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Gestão das Tecnologias da Informação e Comunicação Sumário Módulo 1 1 INTRODUÇAO 2 CONCEITOS DE TICS NOS ÚLTIMOS ANOS 3 CARACTERÍSTICAS DAS TICs 4 AS TICs E OS PROFESSORES CONSIRAÇÕES FINAIS Módulo 2 1 INTRODUÇÃO 2 CONTEXTO ATUAL DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS 2.1 Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo: teoria x prática 3 TECNOLOGIA COMO UM CENÁRIO VIRTUAL PARA ENSINO E APRENDIZAGEM 3.1 Tecnologia como ferramenta para fortalecer habilidades meta- cognitivas 3.2 Pilares de Treinamento de Professores 4 LADO POSITIVO DE SE UTILIZAR AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ÂMBITO ESCOLAR CONSIRAÇÕES FINAIS Módulo 3 1 INTRODUÇÃO 2 A TECNOLOGIA E A METODOLOGIA 3 DE LÁPIS E PAPEL AO TABLET 4 OS TRÊS PONTOS EM COMUM DE TODAS AS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PROJETADAS PARA O CAMPO EDUCACIONAL 5 OS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO CONSIRAÇÕES FINAIS Módulo 4 1 INTRODUÇÃO 2 DESAFIOS 2.1 O desafio de atrair a atenção do aluno 3 DESAFIO DOS DOCENTES NO SÉCULO XXI CONSIRAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS Tecnologia da informação: conceitos e evolução Professor: Sílvia Cristina da Silva Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos – Módulo 01 Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial Este primeiro módulo é voltado para o conhecimento da informação: conceitos e evolução. Nosso objetivo é que você amplie ainda mais seu conhecimento através deste estudo. Desse modo, percorreremos a respeito dos conceitos de TIcs nos últimos anos, bem como identificaremos as características delas e também abordar a relação das TICs e os professores. Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1 INTRODUÇÃO O uso da tecnologia é algo intrínseco à nossa própria natureza. Antes da existência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), outros recursos tecnológicos já eram utilizados, no entanto, o alcance e as consequências comunicativas são muito diferentes dos anteriores, tanto qualitativos como quantitativamente; a utilização nos ajuda a modificar o nosso meio ambiente, mas simultaneamente provoca transformações vertiginosas em nós mesmos, no nosso modo de pensar e no entendimento quando nos vemos refletidos em suas telas. BELLONI (2005). Tudo isso acontece em alta velocidade e com um impacto comparável ou superior às derivadas de outros desenvolvimentos tecnológicos fundamentais que levaram a evoluções de peso, como a imprensa, a máquina a vapor ou o uso de petróleo. BELLONI (2005). Para começar, consideramos, brevemente e genericamente, o que é a tecnologia de acordo com Wikipedia: “conjunto de conhecimentos técnicos, cientificamente ordenados, que permitem projetar e criar bens e serviços que facilitam a adaptação ao meio ambiente e satisfaçam as necessidades essenciais e os desejos da humanidade". É uma visão otimista que não reflete aspectos negativos, como a perda de empregos causada por avanços tecnológicos, o que nos leva a pensar que a tecnologia sempre beneficia nossas necessidades. O uso da tecnologia é algo intrínseco à nossa própria natureza. Antes da existência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), outros recursos tecnológicos já eram utilizados, no entanto, o alcance e as consequências comunicativas são muito diferentes dos anteriores, tanto qualitativos como quantitativamente; Por nossa parte, entendemos que a Tecnologia se refere aos avanços que causam variações sociais derivadas da aplicação do conhecimento científico na criação de novos artefatos. Mudanças sociais que derivam, por sua vez, das ferramentas geradas pelas novidades científicas e pela indústria, entrando em uma espiral na qual não é claro determinar os papéis de causa e efeito. O presente trabalho propõe como objetivos analisar o conceito das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e relacioná-las às principais características das TICs com base na sua importância e conexão com os últimos avanços. 2 CONCEITOS DE TIC NOS ÚLTIMOS ANOS A evolução no entendimento e definição das TIC mostram a existência de uma grande variedade terminológica. Denominações como Novas Tecnologias, Tecnologias de Informação e Comunicação, Tecnologias de Aprendizagem e Conhecimento, ou Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, aludem a esses conceitos de informação e comunicação, sendo o resultado da reflexão em um momento específico ou destacando alguns atributo em particular. GIMENEZ (2000) destaca que: “Vivemos um período em que os avanços tecnológicos nos possibilitam formas de comunicação sem precedentes, e que modelos autoritários, centralizados, homogeneizantes vão sendo substituídos por formas descentralizadas, heterogeneizantes, plurais e democráticas de relacionamento.” (GIMENEZ, 2000, p. 42). O termo New Technologies (NNTT) é ambíguo. CASTELLS (2003). Durante anos, foi utilizado nos currículos das carreiras de ensino, no entanto, foi uma expressão criticada, especialmente desde meados dos anos noventa que apontou que a ideia de "novo", o adjetivo frequentemente fundamentado, parecia preceder a tecnologia, como se o fundamental fosse o aspecto romance. Por exemplo, a navegação na Internet através de páginas da Web é de cerca de duas décadas já. Podemos considerar que em um momento dado não é mais algo novo, devido à familiaridade que provoca. Isto é especialmente importante na mudança do ambiente das TIC, caracterizado por inovação permanente. BATCH (2013). É inegável que as novas tecnologias existem e existirão à medida que elas forem desenvolvidas. Portanto, a expressão NNTT foi gradualmente substituída por outras mais precisas. Obviamente, o mais importante é o que nos permite fazer usar a tecnologia, e não a novidade de sua aparência. BATCH (2013). A seguir destaca-se os 10 autores mais conceituados que no último século têm abordado a respeito das TICs, de acordo com o site positivoceduc: Quadro 1: Lista dos principais livros que abordam as TICs #1 Educ@ar – a (r)evolução digital na educação Autora: Martha Gabriel Sobre: Na obra, a autora se propõe a auxiliar os professores a se sentirem preparados para acompanhar as tendências e possibilidades abertas pelos avanços da tecnologia na área educacional. #2 Tecnologias Digitais na Educação Organizadores: Robson Pequeno de Sousa, Filomena M. C. da S. C. Moita e Ana Beatriz Gomes Carvalho Sobre: O livro apresenta uma seleção de artigos produzidos nas monografias de estudantes de Especialização em Novas Tecnologias na Educação. #3 Novas tecnologias e mediação pedagógica Autores: José Manuel Moran, Marcos T. Masetto e Marilda Aparecida Behrens Sobre: Na publicação, os autores abordam a revisão do papel do professor frente as tecnologias digitais e a perspectiva da construção de novas propostas pedagógicas. #4 Educação com Tecnologia – Texto, Hipertexto e Leitura Autores: Mary Rangel e Wendel Freire Sobre: A publicação apresenta exemplos e sugestões sobre fundamentos, processos e uso de fontes de leitura para as escolas e para a formação docente inicial e continuada. #5 O que é o virtual? Autor: Pierre Lévy Sobre: A obra discute a virtualização do corpo e suas relações. #6 Educação e Tecnologias Autora: Vani Moreira Kenski Sobre: No livro, a autora discorre sobre as relações existentes entre a educação e as tecnologias. #7 Gamificação na Educação Organizadores: LucianeMaria Fadel, Vania Ribas Ulbricht, Claudia Batista e Tarcísio Vanzin. Sobre: Neste e-book, são abordados conceitos, indagações, aplicações e respostas relacionadas a gamificação na educação. #8 Dez Novas Competências Para Ensinar Autor: Philippe Perrenoud Sobre: Acreditando na pedagogia diferenciada, que atenda as dificuldades dos alunos individualmente, o autor indica uma série de competências que devem ser iniciadas, no educador, desde sua formação. #9 Psicologia da Educação Virtual Autores: César Coll e Carles Monereo Sobre: A obra apresenta uma profunda análise sobre o impacto das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) em relação ao ensinar e aprender. #10 Guia Didático sobre as Tecnologias da Comunicação e Informação Autores: Daniela Melare Vieira Barros Sobre: O guia aborda temas relacionados a utilização da tecnologia na educação com enfoque na Educação a Distância. Fonte:https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras- para-educador-era-digital/ Diante disso, destacamos que em três décadas, nosso relacionamento com as máquinas mudou e as possibilidades de interação oferecidas por meios tão poderosos como a TV ou computadores e que variaram significativamente nas últimas décadas. A partir da década de 90, as menções de comunicação, a rede e as telecomunicações assumem maior importância. Lembre-se que, no início dos anos 90, a Internet começou a evoluir com o uso de servidores web BATCH (2013). https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras-para-educador-era-digital/ https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras-para-educador-era-digital/ Na segunda metade dos anos noventa, a importância do Hardware e Software foi enfatizada. De acordo com BATCH (2013), não se pode esquecer que o software ganhou um papel cada vez mais relevante, de ser um complemento na venda de hardware para um objeto de consumo por direito próprio. Era a época da emergência do Windows como sistema operacional. A expressão "Novas Tecnologias" começa a vacilar. Já no século 21, alguns autores e instituições reconhecem as TIC como um papel fundamental na sociedade, expressando seu potencial para criar novas possibilidades de comunicação e seu papel nos campos social, cultural e econômico. BATCH (2013). Após o surgimento da Web 2.0, as redes sociais nos primeiros anos do século XXI e a proposta da UNESCO (2005) para a Sociedade do Conhecimento, pode-se observar como a comunicação e a gestão da informação para a sua transformação em conhecimento, tornam-se importantes nas concepções de TICs. Neste período há a reflexão à visão utópica da Sociedade do Conhecimento. Provavelmente seria mais realista considerar que eles têm o potencial de alcançar o que os autores reivindicam, ampliar o conhecimento e satisfazer as necessidades sociais. O interessante, como em outras concepções utópicas, como acontece com a noção de Sociedade do Conhecimento, é que eles podem indicar o que seria desejável. É necessário levar em consideração que os autores mais recentes enfatizam o imediatismo e a onipresença desses avanços em nossa sociedade, as características do que consideram a Web 3.0 e que teria os smartphones onipresentes um dos seus eixos básicos. CASTELLS (2003). O termo New Technologies (NNTT) é ambíguo. CASTELLS (2003). Durante anos, foi utilizado nos currículos das carreiras de ensino, no entanto, foi uma expressão criticada, especialmente desde meados dos anos noventa que apontou que a ideia de "novo". Observamos que a maioria das definições sublinham um componente relacionado ao desenvolvimento tecnológico (dispositivos, indústria, etc.) e suas consequências para o gerenciamento de informações, nossa maneira de internalizar o meio ambiente, abordando a realidade e a comunicação. De forma sintética, entendemos as TICs como as ferramentas tecnológicas digitais que facilitam a comunicação e a informação, cujo perfil nos últimos anos é definida por sua ubiquidade, sua acessibilidade e sua interconexão com fontes de informação on-line. CASTELLS (2003). Eles têm o potencial de melhorar a sociedade, mas seus desenvolvimentos e avanços não são necessariamente orientados por fins altruístas, mas subordinados a interesses econômicos. Seu impacto é profundo em nossa sociedade devido ao seu imediatismo e onipresença. CASTELLS (2002). 3 CARACTERÍSTICAS DAS TICs É possível vermos como o armazenamento, processamento e transformação de informações são características comuns para a maioria dos autores, com os quais eles estão cada vez mais se aproximando do gerenciamento do conhecimento, superando a mera informação. ABDALA (1999). #9 Psicologia da Educação Virtual Autores: César Coll e Carles Monereo Sobre: A obra apresenta uma profunda análise sobre o impacto das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) em relação ao ensinar e aprender. Ele ressalta que em relação à imaterialidade, referente ao fato de que a matéria-prima é informação, geração e processamento de informações, ou seja, para ele estamos em um mundo interligado, onde todas as informações podem ser localizadas, expostas, trocadas, transferidas, recebidas, Vender ou comprar em qualquer lugar, em tempo real. A economia depende mais do que nunca da informação. Já em termos de Interatividade, entendida como ilimitada (Adell, 1998), as TIC permitem ao usuário uma interação total, pois não só permitem elaborar mensagens, mas também decidir a sequência de informação a seguir, estabelecer o ritmo, quantidade e complexidade de a informação que deseja e escolha o tipo de código com o qual deseja estabelecer relacionamentos com as informações. Esta é uma característica que podemos considerar vital na Web 2.0, transformando os usuários em potenciais. Outra característica das TIC para ABDALA (1999) é a instantaneidade da informação, com a que as barreiras temporais e espaciais das nações e das culturas estão quebradas, pois nosso mundo é menor e o acesso à informação muito mais rápido do que nos tempos anteriores. Este aspecto se destaca no que se conhece como Web 3.0, uma evolução da Web 2.0, mas destacam a dificuldade dos Estados em controlar o fluxo de informações, uma vez que as TICs dificultam as fronteiras, facilitando o controle e a legislação sobre o ciberespaço. Para ele, a eliminação de barreiras temporárias é a característica mais relevante da perspectiva educacional; favorece a aprendizagem independente e a autoaprendizagem colaborativa e grupal. Para Lopes (2009): [...] capacidade tecnológica e desenvolvimento regional influenciam-se reciprocamente: a um padrão elevado espacial de adoção de novas tecnologias será de esperar que correspondam novas atividades inovadoras, originando novas estruturas territoriais, através da instalação de empresas mais avançadas ou da reestruturação das existentes, mais eficientes e competitivas. (LOPES, 2009, p.1000). Por outro lado, as Tecnologias de Informação e Comunicação estão associadas à Inovação, uma vez que buscam melhoria, mudança e melhoria qualitativa e quantitativa de seus predecessores. Isso causa um problema devido à capacidade limitada da sociedade ou das diferentes gerações para incorporar e assimilar as tecnologias que surgem e que podem originar atitudes negativas. CASTELLS (2003). Outra característica é os altos parâmetros de imagem e qualidade de som, porque o objetivo das TIC não é apenas lidar com informações rapidamente e poder transportá-las para lugares distantes, mas a qualidade e a confiabilidade da informação são altas. Dado isto, a qualidade da imagem dos SmartTVs, Mp3 / Mp4 players, tablets, telefones celulares, etc., fala por si só sobrea capacidade dos equipamentos destinados ao consumo interno. CASTELLS (2003). Quanto à digitalização, uma característica intrinsecamente conectada com imaterialidade e instantaneidade, é entendida como a capacidade de transformar informações codificadas de forma análoga em códigos numéricos, facilitando sua manipulação e distribuição; devemos salientar que favorece a transmissão de todos os tipos de informação através dos mesmos canais, o que nos facilita o compartilhamento de arquivos, a realização de cópias múltiplas com a mesma qualidade, etc. GIMENEZ (2002) Além disso, as TIC são caracterizadas pela influência dos processos nos produtos, ou seja, eles afetam mais aos processos do que aos produtos, para que possamos obter certos resultados informativos e até mesmo permitir um Outra característica das TIC para ABDALA (1999) é a instantaneidade da informação, com a que as barreiras temporais e espaciais das nações e das culturas estão quebradas, pois nosso mundo é menor e o acesso à informação muito mais rápido do que nos tempos anteriores. maior desenvolvimento dos processos envolvidos na obtenção dos referidos resultados. Nossa forma de trabalhar, estudar ou comunicar é transformada. CASTELLS (2003), destaca que: “Em referência à interconexão, as TIC têm uma alta possibilidade de inter-relação, mesmo que sejam apresentadas de forma independente. A união de diferentes tecnologias tem um impacto maior do que as tecnologias individuais. Isto se qualifica como multidirecionalidade e multiformato e hoje vemos que é uma característica que ganhou mais peso.” (CASTELLS, 2003, p. 34). Finalmente, as TIC são caracterizadas pela diversidade de funções que podem desempenhar (de armazenar informações para permitir a interação entre usuários), sem esquecer que a incorporação de novos equipamentos (câmera, GPS, etc.) multiplica essa diversidade, sendo os smartphones o exemplo mais diário e generalizado, cujo número de aplicativos aumenta exponencialmente. 4 AS TICs E OS PROFESSORES Como vimos, as TICs (tecnologias de informação e comunicação) podem ser consideradas como um conceito dinâmico. Por exemplo, no final do século XIX, o telefone pode ser considerado uma nova tecnologia de acordo com as definições atuais. Esta mesma consideração poderia ser aplicada à televisão quando apareceu e se tornou popular na década de 1950. No entanto, essas tecnologias hoje não seriam incluídas em uma lista de TICs e é muito possível que os computadores não possam mais ser qualificados como novas tecnologias. Apesar disso, em um conceito amplo, pode-se considerar que o telefone, a televisão e o computador fazem parte das chamadas TICs, pois são tecnologias que favorecem a comunicação e o intercâmbio de informações no mundo de hoje. GIMENEZ (2000). Após a invenção da redação, os primeiros passos para uma sociedade da informação foram marcados pelo telégrafo elétrico, seguido de telefone e radiotelefonia, televisão e internet. Telefonia móvel e GPS associaram a imagem com o texto e a palavra "sem cabos". Internet e televisão são acessíveis no celular, que também é uma máquina fotográfica. GIMENEZ (200)). A associação de tecnologia da informação e telecomunicações na última década do século 20 beneficiou da redução dos componentes, permitindo a produção de dispositivos "multifuncionais" a preços acessíveis desde 2000. O uso das TIC não pára de evoluir e se espalhar, especialmente nos países ricos, de tal forma que a diferença digital e social e a diferença entre gerações estão acentuando muito mais. Da agricultura de precisão e gestão florestal ao monitoramento global do meio ambiente planetário ou biodiversidade, a democracia participativa (as TICs a serviço do desenvolvimento sustentável) através da educação, comércio, telemedicina, informação, gestão de bases de dados múltiplas, a bolsa de valores, a robótica e os usos militares, sem esquecer a ajuda para pessoas com deficiência (por exemplo, pessoas cegas que utilizam sintetizadores vocais avançados), as TICs tendem a ocupar um lugar crescente na vida humana e o funcionamento das sociedades. “Em referência à interconexão, as TIC têm uma alta possibilidade de inter-relação, mesmo que sejam apresentadas de forma independente. A união de diferentes tecnologias tem um impacto maior do que as tecnologias individuais. Isto se qualifica como multidirecionalidade e multiformato e hoje vemos que é uma característica que ganhou mais peso.” (CASTELLS, 2003, p. 34). Alguns temem, também, uma perda de liberdade individual e grupal (efeito "Big Brother", aumentando a intrusão de publicidade indesejada. Os prospectivistas pensam que as TICs devem ter um lugar crescente e podem ser a origem de um novo paradigma de civilização. BELLONI (2005). Em se tratando das TICs na escola, o treinamento é um elemento essencial no processo de incorporação de novas tecnologias nas atividades diárias, e o avanço da sociedade da informação será determinado. O e-learning é o tipo de educação que se caracteriza pela separação física entre o professor (tutor ou conselheiro) e o aluno, e que usa a Internet como canal de distribuição do conhecimento e como meio de comunicação. Os conteúdos do e-learning estão focados nas áreas técnicas. Através desta nova maneira de ensinar o aluno e o professor pode gerenciar seu tempo, falamos sobre uma educação assíncrona. KENSKI (2012) destaca que: “Interagir com as informações e com as pessoas para aprender é fundamental. Os dados encontrados livremente na internet transformam-se em informações pela ótica pelo interesse e pela necessidade com que o usuário os acessa e os considera. Para a transformação das informações em conhecimentos é preciso um trabalho processual de interação, reflexão, discussão, crítica e ponderações que é mais facilmente conduzido quando partilhado com outras pessoas. As trocas entre colegas, os múltiplos posicionamentos diante das informações disponíveis , os debates e as análises críticas auxiliam a compreensão e a elaboração cognitiva do individuo e do grupo”. (KENSKI, 2012, p.122) As TIC são caracterizadas pela diversidade de funções que podem desempenhar (de armazenar informações para permitir a interação entre usuários), sem esquecer que a incorporação de novos equipamentos (câmera, GPS, etc.) multiplica essa diversidade, sendo os smartphones o exemplo mais diário e generalizado, cujo número de aplicativos aumenta exponencialmente. Tudo isso também introduz o problema da capacidade limitada da escola para absorver novas tecnologias. Nesse sentido, outro conceito de Novas Tecnologias é a Nova Tecnologia Aplicada à Educação (NTAE). O uso dessas tecnologias, entendida como recursos para o ensino como meio de aprendizagem e de comunicação e expressão, bem como objeto de aprendizagem e reflexão. Praticamente, a maioria dos professores é favorável ao uso das TICs e acredita que seu uso acabará generalizando entre professores. COSTA (2009) Entre os benefícios mais claros que a mídia traz para a sociedade é o acesso à cultura e à educação, onde os avanços tecnológicos e os benefícios da era da comunicação trazem equilíbrio e previsões extraordinariamente positivas. Alguns especialistas sublinham que deve haver uma relação entre as informações fornecidas e a capacidade de assimilação das pessoas, portanto, é conveniente proporcionar uma educação adequada no uso desses poderosos meios de comunicação. COSTA (2009). Desse modo, vale destacar que a UNESCO considera que as TIC ajudam a alcançar o acesso universal à educação e a melhorar a igualdade e a qualidade da educação; eles também contribuem para o desenvolvimento profissional dos professores e para a melhoria do gerenciamento da educação,governança e administração, desde que as políticas, tecnologias e capacidades adequadas sejam aplicadas. Isso implica que os professores precisam estar preparados para capacitar os alunos com as vantagens oferecidas pelas TICs. As escolas e as salas de aula devem ter professores que possuam as competências e recursos necessários no campo das TICs e que possam efetivamente ensinar os assuntos necessários, integrando seus conceitos e habilidades ao mesmo tempo. Simulações interativas, recursos educacionais digitais e abertos (REA), ferramentas sofisticadas de coleta e análise de dados são alguns dos recursos que permitem aos professores oferecer aos seus alunos possibilidades inimagináveis para assimilar conceitos. É por isso que a UNESCO desenvolveu Padrões de Competências para Professores que procuram harmonizar a formação de professores com os objetivos nacionais de desenvolvimento. Para isso, foram definidos três fatores de produtividade: aprofundar o capital, melhorar a qualidade do trabalho e inovar tecnologicamente. Sendo assim, para alcançar o acima, a UNESCO propõe inicialmente a criação de indicadores que, ao mesmo tempo que há a homologação, mostram resultados reais dos fenômenos que podem ser traduzidos em políticas voltadas para os objetivos estabelecidos. Existem diferentes ferramentas de TICs para os professores usarem em suas salas de aula. Entre eles, de acordo com COSTA (2009) estão: 1. Organizar e animar situações de aprendizagem 2. Gerencie a progressão da aprendizagem 3. Desenvolver e desenvolver dispositivos de diferenciação 4. Envolver os alunos na aprendizagem e no trabalho 5. Trabalhar em equipe 6. Participar no gerenciamento da escola 7. Informar e envolver os pais 8. Usar novas tecnologias 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão 10. Organize o treinamento contínuo em si. Desse modo, vale destacar que a UNESCO considera que as TIC ajudam a alcançar o acesso universal à educação e a melhorar a igualdade e a qualidade da educação; eles também contribuem para o desenvolvimento profissional dos professores e para a melhoria do gerenciamento da educação, governança e administração, desde que as políticas, tecnologias e capacidades adequadas sejam aplicadas. Sendo assim, na vida da sociedade moderna, a tecnologia é indispensável. Na verdade, a maioria dos esforços científicos está focada na criação de novas tecnologias que atendam às necessidades da sociedade e elevem o nível de bem-estar. Isso no papel, porque a tecnologia nem sempre é usada para o propósito pretendido ou projetada para melhorar a vida humana (há exceções importantes, como tecnologias de guerra), mas sempre uma tecnologia atende a necessidade. Sendo assim, ligada às grandes necessidades da humanidade, as tecnologias de grande valor sempre apareceram. Para a necessidade de comunicação humana, o telefone, a televisão, a rádio, a internet... Com as necessidades de saúde, surgiram progressos em cirurgia, medicina geral, análises clínicas ... Com as necessidades econômicas emergiram novas tecnologias industriais, tecnologias de processo, de extração ... E para que possamos continuar até o infinito, porque não existe uma área na qual a tecnologia não esteja presente: seja econômico, industrial, social, político, científico, legislativo, educacional ... etc., na medida em que se permite uma melhora do resultado final ou uma simplificação dos processos intermediários, a tecnologia disponível possui vários conceitos modernos de ecologia e sustentabilidade que se baseiam através da melhoria contínua das tecnologias utilizadas na indústria para evitar a contaminação. LOPES (2009) Logo, este termo anterior mudou nos últimos anos o antigo conceito de tecnologia como um potenciador do desempenho final. Antes das novas técnicas procuradas diretamente, o maior benefício possível, especialmente para ser desenvolvido em 99% dos casos por e para empresas que buscam desempenho econômico, os grandes problemas posteriores à revolução industrial, incluindo ... E para que possamos continuar até o infinito, porque não existe uma área na qual a tecnologia não esteja presente: seja econômico, industrial, social, político, científico, legislativo, educacional ... etc não apenas os sociais, mas também os ambientais, são um claro exemplo da erroneidade dessa abordagem, ou seja, hoje em dia, tentamos não só aumentar a produção, mas também fazer com que as novas tecnologias cuidem de outros aspectos, como o aspecto social, o bem-estar dos próprios trabalhadores ou o benefício ambiental. LOPES (2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos perceber, para concluir, a nossa compreensão das TICs variou ao longo do tempo, devido aos avanços rápidos que ocorrem. Esta é uma consequência dos desenvolvimentos tecnológicos nos mais altos representantes das TICs: computadores, computadores, internet e smartphones. Seu impacto social atual é inegável. As características dessas tecnologias estão ganhando diferentes graus de proeminência ao longo do tempo e nos últimos anos incluem o seguinte: instantaneidade, interatividade, interconexão e diversidade, sem assim desaparecer outras características que podemos considerar básicas ou fundamentais. Talvez a coisa mais notável nesta evolução seja a amplificação de uso, ramificação e desenvolvimento. Nesse sentido, é de salientar que a evolução diacrônica passa da mera recepção, informação e armazenamento, à transformação do recebido para gerar um novo conhecimento: gerenciamento de informação e conhecimento. Sendo assim, a aproximação da informação ao conhecimento e a abertura de um conhecimento artificial e automático são os desafios e as portas do futuro no campo conceitual das Tecnologias de Informação e Comunicação. Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante por conhecimento e informação! Tecnologias aplicadas à educação: da teoria à prática Professor: Sílvia Cristina da Silva Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos – Módulo 02 Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial Este segundo módulo é voltado para o aprendizado das tecnologias aplicadas à educação. Nosso objetivo é que você amplie ainda mais seu conhecimento nessa área. Desse modo, percorreremos a respeito do contexto atual das práticas educacionais, bem como abordaremos a tecnologia como objeto de conhecimento e estudo: teoria x prática. Logo, destacaremos a respeito da tecnologia como um cenário virtual para ensino e aprendizagem e a tecnologia como ferramenta para fortalecer habilidades meta-cognitivas. Finalmente, abordaremos a questão dos pilares de treinamento de professores, destacando o lado positivo de se utilizar as novas tecnologias no âmbito escolar. Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1 INTRODUÇÃO As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estão passando por nossas vidas, mudando nossas visões de mundo e modificando os padrões de acesso ao conhecimento e à interação interpessoal. Gradualmente, elas foram incorporadas nos projetos curriculares de todos os níveis de educação formal e não formal. Esta incorporação tem um pilar crítico que a Universidade deve lidar: a formação de professores. Esses espaços de treinamento são influenciados por dilemas que surgem do pensamento das TICs como objeto de conhecimento e como ferramenta didática. Além da necessária desconstrução do modelo de ensino que é essencial no momento de pensar criticamente na inclusãodessas ferramentas. Este estudo descreve o cenário atual das novas tecnologias digitais e os desafios que representam para o ensino, ou seja, as tecnologias aplicadas à educação desde sua teoria à prática Ressignificar o papel do professor é fundamental para fazer uma inclusão significativa da tecnologia nos espaços de ensino. O fortalecimento do seu treinamento parece ser o caminho. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estão passando por nossas vidas, mudando nossas visões de mundo e modificando os padrões de acesso ao conhecimento e à interação interpessoal. 2 CONTEXTO ATUAL DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) passaram por todos os aspectos de nossas vidas, mudando nossa visão do mundo. Como resultado, os padrões de acesso ao conhecimento e às relações interpessoais também foram modificados e tornados mais complexos. Muito tem escrito sobre o tema das mudanças tecnológicas, sobre as diferentes visões a respeito da realidade e as consequências que essas mudanças produzem e produzirão no desenvolvimento das ciências e no fortalecimento do trabalho interdisciplinar e multidisciplinar. Podemos ver que o mundo está se transformando rapidamente, e com isso todas as atividades humanas. A rapidez com que algumas dessas mudanças ocorrem em todos os níveis, tanto no plano científico quanto tecnológico, geográfico, político e mesmo moral, nos afeta e nos obriga a realizar esforços de adaptação importantes e permanentes. Este mundo tecnológico, cada vez mais complexo, nos desafia a retornar, mais uma vez, às ideias de aprendizagem e ensino. Acreditamos que, nesse ponto, poderemos basear uma reflexão oportuna sobre como incluir tecnologias em nossas práticas de ensino. Essa reflexão deve ter um duplo significado de acordo com KENSKI (2012): - Reflexão epistemológica: implica pensar sobre o que são tecnologias de informação e comunicação, o que elas implicam na realidade, para o que elas são, como elas podem ser usadas (dependendo da situação educacional, valores éticos, etc.). Podemos ver que o mundo está se transformando rapidamente, e com isso todas as atividades humanas - Reflexão pragmática: a partir do conhecimento dessas novas tecnologias, é necessário analisar como é possível aprimorar seu uso de acordo com diferentes contextos de ensino e aprendizagem. Esta última reflexão nos posiciona em uma necessária desconstrução de nossas práticas de ensino, indo para as concepções implícitas sobre o que acreditamos ser e aprender a ensinar e quais são nossos modelos implícitos de aluno e professor. Vale destacar que os novos contextos tecnológicos e a necessidade de melhorar a qualidade das ofertas educacionais em todos os níveis de educação (neste caso, vamos nos concentrar na formação de professores) apoiam a necessidade de incorporar as TICs nas situações educacionais. Mas: quais poderiam ser os caminhos possíveis para esta incorporação? Como preparamos professores para que possam acompanhar essa mudança? Acreditamos que um possível plano de formação de professores para abordar o uso das TIC na educação deve basear-se em três pilares de acordo com KENSKI (2012): 1. Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo. 2. Tecnologia como um cenário virtual para ensino e aprendizagem. 3. Tecnologia como ferramenta que fortalece habilidades metacognitivas. - Reflexão epistemológica: implica pensar sobre o que são tecnologias de informação e comunicação, o que elas implicam na realidade, para o que elas são, como elas podem ser usadas (dependendo da situação educacional, valores éticos, etc.). Vamos lidar com alguns pontos críticos que surgem ao considerar a inclusão de tecnologias nesses sentidos desde a sua teoria até sua prática. 2.1 Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo: teoria x prática A reflexão sobre a estrutura e os princípios operacionais das tecnologias devem estar presentes no treinamento de professores. Por exemplo, como sujeito ou visão transversal de uma área de assunto dentro do currículo de treinamento de professores. Em nossa realidade brasileira, o treinamento sobre a tecnologia recebida pelos professores é escasso ou inexistente. Portanto, a visão que eles apoiam é meramente artefatual e, em muitos casos, é acompanhada de um olhar tecnofóbico que nos afasta da necessária reflexão crítica que deve nos acompanhar nesse caminho. KENSKI (2012). Devemos ser realistas e não acreditar que é possível treinar especialistas no uso de todas as tecnologias, mas profissionais críticos e responsáveis nesta área. Nós aderimos a essas concepções que se concentram na tecnologia educacional como "modo de olhar e pensar sobre a realidade" BELLONI (2005). É por isso que a nossa posição baseia-se no ensino para pensar sobre tecnologias. A reflexão sobre a estrutura e os princípios operacionais das tecnologias devem estar presentes no treinamento de professores. Por exemplo, como sujeito ou visão transversal de uma área de assunto dentro do currículo de treinamento de professores. 3 TECNOLOGIA COMO UM CENÁRIO VIRTUAL PARA ENSINO E APRENDIZAGEM Este segundo caminho da formação de professores requer a análise dos novos cenários que surgiram como resultado da "hibridização" dos chamados modelos de ensino tradicional, representados pela educação presencial e educação a distância como duas manifestações diferentes e até mesmo até certo ponto. Compreender que a tecnologia nos ajuda a construir novos cenários de interação e ensino nos permite ver três variáveis interdependentes, segundo KENSKI (2012): a) A mudança no papel dos professores e alunos envolvidos no trabalho com as TICs. b) Mudanças no perfil e treinamento de professores. c) As estratégias de aprendizagem dos alunos. O trabalho com as TICs supõe um novo papel do professor e do aluno dentro da classe. É oportuno, neste momento, citar as características do paradigma tecnológico de acordo com CASTELLS (2002). A tabela a seguir, de acordo com KENSKI (2012) estabelece uma comparação entre modelos educacionais tradicionais e alternativos, incorporando TICs: Quadro I: As TICs e os modelos educacionais tradicionais e alternativos Modelos tradicionais Novos Modelos Implicâncias Tecnológicas Classes, tutorias Trabalho exploratório Redes de informação Uso limitado de meios Expansão de meios TICs e multimídia Trabalho individual. Aprendizagem cooperativo, ativo e em equipes Aplicações tecnológicas. Habilidades meta-cognitivas Professor omnisciente Professor como guia Redes de informação Conteúdos estáticos Rápida e permanente atualização Conteúdos dinâmicos e mediatizados Homogeneidade Personalização Variedade de métodos e TICs Fonte: elaborado pela autora com base em Dowbor (1993) apud Mercado (1999) Esta mudança de cenário, de acordo com Dowbor (1993) apud Mercado (1999) torna possível pensar em contextos não convencionais para ensinar e aprender, tais como: - As listas de interesse, onde os participantes interagem, explicando suas opiniões sobre um assunto a ser discutido por e-mail. - Projetos colaborativos virtuais: blog, wikis, etc. - Revistas virtuais. Desse modo, essas ferramentas tecnológicas pressupõem um novo papel para os professores e os alunos e baseiam-se na garantia de que a aprendizagem deve ter como pilar a promoção do pensamento crítico e no desenvolvimento de estratégias de apropriação e ressignificação do conhecimento. A internet está se tornando cada vez mais a nova linguagem de alfabetização, na qual todos devemos tomar partido. E se a usamos para ensinar, devemos começar por entender que o processo precisaser revisado e reconstruído à luz de novas racionalidades. 3.1 Tecnologia como ferramenta para fortalecer habilidades meta- cognitivas Finalmente, chegamos a um dos principais temas da pesquisa atual: as estratégias de aprendizagem que são implementadas através das TICs. Sem a intenção de esgotar aqui este aspecto fundamental da pesquisa no campo da psicologia educacional, podemos fazer o seguinte contributo, de acordo com NÓVOA (2001): Estratégias básicas para a aprendizagem autônoma, são: - Exprimir suas ideias efetivamente por via oral e por escrito - Compreender e construir textos verbais e escritos coerentes - Manusear informações de diferentes fontes Compreender que a tecnologia nos ajuda a construir novos cenários de interação e ensino nos permite ver três variáveis interdependentes, segundo KENSKI (2012): a) A mudança no papel dos professores e alunos envolvidos no trabalho com as TICs. b) Mudanças no perfil e treinamento de professores. c) As estratégias de aprendizagem dos alunos. - Extrair inferências e aplicar o raciocínio lógico - Construir visões integrantes da realidade - Usar o trabalho racional e os hábitos de estudo - Dialogar (em contextos de interação real e virtual) - Trabalhar em colaboração com outros (em contextos de interação real e virtual) Estratégias básicas para o processamento de informações, são: - Sintetizar e expandir a informação de forma flexível, mantendo o seu significado - Codificar e decodificar vários sistemas simbólicos - Capturar e aproxima a complexidade do cognitivo e o atitudinal - Desvendar estruturas complexas - Explorar diferentes opções de pesquisa - Reconhecer informações incompletas e tomar decisões com base nela - Adotar lógicas polivalentes para entender a complexidade (superando as dicotomias sim / não, verdadeiro / falso) - Perceber links e múltiplas relações - Transferir conhecimento para novos contextos - Assumir a incerteza, típica da complexa realidade em que nos movemos - Distinguir, na informação, os dados das inferências e dos julgamentos. - Reconhecer os quadros das referências ideológicas e culturais que condicionam - Interpretar da realidade Desse modo, essas ferramentas tecnológicas pressupõem um novo papel para os professores e os alunos e baseiam- se na garantia de que a aprendizagem deve ter como pilar a promoção do pensamento crítico e no desenvolvimento de estratégias de apropriação e ressignificação do conhecimento. - Compreender o conhecimento como provisório - Reconhecer a complexidade intrínseca das redes de conhecimentos e conhecimento. Atitudes, são: - Disposição e abertura para explorar artefatos e extrair conhecimento de novos - experiências tecnológicas - Não sentir frustração com o conhecimento inacabado e provisório - Curioso e exploratório, favorável à manipulação e experimentação - Ativo e não conformista - Proclive to change and growth - Planejador de novas experiências - Reversível, sem medo de erro 3.2 Pilares de Treinamento de Professores Apresentamos a seguir as bases teóricas sobre as quais, acreditamos que a formação de professores deve basear-se na sua relação com as TICs. Apresentaremos nesta seção um possível esboço de um plano de treinamento de professores. Acreditamos que você deve considerar as seguintes etapas, de acordo com o entendimento de DOWBOR (1993) apud MERCADO (1999): Algumas das estratégias básicas para a aprendizagem autônoma, são: - Exprimir suas ideias efetivamente por via oral e por escrito - Compreender e construir textos verbais e escritos coerentes - Manusear informações de diferentes fontes Fase 1: Diagnóstico Nesta fase, é essencial investigar quais experiências no uso das TIC feitas pelos professores e o treinamento que eles têm em referência a este tópico. Fase 2: espaço de treinamento "Generalidades do uso da tecnologia na educação" Conceitos de ensino e aprendizagem. Teorias Conceito de Tecnologia Educacional e TICs Conceitos básicos de didática educacional e comunicação Estágio 3: Espaço de treinamento "Educação a distância: uso de ambientes educacionais digitais" Conceitos associados à inclusão das TIC na educação: aprendizado prolongado, aprendizagem mista, ensino à distância. Subsistemas que compõem um Sistema de Educação a Distância (SEAD). Projeto de propostas de ensino mediadas. Como começar: decisões iniciais no projeto de uma proposta mediada por ambientes tecnológicos Estágio 4: Espaço de Treinamento "Treinamento de Tutores" Papel do tutor Tipos de tutoriais em propostas educativas que incluem TICs Competências do tutor Tarefas do tutor Estágio 5: espaço de treinamento "Uso de espaços colaborativos no ensino de línguas" O espaço colaborativo como desafio metodológico na construção de discursos Análise de espaços da Web 2.0: blogs, wikis, Facebook, Twitter, Second Life, etc. do ponto de vista didático e comunicacional. O papel dos avatares, personagens, agentes no ensino neste tipo de ambiente A avaliação e acompanhamento Etapa 6: Diretrizes para a transferência Como resultado dos espaços de treinamento, os professores obterão uma proposta de intervenção didática que inclua o uso das TICs. Esta proposta pode ser uma nova proposta ou a melhoria de uma já implementada pelo professor (que deve aparecer no estágio 1, diagnóstico). Portanto, para ele, o estágio de transferência baseia-se na implementação das propostas trabalhadas na primeira etapa. Acreditamos que o plano sintetiza nossas ideias sobre a formação de professores no âmbito da Universidade: primeiro refletir sobre essas ferramentas e desconstruir o modelo de ensino à luz das teorias e novas pesquisas e, em seguida, gerar intervenções de tecnologia educacional que são implementadas na sala de aula para serem avaliados e ressignificados. 4 LADO POSITIVO DE SE UTILIZAR AS NOVAS TECNOLOGIAS NO ÂMBITO ESCOLAR De acordo com BELLONI (2008): “A integração das tecnologias da informação e comunicação (TIC) aos processos educacionais é uma das transformações necessárias à escola para que esteja mais em sintonia com as demandas geradas pelas mudanças sociais típicas da sociedade contemporânea de economia globalizada e cultura mundializada.” (BELLONI, 2008, P. 100). http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiz3sns-qPPAhUMjpAKHQlYChAQjRwIBw&url=http://www.conteudounico.com/criacao-conteudo/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNG2hMzxdekafrzSQQzHpVI3YFi5LQ&ust=1474667543918239 O professor como mediador e não mais interventor do processo de educar precisa de forma rápida utilizar das tecnologias integrando-as ao processo de ensino aprendizagem. BELLONI (2008) afirma que alguns requisitos são necessários para isso, tais como: 1. Produtividade: O bom uso das Novas Tecnologias melhorou muito nossa produtividade. Novas ferramentas estão constantemente a sair sem outro propósito a não ser simplificar o nosso trabalho. Na verdade, quanto mais dominarmos essas ferramentas, mais produtivas seremos. Com isso, não quero dizer que quanto mais produtivos estejamos, mais trabalharemos. Quando me refiro a ser mais produtivo, quero dizer que algumas tarefas foram simplificadas consideravelmente e isso nos permitiu aproveitar um tempo que não tínhamos antes. Um tempo que, no meu caso, por exemplo, dedico à aprendizagem de programas, aplicativos, plataformas virtuais que melhoram dia a dia minhas sessões de ensino. Quanto maior a produtividade, mais tempo nós teremos para nós mesmos. Então cada um decidirá como e em que investir. Em muitas ocasiões, os professores caem no erro de que aprender uma ferramenta envolverá um tempo que não temos e,pessoalmente, acho que essa é uma abordagem errada. Dominar as ferramentas que usamos regularmente significa que podemos otimizar e gerenciar melhor nosso tempo. O tempo é ouro como eu gosto de dizer. (BELLONI, 2008, p. 104). 2. Aprendizagem Para Belloni as Novas Tecnologias mudaram radicalmente a nossa forma de aprender, bem como a nossa forma de ensinar. Pouco a pouco, há uma tendência que está transformando a mensagem unidirecional do professor em uma mensagem bidirecional em que é o aluno que aprende a aprender através dos recursos que fornecemos dentro e fora da sala de aula. Ele aduz que os professores devem dar um passo à frente e implementar plenamente o uso de Novas Tecnologias na sala de aula. Somente quando a realizarmos, para ele, será quando começaremos a realizar uma Educação verdadeiramente revolucionária, uma revolução na qual a aprendizagem do século XIX se transformará através das Novas Tecnologias em um aprendizado baseado em cooperação, em respostas múltiplas, em verdades relativas, onde a verdade inquestionável do professor será transformada pela aprendizagem de inteligências múltiplas. 3. Perspectiva Ao se referir à perspectiva dentro das Novas Tecnologias, Bellone se refere a que existem modelos de aprendizagem que devem ser superados pouco a pouco. A verdade absoluta e inquestionável do professor ou de um livro de texto deve ser concebida como obsoleta. Em muitas ocasiões, o erro é feito para acreditar que a verdade sobre um aprendizado ou conhecimento começa e termina na sala de aula. Para ele é uma abordagem incorreta. Precisamente, as Novas Tecnologias nos mostraram que existe um mundo além das quatro paredes que compõem uma sala de aula. Elas derrubam essas paredes e abre para outros tipos de conhecimento e aprendizagem, outras verdades e outras realidades. 4. Sociabilidade Belloni destaca que o ser, como é ser social, precisa se relacionar com outros seres para o seu desenvolvimento adequado. Nesse sentido, a chegada das redes sociais tornou a Educação uma área em que as questões sociais assumem grande importância. Ele remete que tem a sensação de que as redes sociais permitiram o intercâmbio de informações e conhecimento. Plataformas como o Google + e suas comunidades de aprendizado, a Página de fãs do Os professores devem dar um passo à frente e implementar plenamente o uso de Novas Tecnologias na sala de aula. Somente quando a realizarmos, para ele, será quando começaremos a realizar uma Educação verdadeiramente revolucionária, uma revolução na qual a aprendizagem do século XIX se transformará através das Novas Tecnologias em um aprendizado baseado em cooperação Facebook destinada a grupos como professores ou a plataforma Twitter que permite a criação de listas com base em interesses particulares são três exemplos pelos quais as redes sociais são uma ferramenta básica para a obtenção de informações, a troca de ideias, o reflexo de certos tópicos, bem como a possibilidade de conhecer outros colegas de profissão que, de outra forma, seria praticamente impossível saber sobre eles e muito menos interagir com eles praticamente . 5. Treinamento Bellonni destaca que sempre acreditou que um professor que sempre está treinando. Com a chegada maciça das Novas Tecnologias no campo educacional, este treinamento é absolutamente essencial se quisermos deixar de ser professores do século XIX. O treinamento em Novas Tecnologias é uma ótima vantagem para os professores porque permite se conectar com o mundo e, acima de tudo, com os alunos. Neste sentido, ele diz: “acredito que a atitude do professor que enfrenta o treinamento deve ser absolutamente aberta. Porque as novas tecnologias não fazem nada além de abrir os olhos para essas novas formas de aprender e entender o mundo em que vivemos. Outro erro comum entre alguns professores é pensar que certas ferramentas não são relevantes para suas aulas ou que a curva de aprendizado exigida por essas ferramentas não compensará o uso que fazemos delas no ambiente de ensino. Para mim, essa maneira de pensar deve ser superada, porque no mundo em que vivemos devemos começar a estar conscientes de que, inevitavelmente, devemos dedicar ou investir ao mesmo tempo ao pensar que na aprendizagem, se não quisermos tornar-se professores obsoletos, em professores longe dos interesses e aptidões de nossos colegas de classe e estudantes.” (BELLONI, 2005, p. 110). 6. Integração Para Belloni aqueles que leem sabem assiduamente a importância da educação inclusiva, uma educação para todos. Ele ressalta que as Novas Tecnologias são uma excelente oportunidade para conseguir nas escolas que estudantes com necessidades educacionais especiais tenham pelo menos as mesmas possibilidades que o resto dos alunos. Para ele: As Novas Tecnologias aplicadas à Educação Especial são uma excelente oportunidade para os alunos aos quais devemos prestar atenção especial, porque merecem as mesmas oportunidades que o resto. Existem muitas ferramentas como a ardósia digital, que são uma grande ajuda para este tipo de alunos, porque facilita a aprendizagem. (BELLONI, 2005, p.111). 7. Conectividade. A conectividade para Bellonni pode ser vista como uma espada de dois gumes. Como em tudo que se tem que fazer, as ferramentas relacionadas à tecnologia pode ter um bom uso e um mal uso. Nesse sentido, conectividade através de plataformas como o Moodle ou o e-mail permitiu estarem conectados o tempo todo. Sendo assim, se pudermos educar-nos nesta conectividade para transformá-lo em informações pertinentes, em colaboração com o aluno ou o professor, toda a comunidade educacional ganhará. O objetivo é aprender a diferenciar a conectividade da dependência através de uma boa educação. As Novas Tecnologias aplicadas à Educação Especial são uma excelente oportunidade para os alunos aos quais devemos prestar atenção especial, porque merecem as mesmas oportunidades que o resto. Existem muitas ferramentas como a ardósia digital, que são uma grande ajuda para este tipo de alunos, porque facilita a aprendizagem. (BELLONI, 2005, p.111). http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjCrrXn8aPPAhVJE5AKHRJFBuYQjRwIBw&url=http://quadrangularvilaantonieta.com.br/index.php/2014/01/palavra-do-pastor/1075/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=1474665093806064 Logo, a maneira de ensinar sofreu uma transformação importante, de um 'homo sapiens' para um 'homo technologicus', ou seja, àquele que sabe, aprende e ensina através das ferramentas fornecidas pelas Novas Tecnologias. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos perceber, vale destacar que vimos uma série de vantagens evidentes para os alunos quando os docentes conhecem e aplicam as TICs: a possibilidade de interação que elas oferecem, de modo que passem de uma atitude passiva por parte dos alunos para uma atividade constante, para uma busca e repensar continuamente os conteúdos e procedimentos, aumentando o envolvimento dos alunos em suas tarefas e desenvolvem sua iniciativa, já que eles são constantemente obrigados a tomar decisões "pequenas", a filtrar informações, escolher e selecionar. É importante ressaltar que o uso das TICs favorecem o trabalho colaborativo com pares, trabalho grupal, não só por ter que compartilhar um computador com um parceiro, mas por causa da necessidade de ter outros na conquista sucesso das tarefas confiadas pelo corpo docente. A experiência mostra dia a dia que o computador significa que esteja disponível em sala de aula atitudes como ajudar colegas, trocando informações relevantes encontradas na Internet, resolvendo problemas para quem as possui. Estimula os membros dos gruposa trocar ideias, discutir e decidir em comum, para justificar por que tal opinião. Sendo assim, para que os benefícios das TICs sejam explorados na educação no processo de aprendizagem, é essencial que os futuros professores e professoras ativos saibam como usar essas ferramentas. Para conseguir um avanço sério, é necessário treinar e atualizar o corpo docente, além de equipar os espaços escolares com dispositivos e auxiliares tecnológicos, como televisores, gravadores de vídeo, computadores e conexão à rede. A adaptação de professores, estudantes, pais e sociedade em geral a esse fenômeno implica um esforço e uma quebra de estruturas para se adaptar a um novo modo de vida. Por fim, vimos que vários autores apontam que esses recursos abrem novas possibilidades de ensino, como o acesso imediato a novas fontes de informação e recursos (no caso da Internet, os motores de busca podem ser usados), bem como o acesso a novos canais de comunicação (correio eletrônicos, bate-papo, fóruns...) que permitem trocar trabalhos, ideias, informações diversas, processadores de texto, editores de imagens, páginas da Web, apresentações multimídia, uso de aplicativos interativos para aprendizado: recursos em páginas da Web, visitas virtuais. Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante por conhecimento e informação! Metodologia x Tecnologia à luz do sistema educacional Professor: Sílvia Cristina da Silva Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos – Módulo 03 Orgs.: Cláudia Regina Esteves Faculdade Campos Elíseos Conversa Inicial Este terceiro módulo é voltado para o aprendizado da metodologia x tecnologia à luz do sistema educacional. Nosso objetivo é que você amplie seu conhecimento ainda mais ao longo desse estudo. Desse modo, percorreremos a questão da tecnologia e a metodologia, veremos o que está por detrás do lápis e papel com olhar ao tablete. Além disso, abordaremos a questão referente aos três pontos em comum de todas as soluções tecnológicas projetadas para o campo educacional. E, por fim, veremos a questão dos benefícios da tecnologia na educação. Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1 INTRODUÇÃO Antes da revolução digital, o ensino baseava-se no uso de lápis, papel e dezenas de livros cheios de informações, de forma opaca e, sobretudo, de conteúdo estático. Alguns elementos que definem um caminho muito definido para estudantes. Ao longo do século 21, com a expansão da revolução digital em todas as áreas do cotidiano, a educação está passando por uma transformação progressiva. Um processo no qual o papel e o lápis são abandonados em favor da tela sensível ao toque, da caneta e do teclado; e com isso, a metodologia estática tradicional dá lugar ao dinamismo, à criatividade e à modularidade. Neste estudo, analisaremos a grande influência que a revolução tecnológica tem nas escolas, onde as necessidades dos alunos são cobertas com maior eficiência, o conhecimento é transmitido de forma mais dinâmica e, acima de tudo, onde as mentes do futuro estão sendo incubados sob um paradigma completamente diferente. 2 A TECNOLOGIA E A METODOLOGIA A educação e a transmissão do conhecimento tem sido uma das premissas básicas da sociedade há mais de 2.000 anos. Com base em modelos muito arcaicos - mas válidos para as necessidades do tempo -, os egípcios, os gregos e os romanos já possuíam sistemas para transmitir conhecimento e, consequentemente, educação. CARDOSO (2001) De acordo com Cardoso, naquela época, distinguiram-se dois grupos importantes: os ensinamentos teóricos e os ensinamentos práticos. As práticas eram as mais comuns: os mestres artesãos ensinavam o trabalho e os negócios para seus descendentes e aprendizes, que acabariam por melhorar as técnicas de forma progressiva no tempo. Os teóricos eram os menos comuns, mas os mais próximos do modelo atual: grandes personalidades como Sócrates, Pitágoras ou Platão dedicaram grande parte do tempo a pesquisar, refletir e ensinar seus conhecimentos e a selecionar grupos de pessoas, garantindo assim que seu legado permaneceria imóvel com o progresso histórico da sociedade humana. Séculos mais tarde, os métodos educacionais já avançaram para um nível superior. As primeiras universidades foram fundadas em áreas como Marrocos, Inglaterra, Itália ou Espanha, epicentros dos movimentos socioculturais da época. Eles fizeram uma grande ênfase em temas como arte, ciência ou história, áreas fundamentais para o progresso da época. Pouco a pouco, o sistema de educação estava começando a tomar forma. CARDOSO (2001). No entanto, a educação padronizada, básica e universal, tal como a conhecemos hoje, não começou a tornar-se uma realidade até o século XIX. Os diferentes movimentos éticos e sociais que ocorreram nos séculos anteriores impulsionaram o ser humano a abrir a porta do conhecimento para progredir a chegada da classe burguesa e seus ideais progressistas desempenharam um papel fundamental aqui. CARDOSO (2001). A educação e a transmissão do conhecimento tem sido uma das premissas básicas da sociedade há mais de 2.000 anos. Com base em modelos muito arcaicos - mas válidos para as necessidades do tempo -, os egípcios, os gregos e os romanos já possuíam sistemas para transmitir conhecimento e, consequentemente, educação. Para Cardoso, ao longo dos anos, as leis educacionais continuaram a sofrer reformas e adaptações em consonância com as mudanças do tempo. Modificações que também trouxeram uma mudança na metodologia que nos leva à situação atual. Antes de entrar em detalhes e saber como a tecnologia está alterando as escolas do futuro, é necessário compreender e analisar a metodologia utilizada atualmente pelo professor. Isto é resumido em dois pontos principais, de acordo com LIBÂNEO (2001): Ensino: O conhecimento é ensinado em aula através da transmissão oral do conhecimento, o uso de livros didáticos e, em certos casos, a internet. O conhecimento é mostrado ao aluno, os aspectos conflitantes do programa são explicados com mais detalhes e uma série de exercícios e tarefas são estabelecidas para tentar consolidar esse conhecimento na mente do aluno. Avaliação: Na maioria dos casos, a aquisição de conhecimento é verificada por testes periódicos em que o aluno enfrenta diferentes questões teóricas e práticas associadas ao assunto. Depois disso, um grau é atribuído (geralmente entre 0 e 10) que reflete o nível de conhecimento que o aluno tem do assunto. Esta metodologia clássica, embora tenha sido efetiva em muitos casos, reflete numerosas deficiências que levam o aluno a desmotivar-se, desinteresse e, acima de tudo, a uma aquisição de conhecimento muito superficial. Algumas deficiências que, com a chegada da tecnologia nas escolas e, acima de tudo, com a transformação digital que a sociedade está sofrendo, estão se acentuando mais do que nunca. LIBÂNEO (2001). Por outro lado, quando a inclusão e integração da tecnologia nas escolas é concebida, muitas vezes é feita de forma muito superficial. A grande maioria das instituições acadêmicas, professores e, claro, alunos, assumem que a integração da tecnologia nas escolas é apenas a substituição de elementos como lápis ou papel com ferramentas mais avançadas, como o tablet, a lousa eletrônica e as plataformas virtuais. BELLONI (2005). Para Bellonni essa é apenas o ápice do iceberg. A chegada dessas novas ferramentas nas escolasdeve ser acompanhada imperativamente por uma mudança no nível metodológico. E é o mundo em que vivemos atualmente e, sobretudo, o futuro iminente que nos espera, coloca desafios completamente diferentes aos que enfrentamos no passado. O paradigma está em plena metamorfose, e a educação deve acompanhá-la. Um exemplo desta metamorfose necessária pode ser observado em assuntos como História. A metodologia tradicional baseia-se na memorização em massa de conceitos, eventos e datas que, semanas depois, devem ser expostos em um exame escrito ou oral. Dias depois, o trabalho realizado pelo aluno obtém uma qualificação específica que certifica a aquisição correta do conhecimento associado ao assunto. O problema com esta metodologia para ele é que a compreensão e a solução de tais conhecimentos estão completamente em segundo plano. O objetivo do aluno é passar pelo teste estabelecido pelo professor, e na maioria dos casos, contribuem com suas metodologias para esse objetivo comum. Não importa que o aluno esqueça dias mais tarde o que ele estudou. Também não importa que o aluno não extraia nada de valor desses ensinamentos - além de datas, nomes e eventos específicos. O único que importa é que o aluno alcanc Ensino: O conhecimento é ensinado em aula através da transmissão oral do conhecimento, o uso de livros didáticos e, em certos casos, a internet. a qualificação desejada, e isso se traduz em um conhecimento vazio e de pouco uso. Este problema complexo é ainda agravado se observarmos a facilidade com que podemos consultar informações na internet. BELLONI (2005). Em 2017, é suficiente ter um relógio inteligente ou um smartphone próximo para verificar qualquer evento em questão de segundos. No futuro, será ainda mais radical: nosso próprio corpo viverá conectado à Internet, e toda a informação existente na rede estará à nossa disposição em questão de milésimos de segundo. Memorizar, naquele momento, não terá significado. O importante será compreender, analisar e resolver o conhecimento de forma mais profunda e reflexiva, de forma a enriquecer o aluno e contribui para o seu futuro como profissional e como parte da sociedade. 3 DE LÁPIS E PAPEL AO TABLET A chegada dos primeiros produtos tecnológicos às escolas data, aproximadamente, da segunda metade do século XX. As principais universidades americanas começaram a oferecer em suas salas de aula - e de forma muito provisória - computadores como a Apple I, dando assim um breve Não importa que o aluno esqueça dias mais tarde o que ele estudou. Também não importa que o aluno não extraia nada de valor desses ensinamentos - além de datas, nomes e eventos específicos. O único que importa é que o aluno alcance a qualificação desejada, e isso se traduz em um conhecimento vazio e de pouco uso. contato com seus alunos. Alguns tiros de contato que, obviamente, eram mais frequentes em instituições dedicadas ao ensino de tecnologia. HOBBS (2011). No entanto, não foi até a década de noventa que a tecnologia começou a ter maior relevância nas escolas. O descontrolamento progressivo dos computadores, a chegada de novos formatos multimídia como o Microsoft PowerPoint e a expansão da Internet como método de comunicação universal abriram completamente as portas para a tecnologia nas escolas. Atualmente, empresas de tecnologia e instituições acadêmicas continuam promovendo essa carreira tecnológica dentro da sala de aula. Falamos sobre empresas como Microsoft, Lenovo, Samsung, Apple ou Google; e de instituições como o Ministério da Educação, Ministérios da Educação e universidades. BRASIL (2006) O gigante tecnológico da Microsoft, por exemplo, concentra uma grande parte de seus esforços educacionais no desenvolvimento de software e serviços que se adaptam às necessidades específicas da sala de aula. A empresa dos EUA coloca grande ênfase na integração de serviços como Office, OneDrive ou Skype - tudo baseado na nuvem -, o que permite que estudantes e professores entreguem e recebam conteúdo de forma mais versátil e de acordo com os tempos atuais. A empresa de Redmond também está experimentando nos últimos meses com a inclusão de videogames como o Minecraft no campo educacional. A ideia é incentivar a criatividade, a exploração e, sobretudo, o desenvolvimento de conteúdos tradicionais de forma mais inovadora, atrativa e próxima para o aluno. Os resultados foram muito satisfatórios, alcançando grande motivação e interesse por parte dos alunos. Por sua vez, a Samsung também está fazendo algumas incursões com a realidade virtual, através da Samsung Gear VR, no campo da educação. A empresa asiática trabalha em conjunto com vários desenvolvedores na criação de ambientes VR voltados para a educação, como visitas virtuais a locais históricos, atlas anatômicos, etc. Paralelamente aos seus desenvolvimentos com realidade virtual, a empresa sul-coreana promove sua plataforma da Escola Samsung, que é definida como uma solução única para escolas primárias que buscam modernizar suas metodologias e seus conteúdos. A plataforma baseia-se principalmente em um conjunto de comprimidos com caneta - destinados tanto ao aluno quanto ao professor - e um conjunto de aplicações pré-instaladas projetadas e mantidas pelo fabricante. Além de oferecer uma plataforma abrangente para escolas, o gigante asiático - como a Microsoft - trabalha em estreita colaboração com editores e empresas educacionais para desenvolver conteúdos adaptados à nova era tecnológica. É um conteúdo audiovisual, mais interativo, divertido e projetado para ser multiplataforma. E, como afirmam os professores, é inútil abraçar a tecnologia nas escolas, mantendo os formatos e conteúdos que nos acompanharam nos últimos vinte anos. Um exemplo simples é encontrado no uso abusivo de PDFs. Uma grande porcentagem de instituições acadêmicas adotou a chegada da tecnologia, mas a adaptação do conteúdo é limitada, em múltiplas ocasiões, à geração de documentos PDF ou à comunicação via e-mail. Nesses casos, a metodologia de ensino e os conteúdos permanecem os mesmos do passado. Somente a plataforma de distribuição mudou. E, infelizmente, não é o que deve ser perseguido com a chegada progressiva da tecnologia na sala de aula. O gigante tecnológico da Microsoft, por exemplo, concentra uma grande parte de seus esforços educacionais no desenvolvimento de software e serviços que se adaptam às necessidades específicas da sala de aula. Já o Google é outra das empresas que está apostando mais na tecnologia em ambientes educacionais. Além de oferecer um conjunto completo de serviços para instituições acadêmicas, a empresa Mountain View promoveu várias tendências ao longo dos últimos anos, entre as quais: Chromebooks Esses computadores simples e baratos estão se tornando uma das grandes tendências nos ambientes educacionais dos Estados Unidos. Sua simplicidade de uso e seu baixo preço fazem com que esses dispositivos se tornem a solução perfeita para trazer tecnologia às escolas. Na verdade, de acordo com o Gartner, mais de 70% dos Chromebooks vendidos são destinados a fins educacionais. Centro de treinamento Para maximizar o uso das tecnologias do Google na sala de aula, a própria empresa dos EUA oferece métodos de treinamento para os próprios professores. Eles mostram como fazer as aulas mais interativas, como migrar o conteúdo tradicional para a nova era tecnológica e como maximizar o uso das ferramentas do Google. Google Apps, também para educação. O conjunto de serviços do Google (Drive, Docs, Gmail, etc.) é usado diariamente por pessoas de todo o mundo. O ambiente educacional não é uma exceção. Já o Google é outra das empresas que está apostando mais na tecnologia em ambienteseducacionais. Além de oferecer um conjunto completo de serviços para instituições acadêmicas, a empresa Mountain View promoveu várias tendências ao longo dos últimos anos A solução da sala de aula A plataforma Classroom permite o gerenciamento digital de todos os aspectos de uma sala de aula atual. Os professores podem monitorar o trabalho de seus alunos, oferecer conteúdo através da Internet, atualizar notas ... Todas as tarefas que são realizadas diariamente na sala de aula podem ser transferidas para a plataforma Classroom. Além disso, a solução está perfeitamente integrada com o resto dos serviços da empresa, podendo interagir com documentos do Google Drive, e-mails do Gmail, etc. Por outro lado, a Apple também está impulsionando essa transição tecnológica na educação. Além dos descontos educacionais clássicos e certas colaborações com centros especializados, a empresa californiana trabalhou no desenvolvimento de plataformas como o iTunes U e outras soluções de software que permitem que todos os seus produtos sejam incorporados em ambientes educacionais da maneira mais simples e invisível possível. No entanto, o verdadeiro valor da Apple no campo educacional é em dois aspectos muito específicos: a promoção da App Store e a acessibilidade de seus produtos. A empresa dos EUA apoia desenvolvedores de maneiras diferentes para gerar software valioso para ambientes educacionais. Assim, emergem soluções como iStudiez Pro ou Human Anatomy Atlas, duas soluções de grande valor no ambiente educacional. Finalmente, o maior fabricante mundial de laptops, a Lenovo, também é um dos maiores impulsionadores da tecnologia na educação. Além de patrocinar e promover eventos que servem como uma confluência de ideias educacionais, a Lenovo também oferece vários programas como o Lenovo Acadêmico Networks, que promove o desenvolvimento de aplicações e de aprendizagem é tão importante quanto a matéria de programação. Destaca-se o caso da Espanha, a Lenovo também colabora com várias organizações oficiais para equipar equipes em ambientes educacionais. Um exemplo relativamente recente é o acordo fechado com a Universidade de Castilla-La Mancha, para o qual foram oferecidos 2.100 ultrabooks aos estudantes de graduação e pós-graduação. Além disso, a Lenovo mantém contato direto e permanente com escolas e instituições oficiais (comunidades autônomas, principalmente). O objetivo não é senão o desenvolvimento de novos projetos em comum que permitam integrar, cada vez mais, a tecnologia nas salas de aula. Finalmente, a Lenovo também coloca grande ênfase no desenvolvimento de equipes separadas para atender às demandas de estudantes e professores. Este é o caso de seus computadores portáteis robustos - preparados para os alunos mais pequenos -, o 2 em 1 e os múltiplos dispositivos táteis que eles oferecem em seus catálogos. Por fim, as empresas se preocupam cada vez mais com uma forma onde se alinhe desenvolvimento educacional pautado na tecnologia de qualidade com vistas ao cognitivismo. 4 OS TRÊS PONTOS EM COMUM DE TODAS AS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PROJETADAS PARA O CAMPO EDUCACIONAL A maioria das propostas citadas acima compartilha uma série de pontos comuns que refletem perfeitamente como a tecnologia que está chegando às escolas. Estes são os três aspectos principais, segundo os ensinamentos de LIBÂNEO (2001): Modularidade Ele aduz que até o presente momento todos os alunos seguiram o mesmo ritmo na sala de aula: aquele ditado pelo professor. No entanto, esta metodologia pode gerar diferentes dificuldades em estudantes com necessidades especiais Destaca-se o caso da Espanha, a Lenovo também colabora com várias organizações oficiais para equipar equipes em ambientes educacionais. Um exemplo relativamente recente é o acordo fechado com a Universidade de Castilla-La Mancha e / ou capacidades (ver frustração, indiferença, desinteresse, etc.). Em vez disso, com o advento da tecnologia para escolas e mudança metodológica, o ritmo fica marcado pelo estudante dentro suas próprias margens, eliminando a possível frustração e aumentando a percentagem de conteúdos e habilidades desenvolvidas . Desta forma, certos alunos podem trabalhar em uma série de conteúdos, enquanto outros investem seu tempo no desenvolvimento ou no trabalho de outros tipos de habilidades. Controle total A segurança e monitoramento do aluno é um dos principais aspectos da incorporação de tecnologia nas escolas. Portanto, todas as empresas envolvidas oferecem soluções diferentes para monitorar o uso que os alunos fazem dessas ferramentas. Simplicidade Apesar do treinamento ministrado aos professores, a simplicidade de uso é uma característica essencial para o triunfo da tecnologia nas escolas. Libâneo destaca que o software complexo limita e dificulta a penetração da tecnologia nas escolas, provocando a rejeição de novas metodologias e falhando nesta transição progressiva. Todas essas iniciativas e programas desenvolvidos por empresas de tecnologia e instituições oficiais se comportam como o eixo central da mudança educacional que nos espera, abrindo assim um novo mundo de possibilidades, benefícios e, claro, barreiras para resolver. O treinamento de professores e, em alguns casos, a oposição à mudança é uma das principais dificuldades dessa transição. Sendo assim, tanto as empresas de tecnologia como os centros educacionais fazem frente a essa mudança de paradigma de forma satisfatória. Por um lado, é necessário treinamento técnico para permitir aos professores extrair o máximo desempenho de ferramentas tecnológicas. Por outro lado, um treinamento de nível metodológico é exigido. É este último tipo de treinamento que apresenta as maiores dificuldades, já que vai muito além de distribuir e transmitir conteúdos através de novas ferramentas. Para CASTELLS (2003): Trata-se de transformar o papel do professor na sala de aula, que deve abandonar seu papel de líder e fonte de conhecimento para se tornar simplesmente um companheiro que promove autonomia, criatividade e interesse dos estudantes no campo. O professor deve deixar de ser o centro da sala de aula para transformar o aluno no epicentro do método educacional. Ele também exige uma mudança profunda nos conteúdos ensinados na sala de aula. (CASTELLS, 2003, p.43) Vale destacar que as apresentações em slides, experiências, conteúdos audiovisuais e trabalhos de pesquisa são alguns dos modelos a seguir. O conteúdo deve ser mais prático, dinâmico e, acima de tudo, atraente. A realização de mais projetos de pesquisa ou trabalhos cooperativos na sala de aula são alguns dos exemplos dos métodos que os professores devem promover neste novo paradigma educacional. E é que eles são desafios mais próximos daqueles que o aluno terá que enfrentar ao longo de sua vida pessoal e profissional. No entanto, esta mudança metodológica é irrelevante sem uma evolução paralela dos sistemas de avaliação. O sistema clássico (classificação numérica baseada em um teste oral, prático ou escrito) é incompatível com este novo paradigma porque exclui outros parâmetros como a participação dos estudantes, Trata-se de transformar o papel do professor na sala de aula, que deve abandonar seu papel de líder e fonte de conhecimento para se tornar simplesmente um companheiro que promove autonomia, criatividade e interesse dos estudantes no campo. O professor deve deixar de ser o centro da sala de aula para transformar o aluno no epicentro do método educacional. Ele também exige uma mudança profunda nos conteúdos ensinados na sala de aula. (CASTELLS, 2003, p.43) a autonomia na sala de aula, a velocidade com que resolve os desafios colocados pelo professor , o interesse no assunto, a atitude deles nos
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