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Estabilizadores de Humor Transtorno Bipolar Ponte entre duas classes diagnósticas: Transtornos depressivos e transtornos psicóticos. Incidência de episódios distintos, os quais variam em intensidade e frequência: Episódio maníaco; Episódio hipomaníaco; Episódio depressivo maior. Transtorno Bipolar tipo I Transtorno Bipolar tipo II Transtorno ciclotímico Transtorno relacionado ou reduzido por substância/medicamento Definição Diferentes definições: Fármaco para mania (transtorno bipolar) e impede recidiva; Substância capaz de atuar com o lítio; Anticonvulsionante usado para transtorno bipolar; Antipsicótico atípico usado no transtorno bipolar com antidepressivos considerados desestabilizadores de humor. Necessidade de quatro ações terapêuticas: Tratar de cima para baixo ou estabilizar a mania; Tratar de baixo para cima ou estabilizar a depressão. Ação atual: Nenhum fármaco atua, comprovadamente, nas quatro ações terapêuticas associadas ao transtorno bipolar. História Termo primeiramente aplicado aos sais de lítio: Ação de prevenção quanto aos ciclos maníacos e depressivos. Ácido valproico como agente de substituição ao lítio nos EUA: Anticonvulsionante; Maior janela terapêutica e menor toxicidade. Indicações adicionais: Outros anticonvulsionantes e antipsicóticos atípicos (tratamento da mania). Lítio – Estabilizador clássico Tratamento de transtorno bipolar com lítio: Uso há mais de 50 anos; Íon de mecanismo de alão não estabelecido com certeza: Ativação em diversos locais de transdução de sinais e receptores de neurotransmissores; Inclui inibições de segundos mensageiros, modulação da proteína G, regulação de fatores de crescimento e plasticidade neuronal. Efetivo nos episódios maníacos e, em menor incidência, nos depressivos; Utilizado como agente potencializador de antidepressivos na depressão. Diminuição no uso do medicamento: Novas opções de tratamento; Efeitos colaterais do lítio: Aumento da pressão intracraniana, convulsão, fadiga, disfunção sexual, diminuição de memória, ganho de peso, hipertireoidismo, tontura. Carga representada pelo monitoramento (controle laboratorial). Intoxicação: Quadro de coma e óbito; Exames laboratoriais: Acima de 4mEq/L em 6 horas após a ingestão de hemodiálise (abreviação de miliequivalente; peso molecular em mg). Necessidade de alta ingestão de água, mesmo na ausência de intoxicação. Uso atual: Ministrado em dose mais baixas quando combinado com outros estabilizadores de humor e de acordo com níveis plasmáticos; Eficácia igual ou superior ao valproato; Anticonvulsionantes (incluso valproato); Associado (de forma não convincente), à ideação suicida, o que não acontece no uso do lítio. Uso potencial: Inibição de glicogênio sintase quinase 3 (GSK-3) poderia inibir a fosforilação da proteína Tau na DA. Anticonvulsionantes Premissa: Base na teoria de que a mania pode “ativar” outros episódios de mania, visto que convulsões podem “ativar” mais convulsões. Uso de anticonvulsionantes no transtorno bipolar: Alguns apresentam melhor eficácia que outros; Uso associado a mania; Falsa impressão que quaisquer anticonvulsionantes podem agir como estabilizadores de humor. Antipsicóticos atípicos Premissa: Atuação nos sintomas psicóticos associados à mania (ação nos receptores D2). Uso: Efeitos para sintomas nucleares não psicóticos da mania; Tratamento de manutenção para prevenir a recidiva; Mostrar-se efeito na depressão bipolar. Como? Dúvidas quanto a ação farmacocinética: Residem na própria configuração de transtorno bipolar: Ao invés de considerar atividade “muito baixa” na depressão e “muito alta” na mania, considera-se que os circuitos estão fora de sintonia e caóticos. Outros fármacos Benzodiazepínicos: Tratamento adjuvante aos estabilizadores de humor comprovados; Uso especialmente em situações de emergência: Ação calmante imediata; Permitem que estabilizadores de humor com ação mais lenta comecem a agir; Úteis para agitação intermitente, insônia e sintomas maníacos; Uso cauteloso da medicação é recomendado. Modafinila e armodafinila: Agentes promotores de vigília (estimulantes); Tratamento adjuvante na depressão bipolar. Hormônios e produtos naturais: Ácidos graxos ômega-3 EPA (ácido cicosapentanoico) e DHA (ácido docose-hezanoico); Hormônio de tireoide (T3); Uso controverso. Antidepressivos Tornam o indivíduo bipolar? Não atuam ou parecem agravar o caso: Desestabilização de humor; Indução à mania ou hipomania; Ciclagem rápida; Tendências suicidas. Estudos em andamento: Complicação do tratamento antidepressivo: Relacionado ao uso do ADT; Transtorno do espectro bipolar evolui para transtorno bipolar; Condições já em curso, contudo, não diagnosticada, diagnosticada incorretamente ou mascarada. Considerar como a caso: País de treinamento e atualizações em psicofarmacologia. Prática Clínica Como escolher o estabilizador de humor: Baixa possibilidade de monoterapia; Estudos: Realizador para monoterapia; Equívoco, considerando se o grande número de associações entre agentes terapêuticos. Transtorno bipolar recorrente e predominantemente depressivo. Tratamento de primeira linha: Pacientes bipolares sem complicações: Não causar nenhum prejuízo; Qualquer terapia que não seja monoterapia com antidepressivo: Anticonvulsionante (Lanotrigina) ou antipsicótico atípico. Evita-se no atendimento primário: Lítio, valproato e lanotrigina, com preferência por antipsicótico atípico. Associações de estabilizadores de humor: Preferência: Paciente em remissão sem sintomas, independente da quantidade de fármaco usados, ao uso de um estabilizador de humor em alta dose com efeitos colaterais. Principal interação farmacológica baseada em evidências: Adição de lítio ou valproato a antipsicótico atípico. Transtorno bipolar em mulheres: Natureza ainda mais depressiva do que nos homens: Maior número de tentativas de suicídio, mania mista e ciclagem rápida. Maior disfunção na tireoide: Potencialização de T3 pode aumentar a estabilidade, mesmo na ausência de disfunção manifesta na tireoide. Maior comorbidade com transtorno de ansiedade e alimentares. Agravamento do quadro no período pré-menstrual; Ausência de proteção aos episódios na gravidez: Período pós-parto como momento de risco para primeira ocorrência; Lítio e anticonvulsionantes são considerados tóxicos ao feto; Preferência por antipsicóticos atípicos. Recidiva durante perimenopausa, com benefício do uso de estrogênio. Sem diferenças no uso aos psicofármacos, à exceção dos efeitos colaterais. Crianças, transtorno bipolar e estabilizadores do humor: Discute-se se as crianças teriam a doença e os sintomas atribuíveis; Mania pré-puberal diferente do adulto: Irritabilidade intensa; Ausência de episódios distintos; “Tempestades afetivas” periódicas com explosões graves; Comportamento agressivo e raiva. Sintomas crônicos e contínuos; Humor raramente eufórico; Difícil realizar a diferenciação: Sobreposição sintomática ao TDAH e ao transtorno de conduta; Comorbidade a transtorno de ansiedade, pânico e agorafobia. Uso de fármacos de eficácia comprovada em adultos.
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