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Aula 07 – DIP/Infectologia @juju_medresumos 1 Infecção Hospitalar ➢ Também chamada de infecção nosocomial ou infecção relacionada a assistência à saúde (IRAS) ➢ São infecções adquiridas durante o atendimento hospitalar. Podem ocorrer durante ou depois da estadia ➢ Todos que entram em ambiente hospitalar (pacientes, funcionários, visitantes) estão sujeitos à infecção EPIDEMIOLOGIA ➢ Idade: ▪ Bebês -imaturidade imunológica ▪ Idosos- senescência imunológica ➢ Plasmócitos vivem até os 70 anos. Funcionam como “santuário do HIV” → perde a imunidade ➢ Obstrução X Restrição: ▪ OBSTRUÇÃO PULMONAR – algo não deixa passar o ar ▪ RESTRIÇÃO PULMONAR: impedir que a expansibilidade respiratória aconteça. Na obesidade, há restrição pulmonar devido ao alto nível de gordura. ➢ Quanto mais invasivo o procedimento, maior a chance de fazer infecção ➢ Todo lugar que pode ser tocado é um lugar de transmissão → tocar, lavar ➢ Apesar de ser uma infecção hospitalar, não significa que será mais resistente. A maior parte é, mas não todas ➢ Micro-organismos que fazem infecção hospitalar: ▪ Vírus ▪ Bactérias ▪ Fungos ▪ Parasitas VIRUS ➢ Vírus de transmissão hematogênica (p.ex: causador da Hepatite e HIV) ➢ Vírus de transmissão por contato (p. ex: causador do Sarampo, Varicela) ➢ Vírus de transmissão respiratória (p.ex: causador da Herpes, COVID-10) BACTÉRIAS ➢ A pseudomonas é a única sensível à ceftazidina. ➢ MSPPACE – nascem com ampC → resistência à 3° geração de cefalosporinas Aula 07 – DIP/Infectologia @juju_medresumos 2 ➢ Klebsiella sp. NÂO tem ampC, mas consegue ganhar, podendo se tornar resistente à 1°, 2°, 3° e 4° geração ➢ ESBL: Betalactamase de Espectro Estendido → confere resistência AS cefalosporinas de 1, 2 e 4° geração - Gram negativo - Trata com carbapenêmicos, único que mata - Erbapenem não mata pseudomonas sp. - Pode usar ceftriaxona para pegar cocos ➢ Infecção de ferida operatória – pensar em gram + → pode ter deslocado staphylococcus para dentro. ➢ Infecção sanguínea, cirurgias, podem ser tratadas para atingir os 2 espectros. ➢ Pneumonia que não responde a gram - , tratar para gram + também GRAM + ➢ Staphylococcus coagulase positiva → S. aureus ➢ Staphylococcus coagulase negativa → todos os outros. ➢ MSSA sensível à Meticilina = oxacilina (um β-lactâmico) ➢ MRSA – resistente a meticilina → vancomicina, teicoplanina, linezonida, daptomicina, ceftarolina são as alternativas antimicrobianas frente a um MRSA. FUNGOS ➢ Geralmente é oportunista → espera baixar a imunidade para “atacar” Candida sp. ➢ Candida albicans – sensível à fluconazol (geralmente dose simples) ➢ Candida tropicalis – Recentemente tem sido evidenciado uma diminuição da sensibilidade ao fluconazol ➢ Candida glabrata – classificada em sensível à fluconazol DD (dose dobrada) ou resistente (usa-se outras classes). ➢ Candida kruzei – resistência intrínseca ao fluconazol ➢ Candida auris – recente no Brasil Aula 07 – DIP/Infectologia @juju_medresumos 3 Aspergillus sp. ➢ É muito comum no meio ambiente (principalmente adubo e ar) ➢ Inalação dos esporos → Causa a aspergilose (a principal forma é a pulmonar) CLASSES DE ANTIFÚNGICOS ➢ Azois – pegam tudo. Entram no pulmão, cérebro, rins e trato urinário, e sangue. ➢ Equinocandinas: lipopeptídios solúveis em água que inibem a síntese de glicana. ➢ Anfotericinas: Mais potente possível. Como se fosse a turgina (antibiótico). Acumula no corpo (por meses e anos) e causa muito efeitos (náuseas, vômitos, lesão renal) TIPOS DE INFECÇÃO 1. Trato urinário 2. Ferida operatória 3. Respiratória 4. Traumatismos 5. Bacteremia 6. Trato gastrointestinal – Clostridium difficile 7. SNC ➢ Pacientes com suspeita de Clostridium difficile devem ser isolados e roupas lavadas separadamente. Bactéria possui esporos MUITO resistentes ➢ Acinetobacter – muito resistente; pode atingir a pele da mão MEIOS DE TRANSMISSÃO ➢ Contato ➢ Respiratório ➢ Oral ➢ Parenteral ➢ Mosquitos/ratos → CONTATO: mãos; aparelhagem; luvas; roupas; enxovais; recipientes. ▪ As mãossãos as principais transmissoras POR QUE O CORPO CLÍNICO NÃO LAVA A MÃO? ➢ Irritação de pele ➢ Inacessibilidade dos lavatórios ➢ Uso de luvas – luvas tem poros. (Até mesmo a luva estéril, se a cirurgia passa de 1h e 30min / 2 horas, o correto é lavar as mãos e usar novas luvas estéreis) ➢ Muito ocupado para lavar ➢ Pouca cobrança ➢ Ser médico Aula 07 – DIP/Infectologia @juju_medresumos 4 TÉCNICA DE HIGIENE DAS MÃOS 1. Se usar álcool, sempre esfregar 2. Rotina de lavagem das mãos dura cerca de 10-15 min. (Lavar até um pouco mais que o cotovelo, e manter as mãos erguidas) 3. Procedimentos assépticos duram de 3- 5 minutos 4. Procedimentos cirúrgicos duram > 5 min * Vermelho: áreas mais frequentemente esquecidas * Roxo e Amarelo: áreas menos frequentemente esquecidas CUIDADOS COM AS MÃOS ➢ Unhas ➢ Anéis ➢ Cremes ➢ Feridas e problemas de pele (feridas, psoríase, etc → podem colonizar) POR QUE FAZER A VIGILÂNCIA? ➢ IRAS aumentam morbidade e mortalidade ➢ 1/3 das IRAS podem ser prevenidas ➢ Reduz custo hospitalar OBJETIVOS DE UMA VIGILÂNCIA ➢ Reduzir taxa de infecção hospitalar ➢ Estabelecer um piso acerca das infecções ➢ Identificar surtos ➢ Identificar fatores de risco ➢ Persuadir o corpo clínico ➢ Correlacionar dados ➢ Aumentar a qualidade do atendimento prestado ➢ Comparar com outros hospitais as taxas de infecção → Como funciona: → Objetivos finais: ▪ Proteger os pacientes ▪ Proteger os profissionais de saúde ▪ Reduzir custos Aula 07 – DIP/Infectologia @juju_medresumos 5 PRINCIPAIS LOCAIS VISADOS PELA VIGILÂNCIA ➢ Ambiente hospitalar ➢ Cozinha ➢ Lavanderia ➢ Central de materiais e esterilização ➢ Cuidados de enfermagem ➢ Cuidados com o lixo ➢ Controle de antimicrobianos ➢ Locais de higienização OS FUNCIONÁRIOS DEVEM... ➢ Participar de treinamentos e educação ➢ Entender os meios de infecção hospitalar e as políticas internas do serviço ➢ Participar da auditoria quando solicitados ➢ Monitorar e supervisionar colegas
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