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Hérnia de disco lombar Grupo 5: Beatriz Rithiely, Maria Eduarda Veras, Patrícia Lopes Paciente do sexo masculino, 45 anos, fisioterapeuta. O paciente relata que há 5 dias atrás ao realizar uma flexão anterior de tronco associada com o movimento de inclinação e rotação para a direita apresentou um travamento na coluna lombar. E, atualmente está com limitação funcional, diminuição de mobilidade, diminuição na amplitude e na velocidade dos passos durante a marcha e apresenta parestesias no MID. Foi realizada uma RNM na qual observou a presença de hérnia de disco aos níveis de L3-L4, L4- L5 e L5- S1. Avaliação: Avaliação Funcional: - Índice de Incapacidade de Oswestry A Escala de Oswestry tem como objetivo detectar o grau de dor e de incapacidade dos indivíduos com lombalgia. O ODI é um instrumento ordinal, onde são analisados 10 critérios com seis alternativas de resposta para cada critério. A primeira seção avalia a intensidade da dor e as outras nove avaliam o efeito da dor lombar sobre as atividades diárias que podem ser interrompidas ou prejudicadas pela lombalgia. A contagem total varia de 0 a 100, sendo que zero corresponde à função normal e 100 indica grande inabilidade. Para cada quesito zero é a normalidade e cinco é a maior alteração funcional. A soma dos 10 quesitos divididos por cinco multiplicados pelo número de questões respondidas, e multiplicando tudo por 100, constitui o ODI. Exame físico: Inspeção, análise postural e marcha. ● O exame físico da região lombar deve ser realizado na busca de anormalidades anatômicas e na inspeção deve-se detectar a extensão do movimento ativo com o paciente em ortostáse e realizando movimentos da coluna vertebral. ● A coluna pode manter-se rígida, a curva lordótica lombar normal pode desaparecer, o espasmo muscular pode ser proeminente e a dor exarcerbar-se na extensão da coluna e ser aliviada em flexão lenta. ● A parestesia e a perda sensorial com fraqueza motora no miótomo suprido por aquela raiz, além da diminuição ou ausência de reflexos são evidências de distúrbios neurológicos causados pela hérnia discal. ● Na marcha, o paciente pode apresentar claudicação com escoliose antálgica, marcha de trendelemburg devido compressão grave da raiz de L5 que pode gerar fraqueza abdutora, marcha escarvante (com pé caído) devido paresia extensora do pé por compressão das raízes L4 e L5, marcha de base alargada que pode significar compressão mais superior. O paciente pode andar com o tronco curvado para frente e a mão nas costas. Testes de Força Muscular ● Flexão resistida do quadril sendo fraca ou dolorosa pode indicar lesão em L2 ou L3 ● Dorsiflexão resistida L4, ● Extensão resistida do hálux L4 ou L5 ● Eversão resistida do pé L5 ou S1. Reflexos: ● Reflexo patelar pode estar diminuído ou abolido se há lesão em L3, o reflexo aquileu encontra-se diminuído ou abolido nas lesões em L5, S2 e S3. Palpação: Testes específicos: ● O sinal de Laségue (teste de elevação da perna estendida): provoca tensão sobre o nervo ciático, se o paciente referir dor, o sinal é positivo. Os testes de elevação de perna e de elevação de perna retificado são significativos para o diagnóstico de hérnia de disco lombar. ● Teste de Schöber: é utilizado para medir a ADM da coluna lombar, que consiste em estender uma fita métrica sobre a coluna espinhal, entre a articulação lombossacra e até 10 cm acima desta, com o indivíduo em posição neutra. Quando o indivíduo faz a flexão anterior de tronco, o aumento da distância entre as marcas fornece uma estimativa da amplitude da flexão da coluna lombar. ● Teste de Stibor: mede a flexibilidade da coluna vertebral: com um lápis dermatográfico traça-se uma linha entre as espinhas ilíacas póstero-superiores, marca-se o processo espinhoso da C7 e com a fita métrica mede-se à distância entre as duas marcações. Em seguida, o indivíduo realiza uma flexão de tronco e permanece nesta posição, enquanto o terapeuta mede a distância entre as marcações. Tratamento: Objetivo Geral: Fornecer uma melhor funcionalidade articular e muscular da coluna lombar e de membros inferiores, para que o paciente retorne o mais próximo da sua funcionalidade normal e adquira melhor qualidade da marcha e de vida. Objetivos específicos: - Restaurar a sensibilidade do MID - Aumentar a amplitude de movimento e a funcionalidade do tronco e do MID - Fortalecer a musculatura do tronco e MMII - Melhorar as fases da marcha Fase de proteção moderada: Paciente incompetente, mas está consciente da patologia e seu estágio ● Exercícios respiratórios: - tempo 1: 6 primeiras costelas ( paciente puxa o ar pelo nariz, solte pela boca, baixar o tórax e estufar a barriga - é uma respiração paradoxal para que o tórax flexibilize - 3 a 5 ciclos respiratórios) - tempo 2: 6 últimas costelas (soltar o ar e “fechar” as costelas em direção à cicatriz umbilical) Liberação miofascial ● Inibição do plexo lombar ● Inibição dos músculos paravertebrais e piriforme ● Mobilização articular - Maitland grau 3 e 4 - nas vértebras L3, L4, L5 e nas hemi bases do sacro, mobilização da coxofemoral, da articulação femoropatelar, da tibiofibular e da talocrural. ● Mobilização neural - Slump Teste e mobilização neural do nervo tibial ● Alongamento das cadeias musculares posterior de tronco e de MMII ● Exercícios de estabilização segmentar (exercícios isométricos) dos músculos do tronco (multífidos e transverso do abdomen) ● Movimentos ativos livres - circuitos leve e proprioceptivo, extensão e flexão do tronco ● Exercícios proprioceptivo de coluna e MMII Proteção mínima: Paciente deve estar competente e consciente ● Fortalecer os músculos do core (transverso abdominal, oblíquo interno e externo, multifidus, eretor da espinha, ílio-psoas, bíceps femoral, adutor, glúteo máximo e reto abdominal) ● Exercícios isométrico, dos músculos abdominais, eretores da espinha, multífidos, estabilizadores, para que consigam sustentar o corpo. ● Treino funcional - circuito de maior intensidade ● Exercícios para o quadril (psoas e glúteo máximo e médio) - Esses músculos citados acima são os principais responsáveis pela promoção de força e estabilização da região lombar e quadril - ponte, agachamento, stiff, elevação de braços e pés (hiperextensão lombar), prancha isométrica, exercício abdominal Fase de liberação: Estabelecer limites Paciente competente e consciente (ações autônomas) ● Isometria combinada com exercícios dinâmicos ● Circuitos pliométricos ● Exercícios realizados pelo paciente no dia-a-dia (para tornar automático) Tratamento multidisciplinar: Encaminhamento ao psicólogo, médico, nutricionista e educador físico.
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