Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PFP1- 3 sm @brunagsaboia MIOCARDITES, ENDOCARDITES E PERICARDITES ● Pericardites e Efusões pericárdicas (choque obstrutivo, tamponamento cardíaco) ● Endocardites e Alterações valvares (dilatação e arritmia) ● Cardiomiopatias (Miocardites) Miocardite: Processo inflamatório cardíaco primário, multifatorial, que atua como causa de lesão a cardiomiócitos (lesão inflamatória a cardiomiócitos com necrose e/ou degeneração dos miócitos adjacentes), com fases evolutivas de atividade e remissão. Podem ter dilatação do coração e arritmias. Obs.: não é uma inflamação secundária à lesão miocárdica, como nos infartos! Causas: Genéticas Tóxicas (álcool) Amiloidose (deposição de material hialino, produzindo proteína mal dobrada, podendo acumular no coração) Idiopática Agentes Infecciosos Hipersensibilidade, Autoimunidade Desconhecidas =CURSAM A CARDIOMIOPATIAS (Dilatada, Hipertrófica, Restritiva) Evolução: - CURA SEM SEQUELAS - MÚLTIPLOS FOCOS DE FIBROSE- FIBROSE MIOCÁRDICA- CARDIOMIOPATIA DILATADA- ICC PROGRESSIVA Diagnóstico: ● Sinais clínicos (diagnóstico clínico pode ser complicado) ○ Assintomáticos, febre, cansaço, dispneia (fase aguda) ○ Arritmias e Sinais de IC de início súbito, alterações de ECG, morte súbita ○ Pode haver elevação de enzimas cardíacas (dano aos cardiomiócitos) ○ Associar com histórico e outros sinais das possíveis etiologias (infecções do trato respiratório, uso de medicamentos cardiotóxicos, conhecer a epidemiologia) ● Confirmação do diagnóstico – Biópsia endomiocárdica (padrão ouro, causas desconhecidas) ○ Critérios de Dallas (tipo e características do infiltrado inflamatório + necrose de cardiomiócitos), Imunohistoquímica, Técnicas moleculares (PCR) Morfologia: Óbito em Fase aguda: ○ Coração normal a globoso ○ Dilatação de câmaras cardíacas ○ Flacidez muscular ○ TROMBOS MURAIS (aderidos a parede do endocárdio) Fase crônica: ○ Fibrose do miocárdio ○ Cardiomiopatia dilatada Microscopia: - Células gigantes multi nucleada s - Infiltrado inflamatório variável - Edema - Necrose de cardiomiócitos MIOCARDITE VIRAL – Linfo-histiocitária. Infiltrado mnonucler (linfocitos, macrofagos e plasmocito) Infecção viral- Via respiratória superior Pulmão- TGI- Arritmias Descompensação cardíaca- CARDIOMIOPATIA DILATADA LESÃO: • Citotoxicidade direta pelo vírus • Rç imunomediada: induz formação autoAC MIOCARDITE BACTERIANA INFECÇÃO BACTERIANA: 1 via: Disseminação hematogênica - Invasão do miocárdio- miocardite 2 via: Toxinas produtos bacterianos - miocardite 3 via: Reação Hipersensibilidade produtos bacterianos- miocardite MIOCARDITES por Protozoários ● Miocardite por Toxoplasma gondii ○ Significado clínico para indivíduos imunocomprometidos ○ Dano miocárdico pela proliferação do parasita na célula, rompimento e intenso infiltrado mononuclear ● Miocardite por Trypanossoma cruzi ○ Miocardite chagásica MIOCARDITE Chagásica Transmissão: Vetorial, Transfusional, Congênita, Oral Chagoma de inoculação: inchaço apresentado na picada Morfologia: Destruição direta de grande número de cardiomiócitos pelo T. cruzi Microscopia: Forma aguda: presença da forma amastigota do parasita no interior do cardiomiócito, Infiltrado celular misto (macrófagos e linfócitos) número variado de neutrófilos, eosinófilos e mastócitos Edema : dissociando fibras Forma crônica: infiltrado linfoplasmocitário, fibrose, sem o parasito Fase Crônica-Forma Cardíaca • Dilatação global de todas as câmaras, tomando contorno arredondado (moringa) • Reações imunológicas: destruição de miocardiócitos • Lesão de vórtex : afinamento do miocárdio na ponta do VE, acompanhado por fibrose. • A hipocontratilidade do miocárdio gera lentificação de fluxo e favorece trombose nas câmaras cardíacas Outras causas de MIOCARDITES ● Miocardites por Fungos: ○ Aspergillus sp, Candida sp; Hystoplasma sp; Paraccocidioides sp ○ Indivíduos imunocomprometidos ○ Miocardite Granulomatosa ● Miocardites por hipersensibilidade (predomínio de eosinófilos) ○ Reação à fármacos (penicilina, sulfonamidas, dobutamina) ○ Miocardite eosinofílica ● Miocardites por alteração imune (mononuclear ○ Lúpus Eritematoso Sistêmico, Doença reumática ○ Linfo-histiocitário ● Miocardite de Fiedler e Sarcoidose ○ Causas não bem conhecidas – Infiltrado com células gigantes multinucleadas ENDOCARDITES e VALVOPATIAS: ● Valvopatias: Doenças que acometem primariamente as valvas cardíacas (estenoses e insuficiências valvares) ● Endocardite: Inflamação do endocárdio, principalmente associada a agentes infecciosos. Grande parte das endocardites acometem as valvas cardíacas. VALVOPATIAS Estenose: incapacidade de abertura (estreitamento, tinha que estar aberta, dificuldade do sangue ir pra frente) Mudança adaptativa do coração: hipertrofia da parede a montante seguido de dilatação da cavidade se defeito não for corrigido Insuficiência: falta de fechamento completo da válvula (regurgitação)(valva era pra estar fechada, então ele volta) Repercussão inicial: dilatação a montante (câmara anterior a valva (dilatação e hipertrofia), acumula) acompanhada de hipertrofia Dupla lesão: estenose + insuficiência (sobrecarga de pressão), hipertrofia da valva Ocorre quase sempre quando há comprometimento valvar Causas: Doença reumática: principal Endocardite infecciosa e não infecciosa Valvopatia degenerativa - “desgaste” Prolapso valvar/ Calcificação valvar (nas valvas ou depósito de cálcio por fora das paredes, na cavidade entre a vala e o anel). VALVOPATIAS – Prolapso valvar Assintomática - achado ecocardiográfico Alguns indivíduos : Dor torácica, dispneia , fadiga, palpitações Cúspides valvares de tamanho exagerado projetam-se para a cavidade atrial na sístole ventricular Primária: Alteração síntese e degradação de moléculas de tecido conjuntivo resultando em acúmulo de proteoglicanos. E acúmulo de material mucóide (mixomatoso) e espessamento fibroso Secundária a outras doenças cardíacas: Febre reumática, endocardite infecciosa, trombose intracavitária DOENÇA REUMÁTICA - CARDIOPATIA REUMÁTICA ● Reação imunomediada, multissistêmica, desencadeada pela infecção prévia pelo Streptococcus β-hemolítico do grupo A da classificação de Lancefield, particularmente em episódios de faringite (mais raramente outros sítios) ● Resposta com anticorpos contra as células M, mimetismo molecular, parecida com as células cardíacas (miocárdio, pericardio e endocardio), semelhantes a proteína M. ● Primeira manifestação clínica: Indivíduos de 5 a 15 anos (80%) ● Evolução longa ● Principais repercussões jovens e adultos Alterações cardíacas: ➢ Mimetismo Molecular entre proteínas bacteriana e do hospedeiro ➢ Proteína M X Sarcolema miocélulas Glicídeos valvares- MIOCÁRDIO PERICARDIO ENDOCARDIO FASE AGUDA ● Cardiomegalia, flacidez e dilatação das 4 câmaras ● ▪ Miocárdio: Nódulos de Aschoff (conjunto de alterações e inflamações que acontecem no miocárdio, comumente próximo de vasos, infitrado inflamatório com macrofagos e infocitos (as vezes com plasmócito) com necrose fibrinóide. ● Pericardite fibrinosa ● Vegetações pequenas ao longo da borda de fechamento valvar (Constituídas de fibrina, plaquetas células inflamatórias e células do revestimento endocárdio). FASE CRÔNICA ● Valvulite persistente com infiltração mononuclear, angiogênese, fibrose e cicatrização ● Espessamento e endurecimento das valvas Fibrose deformante valvar mitral (predominantemente) ● Fusão, espessamento e encurtamento das cordas tendíneas Fusão das comissuras - lesão em “boca de peixe” Trombose atrial ENDOCARDITES INFECCIOSAS ★ Inflamação do endocárdio provocada por microrganismos ★ Maioria das endocardites ocorre nas valvas previamente lesadas e próteses valvares ★ Podem causar êmbolos sépticos. Valvas mais atingidas: Mitral Aórtica Situações que favorecem a instalação: valvas previamente lesadas ➔ Anomalias cardíacas congênitas ➔ Orifícios anômalos (comunicações intracavitárias) ➔ Cardiopatia reumática crônica Prolapso de valva mitral Estenose calcificada valvar Valva aórtica bicúspide Prótese valvar ➔ Cateter de demora HIV / DM ETIOPATOGÊNESE● Infecção cutânea, pulmonar, urinária, etc ● Manipulação dentária ● Queimaduras ● Procedimentos invasivos (hemodiálise, catéteres intravasculares uretrais) ● Usuários drogas injetáveis Pode vir por bacteremia, lesão do endocárdio (fibronectina) que levam a colonização bacteriana, mas também pode vir pelo estado imunitário do indivíduo causando a endocardite. MORFOLOGIA ● Formação de vegetações – trombos ● Massas pardacentas avermelhadas friáveis de tamanhos variados ● Difícil visualização até grandes causando estenose de valva por obstrução mecânica Localização: ➔ Folhetos valvares face atrial valva atrioventricular e face ventricular das valvas arteriais ➔ Cordas tendíneas Endocárdio mural ★ lesão do endocárdio - lesão de endotélio - Exposição colágeno subendocárdico…- ...adesão de plaquetas…- TROMBOSE - Colonização bacteriana do trombo - Êmbolos sépticos Classificação das formas clínicas: Expressa o ritmo e a variação da gravidade da doença – Aguda e Subaguda Determinados pela virulência do MO e pela presença ou não de doença cardíaca subjacente Aguda: ● MO virulentos (Staphylococcus aureus endocardite super aguda), Valvas podem estar previamente normais Lesões necrosantes, ulceradas, perfurantes, infiltrantes nas cúspides ● Vegetações valvares volumosas, de 0,5 a 2,0cm, plenas de microrganismos – fenômenos embólicos sistêmicos ● Óbito precoce (dias a semanas) Subaguda: ● MO menos virulentos (Streptococcus viridans comum em cavidades orais) Valvas previamente danificadas ● Lesões brandas, de pequenas dimensões ● Menor taxa de mortalidade Complicações: ● Insuficiência cardíaca por falência valvar ● Abscesso no miocárdio ● Ruptura dos músculos papilares ● Obstrução valvar por trombose ● Êmbolo séptico ● Vasculites, infecções em órgãos distantes, lesões hemorrágicas em pele, infartos ● Glomerulopatias (imunocomplexos) ● Choque cardiogênico por insuficiência valvar e séptico ENDOCARDITE TROMBÓTICA NÃO INFECCIOSA Ocorre em indivíduos debilitados (doenças crônicas), câncer Estados de hipercoagulabilidade: deposição de pequenas massas de fibrina, plaquetas, ausência de agente infeccioso ou processo inflamatório intenso Consequências: Disfunção valvar, embolia ● Pericardite: Processo inflamatório do pericárdio, na maioria das vezes relacionado à envolvimento secundário de inflamações de estruturas vizinhas como miocárdio, pulmões e mediastino ● Derrames Pericárdicos: Hidropericárdio: Líquido seroso límpido, que se acumula na cavidade do pericárdio (seroso/fibrinoso) ▪ Principal causa: ICC Hemopericárdio: Sangue na cavidade do pericárdio ▪ Ruptura parede ventricular pós infarto ▪ Ruptura aorta com dissecção para espaço pericárdio ▪ Ruptura aorta e coração por traumas PERICARDITE SEROSA: Exsudato seroso de origem inflamatória Causas: Não infecciosas: FR, LES, neoplasias, Uremia Infecções contíguas (mediastinais), Pleurite bacteriana-irritação serosa pericárdica - derrame seroso estéril PERICARDITE FIBRINOSA: Líquido seroso misturado com exsudato fibrinoso Forma mais frequente de pericardite Causas principais: Infarto do miocárdio Uremia Radiação no tórax Doença reumática Colagenoses Traumatismo Reorganização pode causar : aderências, fibrose e pericardite constritiva – restrição movimentos cardíacos Material fibroso branco-amarelado friável Aspecto “pão com manteiga” OUTRAS PERICARDITES Hemorrágica, purulenta (fibrinopurulenta): Variação do exsudato, sendo composto por sangue e derrame fibrinoso ou supurativo Causas principais: Tuberculose Infiltração neoplásica Complicação de cirurgia cardíaca Agentes piogênicos – propagação de tecidos adjacentes
Compartilhar