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Sistema Somatossensorial

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sistema somatossensorial 
O sistema sensorial somático geral (ou sistema somatossensorial) é o responsável pelas 
experiências sensoriais detectadas nos órgãos sensoriais que não pertencem ao sentido especial. 
Enquanto, os receptores sensoriais dos sentidos especiais (visão, audição, gustação, olfação e 
equilíbrio) estão restritos à cabeça, os do sentido somático geral estão espalhados pelo corpo todo. O 
sentido somático geral do corpo (=somestesia) evoca as seguintes modalidades perceptuais: 
 Tato: Embora o tato, a pressão e a vibração sejam tratados como sendo sensações diferentes, é 
evocado por mecanorreceptores da pele; 
 Propriocepção: evocados pela estimulação de receptores mecânicos presentes dos músculos, 
tendões e articulações; 
 Dor: sensação desconfortável evocada por receptores que detectam estímulos mecânicos e 
químicos muito intensos (ameaçam uma lesão) ou decorrentes de lesões teciduais em curso. 
 Sensação térmica: eliciado por receptores térmico para o calor e frio. 
Há receptores somestésicos em praticamente todas as partes do corpo. Uma exceção curiosa 
é o próprio sistema nervoso, cujo parênquima não possui receptores. 
 
Um canal mecanoativado se abre ou se fecha em resposta a um estímulo mecânico na forma 
de vibração (como as ondas sonoras), toque, pressão ou estiramento tecidual. A força desloca o canal 
de sua posição de repouso, abrindo sua comporta. Exemplos de canais mecanoativados são aqueles 
encontrados nos receptores auditivos, nos receptores que monitoram o estiramento de órgãos 
internos e nos receptores táteis e de pressão da pele. 
 
Receptores sensoriais somáticos 
 Mecanorreceptores: são subdivididos em diferentes tipos de receptores, dependendo do tipo de 
pressão ou qualidade proprioceptiva que codificam. 
Tabela 3.3: Tipos de Mecanorreceptores 
Tipo de 
 Mecanorreceptor Localização Adaptação Sensação evocada 
Corpúsculo de Pacini, 
são encapsulados 
Subcutânea, 
intramuscular 
Muito 
rápida 
Vibração de alta frequência, batida 
leve 
Corpúsculo de 
Meissner, são 
encapsulados 
Derme da Pele sem pelos 
(glabra) 
Rápida Discriminação de pontos, batidas 
leves, ondulações, vibrações de 
baixa frequência 
Folículos pilosos, 
conjuntos de fibras 
nervosas ao redor da 
raiz pilosa 
Pele com pelos, 
terminações nervosas 
livres 
Rápida Velocidade, direção do movimento 
Corpúsculo de Ruffini Derme da Pele com pelos, 
da glabras nas capsulas 
articulares 
Lenta Estiramento, rotação articular, 
pressão 
Receptores de Merkel Pele sem pelos (Glabra) Lenta Indentação vertical da pele 
Discos táteis Pele com pelos Lenta Indentação vertical da pele 
 Terminações nervosas livres: derivam de fibras amielinicas muito finas que se ramificam 
profusamente. As terminações nervosas livres da derme superficial e da epiderme estão 
relacionadas com estímulos dolorosos, de temperatura e de deslocamento da pele e do pelo. 
 Terminações com expansões: corpúsculo de Merkel. 
 Terminações nervosas encapsuladas: Corpúsculo de Pacini, corpúsculo de Meissner, orpúsculo 
de Ruffini, corpúsculo de Krause (menos conhecidos, localizados no limite entre mucosa e pele, 
sensíveis a estímulos mecânicos, sua função é incerta, embora alguns os considerem 
termorreceptores sensíveis ao frio) 
 Nos músculos estriados esqueléticos e nos tendões, existem muitos receptores sensoriais 
encapsulados, além de terminações nervosas livres. Os receptores encapsulados dos músculos 
são os fusos neuromusculares; os dos tendões, os órgãos neurotendinosos de Golgi. 
 
 
 Termorreceptores 
Os termorreceptores são receptores de adaptação lenta que detectam alterações na temperatura cutânea. 
As duas classes de termorreceptores são os receptores de frio e os receptores de calor (Figura 3.10). Cada tipo 
de receptor funciona em uma ampla gama de temperaturas, com alguma sobreposição em temperaturas 
moderadas (p. ex., a 36° C, ambos receptores são ativos). Quando a pele é aquecida acima de 36° C, os 
receptores de frio se tornam quiescentes e, quando a pele é resfriada a menos de 36° C, os receptores de calor 
se tornam quiescentes. 
 
A transdução de temperaturas quentes envolve canais de potencial receptor transiente (TRP) da 
família dos receptores vaniloides (ou seja, TRPV). Estes canais são ativados por compostos da classe vaniloide, 
como a capsaicina, um ingrediente de comidas condimentadas. (Este fenômeno explica por que as pessoas 
descrevem o sabor das pimentas como “quente”.) 
A transdução de temperaturas frias envolve um canal TRP diferente, chamado TRPM8, que também é 
aberto por componentes como o mentol (que dá uma sensação fria). 
 Nociceptores 
Os nociceptores respondem a estímulos nocivos que podem produzir dano tecidual. Existem 
duas classes principais de nociceptores: os nociceptores térmicos ou mecânicos e os nociceptores 
polimodais. Os nociceptores térmicos ou mecânicos (canais TRPV ou TRPM8) são supridos por 
fibras nervosas aferentes A-delta finamente mielinizadas e respondem a estímulos mecânicos, como 
a dor aguda e puntiforme. Os nociceptores polimodais são supridos por fibras C não mielinizadas e 
respondem a certos estímulos químicos e a estímulos mecânicos ou quentes ou frios de alta 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151642/epub/OEBPS/Text/B9788535290349000036.xhtml?favre=brett#f0055
intensidade. Os mastócitos próximos ao local da lesão liberam histamina, que ativa diretamente os 
nociceptores. Além disso, os próprios nociceptores liberam substâncias que sensibilizam nociceptores 
vizinhos a estímulos que antes não eram nocivos ou dolorosos. Este processo de sensibilização, 
denominado hiperalgesia, é a base de diversos fenômenos, inclusive a redução do limiar de dor. 
 
Vias Somatossensoriais 
 O neurônio de primeira ordem da via somatossensorial é o neurônio aferente primário. Os corpos dos 
neurônios aferentes primários se localizam na raiz posterior ou em gânglios de nervos cranianos. 
 O neurônio de segunda ordem está localizado na medula espinal (sistema anterolateral) ou no tronco 
encefálico (sistema da coluna dorsal), recebem informações de neurônios de primeira ordem e as 
transmitem ao tálamo, neurônios de segunda ordem cruzam a linha média, esta decussação faz com que 
as informações somatossensoriais de um lado do corpo sejam recebidas pelo tálamo contralateral. 
 O neurônio de terceira ordem está localizado em um dos núcleos somatossensoriais do tálamo. 
 O neurônio de quarta ordem está localizado no córtex somatossensorial, denominado S1 e S2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DA COLUNA DORSAL–LEMNISCO MEDIAL 
1. Sensações táteis que requerem alto grau de localização do estímulo 
2. Sensações táteis que requerem a transmissão de graduações finas da intensidade 
3. Sensações fásicas, como as sensibilidades vibratórias 
4. Sensações que sinalizam movimento contra a pele 
5. Sensações de posição das articulações 
6. Sensações de pressão relacionadas à grande discriminação das intensidades da pressão 
 As fibras nervosas que entram nas 
colunas dorsais seguem sem interrupção até a 
porção dorsal do bulbo, onde fazem sinapse 
com os núcleos da coluna dorsal 
(os núcleos grácil (membros inferiores) e 
cuneiforme (membros superiores) ). 
 Esses núcleos originam os neurônios de 
segunda ordem, que cruzam imediatamente 
para o lado oposto do tronco cerebral e 
ascendem pelos lemniscos mediais até o 
tálamo. 
 Nesse trajeto, pelo tronco cerebral, os 
lemniscos mediais recebem fibras adicionais, 
provenientes dos núcleos sensoriais do nervo 
trigêmeo; essas fibras conduzem as mesmas 
informações sensoriais que as fibras da coluna 
dorsal, as primeiras, provenientes da cabeça, e 
as últimas, provenientes do corpo. 
 No tálamo, as fibras do lemnisco medial 
terminam na área de retransmissão sensorial 
talâmica, chamada complexo ventrobasal. 
 Do complexo ventrobasal, fibras nervosasde terceira ordem se projetam, em sua maior 
parte, para o giro pós-central do córtex 
cerebral, que é referido como área 
somatossensorial primária (essas fibras 
também se projetam para uma área menor, no 
córtex parietal lateral, chamada área 
somatossensorial secundária). 
núcleo posterior ventral do tálamo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ANTEROLATERAL 
1. Dor 
2. Sensações térmicas, incluindo tanto a sensação de calor quanto a de frio 
3. Sensações de tato e pressão grosseiras, não discriminativas, capazes apenas da localização 
grosseira na superfície do corpo 
4. Sensações de cócegas e prurido 
5. Sensações sexuais 
 Os terminais axônicos dos neurônios de primeira 
ordem formam sinapse com os neurônios de 
segunda ordem, cujos corpos celulares estão 
localizados no corno posterior da medula espinal. 
Os axônios dos neurônios de segunda ordem 
atravessam para o lado oposto da medula espinal. 
 As fibras anterolaterais cruzam imediatamente 
na comissura anterior da medula espinal, para as 
colunas brancas anteriores e laterais do lado oposto, 
por onde ascendem em direção ao encéfalo, por 
intermédio dos tratos espinotalâmicos 
anterior e lateral. 
 A terminação superior dos dois tratos 
espinotalâmicos ocorre principalmente em dois 
locais: (1) difusamente, nos núcleos reticulares do 
tronco cerebral; e (2) em dois complexos nucleares 
diferentes do tálamo, o complexo ventrobasal e os 
núcleos intralaminares. Em geral, os sinais táteis 
são transmitidos principalmente para o complexo 
ventrobasal, terminando em algum dos mesmos 
núcleos talâmicos, onde os sinais táteis da coluna 
dorsal terminam. Daí os sinais são transmitidos 
para o córtex somatossensorial com os sinais das 
colunas dorsais. 
 Ao contrário, apenas pequena fração dos sinais 
de dor se projeta diretamente para o complexo 
ventrobasal do tálamo. Em vez disso, a maioria 
desses sinais termina nos núcleos reticulares do 
tronco cerebral, de onde partem projeções para os 
núcleos intralaminares do tálamo, onde os sinais de 
dor são processados adicionalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
VIA TRIGEMINAL 
Os impulsos nervosos para a maior parte das sensações somáticas (táteis, térmicas e dolorosas) 
provenientes da face, da cavidade oral, da cavidade nasal e dos dentes ascendem para o córtex cerebral 
através da via trigeminotalâmica. 
 A via trigeminotalâmica consiste 
em três conjuntos de neurônios. Os 
neurônios de primeira ordem se 
estendem dos receptores sensitivos 
somáticos na face, na cavidade nasal, na 
cavidade oral e nos dentes para a ponte 
através dos nervos trigêmeos (V). 
 Os corpos celulares desses 
neurônios de primeira ordem se 
encontram no gânglio trigeminal. 
 Os terminais axônicos de alguns 
neurônios de primeira ordem formam 
sinapses com neurônios de segunda 
ordem na ponte. 
 Os axônios dos outros neurônios 
de primeira ordem descem para o bulbo, 
formando sinapses com neurônios de 
segunda ordem. 
 Os axônios dos neurônios de 
segunda ordem atravessam para o lado 
oposto da ponte e do bulbo e, então, 
ascendem como o trato 
trigeminotalâmico para os núcleos 
ventrais do tálamo. 
 No tálamo, os terminais axônicos 
dos neurônios de segunda ordem 
formam sinapses com neurônios de 
terceira ordem, que projetam seus 
axônios para a área somatossensorial 
primária e secundária no córtex cerebral 
no mesmo lado do tálamo. 
 inervação motora destinada à 
musculatura mastigatória. O nome 
‘“trigêmeo” deriva de sua ramificação em 
três ramos principais: oftálmico, maxilar e 
mandibular. 
 
 
 
Áreas corticais 
A Figura 48-5 é um mapa do córtex cerebral humano, mostrando que é dividido em cerca de 50 
áreas distintas, chamadas áreas de Brodmann, com base em diferenças estruturais histológicas. 
Em geral, os sinais sensoriais de todas as modalidades sensoriais terminam no córtex cerebral, 
logo posterior ao sulco central. Em geral, a metade anterior do lobo parietal está relacionada, quase 
inteiramente, com a recepção e interpretação dos sinais somatossensoriais. Mas a metade posterior 
dos lobos parietais promove níveis ainda maiores de interpretação. 
Os sinais visuais terminam no lobo occipital, e os sinais auditivos, no lobo temporal. 
Ao contrário, a porção do córtex cerebral, anterior ao sulco central e que constitui a metade 
posterior do lobo frontal é chamada córtex motor, e está relacionada quase inteiramente ao controle 
das contrações musculares e dos movimentos corporais. Parte significativa desse controle motor 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151567/epub/OEBPS/Text/cap-48.xhtml?favre=brett#fig-48-5
ocorre em resposta aos sinais somatossensoriais recebidos das porções sensoriais do córtex, que 
mantêm o córtex motor informado, a cada instante, sobre as posições e os movimentos das diferentes 
partes do corpo. 
 
Áreas Somatossensoriais I e II. A Figura 48-6 mostra duas áreas sensoriais distintas no lobo parietal 
anterior, referidas como área somatossensorial I e área somatossensorial II. A razão para essa divisão é que, 
em cada uma dessas áreas, existe orientação espacial separada e distinta, representativa das diferentes partes 
do corpo. Entretanto, a área somatossensorial I é tão mais extensa e tão mais importante que a área 
somatossensorial II. 
A área somatossensorial I apresenta alto grau de localização das diferentes partes do corpo, como 
mostrado pelos nomes de quase todas as partes do corpo na figura. Ao contrário, a localização é pobre na área 
somatossensorial II, embora, grosseiramente, a face esteja representada anteriormente, os braços centralmente 
e as pernas posteriormente. 
Muito pouco se sabe sobre a função da área somatossensorial II. Sabe-se que os sinais entram nessa área 
vindos do tronco cerebral, conduzindo informações de ambos os lados do corpo. Além disso, muitos sinais 
provêm secundariamente da área somatossensorial I, como também de outras áreas sensoriais corticais, como 
as áreas visuais e auditivas. Projeções da área somatossensorial I são necessárias para a função da área 
somatossensorial II. Entretanto, a remoção de partes da área somatossensorial II não tem efeito aparente sobre 
a resposta dos neurônios da área somatossensorial I. Assim, muito do que sabemos a respeito da sensação 
somática parece ser explicado pelas funções da área somatossensorial I. 
 
O córtex somatossensorial (ou somestésico), situado na porção anterior do lobo parietal, 
constitui-se de áreas citoarquitetonicamente distintas. O córtex somatossensorial primário (SI) 
localiza-se no giro pós-central, apresentando quatro áreas funcionais: as áreas 1, 2, 3a e 3b de 
Brodmann. As projeções talâmicas para SI são organizadas somatotopicamente, e se originam 
principalmente do núcleo ventral posterior. O córtex somatossensorial secundário (SII), localizado na 
borda superior do sulco lateral, recebe projeções de SI e projeta-se sobre outras regiões corticais 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595151567/epub/OEBPS/Text/cap-48.xhtml?favre=brett#fig-48-6
somatossensoriais da região insular. A porção posterior do lobo parietal, que também recebe 
aferências somestésicas, participa da integração de diferentes submodalidades somatossensoriais e 
também de outras modalidades além da somestésica, integração que é necessária a processos que 
levam à percepção e também à organização da motricidade. 
A área somatossensorial I se situa imediatamente atrás da fissura central, localizada no giro 
pós-central do córtex cerebral humano (nas áreas de Brodmann 3, 1 e 2). Observe, entretanto, que 
cada lado do córtex recebe, quase exclusivamente, informações sensoriais vindas do lado oposto do 
corpo. 
Algumas áreas do corpo são representadas por grandes áreas no córtex somático — a área dos 
lábios é a maior de todas, seguida pela da face e do polegar — enquanto o tronco e a parte inferior do 
corpo são representados por áreasrelativamente pequenas. As dimensões dessas áreas são diretamente 
proporcionais ao número de receptores sensoriais especializados, em cada área periférica respectiva 
do corpo. Por exemplo, grande número de terminações nervosas especializadas é encontrado nos 
lábios e no polegar, enquanto apenas poucas estão na pele que recobre o tronco. 
Deve ser observado também que a cabeça está representada na porção mais lateral da área 
somatossensorial I e a parte inferior do corpo está representada medialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tato protopático do tato epicrítico 
O tato fino (epicrítico, na nomenclatura clássica) é o que conhecemos intuitivamente de nossa 
experiência pessoal. Capacita-nos a reconhecer estímulos muito suaves e pequenos com grande 
precisão. Permite localizar e descrever as características táteis de um objeto. Testa-se tocando a pele 
simultaneamente com as duas pontas de um compasso e verificando-se a maior distância entre dois 
pontos tocados que é percebido como se fosse um só (discriminação de dois pontos). Segue a via 
ascendente do funículo posterior da medula. 
Principais características do tato epicrítico: 
 Estereognosia: capacidade de reconhecer objetos exclusivamente através do tato; 
 Grafestesia: capacidade de perceber a escrita de palavras ou números escritos sobre a pele 
estando de olhos fechados (Ex: se o indivíduo fecha o olho e alguém escreve uma letra ou um 
símbolo na mão dessa pessoa, ela é capaz de reconhecer o que foi escrito). 
 Discriminação entre dois pontos: nas costas, a resolução espacial é bastante pequena (42mm) ao 
contrário do dedo indicador e polegar (2,5mm). 
O tato grosseiro (protopático) não é preciso, e pode ser um remanescente evolutivo das 
primeiras tentativas da natureza em estabelecer um sistema somestésico entre os mamíferos. Percebe 
estímulos de pressão e tato de forma imprecisa. Segue a via ascendente do funículo anterior da 
medula. 
O tato fino e o tato grosseiro permanecem separados até o tálamo, constituindo vias ascendentes 
distintas, e isso é verdade tanto para a sensibilidade do corpo como para a da cabeça. 
No caso do tato fino, as fibras que emergem dos núcleos da coluna dorsal cruzam para o lado 
oposto reunindo-se com as que derivam do núcleo principal do trigémeo. Os dois conjuntos 
permanecem lado a lado, formando um feixe achatado localizado perto do plano mediano do tronco 
encefálico, chamado lemnisco medial. O lemnisco medial termina no núcleo ventral posterior do 
tálamo (VP), de onde emergem as radiações talâmicas, cujas fibras deixam o diencéfalo pela cápsula 
interna, penetrando na substância branca cortical para terminar no giro que margeia o sulco central, 
no lobo parietal (por isso mesmo chamado giro pós-central). Nessa região cortical é encontrada a área 
somestésica primária ou Si. Bem mais lateralmente, quase na borda do sulco lateral, uma segunda 
área cortical recebe fibras talâmicas e de S 1: é a chamada área somestésica secundária ou S2. 
No caso do tato grosseiro, as fibras que compõem os feixes espinotalâmicos reúnem-se com as 
que emergem do núcleo espinhal do trigémeo para formar o lemnisco espinhal, vizinho do lemnisco 
medial que descrevemos acima. As fibras táteis do lemnisco espinhal terminam também no núcleo 
ventral posterior do tálamo e, após esse estágio sináptico, as informações são enviadas a SI. No 
lemnisco espinhal trafegam também as fibras que conduzem as sensibilidades térmica e dolorosa. 
 O sistema da coluna dorsal processa as sensações de tato fino (epicrítico), pressão, discriminação 
entre dois pontos, vibração e propriocepção (posicionamento de membros). 
 O sistema anterolateral processa as sensações de dor, temperatura e tato grosseiro (protopático). 
 
Correlação entre sensações de tato, pressão e 
vibração 
Embora o tato, a pressão e a vibração sejam frequentemente classificados como sensações 
distintas, todas elas são detectadas pelos mesmos tipos de receptores. Existem três diferenças 
principais entre elas: 
1. a sensibilidade tátil resulta geralmente da estimulação dos receptores para o tato na pele ou nos 
tecidos imediatamente abaixo da pele; 
2. a sensação de pressão resulta geralmente da deformação dos tecidos mais profundos; e 
3. a sensação de vibração é resultado da ocorrência de sinais sensoriais repetitivos e rápidos, porém 
são usados alguns dos tipos de receptores para o tato e pressão. 
 
Os núcleos associados a tato, pressão, vibração e propriocepção consciente estão localizados na 
região posterior do bulbo: são os núcleos grácil e cuneiforme. 
 
 Tato: A sensação de tato é resultante geralmente do estímulo dos receptores táteis localizados na 
pele ou na tela subcutânea; corpúsculo de Meissner, discos de Merkel, cospúsculos de Ruffini, 
plexos das raizes pilosas 
 Pressão: sensação prolongada sobre uma área maior do que a sentida pelo tato, ocorre com a 
deformação dos tecidos mais profundos; corpúsculo de Meissner, discos de Merkel e cospúsculos 
de Pacini. 
 Vibração: as sensações de vibração, são resultantes dos sinais sensitivos que se repetem 
rapidamente nos receptores táteis; corpúsculo de Meissner e corpúsculo de Pacini. 
 
Lesão medular 
 Lesão Medular se caracteriza pela interrupção parcial ou total do sinal neurológico através da 
medula resultando em paresia (paralisia incompleta; diminuição da motricidade) ou paralisia 
(abolição da motricidade) e ausência de sensibilidade do nível da lesão para baixo, assim como 
outras alterações nos sistemas: urinário, intestinal e autônomo. 
Dois fatores irão influenciar no grau de limitação de cada indivíduo: 
 O nível de lesão: altura da lesão, se esta é mais alta ou mais baixa. Uma lesão de nível mais alto 
resulta numa maior área corporal comprometida: 
o Cervicais: comprometimento dos membros superiores, tronco e membros inferiores. 
Lesões de C1-C3 comprometem os movimentos do pescoço e cabeça. São eles: C1, C2, 
C3, C4, C5, C6 ou C7. 
o Torácicas: comprometimento do tronco e membros inferiores. São eles: T1, T2, T3, T4, 
T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11 ou T12. 
o Lombares: comprometimento dos membros inferiores. São eles: L1, L2, L3, L4 ou L5. 
o Sacrais: comprometimento leve dos membros inferiores. São eles: S1, S2, S3, S4 ou S5. 
 A extensão (tamanho) da lesão: se esta é completa ou incompleta. 
o Completa: perda sensitiva e motora completa abaixo do nível da lesão. Não há atividade 
motora voluntária nem sensibilidade do nível da lesão até o segmento Sacral S4-S5. 
o Incompleta: há alguma função sensitiva ou motora preservada distalmente à lesão. Há 
atividade motora voluntária parcial e sensibilidade parcial até o segmento sacral S4-S5. 
Desta forma podem existir tanto lesões altas incompletas como lesões baixas completas. 
Portanto: 
 Níveis de lesão cervicais: 
o Tetraplégico: indivíduos portadores de grande comprometimento dos membros 
superiores para baixo; 
o Tetraparético: indivíduos portadores de comprometimento leve dos membros superiores 
para baixo. 
 Níveis de lesão torácicos ou lombares: 
o Paraplégico: indivíduos portadores de grande comprometimento dos membros 
inferiores. 
o Paraparético: indivíduos com comprometimento leve dos membros inferiores. 
Cada nervo percorre um trajeto definindo o território cutâneo que recebe o nome da raiz que o 
inerva. Assim, identificamos a raiz nervosa responsável pela sensação e movimento da região do 
corpo segundo o dermátomo. 
Exemplo: Uma lesão na oitava vértebra torácica compromete a partir da nona raiz nervosa 
torácica. 
Vale salientar que a avaliação neurológica é que define o nível da lesão. 
Vale ressaltar que a lesão medular não compromete necessariamente a parte intelectual: 
raciocínio, memória, compreensão. Caso o cérebro seja afetado, podem-se observar alterações na 
parte intelectual, além de comprometimentos na face (língua, boca, olhos etc), dependendo da 
gravidadeda lesão cerebral. 
Dependendo do local e da extensão da lesão medular, pode ocorrer paralisia. Monoplegia é a 
paralisia de apenas um membro. Diplegia é a paralisia de ambos os membros superiores ou ambos os 
membros inferiores. Paraplegia é a paralisia de ambos os membros inferiores. Hemiplegia é a 
paralisia do membro superior, tronco e membro inferior de um lado do corpo, e a tetraplegia é a 
paralisia dos quatro membros. 
A transecção da medula espinal significa que a medula foi seccionada de um lado ao outro, 
seccionando, assim, todos os tratos sensitivos e motores. Isso resulta em perda de toda a sensibilidade 
e dos movimentos voluntários abaixo do nível da lesão. 
 C1-C3: nenhuma função abaixo do pescoço; indivíduo necessita de ventilação mecânica e de 
cadeira de rodas controlada por dispositivos conectados à cabeça ou aos ombros (ver a Figura A) 
 C4-C5: diafragma, que permite a respiração espontânea 
 C6-C7: alguns músculos dos membros superiores e do tórax, o que permite algum grau de 
independência para se alimentar e se vestir, bem como a utilização de cadeira de rodas manual 
(ver a Figura B) 
 T1-T3: função dos braços preservada 
 T4-T9: controle do tronco acima do umbigo 
 T10-L1: maior parte dos músculos da coxa, o que possibilita a deambulação com muletas longas 
(ver a Figura C) 
 L1-L2: maior parte dos músculos dos membros inferiores, o que permite a deambulação com 
muletas curtas (ver a Figura D). 
 
 
Hemissecção é a secção parcial direita ou esquerda da medula espinal. Após este tipo de lesão, 
três sintomas principais, conhecidos em conjunto como síndrome de Brown-Séquard, ocorrem abaixo 
do nível da lesão. (1) A lesão do funículo posterior (tratos sensitivos) causa a perda da propriocepção 
e do tato discriminativo ipsolaterais. (2) A lesão do trato corticospinal lateral (trato motor) causa 
paralisia ipsolateral. (3) A lesão dos tratos espinotalâmicos (tratos sensitivos) causa a perda das 
sensibilidades térmica e dolorosa contralaterais. 
 
A escala de restrições da ASIA utiliza os achados do exame neurológico para classificar os 
tipos de lesão dentro de cinco categorias: 
 A = Lesão Completa. Não existe função motora e sensitiva nos segmentos medulares abaixo da 
lesão, incluindo os segmentos sacrais; 
 B = Lesão Incompleta. Sensibilidade (total ou parcialmente) preservada com extensão através 
dos segmentos sacrais S4-S5, sem função motora abaixo do nível neurológico; 
 C = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte 
dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular menor 
que 3; 
 D = Lesão Incompleta. Função motora preservada abaixo do nível da lesão com a maior parte 
dos músculos-chave abaixo do nível neurológico apresentando um grau de força muscular maior 
ou igual a 3; 
 E = Função Normal. Função motora e sensitiva normais 
 
termos consciente e inconsciente 
A consciência é o perfeito estado do conhecimento de si próprio e do ambiente, bem como a 
responsividade específica a variados estímulos internos e externos. 
Chama-se consciência o conhecimento que temos de nós mesmos e do mundo externo. O ciclo 
vigília-sono encerra as variações normais, fisiológicas, da consciência. Nos extremos estão o sono 
profundo sem sonho (no qual há ausência de consciência) e o estado acordado pleno, denominado 
lucidez. Como níveis intermediários, há o sono com sonho (quando existe contato com o mundo 
interior) e a sonolência do despertar e do acordar. 
Inconsciência quer dizer ausência de consciência. 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, resultante da 
atividade de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema reticular ativado ascendente. 
Entre o estado de vigília, em que está inteiramente consciente, e o estado comatoso, no qual o paciente 
perde a capacidade de identificar seu mundo interior e os acontecimentos do meio externo, é possível distinguir 
diversas fases intermediárias em uma graduação cujo principal indicador é o nível de consciência, assim 
esquematizado: 
■ Obnubilação: quando o nível de consciência é pouco comprometido, permanecendo o paciente em estado 
de alerta ainda que algo diminuído 
■ Sonolência: o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta 
a dormir 
■ Confusão mental: configura-se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e 
não há uma percepção temporoespacial normal 
■ Torpor ou estupor: quando a alteração de consciência for mais pronunciada, mas o paciente ainda é capaz 
de ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos espontâneos 
■ Coma: quando o paciente não for despertado por estímulos fortes e não tiver movimentos espontâneos. 
COMA 
Coma é um estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas, dias ou 
meses), do qual o paciente pode ou não emergir. Esse estado de inconsciência não pode ser revertido 
pelos estímulos externos comuns, critério que torna possível distinguir o coma do estado de 
inconsciência do sono fisiológico. 
O coma é a expressão de falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões 
estruturais do parênquima encefálico, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas com 
repercussão no sistema nervoso central. 
 
Métodos de avaliação dos níveis de consciência 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
A escala de coma de Glasgow, instrumento mais utilizado para determinar alterações de nível 
de consciência, consiste na análise de três parâmetros: abertura ocular, resposta verbal e resposta 
motora (Quadro 8.1). 
Os extremos da escala, ou seja, valores próximos a 15 ou 3 pontos, caracterizam a normalidade 
(15 pontos) ou o estado de coma grave (3 pontos). 
Entre os dois extremos, encontram-se vários graus de comprometimento de nível de 
consciência, sendo que abaixo de 8 pontos, corresponde ao estado de coma. 
Quadro 8.1 Escala de coma de Glasgow. 
Abertura ocular Espontânea 4 
Ao comando verbal 3 
À dor, pressão, do musculo trapézio 2 
Sem resposta 1 
Resposta motora Ao comando verbal, obedece 6 
À dor – localizar 5 
Flexão normal do membro estimulado 4 
Flexão anormal 3 
Extensão anormal 2 
Sem resposta 1 
Resposta verbal Orientada 5 
Confusa 4 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734998/epub/OEBPS/Text/chapter008.html#qua8_1
Inapropriada, palavras soltas 3 
Incompreensível, grunnidos 2 
Sem resposta 1 
 
ESCALA DE COMA DE JOUVET 
Foi criada para avaliação de consciência em pacientes em estado vegetativo persistente, todavia 
algumas pesquisas mostraram a utilização da ECJ em estados agudos. É ideal para acompanhamento 
de pacientes em recuperação funcional após quadros neurológicos graves. A ECJ é bastante sensível 
e avalia flutuações do nível de consciência em estados próximos do normal. 
A ECJ avalia as funções corticais (a consciência) e as funções do tronco cerebral. As funções 
corticais são verificadas por meio da perceptividade, um marcador clínico fidedigno, prático, não 
invasivo. As funções do tronco cerebral são avaliadas por meio da reatividade específica, inespecífica 
e autônoma. 
No exame neurológico do paciente comatoso, avaliam-se fundamentalmente o nível da 
consciência, os reflexos oculares e as funções motoras. 
A avaliação do nível da consciência é feita pela exploração da perceptividade (que depende de 
mecanismos nervosos adquiridos, com integração cortical) e da reatividade (que depende de respostas 
menos elaboradas, com integração subcortical e no tronco encefálico) (Quadro 174.2). 
Quadro 174.2 Escala da consciência vígil (segundo Jouvet e Dechaume). 
Perceptividade 
1. Execução de ordem escrita 
2. Orientação temporoespacial 
3. Execução de ordem verbal 
4. Reação de piscamento à ameaça 
Reatividade à dor 
1. Mímica facial e vocalização 
2. Reação de alerta 
3. Retiradado membro 
Reatividade inespecífica 
1. Reação de orientação 
2. Reação de alerta 
Reatividade autonômica 
1. Variações respiratórias 
2. Variações do ritmo cardíaco 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734998/epub/OEBPS/Text/chapter174.html#qua174_2
3. Variações vasomotoras 
4. Variações pupilares 
 A perceptividade pode ser analisada pelos seguintes testes: (1) resposta a uma ordem escrita (“feche os 
olhos, mostre a língua”); (2) orientação no tempo e no espaço (o indivíduo deve dizer onde se encontra e 
que dia é); (3) execução de um cálculo mental simples; (4) pede-se ao paciente que nomeie seis flores – 
em geral, nos quadros de dissolução progressiva da consciência, os pacientes conseguem citar apenas uma 
flor, comumente a rosa; (5) execução de uma ordem verbal simples (“mostre a língua”); (6) reação de 
piscamento à ameaça. 
 A reatividade inespecífica pode ser avaliada pelo reflexo cocleopalpebral. Um ruído intenso determina 
um piscamento. A reação de orientação (quando o paciente permanece com os olhos abertos) pode ser 
explorada pela execução de um estímulo sonoro, podendo ocorrer a rotação dos olhos na direção da fonte 
sonora. Quando os olhos estão fechados, deve ser observado se a mesma manobra é capaz de provocar a 
abertura dos mesmos. Essas duas manobras exploram a atividade do tronco encefálico. 
 A exploração da reatividade à dor é feita pela aplicação de estímulos dolorosos. Nessa pesquisa, três tipos 
de resposta devem ser considerados: (1) mímica reacional de dor (fazer careta ou contrair as pálpebras), 
acompanhada ou não de vocalização; (2) reação de despertar (abertura dos olhos); (3) reatividade motora 
(pela retirada de um segmento do membro estimulado). 
 A exploração da reatividade autonômica é realizada por meio de estímulos dolorosos, que podem 
determinar variação do ritmo respiratório e cardíaco ou desencadear o aparecimento de modificações 
vasomotoras (sudorese, rubor) e/ou pupilares. Essas modificações dependem de comprometimento da 
porção baixa do tronco encefálico.

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