII da Lei nº 10.098, de 2000, determina, no art. 17, que cabe ao Poder Público promover a eliminação dessas barreiras e estabelecer alternativas técnicas para tornar os sistemas de comunicação e sinalização acessíveis às pessoas com deficiência sensorial, a fim de garantir-lhes o direito à comunicação, à informação, ao trabalho, ao transporte, ao esporte, à cultura e ao lazer. De acordo com a Lei nº 13.146, de 2015, em seu art. 3º, inciso V, a comunicação é entendida como toda forma de interação entre as pessoas, que abrange: Promover a acessibilidade na comunicação, portanto, é eliminar as barreiras que impeçam qualquer forma de interação humana que tenha finalidade comunicativa. Para garantir isso, a LBI determina, nos arts. 63, 67, 69 e 71, a obrigatoriedade da acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo. Determina, ainda, que os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso de recursos como subtitulação por meio de legenda oculta, janela com intérprete da Libras e audiodescrição. Além disso, os canais de comercialização virtual e os anúncios publicitários veiculados na imprensa escrita, na internet, no rádio, na televisão e nos demais veículos de comunicação abertos ou por assinatura também devem disponibilizar, conforme a compatibilidade do meio, recursos de acessibilidade. Por fim, os congressos, os seminários, as oficinas e os demais eventos de natureza científico-cultural promovidos ou financiados pelo poder público devem garantir as condições de acessibilidade e os recursos de tecnologia assistiva. De acordo com o art. 8º da LBI, é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar os direitos das pessoas com deficiência, que incluem acessibilidade na comunicação. Portanto, compete a todas as pessoas, sobretudo aos profissionais que trabalham na área da comunicação, promover a eliminação das barreiras que impeçam o livre acesso de todos à informação e à comunicação. A comunicação exige o uso de códigos que garantam a transmissão da mensagem com clareza entre emissor e receptor, independentemente do canal pela qual é difundida. Nesse sentido, códigos, canais e mensagem de linguagem devem conter requisitos de acessibilidade, como Libras, Braille, pictogramas, legendas e audiodescrição, que garantam que a comunicação ocorra entre as pessoas, a despeito de suas características, sem ruídos nem barreiras. Há diversas barreiras comunicacionais a serem superadas no contexto da comunicação. Observa-se, por vezes, a ausência de intérpretes de Libras em eventos, sejam presenciais ou pela internet, bem como a distribuição de materiais (impressos ou digitais) que não têm a alternativa em fonte ampliada ou em Braille ou, ainda, com formatos que não podem ser lidos por softwares leitores de tela e, portanto, não oferecem acessibilidade de comunicação às pessoas com deficiência visual. Para saber mais sobre os diferentes tipos de barreiras na comunicação, assista ao vídeo, a seguir: Video 2: Barreiras na Comunicação Para eliminar as barreiras comunicacionais, existem vários recursos possíveis, essenciais para a inclusão social dessas pessoas, entre eles: apresentação de slides com textos e imagens em tamanhos e contrastes adequados com o canal de comunicação (telões nos eventos presenciais e telas de computador em eventos pela internet) e desenvolvimento de páginas e aplicativos eletrônicos que sigam as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente. [...] entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm https://cdn.evg.gov.br/cursos/615_EVG/videos/modulo01_video02/story.html 16 Acessibilidade na informação e na comunicação Fonte: Adaptada de W3C Brasil, 2018 Gestores e comunicadores orientados sobre diretrizes e técnicas de acessibilidade,bem como sobre a melhor maneira de utilizá-las na prática, certamente farão a diferença na comunicação acessível, gerando impactos positivos nas relações entre pessoas, grupos e instituições. Por fim, os avanços conquistados pela sociedade nos últimos anos permitiram que as pessoas com deficiência passassem a ter seus direitos de acessibilidade e inclusão garantidos por lei. A partir da efetivação do modelo biopsicossocial do conceito de deficiência, a sociedade passou a assumir um compromisso com as pessoas com deficiência, tornando-se responsável por promover sua reestruturação e oferecer condições de igualdade a todas as pessoas indiscriminadamente. Considera-se que assuntos como o conceito da deficiência na perspectiva biopsicossocial, a demografia e a terminologia de pessoas com deficiência, bem como a importância dos enfoques não capacitistas e discriminatórios e a eliminação de barreiras que impedem a acessibilidade, devam ser continuamente disseminados e discutidos, a fim de sensibilizar a sociedade quanto à relevância da comunicação acessível e inclusiva, a partir do conhecimento das características da principal população beneficiada por essa ação. Descrição: mulher sentada em uma cadeira, de frente para um computador. Ela está com o rosto próximo do monitor, usa óculos e lê uma frase escrita em fonte ampliada. 17 Referências ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020. Disponível em: https://www.caurn. gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf. Acesso em: 22 maio 2021. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15599: acessibilidade – comunicação na prestação de serviços. Rio de Janeiro: ABNT, 2008. Disponível em: https://portalarquivos2. saude.gov.br/images/sismob2/pdf/field_generico_imagens-filefield-description_21.pdf. Acesso em: 22 maio 2021. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. 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Diretoria de Pesquisas. Nota Técnica 01/2018, de 31 de julho de 2018. Releitura dos dados de pessoas com deficiência no Censo Demográfico 2010 à luz das recomendações do Grupo de Washington. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: https://ftp.ibge.gov. br/Censos/Censo_Demografico_2010/metodologia/notas_tecnicas/nota_tecnica_2018_01_censo2010. pdf. Acesso em: 2 jun. 2021. LOPES, D. D. et al. Psicologia e a pessoa com deficiência. Porto Alegre: Sagah, 2018. MARTINS, R. Primeiro estudante surdocego se forma na UnB. Agência Brasil, 2020. Disponível em: https:// agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-10/primeiro-estudante-surdocego-da-unb-se-forma- em-letras. Acesso em: 2 jun. 2021. NANBU, G. Cartunista expõe falas ofensivas a deficientes físicos e perrengues diários. Uol, 2021. Disponível em: https:// www.uol.com.br/splash/noticias/2021/04/18/cartunista-expoe-dificuldades-e-falas-ofensivas-a-deficientes-com- charges.htm. Acesso em: 7 jun. 2021. 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O conceito biopsicossocial da deficiência e barreiras na comunicação 1.1. O conceito biopsicossocial da deficiência 1.2. A demografia da pessoa com deficiência 1.3. Terminologia atualmente utilizada 1.4. O enfoque não discriminatório e não capacitista 1.5. As barreiras existentes na comunicação e os recursos de acessibilidade comunicacional Referências
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