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MATÉRIA PIN = PROVA 1° PERIODO GRADUAÇÃO ( RESUMO) O varejo físico e o varejo on-line atuam em um mercado competitivo, no qual devem ser observadas as estratégias para criar diferenciais competitivos. Ao identificar as diferenças estratégicas de cada modelo, é possível atender melhor as necessidades dos consumidores. As estratégias devem ser observadas de forma ampla, envolvendo inclusive a gestão da cadeia de suprimentos. A análise da modalidadee-procurement é um importante canal para o B2B, atendendo também a administração pública, o que pode trazer uma série de benefícios para a população. No capítulo Estratégias e aplicações do comércio eletrônico, da obra Comércio eletrônico, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender as estratégias utilizadas no e-business, principalmente a cadeia de suprimentos e o e-procurement. Buscar uma vantagem competitiva no comércio eletrônico só é possível quando se dedica a atenção necessária ao gerenciamento da cadeia de suprimentos; caso contrário, qualquer estratégia ficará limitada. Outra questão importante é a modalidade de e-procurement, que atende às empresas privadas e públicas e tem como objetivo ser uma ferramenta de apoio à cadeia de suprimentos. Varejo on-line e varejo tradicional: diferentes modelos, estratégias diversas O consumidor fi nal compra bens e serviços para o seu uso pessoal no varejo. Trata-se de um negócio comercial com o objetivo de ofertar produtos e serviços diretamente ao consumidor para o seu consumo, sem a intenção de revenda. O advento da internet e a evolução tecnológica possibilitaram três formatos de varejo, conforme a Figura 1. O varejo tradicional vende exclusivamente por meio de lojas físicas, enquanto o varejo híbrido tem dois modelos de loja para atender ao consumidor: um físico e outro virtual. Em geral, empresas com varejo tradicional investem no varejo on-line para ampliar os seus negócios. Ainda, o varejo on-line (o e-commerce, que pode se apresentar nas variantes s-commerce e m-commerce) tem como característica principal não depender de um espaço físico para atender ao consumidor. Em muitos casos, o consumidor nesses três modelos é o mesmo, buscando as várias alternativas de oferta. Diferenças estratégicas O varejo tradicional, sabendo do aumento da concorrência de empresas que não possuem loja física, investe em atrações na loja, como shows, cafés ou demonstrações criativas dos produtos, a fi m de gerar uma experiência de compra única, com interação e experimentação. Ainda, os vendedores costumam ser mais bem-treinados para sanar todo tipo de dúvida, e o visual das lojas simula o ambiente de uso do produto — essas são apenas algumas estratégias com foco no cliente. Em contrapartida, as lojas on-line buscam criar experiências de compra que supram a intangibilidade em relação ao produto. O preço é tratado de forma diferente nos ambientes físicos e on-line. São 2 diferentes as estratégias em função do comprador: enquanto no varejo físico o preço sofre alterações de forma mais lenta e atende a um público específico, no on-line a variação com preços promocionais é bem maior, em função de um público também maior, da concorrência e dos custos menores. Dessa forma, os preços nas lojas on-line tendem a ser menores, com ofertas rápidas — mesmo porque há uma grande facilidade de tomada de preços nos concorrentes. O preço sofre ainda outra interferência, segundo Las Casas (2013, p. 350): “[...] raios distantes de suas praças físicas encarecem o frete e fazem com que um produto barato se torne caro devido ao valor do transporte”. As lojas on-line, por sua vez, focam na conveniência de compra para contrapor a deficiência em segurança nas lojas física, bem como na falta de preocupação com estacionamento e na amplitude de horário em que a loja está aberta e disponível. Todavia, em termos de segurança, no ambiente virtual há riscos de fraudes, erros de sistemas e a própria desconfiança do consumidor com as modalidades de pagamento por boleto ou cartão de crédito (LAS CASAS, 2013). Nesse sentido, a estratégia da loja virtual é oferecer meios de pagamentos de empresas já conhecidas (o que oferece inclusive maior credibilidade à marca quando esta não é tão conhecida) Ações tradicionais de marketing e de marketing digital podem fazer parte das estratégias tanto das lojas físicas como das lojas on-line. Para Las Casas (2013, p. 353), “[...] uma loja virtual segue os mesmos princípios de marketing que uma loja física, pois ambas demandam análise do preço, praça, produto e promoção, para atingir o objetivo mercadológico, a entrega de valor ao cliente. O comércio eletrônico possibilita o acesso a produtos muitas vezes difíceis de comprar em regiões mais remotas, com preço competitivo ou até mesmo menor do que as opções locais. Essa é uma grande vantagem competitiva sobre as demais lojas físicas; por outro lado, a entrega pode se tornar a grande vilã da relação, tornando a logística um ponto chave na entrega de valor aos consumidores. Turchi (2019, p. 26) levanta um ponto importante, relacionado aos gastos: “[...] por conta da venda ser não presencial e da entrega ser fracionada, as despesas com logística, via de regra, são maiores que as de um comércio físico”. O frete gratuito é o que atrai muitos clientes, mas na realidade alguém precisa pagar essa despesa — e é a empresa de e-commerce que absorve esse custo. Assim, chama-se atenção para o planejamento operacional e financeiro da cadeia de suprimentos, de modo que não inviabilize o negócio. O e-procurement é a compra de bens e serviços adotando a internet como o meio, podendo ser manual ou com software específi co interligado com o sistema Planejamento de Recursos Empresariais (ERP — do inglês, Enterprise Resource Planning). Para Turchi (2019), o e-procurement é uma modalidade de comércio eletrônico que as empresas usam para compra de suprimentos (como materiais de 3 escritório, higiene e limpeza, etc.), sendo uma função identifi cada na cadeia de suprimentos. Os sites são organizados basicamente em dois tipos de centros de negócios: os verticais, que têm como foco os setores produtivos, e os centros de negócios funcionais, que são as atividades auxiliares ao andamento da empresa a três tipos diferentes de e-procurement: Web-based ERP — Soluções ERP de empresas como SAP, AG, ORACLE, entre outras, elaboradas para otimizar o planejamento de recursos de uma empresa. Em termos de processo de manufatura, elas podem gerar o agendamento de compras visando um ciclo ideal de produção. e-Sourcing — Trata-se do uso da internet para a identificação de novos fornecedores. Também conhecido como leilão reverso, o e- -Sourcing é o método pelo qual as empresas podem utilizar o seu processo de compra on-line com o objetivo de contatar um número maior de fornecedores do que seria possível no canal tradicional. O maior benefício do e-Sourcing é a competição entre os fornecedores, que dão lances acompanhados do detalhamento do serviço que se comprometem a executar. Aos compradores cabe a tarefa de selecionar a melhor oferta. e-Informing — O e-procurement pode ser utilizado para a simples missão de trocar informações de compras entre vendedores e compradores. O uso da tecnologia da internet, como o e-mail, em substituição aos tradicionais métodos de comunicação pode facilitar imensamente o processo de montagem de um banco de dados de fornecedores. Dessa forma, o e-procurement apresenta-se como solução para evitar atrasos causados pela falta de insumos e outros recursos, mantendo o calendário de produção em dia. Essa também é uma ferramenta utilizada para buscar novos fornecedores. Podemos então afirmar que o e-procurement agiliza os processos de compras de empresas para empresas (B2B), automatizando os processos que vão da busca do fornecedor até a compra e a entrega. os objetivos doe-procurement de forma ampla são os seguintes: 10 Estratégias e aplicações do comércio eletrônico automação e integração do processo da logística de compra; impacto em redução de custos do processo de compras; geração de informações precisas para todas as partes envolvidas; melhora do processo de controle por compras feitas por pessoas não autorizadas. Assim, o e-procurement auxilia a empresa por meio dos setores de suprimentos, responsáveis pelas compras organizacionais, reduzindo custos, uma vez que, apesar de atender às especificações definidas pelos solicitantes, o preço definirá o fornecedor escolhido. O e-procurement é uma ferramenta que traz benefícios para o setor público, conseguindo reduzir custos e oferecendo transparência no processo. Com o controle de informações, todos podem saber quem são os fornecedores e quais as condições de fornecimento. Esse uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) favorece a transparência para a população, ainda que seja necessária uma maior rigidez 4 na regulamentação e no controle burocrático, de forma que a transparência se reverta em benefícios para a sociedade Redução dos custos associados à aquisição dos bens e serviços, incluindo os valores de aquisição ou o custo do processamento da informação associada. Pode impulsionar a administração pública a uma maior integração entre os seus sistemas. Maior aperfeiçoamento do processo de compra, gerando menos atrasos ou entrega dos produtos errados Search engine optimization é uma ferramenta utilizada para melhorar o posicionamento de um site no ranking de buscadores, adotando o conceito de palavras-chave. Porém, todo processo precisa de indicadores de performance específicos para mensurar os resultados e direcionar novas ações com maior efetividade. Nesse sentido, conhecer algumas métricas é papel fundamental do profissional que atua com comércio eletrônico. o SEO é um conjunto de técnicas que visam melhorar o posicionamento de sites, portais ou perfis de mídias sociais nos mecanismos de busca. relevância do site para o tema pesquisado, ou seja, se o conteúdo é importante e pertinente; vida útil do site, ou há quanto tempo determinado domínio (nome do site e endereço na internet) está no ar sendo alimentado com conteúdo relevante — se o site é muito novo, pode não ter havido tempo suficiente para que ele tenha sido indexado pelo Google; seleção de palavras-chave trabalhadas (tanto nos textos como nas tags), por exemplo, no caso de uma imobiliária, as palavras-chave poderiam ser “casas à venda”, “apartamentos para alugar”, “apartamentos com três dormitórios”, “terrenos”, etc.; A meta tag é uma das formas de utilizar essas palavras-chave. Um site é formado por um conjunto de textos, fotos, imagens, vídeos, que podem ser usados para levar informação, criar formulários, indicar campanhas, descrever produtos, indicar preços, entre várias outras utilidades. Todo esse conjunto de informações e conteúdos deve ter índices organizados e planejados de tal forma que facilitem o trabalho dos buscadores, isto é, que sejam encontráveis pelos algoritmos dos mecanismos de busca. O trabalho de escolha das palavras-chave começa antes mesmo do desenvolvimento do site: ele se inicia na definição do mercado alvo. Um site de e-commerce, por exemplo precisa primeiro saber qual o segmento em que pretende atuar. Assim, um e-commerce que oferta suplementos alimentares para esportistas terá como público-alvo esportistas profissionais e amadores que buscam melhorar o seu desempenho pela alimentação. De forma bem superficial, foi definido o público-alvo. A partir da definição do segmento de atuação e do público a ser atingido, deve-se fazer uma lista de palavras que atendam aos preceitos da marca e dos produtos. Porém, para se tornar uma palavra-chave, um termo deverá atender às expectativas do consumidor — o que realmente ele busca encontrar em termos de informação. 5 O e-commerce, como qualquer outro negócio, precisa ter as suas ações avaliadas, de forma a corrigir ou abandonar alguma estratégia que está sendo mais ou menos efetiva. Para Assad (2016), o marketing de conteúdo deve ter as suas ações avaliadas, indagando inicialmente se realmente está trazendo novos clientes, se ele é uma boa alternativa de promoção para o seu produto e se está fi delizando o público. Se alguma dessas perguntas tiver resposta negativa, é preciso reavaliar a sua estratégia de negócio, traçar melhor o seu target e redirecionar esforços para obter os resultados almejados. Métricas Construção Considerações Propósito Exposições Uma exposição é gerada cada vez que uma propaganda é vista. A quantidade de exposições alcançada é uma função do alcance da propaganda (a quantidade de pessoas que a veem), multiplicado por sua frequência (número de vezes que as pessoas a veem). Como métrica, as exposições não explicam a qualidade do que é visto. Nesse sentido, uma olhada rápida terá menos efeito do que um estudo detalhado. As exposições também são chamadas de oportunidades de ver (ODV). Compreender quantas vezes uma propaganda é vista. Exposições por impacto (GRPs) Exposições divididas pela quantidade de pessoas no público para uma propaganda. Exposições expressas em relação à população.. Pageviews (visualização de página) — é a quantidade de visualizações que uma página teve. Vale lembrar que um mesmo usuário pode visitar o site várias vezes, e cada uma contará como uma nova pageview, ou seja, um novo acesso. a Rich media (mídia rica) — são tecnologias usadas em anúncios que vão além do texto usual, podendo ser imagens, vídeos, linguagem de programação, entre outras. Esses são parâmetros para avaliar qualquer ação de e-commerce. Assim, o importante é escolher, entre tantas opções, a que melhor se enquadra no seu negócio. Após a mensuração, com o resultado em mãos, é possível corrigir eventuais falhas e manter aquilo que está no caminho certo. Para ingressar no ramo eletrônico, é necessário saber a hora certa de agir, assim como em qualquer momento em que se decide empreender. Identificar as oportunidades, forças, fraquezas e ameaças auxilia no planejamento estratégico, na segmentação de mercado e na comunicação direta com o público-alvo. O mercado eletrônico inova e cresce de forma desenfreada, pois o público consumidor considera fatores como agilidade, praticidade e comodidade seus pontos fortes. Onde o cliente estiver, o comércio eletrônico permitirá a compra de produtos e mercadorias, expandindo, assim, a imagem e o nome da marca. Para Marques (2018), as pessoas acabam desenvolvendo o sentimento de medo em relação ao que criam nas suas mentes, principalmente quando se deparam com grandes mudanças. É possível afirmar que esse ciclo de resistência não é favorável para o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo. Da mesma forma, o medo 6 da mudança também repercute no meio empresarial. Nos últimos 30 anos, a tecnologia ganhou força e espaço como nunca, e, com essa oportunidade, as empresas perceberam a necessidade e a importância da adequação administrativa e de uma nova configuração de trabalho. Novos hábitos, novas funções, novos cargos, novos modelos de negócios foram surgindo — e outros foram desaparecendo com o tempo. Com os constantes avanços tecnológicos e mercadológicos, a diversificação de produtos e serviços tornou-se necessária, como resultado de um mercado cada vez mais competitivo . Dessa forma, os gestores precisam desenvolver ações e estratégias no intuito de identificar os riscos atrelados à evolução tecnológicas, analisá-los e planejar respostas a eles, de forma a aumentar a probabilidade e/ou o impacto de eventos positivos e diminuir a probabilidade e/ou o impacto de eventos negativos Nesse contexto, os computadores, que para muitos eram apenas um até o início dos anos 2000, tornou-se em pouco tempo uma ferramentanecessária para o dia a dia de trabalho na maioria das organizações. Nessa nova proposta de trabalho, a tecnologia obrigou muitas empresas a compreenderem o fenômeno da globalização e as mudanças proporcionadas por ela. Foram surgindo novas influências, recursos, ferramentas de trabalho e novos meios. Com isso, meios de comunicação mais antigos perderam a sua importância e o seu significado. Conforme Paixão (2012), para fazer frente às pressões desse mercado e aos altos índices de competitividade, as organizações passam a buscar constante inovação. Ao longo do tempo, muitas empresas que não buscaram atualização perderam as suas forças de mercado e tiveram de encerrar as suas atividades, por não compreenderem a necessidade de adaptação aos avanços tecnológicos. Foi nesse ambiente de desenvolvimento tecnológico que o comércio começou a migrar para o universo digita Para as empresas que se mantêm no mercado, o grande desafio é a projeção e o gerenciamento dos negócios no ambiente eletrônico. Quando uma empresa decide investir no comércio eletrônico, a elaboração do planejamento estratégico e a reestruturação das atividades profissionais se fazem necessárias. A organização deve capacitar e orientar as suas equipes de trabalho, preparando-as para a reestruturação do negócio de modo a evitar o medo, a resistência e a falta de empenho por parte dos seus colaboradores com o novo formato de comércio. Conforme Araújo (2012), para a implementação de uma cultura empresarial nova, são necessários muitos anos e um alto investimento financeiro e de energia no processo, principalmente em termos de recursos humanos, que devem encarar a inovação como uma oportunidade e abrir a mente para os novos desafios. . Muitas lojas físicas de renome nacional e internacional — desde marcas populares até grifes de luxo, independentemente do público-alvo e 7 do seu padrão — precisaram sair da zona de conforto e disponibilizar os seus produtos em lojas virtuais. Hoje vemos os grandes magazines brasileiros, como Renner e Riachuelo, disponibilizando os seus produtos nos sites, ao mesmo tempo em que marcas de luxo, como a conceituada grife francesa Louis Vuitton e a lendária joalheira Tiffany and Co., também oferecem os seus serviços e produtos via comércio eletrônico . A preocupação com o consumidor e com o cliente deve estar em pauta, visto que ele deve ser orientado a procurar também pelos produtos e serviços oferecidos no meio eletrônico, adaptando-se a um novo hábito de consumo e de compra Ao iniciar um novo projeto, frequentemente os empreendedores e as empresas têm pressa para tirar as ideias do papel e colocá-las em prática assim que possível. No entanto, essa pressa impede que se considerem algumas questões do negócio que podem definir o seu sucesso ou fracasso. Assim, a evolução do mercado empresarial e a rapidez com que as mudanças acontecem ressaltaram ainda mais a importância de um bom planejamento estratégico, executado com tempo para a reflexão sobre todas as suas etapas. As etapas da elaboração do planejamento estratégico visam ao alcance das metas e dos objetivos estabelecidos pela organização. A preocupação e os cuidados com o todo permitem uma visão ampla do negócio, o que é extremamente favorável para atingir as metas propostas. Logo, as organizações devem iniciar as suas atividades investindo em pesquisas aprofundadas, buscando por características como a relação de valores, o capital, o trabalho e a sua própria identidade. De início, algumas questões são primordiais para dar rumo à execução do negócio e do seu planejamento estratégico, como “quem somos?”, “onde estamos?” e “aonde queremos chegar?”. A identificação de fatores relevantes para a implementação do negócio é crucial para indicar a direção a ser tomada. Nesse sentido, o marketing é uma das áreas mais importantes para as organizações. Qualquer empresa, por menor que seja, tanto física como virtual, necessita das estratégias de marketing para alavancar os seus negócios e atingir os seus objetivos. Segundo Kotler e Keller (2006), marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e o seu público interessado. Reedy, Schullo e Zimmerman (2001) colocam o marketing eletrônico como todas as atividades on-line ou eletrônicas que facilitam a produção e a comercialização de produtos ou serviços, de forma a satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor O composto de marketing é baseado em identificar e definir as premissas do preço a ser cobrado, da promoção ser utilizada, da praça onde se pretende atuar e do produto a ser oferecido. A partir dessas definições, é possível 8 alinhar a segmentação de mercado e público-alvo. Entre os fatores da segmentação de mercado segmentação demográfica — características da população, como idade, sexo, raça, religião, etc.; segmentação socioeconômica — características econômicas e sociais da população, como renda, grau de instrução, profissão, classe social, etc.; segmentação geográfica — características geográficas e culturais, como país, cidade ou até mesmo o bairro onde mora; segmentação psicográfica — características de personalidade, como hábitos de consumo, estilo de vida, rotina diária, etc. A identificação e a segmentação do público e do mercado- alvo permitem que a empresa elabore estratégias focadas e direcionadas, que possibilitem atender melhor ao cliente e saber onde encontrá-lo. Assim é possível estar cada vez mais próximo do seu público, mesmo que ele esteja no universo eletrônico. Atualmente, questões como horários de acesso, cores do site ou do aplicativo, qualidade e design do site ou das imagens, facilidade de interatividade e do acesso da página, logística de entrega influenciam na procura do cliente pelo comércio eletrônico. Esses são pontos a serem observados durante a elaboração do plano de negócio e do planejamento estratégico, visando melhorias e novos recursos, além de crescimento para o negócio. O acesso à informação e a era digital trouxeram facilidade de compra e de interação das empresas com os seus clientes Ações estratégicas direcionadas à implementação do comércio eletrônico possibilitam benefícios como a expansão do mercado, o aumento de vendas, o atendimento a públicos distantes, a redução de custos, a voz ativa do consumidor e a organização dos processos da empresa. Por esse motivo, é importante que a empresa saiba se posicionar de forma estratégica, utilizando-se de ferramentas mercadológicas e de visão sistêmica, estratégica e inteligente. Isso possibilita que ela ganhe a confiança do seu público, espaço e diferencial competitivo de mercado. , inovar constantemente talvez seja o pilar sustentador do negócio. É preciso adaptar-se aos novos tempos, às novas tecnologias e às novas tendências de mercado, gerando novos valores para a empresa e para a marca, e agregando diferencial competitivo. Ademais, manter a comunicação e a interação com clientes e fornecedores, elaborar estratégias estimulando a lembrança (share of mind), marcar presença no mercado de forma ativa e atualizada são ações que só têm a contribuir com o crescimento e o rendimento financeiro do comércio eletrônico desenvolvido para o negócio. Entre o e-business e o e-commerce, há algumas características que os tornam diferentes. O e-business refere-se aos negócios efetuados na internet com rapidez e agilidade, como contato direto com os clientes. Exemplo de e-business é o atendimento e a agência virtual dos bancos. Já a função do e-commerce é a transação virtual do comércio eletrônico, como as lojas virtuais. Após 9 fazer uso das ferramentas de planejamento estratégico, o próximo ponto é a utilização de um conjunto de ações para a implementaçãoda mudança dentro da empresa. Esse novo modelo envolve questões financeiras, estruturais (como materiais e espaço para armazenamento) e de cultura organizacional diante dos desafios as serem enfrentados a partir desse momento. Araújo (2012) comenta que o sucesso de implementação do e-business depende de uma visão maior e completa da realidade e requer repensar o modo de trabalhar da organização e a mudança de paradigmas sobre os clientes, o mercado, a comunicação, a tomada de decisões, o estilo operacional, o comportamento gerencial e a retenção e motivação dos talentos. Estes últimos nada mais são do que os recursos humanos que encaram a inovação e a mudança como uma oportunidade e um desafio, e não como um mal ou ameaça ao status quo. Assim, é preciso considerar não apenas a evolução tecnológica das operações empresariais, mas também fatores como o recrutamento e a seleção de pessoal, assim como o preparo daqueles que já exercem as suas funções dentro da empresa. A sinergia da equipe deve estar alinhada aos processos e às operações da empresa, visando ao cumprimento de metas e à qualidade nas atividades desenvolvidas. Para Araújo (2012), quando estamos em dúvida sobre a implementação do e-business, devemos criar pequenos experimentos que não exijam muita mudança e investimento A soma de ações interdisciplinares para a otimização do e-business e do e-commerce viabiliza o controle constante de fatores como a capacitação e o aprendizado da equipe, a redução de custos quanto ao novo formato de negócio, a qualidade da plataforma virtual e os cuidados com o design desse ambiente, o acompanhamento das relações com os clientes e fornecedores, e a atenção à forte concorrência no âmbito eletrônico. Para estar nesse meio, a tecnologia deve ser a principal aliada das empresas, visto que, com os constantes avanços e mudanças tecnológicas, as organizações devem estar preparadas (financeira e profissionalmente), para receber esse fluxo de desenvolvimento. Também é importante acompanhar as demandas de mercado e buscar conhecer melhor os clientes e consumidores, objetivando compreender as suas necessidades e desejos, além de manter-se extremamente atualizado quanto às alterações e às novas tendências de mercado. O mercado virtual apresenta pontos desafiadores para qualquer empresa, visto que, enquanto o cliente pesquisa preços no site de determinada loja, também pode compará-los em tempo real com as concorrentes. Na maioria dos casos, a análise dos clientes é baseada ao preço e ao prazo de entrega do produto. Nesse sentido, o cliente busca atender às suas necessidades ou desejos levando em conta aquilo que será mais vantajoso para ele. 10 Segundo Frankenthal (2017), hoje o consumidor tem mais fontes de informação sobre o produto ou serviço que consome, o que faz com que ele seja mais exigente com a qualidade e o valor do que ele compra, assim como com a agilidade, a comodidade e a praticidade do processo de compra. A implementação do e-business exige dos empreendedores não somente o desenvolvimento do planejamento estratégico, mas o respectivo acompanhamento. Acompanhar significa avaliar e analisar os resultados, positivos ou não, de forma que estes possam contribuir para alinhar as decisões e ações que serão tomadas futuramente. Manter o foco em saber mais sobre o seu cliente e os interesses dele, mesmo depois de tê-lo conquistado, contribui para que as relações comerciais e interpessoais se fortifiquem. . Os empreendedores digitais precisam inovar sempre, com ações destinadas a suprir a sua ausência física, Implementação do comércio eletrônico 11 facilitando a comunicação e proporcionando opções ainda mais interativas, como atendimento em tempo real (para casos específicos), agilidade para a entrega de produtos e solução de problemas. Assim, é possível evitar prováveis problemas com a satisfação do cliente, os quais prejudicam a imagem da marca frente à sociedade. Em situações em que as crises econômicas oscilam e afetam principalmente o varejo, aproveitar a oportunidade e investir nesse mercado em crescimento é a premissa de ações inovadoras e gratificantes, tanto para os empresários quanto para o seu público-alvo. Investir em qualidade e capacitações reforça a qualificação e a eficiência da empresa em relação ao seu preparo em disponibilizar os seus serviços ao mercado.
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