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1 1 EXPLORAÇÃO E EXPLOTAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS CURSO ENGENHARIA DE MINAS COM HABILITAÇÃO EM PETRÓLEO Profa. A Cristina M. Silva EXPLORAÇÃO E EXPLOTAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS CURSO ENGENHARIA DE MINAS COM HABILITAÇÃO EM PETRÓLEO Profa. A Cristina M. Silva 2 ROTEIRO 1 - Cenário Mundial 2 - Exploração de Petróleo 3 - Explotação de Petróleo 2 3 A Cadeia Produtiva da Indústria do Petróleo 4 A Cadeia Produtiva da Indústria do Petróleo 3 5 A Cadeia Produtiva da Indústria do Petróleo 6 British Petroleum Europa: Rússia, Noruega, Reino Unido, Dinamarca, Romênia. Oriente Médio: Arábia Saudita, Iran, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes. Ásia: Kazaquistão, Azerbaijão, China, Índia, Indonésia, Malásia, Austrália.. África: Líbia, Nigéria, Angola, Egito. Américas: Estados Unidos, Venezuela, México, Brasil, Canadá. Brasil aparece em décimo quinto lugar. 4 7 Observa-se que muitos desses países não têm reservas para suportar folgadamente esses níveis de produção e estão na prática escoando rapidamente tudo que têm. A Rússia e o México parecem estar fazendo isso para obter lucros com a exportação do petróleo enquanto os EUA estão deliberadamente forçando níveis de produção muito elevados para tentar reduzir, sem sucesso, as importações. O Brasil fica em 14º lugar. 8 • Outro conceito importante é o da relação R/P (reservas sobre produção num determinado ano). A qualquer momento dividindo-se o volume das reservas provadas de um determinado ano pela produção desse mesmo ano teremos, em tese, o número de anos em que essa produção pode ser sustentada com as reservas já existentes, mesmo que nada venha ser descoberto a partir desse momento. O gráfico mostra a evolução da relação reserva / produção mundial. • As maiores reservas e o maior potencial de produção concentram-se em algumas áreas e países, coincidentemente atingidos por constantes crises, instabilidades e conflitos. • O potencial de suprimento de petróleo no mundo continua abundante. No entanto, há uma grande concentração das reservas e da produção em áreas de instabilidade o que provoca ameaças ao abastecimento. • Brasil - R/P de ≈ 20 anos 5 9 CONSUMO DE PETRÓLEO As três grandes regiões consumidoras são a América do Norte, a Europa & Eurásia e a Ásia. O consumo das demais regiões é pouco significativo. Em termos de consumo o primeiro lugar está com os EUA seguido pela China, Japão, Alemanha, Rússia, Índia, Coréia do Sul, Canadá, Brasil, França, México, Itália e Reino Unido. Eurásia: Rússia, Azerbaijão, Cazaquistão Turcomenistão e Irã 10 6 11 Antes de se ter produção, refino e distribuição de petróleo, é necessário descobri-lo primeiramente. Este é o papel da Exploração. EXPLORAÇÃOEXPLORAÇÃO 12 7 13 14 Exploração: busca por jazidas de petróleo e de gás natural através da avaliação de uma bacia sedimenta r. Explotação ou Desenvolvimento da Produção: é a fase de extração do petróleo ou do gás natural descobert o. É a fase de produção. Upstream ou E&P: início da cadeia produtiva da indústria petrolífera. Inclui Exploração e Produção . Downstream : na cadeia produtiva do petróleo, inclui o Transporte, Refino e a Comercialização de produtos. TERMOS DA INDÚSTRIATERMOS DA INDÚSTRIA 8 15 É a busca de jazimentos de petróleo e de gás natural realizada, normalmente, através da perfuração de poços. O QUE É EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO? 16 Em bacias sedimentares. Em áreas situadas em: • terra • águas rasas (até 300 m) • águas profundas (300 até 1500 m) • águas ultra-profundas (> 1500m). ONDE SE BUSCA UMA NOVA JAZIDA DE PETRÓLEO? 9 17 ONDE É ENCONTRADO O PETRÓLEO? Bacias Sedimentares Rochas Sedimentares Arenito e Calcário 18 BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS 10 Campos Maduros 19 Campos já exauridos que, no passado, já apresentaram condições de rentabilidade e economicidade para grandes companhias. Volume de produção hoje marginal Necessário algum tipo de intervenção tecnológica ou de gestão “Donos de hiper-mercados normalmente não possuem quitandas” (Fonte: Giuseppe Bacoccoli, jun 2004) Campos Marginais 20 Campos que em nenhum momento, desde a sua descoberta ofereceram condições de atratividade para a grandes companhias. Necessário algum tipo de intervenção tecnológica ou de gestão. 11 21 Trata-se de um polígono, definido por suas coordenadas, cujo tempo de concessão é definido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A ANP é um órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia. Tempo de Concessão : período legal definido por datas de início e final, onde uma empresa tem o direito de efetuar a exploração naquela área. EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO O QUE É UM BLOCO EXPLORATÓRIO? 22 BLOCO EXPLORATÓRIO 12 23 Conjunto de fatores naturais que atuam no sentido de criar ou não uma acumulação de petróleo ou de gás natural. SISTEMA PETROLÍFERO 24 • Rocha geradora: Rica em matéria orgânica. • Janela de geração: Condições de P e T ideais. • Migração • Rocha-reservatório: Rocha porosa de boa permeabilidade. • Rocha selante ou capeadora. SISTEMA PETROLÍFERO 13 25 NOÇÕES DE GEOLOGIA DE PETRÓLEO • Migração: transporte natural dos hidrocarbonetos da rocha geradora para a rocha-reservatório. • Acumulação: armadilhas (traps) estruturais ou estratigráficas. • Rocha capeadora: rocha impermeável cobrindo a acumulação (evaporitos, folhelho). 26 PROCURANDO PELO PETRÓLEO Geração Migração Reservatório Selo Armadilha 14 27 Selo (rocha impermeável) Trapeamento Selo (rocha impermeável) Trapeamento 28 Armadilha estrutural 15 29 Estudantes em pesquisa de campo da Universidade de Leeds. (Foto BG Group) Fonte: Boletim ANP de Petróleo e P&D Edição nº 8 – Abril de 2014. 30 • Mapeamento geológico de superfície. • Fotos aéreas (fotogeologia). • Imagens de satélite (sensoriamento remoto) • Gravimetria / Magnetometria. • Sísmica de Reflexão (método sísmico). MÉTODOS INVESTIGATIVOS INDIRETOS 16 31 SEÇÃO SÍSMICA NÃO INTERPRETADA 32 SEÇÃO SÍSMICA INTERPRETADA 17 33 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO EXPLORATÓRIO • As seções sísmicas são interpretadas gerando mapas. À partir desses mapas são identificados os locais mais propícios para se encontrar uma acumulação de petróleo, as chamadas oportunidades exploratórias ou leads ; • Oportunidades exploratórias se aprovadas geológica (robustez técnica) e economicamente (robustez econômica) geram prospectos exploratórios; • Prospectos exploratórios quando perfurados tornam- se poços exploratórios. 34 Navio-sonda (empregado em perfurações em águas profundas) ALGUNS TIPOS DE SONDAS DE PERFURAÇÃO Sonda terrestre Plataforma auto-elevável. Utilizada em águas rasas 18 35 Diferentes Tipos de Poços EXPLOTAÇÃO DE PETRÓLEO GEOLOGIA E ENGENHARIA DE RESERVATÓRIOS 36 SONDA DE PERFURAÇÃO PERFURAÇÃO 19 37 PERFILAGEM A POÇO ABERTO Equipamentos Subsuperfície: Poço 38 20 39 SONDA DE PRODUÇÃO 40 POÇO SURGENTE 21 41 BOMBEIO MECÂNICO 42 ESTAÇÃO DE COLETA E TRATAMENTO 22 43 REFINO 44 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO 23 45 PIGS 46 A manutenção dos milhares de quilômetros de dutos usados no transporte do óleo e gás requer inspeções periódicas para detectar e antecipar defeitos e evitar prejuízos. Esse monitoramento é feito com instrumentos que percorrem o interior dos dutos. Eles são usados tanto para a limpeza da tubulação quanto para a identificação de anomalias, e são chamados de pigs devido à analogia com porcos, uma vez que saem sujos ao fim de seu percurso. Os instrumentos usados para a detecção de defeitos carregam diversos sensores e são robustos. Caso um deles encontre um duto obstruído, ele pode “empacar” na linha e impedir o escoamento do óleo, levando à interrupção da produção. Antes da passagem dos pigs é preciso se certificar de que não há qualquer risco. Para realizar essa primeira inspeção, o Cenpes desenvolveu um dispositivo inteligente, de menor porte, que percorre os dutos e identifica a existência deobstáculos à passagem dos pigs instrumentados. Ele atua como um “boi de piranha”, enviado para verificar se o rio tem condições de ser atravessado pela manada. PIGS 24 47 O dispositivo é dotado de sensores de temperatura, pressão e aceleração e por isso é chamado mad pig – MAD é a sigla para “módulo de aquisição de dados”. A medição desses parâmetros permite detectar anomalias que podem indicar a existência de um obstáculo à passagem dos pigs, como um amassamento ou defeito na abertura de uma válvula. De quebra, esses instrumentos permitem verificar em condições reais se as previsões realizadas pelos simuladores de escoamento de óleo estão corretas. Os mad pigs estão sendo desenvolvidos desde o ano 2000 e testes já foram realizados com os primeiros protótipos. O dispositivo se saiu muito bem em seu batismo : percorrendo os 83 km de dutos submarinos que ligam a plataforma de petróleo de Enchova até o litoral, ele conseguiu identificar uma avaria na tubulação. 48 25 49 5050 GÁS NATURAL É a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições de reservatório, e que permanece no estado gasoso nas condições de superfície. Principal fonte alternativa para a ampliação da matriz energética. Aplicado em indústria, gás domiciliar e termoelétrica. Além disso, ele é incolor e inodoro, queimando com uma chama quase imperceptível. Por questões de segurança, para facilitar a detecção de vazamentos, a Portaria Nº. 104/2002 da ANP estabelece que o gás natural deve sofrer, em trechos de sua rede de transporte e distribuição, odorização com enxofre, o que em pequenas quantidades lhe confere um cheiro característico. 26 51 EXPLORAÇÃO GÁS NATURAL 52 • O transporte por gasodutos é a solução mais utilizada no Brasil e no mundo, embora este também possa ser feito por outra alternativas: sob a forma de gás natural liquefeito (GNL), em navios criogênicos. • Esta alternativa de transporte é menos utilizadas que o gasoduto porque embora apresente facilidades pelo fato de poder ser realizado por navios, torna-se economicamente viável apenas para grandes volumes e distâncias, como por exemplo, a movimentação de GNL por navios tanque em viagens intercontinentais. 27 53 COMPOSIÇÃO DO GÁS NATURAL Metano EtanoGNL GLP Propano Butano Pentano Hexano Heptano mistura HC líquidos obtidos do GN através do processamento de GN nas UPGNs, ou em processo convencional nas refinarias de petróleo. Conhecido como gás de cozinha. Gás Natural Liquefeito - GN resfriado a T < -160°C para fins de transferência e estocagem como líquido. 54 COMPOSIÇÃO DO GÁS NATURAL • É extraído diretamente de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos. • Ao processar o gás natural nas UPGNs, são obtidos os seguintes produtos: (i) gás seco (também conhecido como gás residual) – predomina o metano; (ii) gás liquefeito de petróleo (GLP), que contém propano (C3) e butano (C4) • Gás Seco - produto do processamento do gás, o qual não contém líquidos comercialmente recuperáveis (GLP). • Gás Úmido - gás natural que entra nas UPGNs contendo HCs pesados e comercialmente recuperáveis sob a forma líquida (GLP). 28 55 Bibliografia 1) Empresa de Pesquisa Energética – EPE. Ministério de Minas e Energia. Plano Nacional de Energia 2030. 2) Palestra “EXPLORAÇÃO E EXPLOTAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS” Palestrante: Hércules T.F. da Silva, UFSC/PRH09-ANP, 2004. 3) Artigos do Espaço Conhecer – Petrobrás. 4) Workshop da Coordenadoria de Nacional das Câmaras de Geologia de Minas CCEGM do COFEA “A Regulação do Contrato de Partilha do Pré-Sal” – José Alberto Bucheb, Petrobras, 2013.
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