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valvopatias

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Gabriella R Oliveira – Saúde Integral do Adulto I
Valvopatias Cardíacas
· a maioria delas evoluem para IC, se não tratadas
· valvas: impedem o regurgitamento/refluxo de sangue de volta para a câmara anterior
ANATOMIA
valva mitral: bicuspide, tem 2 folhetos
valvas atrioventriculares: tricuspide, aortica e pulmonar: possuem 3 folhetos
· durante a sistole ventricular: pulmonar e aortica que ficam abertas, a mitral e a tricuspide ficam fechadas
· na diastole: semilunares fechadas e mitral e tricuspide abertas
· semilunares, acessórias: pulmonar: separa o ventriculo D da a. pulmonar, e aórtica (separa o ventriculo E da a. aorta) que separam os ventriculos dos vaso adjacentes (pra onde vai mandar sangue)
Focos auscultatórios cardíacos:
· FOCO AÓRTICO: sons de maior intensidade da valva aortica
· FOCO MITRAL: sons de maior intensidade da valva mitral
· FOCO TRICÚSPIDE: sons de maior intensidade da valva tricúspide
· FOCO PULMONAR: sons de maior intensidade da valva pulmonar
· FOCO AÓRTICO ACESSÓRIO: sons de maior intensidade da valva aórtica, usa para diferenciar ruídos, ajuda identificar problemas na aorta
1º ausculta: VALVA MITRAL E TRICÚSPIDE: responsáveis pelo B1- TUM
2º ausculta: AÓRTICA E PULMONAR: acessórias, responsáveis pelo B2- TÁ
ou: da direita para esquerda, comparando
CONCEITO:
Lesões que acometem as válvulas cardíacas, causando desaparecimento ou soltura das bordas livres das mesmas, prejudicando seu funcionamento
DESAPARECIMENTO: INSUFICIÊNCIA VALVAR, flacidez do folheto, quando os folhetos se alteram a ponto de permitir o refluxo de sangue para camara anterior 
SOLTURA: ESTENOSE VALVAR, valva fica rigida, enrijecimento das valvas: dificuldade para abrir, fecha com força, dif em mandar o sangue para frente 
· NOS 2 CASOS, A CONSEQUÊNCIA É O REFLUXO DE SANGUE
· nome muda de acordo com o folheto atingido
ESTENOSE:
· déficit na abertura
· sobrecarga de pressão: ventriculo ou atrio precisar fazer uma força aumentada para mandar sangue para fora, sempre tem sobrecarga de pressao da camara cardiaca que está antes da valva
· ex: estenose de valva mitral: tem sobrecarga de pressao no atrio esquerdo 
· estenose de valva tricuspide: atrio direito
· coracao sempre tenta manter o debito cardiaco adequado, aumenta forca de contracao ou frequencia cardiaca
valva aortica alterada: ventriculo esquerdo aumenta sua forca para vencer a resistencia da valva, e mandar sangue para aorta, faz hipertrofica ventricular concentrica, está tendo uma sobrecarga, precisa aumentar pressao para mandar sangue para fora, faz contracao com mais forca
· quando é o atrio que sofre sobrecarga de pressao, nao consegue hipertrofiar e aumentar seu tamanho, o máximo que consegue é dilatar, enche o máximo e não consegue passar disso, não responde bem a sobrecarga de pressao, nao consegue fazer sistole com forca maior para passar o sangue, pela musculatura inadequada
· ventriculo D: nao consegue hipertrofiar de forma concentrica, faz excentrica, mas doencas que causam sobrecarga de pressao no ventriculo D sao raras
INSUFICIÊNCIA:
· déficit no fechamento
· sobrecarga de volume: faz contração intensa, pelo mecanismo de Frank Starling, ventriculo enche demais e faz contracao com forca, miocitos perdem capacidade elástica, enche muito de sangue, nao consegue mandar tudo embora, sobra sangue, volume aumenta muito, recebe do atrio também, faz hipertrofia excentrica, problema é na manutencao do volume adequado no ventriculo
· em uma insuficiencia valvar, a camara anterior à valva acometida sofre sobrecarga de volume, tem que fazer forca maior, gera problemas no atrio também
VALVOPATIAS CARDÍACAS ESTENOSANTES:
doenças valvares onde os folhetos estao rigidos
CONCEITO: alteração no funcionamento das valvas cardiacas de etiologia variada, levando a prejuizo do funcionamento cardiaco, devido a dificuldade da passagem do sangue atraves da valva estenosada
mais comuns são: estenose mitral e estenose aortica
obs: estenose tricuspide e pulmonar sao raras
ESTENOSE MITRAL:
estreitamento da valva mitral, enrijecimento dos folhetos dessa
etiologia: febre reumática (99%): infecção pelo streptococcus, infecção de garganta: amigdalite, beta hemolítico do grupo A que leva à reação cruzada e a febre reumática, ataca o coração, podendo destruir os folhetos, ou fazê-los ficarem rígidos e fusionarem uns com os outros, e envelhecimento
· doença progressiva de curso lento (FR causa consequências com o passar de anos, principalmente se ter novos surtos)
· por isso, crianças infectadas receberão benzetacil por no mínimo 20 anos, pois é a fase de maior risco para infecção de garganta pelo strepto, para prevenir a reinfecção pelo streptococcus e ação exacerbada dos autoanticorpos, segunda alternativa é doxiciclina, mas não é a melhor opção
· período de latência de 20 - 40 anos entre o surto de febre reumática e sintomas de estenose
· atrio nao consegue mandar todo sangue para o ventriculo, aumenta pressao e forca, comeca sobrar volume de sangue, causando dilatação, começa perder capacidade de fazer força e mandar sangue para ventriculo, mas coracao precisa manter o debito cardiaco, consegue mandar pouco sangue mas de forma mais rapida, aumenta frequencia atrial, mas resistencia continua e pouco sangue passa, aumenta tanto a frequencia, antes de comecar sistole, faz diastole, ocorre a fibrilação atrial: nao faz sistole nem diastole, manda quase nada de sangue, ventriculo manda pouco sangue para coronaria, fluxo sang coronariano fica reduzido demais, atrio gasta muita energia, precisa de muito oxigenio, nao tem fluxo sanguineo, vai isquemiar, se permanecer vai ter necrose, e infarto
· paciente pode evoluir para fibrilação atrial e infarto agudo do miocárdio, em casos mais graves
· atrio faz muita forca, acelera, manda pouco sangue muitas vezes, de forma rapida, e valva continua rigida, ocorre quando está fibrilando, além disso, reduz capacidade de contracao do atrio, sobra sangue, e fica com fluxo lentificado, plaquetas com alta capacidade de adesão/agregação, quando encontra cavidade com sangue estasiado, fica mais facil de aderirem a parede do atrio, vem fibrina e forma rede de plaquetas, fibrina, hemacias, forma trombo que pode permanecer ou soltar a qualquer momento, virar embolo e sair pela circulacao e obstruir vasos, causando consequencias a depender da localizacao, pulmao: TEP, membros inferiores: trombose venosa e arterial, causa lesao a distancia, que pode ser grave, sao fenomenos cardioembólicos, se não tratar a rigidez da valva, precisa manter uso contínuo de anticoagulante 
· causa o fluxo retrogado, aumento do volume pulmonar = congestao pulmonar: dispneia, tosse, ortopneia, dispneia paroxistica noturna
· também pode ter sintomas sistêmicos
· dilatação do átrio esquerdo > transmitido pela veia pulmonar > pulmões > coração direito > sistêmico 
SINTOMAS:
dispneia aos esforcos
ortopneia
fadiga
tosse: pode ser que tenha hemoptise, raios de sangue, pois congestão pulmonar é mais intensa, pressão de enchimento capilar intensa pode levar a rompimento de pequenos vasos, fazendo com que caia sangue no 3 espaço
palpitações: relação com fibrilação atrial
disfagia: casos graves, pois o esofago fica posterior ao coracao, eco transesofágico: imagem perfeita, onde o átrio está cheio/grande, e ocupa o lugar do esofago
DIAGNÓSTICO:
clínico: anamnese e exame físico, não pode faltar pergunta sobre febre reumática, casos de infecção de garganta na infância, amigdalites recorrentes na infância, infecção pelo strepto beta hem do grupo A
exames complementares: raio x de tórax, ecg: alterações de sobrecarga atrial esquerda e ecocardiograma: útil para diagnóstico e grau de acometimento, padrão ouro
exame físico: hiperfonese de B1 > valva mitral, faz sons de B1 junto com a tricuspide, fecha com força e produz som alto aos folhetos se chocarem com mais força, TUM mais alto e TÁ mais baixo, até onde faz o TÁ mais acentuado normalmente, estalido de abertura mitral: clique, proximo ao som da B2, folhetos abrem com força, sopro diastólico: acontece na diastole ventricular,
quando o atrio esquerdo está mandando sangue para ventriculo esquerdo, valva fechada, sangue é ejetado em pouca quantidade, crepitações pulmonares: pulmão cheio de líquido, e estase de jugular: sinais e sintomas de congestao sistemica, pode ocorrer mais a frente
Eletrocardiograma:
Sinais de sobrecarga atrial esquerda: na estenose tem sobrecarga de pressao, na valva mitral, atinge o atrio esquerdo, está com volume alto, sobra sangue, está dilatado, alem disso tem valva estenosada, gasta mais tempo e energia para mandar sangue para luz ventricular, logo, o atrio E atrasa na despolarizacao, e o restante do eletro fica normal, tem-se entalhe de onda P, ou tambem o plus minus, os 2 ocorrem pelo atraso no esvaziamento do atrio E, falando a favor da sobrecarga atrial E
D2: plus minus
 V2: pequeno entalhe de onda P, faz 2 picos 
Raio X de Tórax:
· raio X avalia a densidade das estruturas, radiacao choca com as estruturas e reflete de acordo com a densidade, quanto mais densa a estrutura, mais a radiacao reflete, estutura mais densa é o osso = mais branco fica o raio X, quanto menos denso, radiacao atravessa e nao fica, o que tem de menos denso é ar = mais preto
· ideal ver entre 8 a 10 arcos costais em uma radiografia perfeita, pede para insuflar, se nao tiver, paciente nao insuflou direito, fica mais fechado
pulmão: todo preto, cheio de ar, é o ideal
mancha branca no pulmão: não é tão densa quanto o osso, porque ainda vê arcos costais, e não é tão pouco densa como o ar, substância está entre o osso e ar, pode ser líquido no pulmão, na área inteira, bilateral, se fica de pé o líquido vai pra base, base está com ar, paciente estava deitado, espalha e sai da base, paciente grave, pois também observa-se os eletrodos do monitor, qual líquido? depende da clínica do paciente, estenose mitral: soro, líquido da circulação 
· febre alta, tosse produtiva, secreção purulenta, mal estar, vômito: líquido pode ser pus
· paciente colidiu frontalmente com automóvel, mecanismo de trauma choque do tórax com o volante: líquido pode ser sangue 
· estrutura mais sólida começa até tampar o osso: abscesso
· logo abaixo do diafragma do lado D: fígado, e do lado E: mais medial é o estômago, e mais lateral superior: baço, avalia se tem gás em região de estômago, pois pode ocorrer herniação
· paciente com hipertensão pulmonar pelo aumento do volume de sangue nos vasos pulmonares 
preto com riscos: hilo pulmonar com vasos que estão saindo
· arcos costais de forma correta
· consegue observar o contorno cardíaco
· vertebras bem delimitadas
· seio do paciente: linha inferior 
· atrio esquerdo dilatado, dando maior volume
· faz em duas incidencias: AP e Perfil: de lado, perfil é importante, engoliu contraste, esofago cheio de contraste, reducao da luz do esofago, comprime parede do esofago, levando a disfagia, dif de degluticao, sobra alimento, dificuldade de terminar o transito do bolo alimentar 
Ecocardiograma:
joga vibracao, bate e volta nas estruturas, capta retorno, imagens, ve como imagem brilhante, onde nao tem estrutura, vibracao foi e nao voltou, ve como area escura 
valva brilhando, maior e grossa, nao deveria refletir/brilhar tanto, porque sao mais finos, mas esse está calcificado, duro, rígido, indicando quadro de calcificacao e estenose 
2ª imagem: ausculta sopros: sangue passando por espaço fino, ventriculo está em diástole, por isso tem-se sopro diastólico
TRATAMENTO:
pode evoluir para IC, pela própria barreira que a valva faz, atrio gasta energia e altera conformação
MEDICAMENTOSO DE ACORDO COM O QUADRO APRESENTADO:
· Beta-bloqueadores: reduzem FC, na fibrilação atrial, segura o aumento da FC, volta bater na velocidade adequada
· Diuréticos: para sintomas congestivos, pulmonares e sistemicos 
· Anticoagulantes: atrio E dilatado, fluxo sang fica lentificado dentro, ajuda plaquetas grudarem na parede e formar trombo - pode soltar e virar embolo causando complicacoes a distancia, usa para evitar formar trombos, previnir eventos cardioembolicos
· ATB (Febre Reumática, Endocardite Infecciosa): tem que matar o strepto, para parar producao de autoanticorpos e ações, benzetacil, e por a valva abrir com velocidade: lesao no folheto da valvula, perde protecao do endotelio e pode evoluir para EI
CIRÚRGICO:
em casos mais graves, e de não resolução via medicamentosa
· VALVULOPLASTIA MITRAL POR CATETER BALÃO
insufla balão, fazendo com que os folhetos se movimentem, ajudando a quebrar a calcificacao que deixa o folheto duro, rompe e ajuda voltar a funcionar, retornar o fluxo sanguíneo
· por último se não resolver: trocar a valva, mas o risco de EI é constante
ESTENOSE AÓRTICA:
estreitamento de valva aórtica
etiologia: 
· ENVELHECIMENTO (60-80 anos)
· HAS
· DISLIPIDEMIA
· CONGÊNITA: doenças congênitas que ao nascimento possui valvas estenosadas
· FEBRE REUMÁTICA
valva aortica rigida - ventriculo E que está com sobrecarga de pressão > aumento de pressao no VE > hipertrofia concentrica > se persistirem, vao evoluir para excentrica, capacidade contratil aumenta mas depois relaxa e comeca ficarem frouxos, sobra sangue no ventriculo, que faz com que sobre sangue no atrio esquerdo, nao consegue encher tudo, aumenta volume, fluxo retrogado até os pulmoes, paciente tem congestao pulmonar também > dilatacao excentrica tardia > reduz passagem de sangue para o átrio esquerdo e pulmoes > reduz debito cardiaco
hipertrofia concentrica > aumento de massa muscular > dificuldade de perfusao > angina nao obstrutiva
· insuficiencia diastolica pode evoluir para sistolica 
SINTOMAS:
TRÍADE: ANGINA, SÍNCOPE E DISPNÉIA AOS ESFORÇOS
· pois quando o ventriculo sofre hipertrofia concentrica > celulas de tamanho maior, precisam de mais energia, mesmo sofrendo dilatacao, mas o vent E, nao consegue mandar sangue para fora, perdeu cap contratil e tem a resistencia, reduz debito cardiaco, fluxo coronariano baixo, se fizer esforcos, apresenta angina: dor no peito, alem disso, debito cardiaco baixo, oxigenacao baixa, alem da angina pode ter falta de ar, hipoxemia generalizada, tem dispneia, se correr, e fazer exercicios, o fluxo do SNC tambem será reduzido, pois esse comeca a ser distribuido para outras areas, paciente perde consciencia, tem sincope 
DIAGNÓSTICO:
CLÍNICO: anamnese: fatores de risco e tríade e exame físico adequado
EXAMES COMPLEMENTARES: raio X de tórax, ECG, e ecocardiograma (diagnóstico e grau de acometimento)
exame físico: 
· palpação: 
ictus cordis desviado: pois tem cardiomegalia, se o coracao aumenta, ictus vai estar de tamanho aumentado, com extensão > 2 polpas digitais
pulso parvus e tardus: parvus tem relação com amplitude do pulso, e tardus com o tempo desse pulso, demora encher, ventriculo tem resistencia para vencer, nao manda todo volume, demora para vencer e mandar volume, nao manda todo volume de uma vez, ventriculo esquerdo demora esvaziar, fica com amplitude menor e tempo maior 
pulso normal: enche e reduz, vem e some, quase o mesmo tempo, a. dilata e volta
pulso anacrônico: pulso tremido, ventriculo passa pouco a pouco o sangue, e em volumes diferentes, sente pulso variando
desdobramento paradoxal de B2: ventriculo D esvazia mais rapido que o E, porque nao tem resistencia, ventriculo E demora mais, atraso no fechamento das valvas pulmonar e aortica, sendo que a pulmonar fecha mais rapido do que a aortica, ausculta TUM-TLÁ, consegue cortar esse desdobramento, pedindo para o paciente inspirar profundamente e o TUM-TÁ volta normal, porque causa pressao negativa intratoraxica, retorno venoso para o atrio direito é maior, volume de sangue maior, passa para o ventriculo D, precisa de mais tempo para esvaziar volume aumentado, atrasa esse tambem, acertando o tempo com o outro
desdobramento de B2: para identificar se é fisiológico ou patológico, pede para respirar normal, sem inspirar profundamente, se o desdobramento continua mesmo pós expiração profunda, deve procurar alterações
· ausculta:
sopro sistólico: porque passa sangue por espaço pequeno, e sangue passa no momento da sistole ventricular
B2 hiperfonética: TÁ bem alto,
sobressaindo o TUM
fenomeno de gallavardin: sopro auscultado em foco mitral, parecendo que o sopro vem da valva mitral, mas o problema está na valva aórtica, porque são próximas umas das outras, vibram e faz barulho que confunde
· para saber se é problema aórtico ou mitral: ausculta o foco aórtico acessório, se reduziu o som, provavelmente é mitral, se o som continua forte, ou mais alto, é aórtico
Eletrocardiograma:
· sinais de sobrecarga ventricular esquerda:
quando há hipertrofia do ventrículo: aumenta quantidade de células, aumenta massa cardiaca muscular, aumenta carga eletrica, quando ocorre a despolarização ventricular, do lado esquerdo capta carga elétrica muito alta, QRS lá em cima: muito grande, e restante normal
derivações precordiais: primeiras estão do lado D, enxergam lado E, como lado oposto, e veem carga eletrica negativa, grande invertida, para baixo
· V1: onda S grande negativa
· V2: grande negativa, onda S
· V3: grande negativa, onda S
· V4: reduz tamanho, onda S
· V5: positiva, grande, lado esquerdo, de frente, onda R
· V6: positiva, grande, lado esquerdo, de frente, onda R
SOKOLOV: para ter certeza se é sobrecarga ventricular esquerda, soma número de quadradinhos na onda S de V1, e soma com o número de quadradinhos em onda R de V5 e onda R de V6: se der mais de 35, é SVE
Raio X de tórax:
hipertrofia cardíaca concentrica, mas com o tempo pode ter hipertrofia excentrica - que mostra coracao dilatando, aumentando de tamanho CARDIOMEGALIA 
 > cardiomegalia
· se ficar na dúvida, pega uma régua e mede a ponta na base até a parte mais distante, depois pega a ponta e trás para o meio do tórax, ve até onde seguiu, se ultrapassa a parede do tórax, é cardiomegalia 
Ecocardiograma:
 > exame dinâmico, vê o fluxo sanguíneo circulando, sangue tava passando do AE, pela valvula aórtica para o VE, visualiza o folheto da valvula, se brilha mais, fala a favor de calcificação dos folhetos 
> estenose de válvula aórtica
> mostra quanto de sangue está passando, quanto está sobrando
TRATAMENTO:
pode evoluir para IC, precisa dar medicações que aumentam sobrevida: IECA, BRA, beta bloqueador ou antagonista da aldosterona, pode associar, desde que não seja IECA e BRA
· FARMACOLÓGICO:
para tratar sintomas sistêmicos: diuréticos - ajuda reverter congestão, se começar fibrilar, quando dar medicação que aumenta sobrevida, melhor opção é BETABLOQUEADOR, para reduzir FC, e para evitar formação de trombos: anticoagulante 
CIRÚRGICO:
se tratar e não melhorar, ao invés disso, piorar, deve ser feita a cirurgia 
· TRANSCATHETER AORTIC VALVE IMPLANTATION: 
· trocar válvula aórtica, coloca prótese valvar 
· cateter via a. femoral > a. aorta, chega na valva aórtica, com a prótese, e um balão no meio dessa, insufla, valva se abre e a prótese fica no local 
· minimamente invasivo
VALVOPATIAS CARDÍACAS REGURGITANTES:
lesão na válvula, e essa nao tem mais folhetos rígidos e resistentes, vão estar maleáveis demais ou destruídos, ocorre o refluxo sanguíneo
CONCEITO: alteração no funcionamento das valvas cardíacas, de etiologia variada, levando a prejuízo do funcionamento cardíaco devido a incompetência do mecanismo de fechamento valvar
INSUFICIÊNCIA VALVAR: quando as valvas perdem capacidade de segurar o refluxo sanguíneo, sangue começa voltar, logo, as mais comuns são: INSUFICIÊNCIA MITRAL e INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
INSUFICIÊNCIA MITRAL:
refluxo de sangue para o átrio esquerdo
ETIOLOGIA:
· isquemia - necrose – infarto
· endocardite: bactéria pode chegar até os folhetos, produzindo toxinas e destruir folhetos, causando insuficiência 
· febre reumática: principal causadora de prolapso de valva mitral, destruição de folhetos 
> valva mitral fechando normalmente, sangue que tá no ventrículo quando faz a sístole não consegue voltar, joga todo sangue para aorta
> alteração no folheto: perdeu a cap de fechamento, fica um espaço, e quando o ventrículo fizer sístole, parte do sangue vai para aorta e parte vai voltar para o átrio esquerdo, porque está aberta a passagem 
· REGURGITAÇÃO/REFLUXO:
> átrio faz diástole quando ventrículo está fazendo sístole, quando recebe sangue de volta + sangue da circulação pulmonar = sofre sobrecarga de volume, que faz com que, vá em sentido retrógrado, chegar até o pulmão e ter sintomas congestivos pulmonares, se continuar a hipertensão pulmonar - atrapalha funcionamento do coração direito por não ter vazão por 2 locais, esvazia depois - atraso de esvaziamento do VD com relação ao VE, que entra em diástole primeiro, valva aórtica fecha primeiro do que a pulmonar: escuta TUM-TRÁ atrasa mais e vira TUM-TRÁ-TRÁ, logo, ao respirar fundo piora - pode ter sintomas sistêmicos 
· valva mitral não produz som pois folhetos não se tocam, a tricúspide que produz som, para maior intensidade as 2 tem que fechar juntas, se só uma produz som, intensidade fica baixa - hipofonese de B1, e desdobramento de B2, com piora ao respirar profundamente, e vai ter sintomas congestivos pulmonares inicialmente 
· refluxo de sangue para AE > passa pelas veias pulmonares > adentram aos pulmões > prejudica funcionamento do coração direito
· Sintomas: semelhantes a IC
· dispneia
· tosse
· hepatomegalia
· ascite
· estase de jugular
· edema de MMII
DIAGNÓSTICO:
CLÍNICO: anamnese e exame físico
EXAMES COMPLEMENTARES:
· ECG
· RAIO X DE TÓRAX
· ECOCARDIOGRAMA 
EXAME FÍSICO:
inspeção e palpação: ictus cordis desviado e aumentado - hipertrofia concentrica e excentrica em casos graves, coracao aumenta de tamanho, mais massa, coloca 3 ou 4 dedos para palpar, se maior que 2 polpas digitais - ictus aumentado
ausculta: hipofonese de B1, desdobramento de B2: fechamento prematuro de valva aortica e sopro holossistólico: quando ventriculo faz sistole, parte do sangue passa pela abertura pequena, emitindo som, durante toda fase de sistole ventricular, sopro mais denso, com duração maior 
ELETROCARDIOGRAMA:
· aumento de volume do átrio, pode estar normal no início, e depois ter sobrecarga de câmaras esquerdas: entalhe de ONDA P: corcova de camelo, 2 chifres, PLUS MINUS: onda P positiva em uma porção e negativa em outra, que fala a favor de sobrecarga atrial esquerda, pode dilatar tanto que começa ocorrer fibrilação atrial 
RAIO X DE TÓRAX:
· aumento de câmaras esquerdas cardiomegalia exuberante
 
> RAIO X POUCO DEFINIDO, ARCOS COSTAIS INDEFINIDOS
> paciente pode ter disfagia por compressão do esofago, por dilatar muito, mas é menos comum
ECOCARDIOGRAMA:
· sangue voltando para o átrio, quando o ventrículo faz sístole
· visualiza fluxo sanguíneo, colore sangue, durante o exame
TRATAMENTO:
SINTOMAS INICIAIS: medicações para aumentar sobrevida, e controle de sintomas congestivos: diuréticos, tratamento de IC
SINTOMAS DE IC GRAVE: se persistência ou piora dos sintomas: cirurgia - troca valvar
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA:
ocorre refluxo/regurgitação de sangue para o ventrículo esquerdo
ETIOLOGIA:
· Congênita
· Febre reumática
· Endocardite infecciosa
· Refluxo de sangue para o ve > sobrecarga de volume > hipertrofia excêntrica > átrio e pulmões 
SINTOMAS:
· Dispneia aos esforços
· Ortopnéia
· Angina: não obstrutiva
· Dispnéia paroxística noturna
· Síncope: baixa perfusão cerebral, debito cardiaco baixo, oxigenio vai para áreas nobres, musculo precisa de oxigenio, reduz oxigenacao cerebral, paciente desmaia 
DIAGNÓSTICO:
· Anamnese e Exame Físico
· Exames Complementares: Ecg, Raio X De Tórax, Ecocardiograma
· EXAME FÍSICO:
pulso de corrigan: martelo d'água
ictus aumentado e deslocado à esquerda - hipertrofia excentrica 
ausculta: sopro diastólico - passa sangue com força por espaço pequeno, acontecendo na diástole ventricular 
· SINAIS:
Musset: pulsacao da cabeca, principalmente no inicio do quadro, ventriculo manda sangue, passa para aorta, e volta para o ventriculo, no proximo ciclo, ventriculo vai mandar mais sangue, subindo volume de sangue pelas carótidas, causando movimentação da cabeça que segue o batimento cardíaco
Traube: ruidos sistolicos e diastolicos audiveis em arteria femoral
Muller: fluxo aumentado de sangue, ao passar pelas arterias que
passam pela uvula, faz com que tenha pulsacao de úvula, junto ao batimento cardíaco 
ELETROCARDIOGRAMA:
· sinais de sobrecarga de VE: aumento de QRS, em V1, V2 E V3 negativos, V4 meio termo e V5 E V6 positivos, usa SOKOLOV para avaliar
RAIO X DE TÓRAX:
· cardiomegalia com aumento da silhueta aórtica - HIPERTROFIA EXCÊNTRICA
ECOCARDIOGRAMA:
· valvula aórtica, durante movimento, quando fecha o sangue volta, e fica um espaço visível 
· folhetos não brilhantes e não grosseiros, nao tem calcificação, mas destruição dos folhetos 
TRATAMENTO:
· MEDICAMENTOSO: aumento de sobrevida e controle de sintomas 
· PONTE
· DIURÉTICO E VASODILATADORES: IECA/BRA 
· se persistência ou piora dos sintomas: TROCA VALVAR CIRÚRGICA

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