Buscar

gestao das tecnologias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 85 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gestão das Tecnologias da 
Informação e Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Módulo 1 
 
1 INTRODUÇAO 
 
2 CONCEITOS DE TICS NOS ÚLTIMOS ANOS 
 
3 CARACTERÍSTICAS DAS TICs 
 
4 AS TICs E OS PROFESSORES 
 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
 
 
Módulo 2 
1 INTRODUÇÃO 
 
2 CONTEXTO ATUAL DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS 
2.1 Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo: teoria x prática 
 
 
3 TECNOLOGIA COMO UM CENÁRIO VIRTUAL PARA ENSINO E 
APRENDIZAGEM 
3.1 Tecnologia como ferramenta para fortalecer habilidades meta-
cognitivas 
 
3.2 Pilares de Treinamento de Professores 
 
4 LADO POSITIVO DE SE UTILIZAR AS NOVAS TECNOLOGIAS NO 
ÂMBITO ESCOLAR 
 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo 3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
2 A TECNOLOGIA E A METODOLOGIA 
 
3 DE LÁPIS E PAPEL AO TABLET 
 
4 OS TRÊS PONTOS EM COMUM DE TODAS AS SOLUÇÕES 
TECNOLÓGICAS PROJETADAS PARA O CAMPO EDUCACIONAL 
 
5 OS BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
 
Módulo 4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
2 DESAFIOS 
2.1 O desafio de atrair a atenção do aluno 
 
3 DESAFIO DOS DOCENTES NO SÉCULO XXI 
 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia da informação: conceitos e evolução 
 
 
 
 
Professor: Sílvia Cristina da Silva 
Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e 
Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São 
Paulo – 2017. 
Guia de Estudos – Módulo 01 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial 
 
 
Este primeiro módulo é voltado para o conhecimento da informação: 
conceitos e evolução. 
Nosso objetivo é que você amplie ainda mais seu conhecimento através 
deste estudo. 
Desse modo, percorreremos a respeito dos conceitos de TIcs nos últimos 
anos, bem como identificaremos as características delas e também abordar a 
relação das TICs e os professores. 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O uso da tecnologia é algo intrínseco à nossa própria natureza. Antes da 
existência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), outros recursos 
tecnológicos já eram utilizados, no entanto, o alcance e as consequências 
comunicativas são muito diferentes dos anteriores, tanto qualitativos como 
quantitativamente; a utilização nos ajuda a modificar o nosso meio ambiente, 
mas simultaneamente provoca transformações vertiginosas em nós mesmos, no 
nosso modo de pensar e no entendimento quando nos vemos refletidos em suas 
telas. BELLONI (2005). 
Tudo isso acontece em alta velocidade e com um impacto comparável ou 
superior às derivadas de outros desenvolvimentos tecnológicos fundamentais 
que levaram a evoluções de peso, como a imprensa, a máquina a vapor ou o 
uso de petróleo. BELLONI (2005). 
Para começar, consideramos, brevemente e genericamente, o que é a 
tecnologia de acordo com Wikipedia: 
 
“conjunto de conhecimentos técnicos, cientificamente ordenados, que 
permitem projetar e criar bens e serviços que facilitam a adaptação ao 
meio ambiente e satisfaçam as necessidades essenciais e os desejos 
da humanidade". 
 
É uma visão otimista que não reflete aspectos negativos, como a perda 
de empregos causada por avanços tecnológicos, o que nos leva a pensar que a 
tecnologia sempre beneficia nossas necessidades. 
 
 
 
O uso da tecnologia é algo intrínseco à nossa própria 
natureza. Antes da existência das Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TIC), outros recursos tecnológicos já eram 
utilizados, no entanto, o alcance e as consequências 
comunicativas são muito diferentes dos anteriores, tanto 
qualitativos como quantitativamente; 
 
 
 
Por nossa parte, entendemos que a Tecnologia se refere aos avanços 
que causam variações sociais derivadas da aplicação do conhecimento científico 
na criação de novos artefatos. Mudanças sociais que derivam, por sua vez, das 
ferramentas geradas pelas novidades científicas e pela indústria, entrando em 
uma espiral na qual não é claro determinar os papéis de causa e efeito. O 
presente trabalho propõe como objetivos analisar o conceito das Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TIC) e relacioná-las às principais características das 
TICs com base na sua importância e conexão com os últimos avanços. 
 
2 CONCEITOS DE TIC NOS ÚLTIMOS ANOS 
 
 A evolução no entendimento e definição das TIC mostram a existência de 
uma grande variedade terminológica. Denominações como Novas Tecnologias, 
Tecnologias de Informação e Comunicação, Tecnologias de Aprendizagem e 
Conhecimento, ou Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, aludem a 
esses conceitos de informação e comunicação, sendo o resultado da reflexão 
em um momento específico ou destacando alguns atributo em particular. 
 GIMENEZ (2000) destaca que: 
 
“Vivemos um período em que os avanços tecnológicos nos possibilitam 
formas de comunicação sem precedentes, e que modelos autoritários, 
centralizados, homogeneizantes vão sendo substituídos por formas 
descentralizadas, heterogeneizantes, plurais e democráticas de 
relacionamento.” 
(GIMENEZ, 2000, p. 42). 
 
 
O termo New Technologies (NNTT) é ambíguo. CASTELLS (2003). 
Durante anos, foi utilizado nos currículos das carreiras de ensino, no entanto, foi 
uma expressão criticada, especialmente desde meados dos anos noventa que 
apontou que a ideia de "novo", o adjetivo frequentemente fundamentado, parecia 
preceder a tecnologia, como se o fundamental fosse o aspecto romance. Por 
 
 
 
exemplo, a navegação na Internet através de páginas da Web é de cerca de 
duas décadas já. 
Podemos considerar que em um momento dado não é mais algo novo, 
devido à familiaridade que provoca. Isto é especialmente importante na mudança 
do ambiente das TIC, caracterizado por inovação permanente. BATCH (2013). 
É inegável que as novas tecnologias existem e existirão à medida que elas forem 
desenvolvidas. Portanto, a expressão NNTT foi gradualmente substituída por 
outras mais precisas. Obviamente, o mais importante é o que nos permite fazer 
usar a tecnologia, e não a novidade de sua aparência. BATCH (2013). 
 A seguir destaca-se os 10 autores mais conceituados que no último 
século têm abordado a respeito das TICs, de acordo com o site positivoceduc: 
 
Quadro 1: Lista dos principais livros que abordam as TICs 
 
#1 Educ@ar – a (r)evolução digital na educação 
Autora: Martha Gabriel 
Sobre: Na obra, a autora se propõe a auxiliar os professores a se sentirem preparados para 
acompanhar as tendências e possibilidades abertas pelos avanços da tecnologia na área 
educacional. 
#2 Tecnologias Digitais na Educação 
Organizadores: Robson Pequeno de Sousa, Filomena M. C. da S. C. Moita e Ana Beatriz Gomes 
Carvalho 
Sobre: O livro apresenta uma seleção de artigos produzidos nas monografias de estudantes de 
Especialização em Novas Tecnologias na Educação. 
#3 Novas tecnologias e mediação pedagógica 
Autores: José Manuel Moran, Marcos T. Masetto e Marilda Aparecida Behrens 
Sobre: Na publicação, os autores abordam a revisão do papel do professor frente as tecnologias 
digitais e a perspectiva da construção de novas propostas pedagógicas. 
#4 Educação com Tecnologia – Texto, Hipertexto e Leitura 
Autores: Mary Rangel e Wendel Freire 
Sobre: A publicação apresenta exemplos e sugestões sobre fundamentos, processos e uso de 
fontes de leitura para as escolas e para a formação docente inicial e continuada. 
 
 
 
 
#5 O que é o virtual? 
Autor: Pierre Lévy 
Sobre: A obra discute a virtualização do corpo e suas relações. 
#6 Educação e Tecnologias 
Autora: Vani Moreira Kenski 
Sobre: No livro, a autora discorre sobre as relações existentes entre a educação e as tecnologias. 
#7 Gamificação na Educação 
Organizadores: LucianeMaria Fadel, Vania Ribas Ulbricht, Claudia Batista e Tarcísio Vanzin. 
Sobre: Neste e-book, são abordados conceitos, indagações, aplicações e respostas 
relacionadas a gamificação na educação. 
#8 Dez Novas Competências Para Ensinar 
Autor: Philippe Perrenoud 
Sobre: Acreditando na pedagogia diferenciada, que atenda as dificuldades dos alunos 
individualmente, o autor indica uma série de competências que devem ser iniciadas, no 
educador, desde sua formação. 
#9 Psicologia da Educação Virtual 
Autores: César Coll e Carles Monereo 
Sobre: A obra apresenta uma profunda análise sobre o impacto das tecnologias da informação 
e da comunicação (TICs) em relação ao ensinar e aprender. 
#10 Guia Didático sobre as Tecnologias da Comunicação e Informação 
Autores: Daniela Melare Vieira Barros 
Sobre: O guia aborda temas relacionados a utilização da tecnologia na educação com enfoque 
na Educação a Distância. 
 
Fonte:https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras-
para-educador-era-digital/ 
 
 Diante disso, destacamos que em três décadas, nosso relacionamento 
com as máquinas mudou e as possibilidades de interação oferecidas por meios 
tão poderosos como a TV ou computadores e que variaram significativamente 
nas últimas décadas. A partir da década de 90, as menções de comunicação, a 
rede e as telecomunicações assumem maior importância. Lembre-se que, no 
início dos anos 90, a Internet começou a evoluir com o uso de servidores web 
BATCH (2013). 
https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras-para-educador-era-digital/
https://www.positivoteceduc.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/tecnologia-e-educacao-10-obras-para-educador-era-digital/
 
 
 
 
 
 
 
 Na segunda metade dos anos noventa, a importância do Hardware e 
Software foi enfatizada. De acordo com BATCH (2013), não se pode esquecer 
que o software ganhou um papel cada vez mais relevante, de ser um 
complemento na venda de hardware para um objeto de consumo por direito 
próprio. Era a época da emergência do Windows como sistema operacional. A 
expressão "Novas Tecnologias" começa a vacilar. Já no século 21, alguns 
autores e instituições reconhecem as TIC como um papel fundamental na 
sociedade, expressando seu potencial para criar novas possibilidades de 
comunicação e seu papel nos campos social, cultural e econômico. BATCH 
(2013). 
 Após o surgimento da Web 2.0, as redes sociais nos primeiros anos do 
século XXI e a proposta da UNESCO (2005) para a Sociedade do Conhecimento, 
pode-se observar como a comunicação e a gestão da informação para a sua 
transformação em conhecimento, tornam-se importantes nas concepções de 
TICs. Neste período há a reflexão à visão utópica da Sociedade do 
Conhecimento. Provavelmente seria mais realista considerar que eles têm o 
potencial de alcançar o que os autores reivindicam, ampliar o conhecimento e 
satisfazer as necessidades sociais. O interessante, como em outras concepções 
utópicas, como acontece com a noção de Sociedade do Conhecimento, é que 
eles podem indicar o que seria desejável. É necessário levar em consideração 
que os autores mais recentes enfatizam o imediatismo e a onipresença desses 
avanços em nossa sociedade, as características do que consideram a Web 3.0 
e que teria os smartphones onipresentes um dos seus eixos básicos. CASTELLS 
(2003). 
 
O termo New Technologies (NNTT) é ambíguo. CASTELLS 
(2003). Durante anos, foi utilizado nos currículos das 
carreiras de ensino, no entanto, foi uma expressão criticada, 
especialmente desde meados dos anos noventa que apontou 
que a ideia de "novo". 
 
 
 
Observamos que a maioria das definições sublinham um componente 
relacionado ao desenvolvimento tecnológico (dispositivos, indústria, etc.) e suas 
consequências para o gerenciamento de informações, nossa maneira de 
internalizar o meio ambiente, abordando a realidade e a comunicação. De forma 
sintética, entendemos as TICs como as ferramentas tecnológicas digitais que 
facilitam a comunicação e a informação, cujo perfil nos últimos anos é definida 
por sua ubiquidade, sua acessibilidade e sua interconexão com fontes de 
informação on-line. CASTELLS (2003). 
 
 
 
 
 
 Eles têm o potencial de melhorar a sociedade, mas seus 
desenvolvimentos e avanços não são necessariamente orientados por fins 
altruístas, mas subordinados a interesses econômicos. Seu impacto é profundo 
em nossa sociedade devido ao seu imediatismo e onipresença. CASTELLS 
(2002). 
 
 3 CARACTERÍSTICAS DAS TICs 
 
 É possível vermos como o armazenamento, processamento e 
transformação de informações são características comuns para a maioria dos 
autores, com os quais eles estão cada vez mais se aproximando do 
gerenciamento do conhecimento, superando a mera informação. ABDALA 
(1999). 
#9 Psicologia da Educação Virtual 
Autores: César Coll e Carles Monereo 
Sobre: A obra apresenta uma profunda análise sobre o impacto 
das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) em 
relação ao ensinar e aprender. 
 
 
 
Ele ressalta que em relação à imaterialidade, referente ao fato de que a 
matéria-prima é informação, geração e processamento de informações, ou seja, 
para ele estamos em um mundo interligado, onde todas as informações podem 
ser localizadas, expostas, trocadas, transferidas, recebidas, Vender ou comprar 
em qualquer lugar, em tempo real. A economia depende mais do que nunca da 
informação. 
Já em termos de Interatividade, entendida como ilimitada (Adell, 1998), as 
TIC permitem ao usuário uma interação total, pois não só permitem elaborar 
mensagens, mas também decidir a sequência de informação a seguir, 
estabelecer o ritmo, quantidade e complexidade de a informação que deseja e 
escolha o tipo de código com o qual deseja estabelecer relacionamentos com as 
informações. Esta é uma característica que podemos considerar vital na Web 
2.0, transformando os usuários em potenciais. 
Outra característica das TIC para ABDALA (1999) é a instantaneidade da 
informação, com a que as barreiras temporais e espaciais das nações e das 
culturas estão quebradas, pois nosso mundo é menor e o acesso à informação 
muito mais rápido do que nos tempos anteriores. Este aspecto se destaca no 
que se conhece como Web 3.0, uma evolução da Web 2.0, mas destacam a 
dificuldade dos Estados em controlar o fluxo de informações, uma vez que as 
TICs dificultam as fronteiras, facilitando o controle e a legislação sobre o 
ciberespaço. Para ele, a eliminação de barreiras temporárias é a característica 
mais relevante da perspectiva educacional; favorece a aprendizagem 
independente e a autoaprendizagem colaborativa e grupal. 
Para Lopes (2009): 
 
[...] capacidade tecnológica e desenvolvimento regional influenciam-se 
reciprocamente: a um padrão elevado espacial de adoção de novas 
tecnologias será de esperar que correspondam novas atividades 
inovadoras, originando novas estruturas territoriais, através da 
instalação de empresas mais avançadas ou da reestruturação das 
existentes, mais eficientes e competitivas. 
(LOPES, 2009, p.1000). 
 
 
 
 
Por outro lado, as Tecnologias de Informação e Comunicação estão 
associadas à Inovação, uma vez que buscam melhoria, mudança e melhoria 
qualitativa e quantitativa de seus predecessores. Isso causa um problema devido 
à capacidade limitada da sociedade ou das diferentes gerações para incorporar 
e assimilar as tecnologias que surgem e que podem originar atitudes negativas. 
CASTELLS (2003). 
Outra característica é os altos parâmetros de imagem e qualidade de som, 
porque o objetivo das TIC não é apenas lidar com informações rapidamente e 
poder transportá-las para lugares distantes, mas a qualidade e a confiabilidade 
da informação são altas. Dado isto, a qualidade da imagem dos SmartTVs, Mp3 
/ Mp4 players, tablets, telefones celulares, etc., fala por si só sobrea capacidade 
dos equipamentos destinados ao consumo interno. CASTELLS (2003). 
 
 
 
 
 
 
 Quanto à digitalização, uma característica intrinsecamente conectada 
com imaterialidade e instantaneidade, é entendida como a capacidade de 
transformar informações codificadas de forma análoga em códigos numéricos, 
facilitando sua manipulação e distribuição; devemos salientar que favorece a 
transmissão de todos os tipos de informação através dos mesmos canais, o que 
nos facilita o compartilhamento de arquivos, a realização de cópias múltiplas com 
a mesma qualidade, etc. GIMENEZ (2002) 
Além disso, as TIC são caracterizadas pela influência dos processos nos 
produtos, ou seja, eles afetam mais aos processos do que aos produtos, para 
que possamos obter certos resultados informativos e até mesmo permitir um 
 
Outra característica das TIC para ABDALA (1999) é a 
instantaneidade da informação, com a que as barreiras 
temporais e espaciais das nações e das culturas estão 
quebradas, pois nosso mundo é menor e o acesso à 
informação muito mais rápido do que nos tempos 
anteriores. 
 
 
 
maior desenvolvimento dos processos envolvidos na obtenção dos referidos 
resultados. Nossa forma de trabalhar, estudar ou comunicar é transformada. 
CASTELLS (2003), destaca que: 
 
“Em referência à interconexão, as TIC têm uma alta possibilidade de 
inter-relação, mesmo que sejam apresentadas de forma independente. 
A união de diferentes tecnologias tem um impacto maior do que as 
tecnologias individuais. Isto se qualifica como multidirecionalidade e 
multiformato e hoje vemos que é uma característica que ganhou mais 
peso.” 
(CASTELLS, 2003, p. 34). 
 
Finalmente, as TIC são caracterizadas pela diversidade de funções que 
podem desempenhar (de armazenar informações para permitir a interação entre 
usuários), sem esquecer que a incorporação de novos equipamentos (câmera, 
GPS, etc.) multiplica essa diversidade, sendo os smartphones o exemplo mais 
diário e generalizado, cujo número de aplicativos aumenta exponencialmente. 
 
4 AS TICs E OS PROFESSORES 
 
 Como vimos, as TICs (tecnologias de informação e comunicação) podem 
ser consideradas como um conceito dinâmico. Por exemplo, no final do século 
XIX, o telefone pode ser considerado uma nova tecnologia de acordo com as 
definições atuais. Esta mesma consideração poderia ser aplicada à televisão 
quando apareceu e se tornou popular na década de 1950. No entanto, essas 
tecnologias hoje não seriam incluídas em uma lista de TICs e é muito possível 
que os computadores não possam mais ser qualificados como novas 
tecnologias. Apesar disso, em um conceito amplo, pode-se considerar que o 
telefone, a televisão e o computador fazem parte das chamadas TICs, pois são 
tecnologias que favorecem a comunicação e o intercâmbio de informações no 
mundo de hoje. GIMENEZ (2000). 
 
 
 
 
 
Após a invenção da redação, os primeiros passos para uma sociedade da 
informação foram marcados pelo telégrafo elétrico, seguido de telefone e 
radiotelefonia, televisão e internet. Telefonia móvel e GPS associaram a imagem 
com o texto e a palavra "sem cabos". Internet e televisão são acessíveis no 
celular, que também é uma máquina fotográfica. GIMENEZ (200)). A associação 
de tecnologia da informação e telecomunicações na última década do século 20 
beneficiou da redução dos componentes, permitindo a produção de dispositivos 
"multifuncionais" a preços acessíveis desde 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
O uso das TIC não pára de evoluir e se espalhar, especialmente nos 
países ricos, de tal forma que a diferença digital e social e a diferença entre 
gerações estão acentuando muito mais. Da agricultura de precisão e gestão 
florestal ao monitoramento global do meio ambiente planetário ou 
biodiversidade, a democracia participativa (as TICs a serviço do 
desenvolvimento sustentável) através da educação, comércio, telemedicina, 
informação, gestão de bases de dados múltiplas, a bolsa de valores, a robótica 
e os usos militares, sem esquecer a ajuda para pessoas com deficiência (por 
exemplo, pessoas cegas que utilizam sintetizadores vocais avançados), as TICs 
tendem a ocupar um lugar crescente na vida humana e o funcionamento das 
sociedades. 
 
“Em referência à interconexão, as TIC têm uma alta 
possibilidade de inter-relação, mesmo que sejam apresentadas 
de forma independente. A união de diferentes tecnologias tem 
um impacto maior do que as tecnologias individuais. Isto se 
qualifica como multidirecionalidade e multiformato e hoje vemos 
que é uma característica que ganhou mais peso.” 
(CASTELLS, 2003, p. 34). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns temem, também, uma perda de liberdade individual e grupal (efeito 
"Big Brother", aumentando a intrusão de publicidade indesejada. Os 
prospectivistas pensam que as TICs devem ter um lugar crescente e podem ser 
a origem de um novo paradigma de civilização. BELLONI (2005). 
Em se tratando das TICs na escola, o treinamento é um elemento 
essencial no processo de incorporação de novas tecnologias nas atividades 
diárias, e o avanço da sociedade da informação será determinado. O e-learning 
é o tipo de educação que se caracteriza pela separação física entre o professor 
(tutor ou conselheiro) e o aluno, e que usa a Internet como canal de distribuição 
do conhecimento e como meio de comunicação. Os conteúdos do e-learning 
estão focados nas áreas técnicas. Através desta nova maneira de ensinar o 
aluno e o professor pode gerenciar seu tempo, falamos sobre uma educação 
assíncrona. 
KENSKI (2012) destaca que: 
 
“Interagir com as informações e com as pessoas para aprender é 
fundamental. Os dados encontrados livremente na internet 
transformam-se em informações pela ótica pelo interesse e pela 
necessidade com que o usuário os acessa e os considera. Para a 
transformação das informações em conhecimentos é preciso um 
trabalho processual de interação, reflexão, discussão, crítica e 
ponderações que é mais facilmente conduzido quando partilhado com 
outras pessoas. As trocas entre colegas, os múltiplos posicionamentos 
diante das informações disponíveis , os debates e as análises críticas 
auxiliam a compreensão e a elaboração cognitiva do individuo e do 
grupo”. 
(KENSKI, 2012, p.122) 
 
 
As TIC são caracterizadas pela diversidade de funções que 
podem desempenhar (de armazenar informações para permitir 
a interação entre usuários), sem esquecer que a incorporação 
de novos equipamentos (câmera, GPS, etc.) multiplica essa 
diversidade, sendo os smartphones o exemplo mais diário e 
generalizado, cujo número de aplicativos aumenta 
exponencialmente. 
 
 
 
Tudo isso também introduz o problema da capacidade limitada da escola 
para absorver novas tecnologias. Nesse sentido, outro conceito de Novas 
Tecnologias é a Nova Tecnologia Aplicada à Educação (NTAE). O uso dessas 
tecnologias, entendida como recursos para o ensino como meio de 
aprendizagem e de comunicação e expressão, bem como objeto de 
aprendizagem e reflexão. Praticamente, a maioria dos professores é favorável 
ao uso das TICs e acredita que seu uso acabará generalizando entre 
professores. COSTA (2009) 
Entre os benefícios mais claros que a mídia traz para a sociedade é o 
acesso à cultura e à educação, onde os avanços tecnológicos e os benefícios 
da era da comunicação trazem equilíbrio e previsões extraordinariamente 
positivas. Alguns especialistas sublinham que deve haver uma relação entre as 
informações fornecidas e a capacidade de assimilação das pessoas, portanto, é 
conveniente proporcionar uma educação adequada no uso desses poderosos 
meios de comunicação. COSTA (2009). 
Desse modo, vale destacar que a UNESCO considera que as TIC ajudam 
a alcançar o acesso universal à educação e a melhorar a igualdade e a qualidade 
da educação; eles também contribuem para o desenvolvimento profissional dos 
professores e para a melhoria do gerenciamento da educação,governança e 
administração, desde que as políticas, tecnologias e capacidades adequadas 
sejam aplicadas. 
Isso implica que os professores precisam estar preparados para capacitar 
os alunos com as vantagens oferecidas pelas TICs. As escolas e as salas de 
aula devem ter professores que possuam as competências e recursos 
necessários no campo das TICs e que possam efetivamente ensinar os assuntos 
necessários, integrando seus conceitos e habilidades ao mesmo tempo. 
Simulações interativas, recursos educacionais digitais e abertos (REA), 
ferramentas sofisticadas de coleta e análise de dados são alguns dos recursos 
que permitem aos professores oferecer aos seus alunos possibilidades 
inimagináveis para assimilar conceitos. É por isso que a UNESCO desenvolveu 
Padrões de Competências para Professores que procuram harmonizar a 
formação de professores com os objetivos nacionais de desenvolvimento. Para 
 
 
 
isso, foram definidos três fatores de produtividade: aprofundar o capital, melhorar 
a qualidade do trabalho e inovar tecnologicamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 Sendo assim, para alcançar o acima, a UNESCO propõe inicialmente a 
criação de indicadores que, ao mesmo tempo que há a homologação, mostram 
resultados reais dos fenômenos que podem ser traduzidos em políticas voltadas 
para os objetivos estabelecidos. 
Existem diferentes ferramentas de TICs para os professores usarem em suas 
salas de aula. Entre eles, de acordo com COSTA (2009) estão: 
 
1. Organizar e animar situações de aprendizagem 
 
2. Gerencie a progressão da aprendizagem 
 
3. Desenvolver e desenvolver dispositivos de diferenciação 
 
4. Envolver os alunos na aprendizagem e no trabalho 
 
5. Trabalhar em equipe 
 
6. Participar no gerenciamento da escola 
 
7. Informar e envolver os pais 
 
8. Usar novas tecnologias 
 
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão 
 
10. Organize o treinamento contínuo em si. 
 
Desse modo, vale destacar que a UNESCO considera 
que as TIC ajudam a alcançar o acesso universal à educação 
e a melhorar a igualdade e a qualidade da educação; eles 
também contribuem para o desenvolvimento profissional dos 
professores e para a melhoria do gerenciamento da educação, 
governança e administração, desde que as políticas, 
tecnologias e capacidades adequadas sejam aplicadas. 
 
 
 
 
Sendo assim, na vida da sociedade moderna, a tecnologia é 
indispensável. Na verdade, a maioria dos esforços científicos está focada na 
criação de novas tecnologias que atendam às necessidades da sociedade e 
elevem o nível de bem-estar. Isso no papel, porque a tecnologia nem sempre é 
usada para o propósito pretendido ou projetada para melhorar a vida humana 
(há exceções importantes, como tecnologias de guerra), mas sempre uma 
tecnologia atende a necessidade. 
Sendo assim, ligada às grandes necessidades da humanidade, as 
tecnologias de grande valor sempre apareceram. Para a necessidade de 
comunicação humana, o telefone, a televisão, a rádio, a internet... Com as 
necessidades de saúde, surgiram progressos em cirurgia, medicina geral, 
análises clínicas ... Com as necessidades econômicas emergiram novas 
tecnologias industriais, tecnologias de processo, de extração ... E para que 
possamos continuar até o infinito, porque não existe uma área na qual a 
tecnologia não esteja presente: seja econômico, industrial, social, político, 
científico, legislativo, educacional ... etc., na medida em que se permite uma 
melhora do resultado final ou uma simplificação dos processos intermediários, a 
tecnologia disponível possui vários conceitos modernos de ecologia e 
sustentabilidade que se baseiam através da melhoria contínua das tecnologias 
utilizadas na indústria para evitar a contaminação. LOPES (2009) 
 
 
 
 
 Logo, este termo anterior mudou nos últimos anos o antigo conceito de 
tecnologia como um potenciador do desempenho final. Antes das novas técnicas 
procuradas diretamente, o maior benefício possível, especialmente para ser 
desenvolvido em 99% dos casos por e para empresas que buscam desempenho 
econômico, os grandes problemas posteriores à revolução industrial, incluindo 
... E para que possamos continuar até o infinito, porque não 
existe uma área na qual a tecnologia não esteja presente: 
seja econômico, industrial, social, político, científico, 
legislativo, educacional ... etc 
 
 
 
não apenas os sociais, mas também os ambientais, são um claro exemplo da 
erroneidade dessa abordagem, ou seja, hoje em dia, tentamos não só aumentar 
a produção, mas também fazer com que as novas tecnologias cuidem de outros 
aspectos, como o aspecto social, o bem-estar dos próprios trabalhadores ou o 
benefício ambiental. LOPES (2009). 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como pudemos perceber, para concluir, a nossa compreensão das TICs 
variou ao longo do tempo, devido aos avanços rápidos que ocorrem. Esta é uma 
consequência dos desenvolvimentos tecnológicos nos mais altos representantes 
das TICs: computadores, computadores, internet e smartphones. Seu impacto 
social atual é inegável. As características dessas tecnologias estão ganhando 
diferentes graus de proeminência ao longo do tempo e nos últimos anos incluem 
o seguinte: instantaneidade, interatividade, interconexão e diversidade, sem 
assim desaparecer outras características que podemos considerar básicas ou 
fundamentais. 
Talvez a coisa mais notável nesta evolução seja a amplificação de uso, 
ramificação e desenvolvimento. Nesse sentido, é de salientar que a evolução 
diacrônica passa da mera recepção, informação e armazenamento, à 
transformação do recebido para gerar um novo conhecimento: gerenciamento 
de informação e conhecimento. 
Sendo assim, a aproximação da informação ao conhecimento e a abertura 
de um conhecimento artificial e automático são os desafios e as portas do futuro 
no campo conceitual das Tecnologias de Informação e Comunicação. 
Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca 
constante por conhecimento e informação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologias aplicadas à educação: da teoria à prática 
 
 
 
 
Professor: Sílvia Cristina da Silva 
 
Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e 
Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São 
Paulo – 2017. 
Guia de Estudos – Módulo 02 
 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conversa Inicial 
 
 
Este segundo módulo é voltado para o aprendizado das tecnologias 
aplicadas à educação. Nosso objetivo é que você amplie ainda mais seu 
conhecimento nessa área. 
Desse modo, percorreremos a respeito do contexto atual das práticas 
educacionais, bem como abordaremos a tecnologia como objeto de 
conhecimento e estudo: teoria x prática. Logo, destacaremos a respeito da 
tecnologia como um cenário virtual para ensino e aprendizagem e a tecnologia 
como ferramenta para fortalecer habilidades meta-cognitivas. 
Finalmente, abordaremos a questão dos pilares de treinamento de 
professores, destacando o lado positivo de se utilizar as novas tecnologias no 
âmbito escolar. 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estão passando por 
nossas vidas, mudando nossas visões de mundo e modificando os padrões de 
acesso ao conhecimento e à interação interpessoal. Gradualmente, elas foram 
incorporadas nos projetos curriculares de todos os níveis de educação formal e 
não formal. 
Esta incorporação tem um pilar crítico que a Universidade deve lidar: a 
formação de professores. Esses espaços de treinamento são influenciados por 
dilemas que surgem do pensamento das TICs como objeto de conhecimento e 
como ferramenta didática. Além da necessária desconstrução do modelo de 
ensino que é essencial no momento de pensar criticamente na inclusãodessas 
ferramentas. 
 
 
 
 
 
 
Este estudo descreve o cenário atual das novas tecnologias digitais e os 
desafios que representam para o ensino, ou seja, as tecnologias aplicadas à 
educação desde sua teoria à prática Ressignificar o papel do professor é 
fundamental para fazer uma inclusão significativa da tecnologia nos espaços de 
ensino. O fortalecimento do seu treinamento parece ser o caminho. 
 
 
 
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) estão 
passando por nossas vidas, mudando nossas visões de 
mundo e modificando os padrões de acesso ao conhecimento 
e à interação interpessoal. 
 
 
 
2 CONTEXTO ATUAL DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS 
 
 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) passaram por todos 
os aspectos de nossas vidas, mudando nossa visão do mundo. Como resultado, 
os padrões de acesso ao conhecimento e às relações interpessoais também 
foram modificados e tornados mais complexos. 
Muito tem escrito sobre o tema das mudanças tecnológicas, sobre as 
diferentes visões a respeito da realidade e as consequências que essas 
mudanças produzem e produzirão no desenvolvimento das ciências e no 
fortalecimento do trabalho interdisciplinar e multidisciplinar. Podemos ver que o 
mundo está se transformando rapidamente, e com isso todas as atividades 
humanas. A rapidez com que algumas dessas mudanças ocorrem em todos os 
níveis, tanto no plano científico quanto tecnológico, geográfico, político e mesmo 
moral, nos afeta e nos obriga a realizar esforços de adaptação importantes e 
permanentes. 
 
 
Este mundo tecnológico, cada vez mais complexo, nos desafia a retornar, 
mais uma vez, às ideias de aprendizagem e ensino. Acreditamos que, nesse 
ponto, poderemos basear uma reflexão oportuna sobre como incluir tecnologias 
em nossas práticas de ensino. Essa reflexão deve ter um duplo significado de 
acordo com KENSKI (2012): 
 
- Reflexão epistemológica: implica pensar sobre o que são tecnologias de 
informação e comunicação, o que elas implicam na realidade, para o que elas 
são, como elas podem ser usadas (dependendo da situação educacional, 
valores éticos, etc.). 
Podemos ver que o mundo está se transformando 
rapidamente, e com isso todas as atividades humanas 
 
 
 
- Reflexão pragmática: a partir do conhecimento dessas novas tecnologias, é 
necessário analisar como é possível aprimorar seu uso de acordo com diferentes 
contextos de ensino e aprendizagem. 
 
Esta última reflexão nos posiciona em uma necessária desconstrução de 
nossas práticas de ensino, indo para as concepções implícitas sobre o que 
acreditamos ser e aprender a ensinar e quais são nossos modelos implícitos de 
aluno e professor. 
Vale destacar que os novos contextos tecnológicos e a necessidade de 
melhorar a qualidade das ofertas educacionais em todos os níveis de educação 
(neste caso, vamos nos concentrar na formação de professores) apoiam a 
necessidade de incorporar as TICs nas situações educacionais. Mas: quais 
poderiam ser os caminhos possíveis para esta incorporação? Como preparamos 
professores para que possam acompanhar essa mudança? 
 
 
 
 
 
 
 
 Acreditamos que um possível plano de formação de professores para 
abordar o uso das TIC na educação deve basear-se em três pilares de acordo 
com KENSKI (2012): 
 
1. Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo. 
2. Tecnologia como um cenário virtual para ensino e aprendizagem. 
3. Tecnologia como ferramenta que fortalece habilidades metacognitivas. 
 
- Reflexão epistemológica: implica pensar sobre o que são 
tecnologias de informação e comunicação, o que elas 
implicam na realidade, para o que elas são, como elas podem 
ser usadas (dependendo da situação educacional, valores 
éticos, etc.). 
 
 
 
 
Vamos lidar com alguns pontos críticos que surgem ao considerar a 
inclusão de tecnologias nesses sentidos desde a sua teoria até sua prática. 
 
2.1 Tecnologia como objeto de conhecimento e estudo: teoria x prática 
 
 A reflexão sobre a estrutura e os princípios operacionais das tecnologias 
devem estar presentes no treinamento de professores. Por exemplo, como 
sujeito ou visão transversal de uma área de assunto dentro do currículo de 
treinamento de professores. Em nossa realidade brasileira, o treinamento sobre 
a tecnologia recebida pelos professores é escasso ou inexistente. Portanto, a 
visão que eles apoiam é meramente artefatual e, em muitos casos, é 
acompanhada de um olhar tecnofóbico que nos afasta da necessária reflexão 
crítica que deve nos acompanhar nesse caminho. KENSKI (2012). 
Devemos ser realistas e não acreditar que é possível treinar especialistas 
no uso de todas as tecnologias, mas profissionais críticos e responsáveis nesta 
área. Nós aderimos a essas concepções que se concentram na tecnologia 
educacional como "modo de olhar e pensar sobre a realidade" BELLONI (2005). 
 
 
 
 
 É por isso que a nossa posição baseia-se no ensino para pensar sobre 
tecnologias. 
 
 
 
 
A reflexão sobre a estrutura e os princípios 
operacionais das tecnologias devem estar presentes no 
treinamento de professores. Por exemplo, como sujeito 
ou visão transversal de uma área de assunto dentro do 
currículo de treinamento de professores. 
 
 
 
 3 TECNOLOGIA COMO UM CENÁRIO VIRTUAL PARA ENSINO E 
APRENDIZAGEM 
 
 Este segundo caminho da formação de professores requer a análise dos 
novos cenários que surgiram como resultado da "hibridização" dos chamados 
modelos de ensino tradicional, representados pela educação presencial e 
educação a distância como duas manifestações diferentes e até mesmo até 
certo ponto. 
Compreender que a tecnologia nos ajuda a construir novos cenários de 
interação e ensino nos permite ver três variáveis interdependentes, segundo 
KENSKI (2012): 
 
a) A mudança no papel dos professores e alunos envolvidos no trabalho com as 
TICs. 
b) Mudanças no perfil e treinamento de professores. 
c) As estratégias de aprendizagem dos alunos. 
 
O trabalho com as TICs supõe um novo papel do professor e do aluno 
dentro da classe. É oportuno, neste momento, citar as características do 
paradigma tecnológico de acordo com CASTELLS (2002). 
A tabela a seguir, de acordo com KENSKI (2012) estabelece uma 
comparação entre modelos educacionais tradicionais e alternativos, 
incorporando TICs: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro I: As TICs e os modelos educacionais tradicionais e alternativos 
Modelos 
tradicionais 
Novos Modelos Implicâncias Tecnológicas 
Classes, tutorias Trabalho exploratório Redes de informação 
Uso limitado de 
meios 
Expansão de meios TICs e multimídia 
Trabalho individual. 
Aprendizagem cooperativo, ativo e 
em equipes 
Aplicações tecnológicas. Habilidades 
meta-cognitivas 
Professor 
omnisciente 
Professor como guia Redes de informação 
Conteúdos estáticos Rápida e permanente atualização Conteúdos dinâmicos e mediatizados 
Homogeneidade Personalização Variedade de métodos e TICs 
Fonte: elaborado pela autora com base em Dowbor (1993) apud Mercado (1999) 
 
 Esta mudança de cenário, de acordo com Dowbor (1993) apud Mercado 
(1999) torna possível pensar em contextos não convencionais para ensinar e 
aprender, tais como: 
 
- As listas de interesse, onde os participantes interagem, explicando suas 
opiniões sobre um assunto a ser discutido por e-mail. 
- Projetos colaborativos virtuais: blog, wikis, etc. 
- Revistas virtuais. 
 
 
 
 
 
 
Desse modo, essas ferramentas tecnológicas pressupõem um novo papel 
para os professores e os alunos e baseiam-se na garantia de que a 
aprendizagem deve ter como pilar a promoção do pensamento crítico e no 
desenvolvimento de estratégias de apropriação e ressignificação do 
conhecimento. A internet está se tornando cada vez mais a nova linguagem de 
alfabetização, na qual todos devemos tomar partido. E se a usamos para ensinar, 
devemos começar por entender que o processo precisaser revisado e 
reconstruído à luz de novas racionalidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 3.1 Tecnologia como ferramenta para fortalecer habilidades meta-
cognitivas 
 
 Finalmente, chegamos a um dos principais temas da pesquisa atual: as 
estratégias de aprendizagem que são implementadas através das TICs. Sem a 
intenção de esgotar aqui este aspecto fundamental da pesquisa no campo da 
psicologia educacional, podemos fazer o seguinte contributo, de acordo com 
NÓVOA (2001): 
 
Estratégias básicas para a aprendizagem autônoma, são: 
 
- Exprimir suas ideias efetivamente por via oral e por escrito 
- Compreender e construir textos verbais e escritos coerentes 
- Manusear informações de diferentes fontes 
Compreender que a tecnologia nos ajuda a construir novos 
cenários de interação e ensino nos permite ver três variáveis 
interdependentes, segundo KENSKI (2012): 
a) A mudança no papel dos professores e alunos envolvidos 
no trabalho com as TICs. 
b) Mudanças no perfil e treinamento de professores. 
c) As estratégias de aprendizagem dos alunos. 
 
 
 
 
- Extrair inferências e aplicar o raciocínio lógico 
- Construir visões integrantes da realidade 
- Usar o trabalho racional e os hábitos de estudo 
- Dialogar (em contextos de interação real e virtual) 
- Trabalhar em colaboração com outros (em contextos de interação real e virtual) 
 
 
 
 
 
 
 
Estratégias básicas para o processamento de informações, são: 
 
- Sintetizar e expandir a informação de forma flexível, mantendo o seu significado 
- Codificar e decodificar vários sistemas simbólicos 
- Capturar e aproxima a complexidade do cognitivo e o atitudinal 
- Desvendar estruturas complexas 
- Explorar diferentes opções de pesquisa 
- Reconhecer informações incompletas e tomar decisões com base nela 
- Adotar lógicas polivalentes para entender a complexidade (superando as 
dicotomias sim / não, verdadeiro / falso) 
- Perceber links e múltiplas relações 
- Transferir conhecimento para novos contextos 
- Assumir a incerteza, típica da complexa realidade em que nos movemos 
- Distinguir, na informação, os dados das inferências e dos julgamentos. 
- Reconhecer os quadros das referências ideológicas e culturais que 
condicionam 
- Interpretar da realidade 
Desse modo, essas ferramentas tecnológicas pressupõem 
um novo papel para os professores e os alunos e baseiam-
se na garantia de que a aprendizagem deve ter como pilar a 
promoção do pensamento crítico e no desenvolvimento de 
estratégias de apropriação e ressignificação do 
conhecimento. 
 
 
 
- Compreender o conhecimento como provisório 
- Reconhecer a complexidade intrínseca das redes de conhecimentos e 
conhecimento. 
 
Atitudes, são: 
 
- Disposição e abertura para explorar artefatos e extrair conhecimento de novos 
- experiências tecnológicas 
- Não sentir frustração com o conhecimento inacabado e provisório 
- Curioso e exploratório, favorável à manipulação e experimentação 
- Ativo e não conformista 
- Proclive to change and growth 
- Planejador de novas experiências 
- Reversível, sem medo de erro 
 
 
 
 
 
 
 3.2 Pilares de Treinamento de Professores 
 
 Apresentamos a seguir as bases teóricas sobre as quais, acreditamos que 
a formação de professores deve basear-se na sua relação com as TICs. 
Apresentaremos nesta seção um possível esboço de um plano de treinamento 
de professores. Acreditamos que você deve considerar as seguintes etapas, de 
acordo com o entendimento de DOWBOR (1993) apud MERCADO (1999): 
 
 
Algumas das estratégias básicas para a aprendizagem autônoma, 
são: 
- Exprimir suas ideias efetivamente por via oral e por escrito 
- Compreender e construir textos verbais e escritos coerentes 
- Manusear informações de diferentes fontes 
 
 
 
 
Fase 1: Diagnóstico 
 
Nesta fase, é essencial investigar quais experiências no uso das TIC feitas pelos 
professores e o treinamento que eles têm em referência a este tópico. 
 
Fase 2: espaço de treinamento "Generalidades do uso da tecnologia na 
educação" 
Conceitos de ensino e aprendizagem. Teorias 
Conceito de Tecnologia Educacional e TICs 
Conceitos básicos de didática educacional e comunicação 
 
Estágio 3: Espaço de treinamento "Educação a distância: uso de ambientes 
educacionais digitais" 
 
Conceitos associados à inclusão das TIC na educação: aprendizado prolongado, 
aprendizagem mista, ensino à distância. 
Subsistemas que compõem um Sistema de Educação a Distância (SEAD). 
Projeto de propostas de ensino mediadas. Como começar: decisões iniciais no 
projeto de uma proposta mediada por ambientes tecnológicos 
 
Estágio 4: Espaço de Treinamento "Treinamento de Tutores" 
 
Papel do tutor 
Tipos de tutoriais em propostas educativas que incluem TICs 
Competências do tutor 
Tarefas do tutor 
 
Estágio 5: espaço de treinamento "Uso de espaços colaborativos no ensino de 
línguas" 
 
 
 
 
 
 
O espaço colaborativo como desafio metodológico na construção de discursos 
Análise de espaços da Web 2.0: blogs, wikis, Facebook, Twitter, Second Life, 
etc. do ponto de vista didático e comunicacional. 
O papel dos avatares, personagens, agentes no ensino neste tipo de ambiente 
A avaliação e acompanhamento 
 
Etapa 6: Diretrizes para a transferência 
 
Como resultado dos espaços de treinamento, os professores obterão uma 
proposta de intervenção didática que inclua o uso das TICs. Esta proposta pode 
ser uma nova proposta ou a melhoria de uma já implementada pelo professor 
(que deve aparecer no estágio 1, diagnóstico). Portanto, para ele, o estágio de 
transferência baseia-se na implementação das propostas trabalhadas na 
primeira etapa. 
Acreditamos que o plano sintetiza nossas ideias sobre a formação de 
professores no âmbito da Universidade: primeiro refletir sobre essas ferramentas 
e desconstruir o modelo de ensino à luz das teorias e novas pesquisas e, em 
seguida, gerar intervenções de tecnologia educacional que são implementadas 
na sala de aula para serem avaliados e ressignificados. 
 
4 LADO POSITIVO DE SE UTILIZAR AS NOVAS 
TECNOLOGIAS NO ÂMBITO ESCOLAR 
 
 De acordo com BELLONI (2008): 
 
“A integração das tecnologias da informação e comunicação (TIC) aos 
processos educacionais é uma das transformações necessárias à 
escola para que esteja mais em sintonia com as demandas geradas 
pelas mudanças sociais típicas da sociedade contemporânea de 
economia globalizada e cultura mundializada.” 
(BELLONI, 2008, P. 100). 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiz3sns-qPPAhUMjpAKHQlYChAQjRwIBw&url=http://www.conteudounico.com/criacao-conteudo/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNG2hMzxdekafrzSQQzHpVI3YFi5LQ&ust=1474667543918239
 
 
 
O professor como mediador e não mais interventor do processo de educar 
precisa de forma rápida utilizar das tecnologias integrando-as ao processo de 
ensino aprendizagem. BELLONI (2008) afirma que alguns requisitos são 
necessários para isso, tais como: 
 
1. Produtividade: 
O bom uso das Novas Tecnologias melhorou muito nossa 
produtividade. Novas ferramentas estão constantemente a sair sem 
outro propósito a não ser simplificar o nosso trabalho. Na verdade, 
quanto mais dominarmos essas ferramentas, mais produtivas 
seremos. Com isso, não quero dizer que quanto mais produtivos 
estejamos, mais trabalharemos. Quando me refiro a ser mais 
produtivo, quero dizer que algumas tarefas foram simplificadas 
consideravelmente e isso nos permitiu aproveitar um tempo que não 
tínhamos antes. Um tempo que, no meu caso, por exemplo, dedico à 
aprendizagem de programas, aplicativos, plataformas virtuais que 
melhoram dia a dia minhas sessões de ensino. Quanto maior a 
produtividade, mais tempo nós teremos para nós mesmos. Então cada 
um decidirá como e em que investir. Em muitas ocasiões, os 
professores caem no erro de que aprender uma ferramenta envolverá 
um tempo que não temos e,pessoalmente, acho que essa é uma 
abordagem errada. Dominar as ferramentas que usamos regularmente 
significa que podemos otimizar e gerenciar melhor nosso tempo. O 
tempo é ouro como eu gosto de dizer. 
(BELLONI, 2008, p. 104). 
 
2. Aprendizagem 
 
Para Belloni as Novas Tecnologias mudaram radicalmente a nossa forma 
de aprender, bem como a nossa forma de ensinar. Pouco a pouco, há uma 
tendência que está transformando a mensagem unidirecional do professor em 
uma mensagem bidirecional em que é o aluno que aprende a aprender através 
dos recursos que fornecemos dentro e fora da sala de aula. 
Ele aduz que os professores devem dar um passo à frente e implementar 
plenamente o uso de Novas Tecnologias na sala de aula. Somente quando a 
realizarmos, para ele, será quando começaremos a realizar uma Educação 
verdadeiramente revolucionária, uma revolução na qual a aprendizagem do 
século XIX se transformará através das Novas Tecnologias em um aprendizado 
baseado em cooperação, em respostas múltiplas, em verdades relativas, onde 
 
 
 
 
a verdade inquestionável do professor será transformada pela aprendizagem de 
inteligências múltiplas. 
 
3. Perspectiva 
 
Ao se referir à perspectiva dentro das Novas Tecnologias, Bellone se 
refere a que existem modelos de aprendizagem que devem ser superados pouco 
a pouco. A verdade absoluta e inquestionável do professor ou de um livro de 
texto deve ser concebida como obsoleta. Em muitas ocasiões, o erro é feito para 
acreditar que a verdade sobre um aprendizado ou conhecimento começa e 
termina na sala de aula. Para ele é uma abordagem incorreta. Precisamente, as 
Novas Tecnologias nos mostraram que existe um mundo além das quatro 
paredes que compõem uma sala de aula. Elas derrubam essas paredes e abre 
para outros tipos de conhecimento e aprendizagem, outras verdades e outras 
realidades. 
 
 
 
 
 
 
 4. Sociabilidade 
 
Belloni destaca que o ser, como é ser social, precisa se relacionar com 
outros seres para o seu desenvolvimento adequado. Nesse sentido, a chegada 
das redes sociais tornou a Educação uma área em que as questões sociais 
assumem grande importância. Ele remete que tem a sensação de que as redes 
sociais permitiram o intercâmbio de informações e conhecimento. Plataformas 
como o Google + e suas comunidades de aprendizado, a Página de fãs do 
Os professores devem dar um passo à frente e implementar 
plenamente o uso de Novas Tecnologias na sala de aula. 
Somente quando a realizarmos, para ele, será quando 
começaremos a realizar uma Educação verdadeiramente 
revolucionária, uma revolução na qual a aprendizagem do 
século XIX se transformará através das Novas Tecnologias 
em um aprendizado baseado em cooperação 
 
 
 
Facebook destinada a grupos como professores ou a plataforma Twitter que 
permite a criação de listas com base em interesses particulares são três 
exemplos pelos quais as redes sociais são uma ferramenta básica para a 
obtenção de informações, a troca de ideias, o reflexo de certos tópicos, bem 
como a possibilidade de conhecer outros colegas de profissão que, de outra 
forma, seria praticamente impossível saber sobre eles e muito menos interagir 
com eles praticamente . 
 
5. Treinamento 
 
Bellonni destaca que sempre acreditou que um professor que sempre está 
treinando. Com a chegada maciça das Novas Tecnologias no campo 
educacional, este treinamento é absolutamente essencial se quisermos deixar 
de ser professores do século XIX. O treinamento em Novas Tecnologias é uma 
ótima vantagem para os professores porque permite se conectar com o mundo 
e, acima de tudo, com os alunos. Neste sentido, ele diz: 
 
“acredito que a atitude do professor que enfrenta o treinamento deve 
ser absolutamente aberta. Porque as novas tecnologias não fazem 
nada além de abrir os olhos para essas novas formas de aprender e 
entender o mundo em que vivemos. Outro erro comum entre alguns 
professores é pensar que certas ferramentas não são relevantes para 
suas aulas ou que a curva de aprendizado exigida por essas 
ferramentas não compensará o uso que fazemos delas no ambiente de 
ensino. Para mim, essa maneira de pensar deve ser superada, porque 
no mundo em que vivemos devemos começar a estar conscientes de 
que, inevitavelmente, devemos dedicar ou investir ao mesmo tempo ao 
pensar que na aprendizagem, se não quisermos tornar-se professores 
obsoletos, em professores longe dos interesses e aptidões de nossos 
colegas de classe e estudantes.” 
(BELLONI, 2005, p. 110). 
 
6. Integração 
 
Para Belloni aqueles que leem sabem assiduamente a importância da 
educação inclusiva, uma educação para todos. Ele ressalta que as Novas 
Tecnologias são uma excelente oportunidade para conseguir nas escolas que 
 
 
 
 
estudantes com necessidades educacionais especiais tenham pelo menos as 
mesmas possibilidades que o resto dos alunos. 
 Para ele: 
 
As Novas Tecnologias aplicadas à Educação Especial são uma 
excelente oportunidade para os alunos aos quais devemos prestar 
atenção especial, porque merecem as mesmas oportunidades que o 
resto. Existem muitas ferramentas como a ardósia digital, que são uma 
grande ajuda para este tipo de alunos, porque facilita a aprendizagem. 
(BELLONI, 2005, p.111). 
 
7. Conectividade. 
 
A conectividade para Bellonni pode ser vista como uma espada de dois 
gumes. Como em tudo que se tem que fazer, as ferramentas relacionadas à 
tecnologia pode ter um bom uso e um mal uso. Nesse sentido, conectividade 
através de plataformas como o Moodle ou o e-mail permitiu estarem conectados 
o tempo todo. Sendo assim, se pudermos educar-nos nesta conectividade para 
transformá-lo em informações pertinentes, em colaboração com o aluno ou o 
professor, toda a comunidade educacional ganhará. O objetivo é aprender a 
diferenciar a conectividade da dependência através de uma boa educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Novas Tecnologias aplicadas à Educação Especial são 
uma excelente oportunidade para os alunos aos quais 
devemos prestar atenção especial, porque merecem as 
mesmas oportunidades que o resto. Existem muitas 
ferramentas como a ardósia digital, que são uma grande 
ajuda para este tipo de alunos, porque facilita a 
aprendizagem. 
(BELLONI, 2005, p.111). 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjCrrXn8aPPAhVJE5AKHRJFBuYQjRwIBw&url=http://quadrangularvilaantonieta.com.br/index.php/2014/01/palavra-do-pastor/1075/&bvm=bv.133700528,d.Y2I&psig=AFQjCNES4qi8_UZu0Ga0RX_1XHuNKGYhFA&ust=1474665093806064
 
 
 
 Logo, a maneira de ensinar sofreu uma transformação importante, de um 
'homo sapiens' para um 'homo technologicus', ou seja, àquele que sabe, aprende 
e ensina através das ferramentas fornecidas pelas Novas Tecnologias. 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como pudemos perceber, vale destacar que vimos uma série de vantagens 
evidentes para os alunos quando os docentes conhecem e aplicam as TICs: a 
possibilidade de interação que elas oferecem, de modo que passem de uma 
atitude passiva por parte dos alunos para uma atividade constante, para uma 
busca e repensar continuamente os conteúdos e procedimentos, aumentando o 
envolvimento dos alunos em suas tarefas e desenvolvem sua iniciativa, já que 
eles são constantemente obrigados a tomar decisões "pequenas", a filtrar 
informações, escolher e selecionar. 
É importante ressaltar que o uso das TICs favorecem o trabalho 
colaborativo com pares, trabalho grupal, não só por ter que compartilhar um 
computador com um parceiro, mas por causa da necessidade de ter outros na 
conquista sucesso das tarefas confiadas pelo corpo docente. 
A experiência mostra dia a dia que o computador significa que esteja 
disponível em sala de aula atitudes como ajudar colegas, trocando informações 
relevantes encontradas na Internet, resolvendo problemas para quem as possui. 
Estimula os membros dos gruposa trocar ideias, discutir e decidir em comum, 
para justificar por que tal opinião. 
Sendo assim, para que os benefícios das TICs sejam explorados na 
educação no processo de aprendizagem, é essencial que os futuros professores 
e professoras ativos saibam como usar essas ferramentas. Para conseguir um 
avanço sério, é necessário treinar e atualizar o corpo docente, além de equipar 
os espaços escolares com dispositivos e auxiliares tecnológicos, como 
televisores, gravadores de vídeo, computadores e conexão à rede. 
 
 
 
A adaptação de professores, estudantes, pais e sociedade em geral a 
esse fenômeno implica um esforço e uma quebra de estruturas para se adaptar 
a um novo modo de vida. 
Por fim, vimos que vários autores apontam que esses recursos abrem 
novas possibilidades de ensino, como o acesso imediato a novas fontes de 
informação e recursos (no caso da Internet, os motores de busca podem ser 
usados), bem como o acesso a novos canais de comunicação (correio 
eletrônicos, bate-papo, fóruns...) que permitem trocar trabalhos, ideias, 
informações diversas, processadores de texto, editores de imagens, páginas da 
Web, apresentações multimídia, uso de aplicativos interativos para aprendizado: 
recursos em páginas da Web, visitas virtuais. 
Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca 
constante por conhecimento e informação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Metodologia x Tecnologia à luz do sistema educacional 
 
 
 
 
Professor: Sílvia Cristina da Silva 
Disciplina: Gestão das Tecnologias da Informação e 
Comunicação – Faculdade Campos Elíseos (FCE) – 
São Paulo – 2017. 
 
Guia de Estudos – Módulo 03 
 
Orgs.: Cláudia Regina Esteves 
 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conversa Inicial 
 
 
Este terceiro módulo é voltado para o aprendizado da metodologia x 
tecnologia à luz do sistema educacional. Nosso objetivo é que você amplie seu 
conhecimento ainda mais ao longo desse estudo. 
Desse modo, percorreremos a questão da tecnologia e a metodologia, 
veremos o que está por detrás do lápis e papel com olhar ao tablete. Além disso, 
abordaremos a questão referente aos três pontos em comum de todas as 
soluções tecnológicas projetadas para o campo educacional. E, por fim, veremos 
a questão dos benefícios da tecnologia na educação. 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Antes da revolução digital, o ensino baseava-se no uso de lápis, papel e 
dezenas de livros cheios de informações, de forma opaca e, sobretudo, de 
conteúdo estático. Alguns elementos que definem um caminho muito definido 
para estudantes. 
Ao longo do século 21, com a expansão da revolução digital em todas as 
áreas do cotidiano, a educação está passando por uma transformação 
progressiva. Um processo no qual o papel e o lápis são abandonados em favor 
da tela sensível ao toque, da caneta e do teclado; e com isso, a metodologia 
estática tradicional dá lugar ao dinamismo, à criatividade e à modularidade. 
Neste estudo, analisaremos a grande influência que a revolução 
tecnológica tem nas escolas, onde as necessidades dos alunos são cobertas 
com maior eficiência, o conhecimento é transmitido de forma mais dinâmica e, 
acima de tudo, onde as mentes do futuro estão sendo incubados sob um 
paradigma completamente diferente. 
 
 
2 A TECNOLOGIA E A METODOLOGIA 
 
 A educação e a transmissão do conhecimento tem sido uma das 
premissas básicas da sociedade há mais de 2.000 anos. Com base em modelos 
muito arcaicos - mas válidos para as necessidades do tempo -, os egípcios, os 
gregos e os romanos já possuíam sistemas para transmitir conhecimento e, 
consequentemente, educação. CARDOSO (2001) 
 
 
 
 
 
De acordo com Cardoso, naquela época, distinguiram-se dois grupos 
importantes: os ensinamentos teóricos e os ensinamentos práticos. As práticas 
eram as mais comuns: os mestres artesãos ensinavam o trabalho e os negócios 
para seus descendentes e aprendizes, que acabariam por melhorar as técnicas 
de forma progressiva no tempo. Os teóricos eram os menos comuns, mas os 
mais próximos do modelo atual: grandes personalidades como Sócrates, 
Pitágoras ou Platão dedicaram grande parte do tempo a pesquisar, refletir e 
ensinar seus conhecimentos e a selecionar grupos de pessoas, garantindo assim 
que seu legado permaneceria imóvel com o progresso histórico da sociedade 
humana. 
Séculos mais tarde, os métodos educacionais já avançaram para um nível 
superior. As primeiras universidades foram fundadas em áreas como Marrocos, 
Inglaterra, Itália ou Espanha, epicentros dos movimentos socioculturais da 
época. Eles fizeram uma grande ênfase em temas como arte, ciência ou história, 
áreas fundamentais para o progresso da época. Pouco a pouco, o sistema de 
educação estava começando a tomar forma. CARDOSO (2001). 
No entanto, a educação padronizada, básica e universal, tal como a 
conhecemos hoje, não começou a tornar-se uma realidade até o século XIX. Os 
diferentes movimentos éticos e sociais que ocorreram nos séculos anteriores 
impulsionaram o ser humano a abrir a porta do conhecimento para progredir a 
chegada da classe burguesa e seus ideais progressistas desempenharam um 
papel fundamental aqui. CARDOSO (2001). 
 
 
 
 
 
 
A educação e a transmissão do conhecimento tem sido uma 
das premissas básicas da sociedade há mais de 2.000 anos. 
Com base em modelos muito arcaicos - mas válidos para as 
necessidades do tempo -, os egípcios, os gregos e os 
romanos já possuíam sistemas para transmitir conhecimento 
e, consequentemente, educação. 
 
 
 
 
Para Cardoso, ao longo dos anos, as leis educacionais continuaram a 
sofrer reformas e adaptações em consonância com as mudanças do tempo. 
Modificações que também trouxeram uma mudança na metodologia que nos 
leva à situação atual. 
Antes de entrar em detalhes e saber como a tecnologia está alterando as 
escolas do futuro, é necessário compreender e analisar a metodologia utilizada 
atualmente pelo professor. Isto é resumido em dois pontos principais, de acordo 
com LIBÂNEO (2001): 
 
Ensino: O conhecimento é ensinado em aula através da transmissão oral do 
conhecimento, o uso de livros didáticos e, em certos casos, a internet. O 
conhecimento é mostrado ao aluno, os aspectos conflitantes do programa são 
explicados com mais detalhes e uma série de exercícios e tarefas são 
estabelecidas para tentar consolidar esse conhecimento na mente do aluno. 
 
Avaliação: Na maioria dos casos, a aquisição de conhecimento é verificada por 
testes periódicos em que o aluno enfrenta diferentes questões teóricas e práticas 
associadas ao assunto. Depois disso, um grau é atribuído (geralmente entre 0 e 
10) que reflete o nível de conhecimento que o aluno tem do assunto. 
 
Esta metodologia clássica, embora tenha sido efetiva em muitos casos, 
reflete numerosas deficiências que levam o aluno a desmotivar-se, desinteresse 
e, acima de tudo, a uma aquisição de conhecimento muito superficial. Algumas 
deficiências que, com a chegada da tecnologia nas escolas e, acima de tudo, 
com a transformação digital que a sociedade está sofrendo, estão se acentuando 
mais do que nunca. LIBÂNEO (2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por outro lado, quando a inclusão e integração da tecnologia nas escolas 
é concebida, muitas vezes é feita de forma muito superficial. A grande maioria 
das instituições acadêmicas, professores e, claro, alunos, assumem que a 
integração da tecnologia nas escolas é apenas a substituição de elementos 
como lápis ou papel com ferramentas mais avançadas, como o tablet, a lousa 
eletrônica e as plataformas virtuais. BELLONI (2005). 
Para Bellonni essa é apenas o ápice do iceberg. A chegada dessas novas 
ferramentas nas escolasdeve ser acompanhada imperativamente por uma 
mudança no nível metodológico. E é o mundo em que vivemos atualmente e, 
sobretudo, o futuro iminente que nos espera, coloca desafios completamente 
diferentes aos que enfrentamos no passado. O paradigma está em plena 
metamorfose, e a educação deve acompanhá-la. 
Um exemplo desta metamorfose necessária pode ser observado em 
assuntos como História. A metodologia tradicional baseia-se na memorização 
em massa de conceitos, eventos e datas que, semanas depois, devem ser 
expostos em um exame escrito ou oral. Dias depois, o trabalho realizado pelo 
aluno obtém uma qualificação específica que certifica a aquisição correta do 
conhecimento associado ao assunto. 
O problema com esta metodologia para ele é que a compreensão e a 
solução de tais conhecimentos estão completamente em segundo plano. O 
objetivo do aluno é passar pelo teste estabelecido pelo professor, e na maioria 
dos casos, contribuem com suas metodologias para esse objetivo comum. Não 
importa que o aluno esqueça dias mais tarde o que ele estudou. Também não 
importa que o aluno não extraia nada de valor desses ensinamentos - além de 
datas, nomes e eventos específicos. O único que importa é que o aluno alcanc 
 
Ensino: O conhecimento é ensinado em aula através da 
transmissão oral do conhecimento, o uso de livros didáticos e, 
em certos casos, a internet. 
 
 
 
a qualificação desejada, e isso se traduz em um conhecimento vazio e de pouco 
uso. 
Este problema complexo é ainda agravado se observarmos a facilidade 
com que podemos consultar informações na internet. BELLONI (2005). 
Em 2017, é suficiente ter um relógio inteligente ou um smartphone próximo para 
verificar qualquer evento em questão de segundos. No futuro, será ainda mais 
radical: nosso próprio corpo viverá conectado à Internet, e toda a informação 
existente na rede estará à nossa disposição em questão de milésimos de 
segundo. Memorizar, naquele momento, não terá significado. 
 
 
 
 
 
 
 O importante será compreender, analisar e resolver o conhecimento de 
forma mais profunda e reflexiva, de forma a enriquecer o aluno e contribui para 
o seu futuro como profissional e como parte da sociedade. 
 
 3 DE LÁPIS E PAPEL AO TABLET 
 
 A chegada dos primeiros produtos tecnológicos às escolas data, 
aproximadamente, da segunda metade do século XX. As principais 
universidades americanas começaram a oferecer em suas salas de aula - e de 
forma muito provisória - computadores como a Apple I, dando assim um breve 
Não importa que o aluno esqueça dias mais tarde o que ele 
estudou. Também não importa que o aluno não extraia nada 
de valor desses ensinamentos - além de datas, nomes e 
eventos específicos. O único que importa é que o aluno 
alcance a qualificação desejada, e isso se traduz em um 
conhecimento vazio e de pouco uso. 
 
 
 
contato com seus alunos. Alguns tiros de contato que, obviamente, eram mais 
frequentes em instituições dedicadas ao ensino de tecnologia. HOBBS (2011). 
No entanto, não foi até a década de noventa que a tecnologia começou a 
ter maior relevância nas escolas. O descontrolamento progressivo dos 
computadores, a chegada de novos formatos multimídia como o Microsoft 
PowerPoint e a expansão da Internet como método de comunicação universal 
abriram completamente as portas para a tecnologia nas escolas. Atualmente, 
empresas de tecnologia e instituições acadêmicas continuam promovendo essa 
carreira tecnológica dentro da sala de aula. Falamos sobre empresas como 
Microsoft, Lenovo, Samsung, Apple ou Google; e de instituições como o 
Ministério da Educação, Ministérios da Educação e universidades. BRASIL 
(2006) 
O gigante tecnológico da Microsoft, por exemplo, concentra uma grande 
parte de seus esforços educacionais no desenvolvimento de software e serviços 
que se adaptam às necessidades específicas da sala de aula. A empresa dos 
EUA coloca grande ênfase na integração de serviços como Office, OneDrive ou 
Skype - tudo baseado na nuvem -, o que permite que estudantes e professores 
entreguem e recebam conteúdo de forma mais versátil e de acordo com os 
tempos atuais. 
A empresa de Redmond também está experimentando nos últimos meses 
com a inclusão de videogames como o Minecraft no campo educacional. A ideia 
é incentivar a criatividade, a exploração e, sobretudo, o desenvolvimento de 
conteúdos tradicionais de forma mais inovadora, atrativa e próxima para o aluno. 
Os resultados foram muito satisfatórios, alcançando grande motivação e 
interesse por parte dos alunos. 
Por sua vez, a Samsung também está fazendo algumas incursões com a 
realidade virtual, através da Samsung Gear VR, no campo da educação. A 
empresa asiática trabalha em conjunto com vários desenvolvedores na criação 
de ambientes VR voltados para a educação, como visitas virtuais a locais 
históricos, atlas anatômicos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paralelamente aos seus desenvolvimentos com realidade virtual, a 
empresa sul-coreana promove sua plataforma da Escola Samsung, que é 
definida como uma solução única para escolas primárias que buscam 
modernizar suas metodologias e seus conteúdos. A plataforma baseia-se 
principalmente em um conjunto de comprimidos com caneta - destinados tanto 
ao aluno quanto ao professor - e um conjunto de aplicações pré-instaladas 
projetadas e mantidas pelo fabricante. 
Além de oferecer uma plataforma abrangente para escolas, o gigante 
asiático - como a Microsoft - trabalha em estreita colaboração com editores e 
empresas educacionais para desenvolver conteúdos adaptados à nova era 
tecnológica. É um conteúdo audiovisual, mais interativo, divertido e projetado 
para ser multiplataforma. E, como afirmam os professores, é inútil abraçar a 
tecnologia nas escolas, mantendo os formatos e conteúdos que nos 
acompanharam nos últimos vinte anos. 
Um exemplo simples é encontrado no uso abusivo de PDFs. Uma grande 
porcentagem de instituições acadêmicas adotou a chegada da tecnologia, mas 
a adaptação do conteúdo é limitada, em múltiplas ocasiões, à geração de 
documentos PDF ou à comunicação via e-mail. Nesses casos, a metodologia de 
ensino e os conteúdos permanecem os mesmos do passado. Somente a 
plataforma de distribuição mudou. E, infelizmente, não é o que deve ser 
perseguido com a chegada progressiva da tecnologia na sala de aula. 
 
 
 
O gigante tecnológico da Microsoft, por exemplo, 
concentra uma grande parte de seus esforços 
educacionais no desenvolvimento de software e 
serviços que se adaptam às necessidades 
específicas da sala de aula. 
 
 
 
Já o Google é outra das empresas que está apostando mais na tecnologia 
em ambientes educacionais. Além de oferecer um conjunto completo de serviços 
para instituições acadêmicas, a empresa Mountain View promoveu várias 
tendências ao longo dos últimos anos, entre as quais: 
 
Chromebooks 
Esses computadores simples e baratos estão se tornando uma das 
grandes tendências nos ambientes educacionais dos Estados Unidos. Sua 
simplicidade de uso e seu baixo preço fazem com que esses dispositivos se 
tornem a solução perfeita para trazer tecnologia às escolas. Na verdade, de 
acordo com o Gartner, mais de 70% dos Chromebooks vendidos são destinados 
a fins educacionais. 
 
Centro de treinamento 
Para maximizar o uso das tecnologias do Google na sala de aula, a própria 
empresa dos EUA oferece métodos de treinamento para os próprios professores. 
Eles mostram como fazer as aulas mais interativas, como migrar o conteúdo 
tradicional para a nova era tecnológica e como maximizar o uso das ferramentas 
do Google. 
 
Google Apps, também para educação. 
O conjunto de serviços do Google (Drive, Docs, Gmail, etc.) é usado diariamente 
por pessoas de todo o mundo. O ambiente educacional não é uma exceção. 
 
 
 
 
 
 
Já o Google é outra das empresas que está apostando mais 
na tecnologia em ambienteseducacionais. Além de 
oferecer um conjunto completo de serviços para instituições 
acadêmicas, a empresa Mountain View promoveu várias 
tendências ao longo dos últimos anos 
 
 
 
A solução da sala de aula 
 
A plataforma Classroom permite o gerenciamento digital de todos os 
aspectos de uma sala de aula atual. Os professores podem monitorar o trabalho 
de seus alunos, oferecer conteúdo através da Internet, atualizar notas ... Todas 
as tarefas que são realizadas diariamente na sala de aula podem ser transferidas 
para a plataforma Classroom. Além disso, a solução está perfeitamente 
integrada com o resto dos serviços da empresa, podendo interagir com 
documentos do Google Drive, e-mails do Gmail, etc. 
Por outro lado, a Apple também está impulsionando essa transição 
tecnológica na educação. Além dos descontos educacionais clássicos e certas 
colaborações com centros especializados, a empresa californiana trabalhou no 
desenvolvimento de plataformas como o iTunes U e outras soluções de software 
que permitem que todos os seus produtos sejam incorporados em ambientes 
educacionais da maneira mais simples e invisível possível. 
No entanto, o verdadeiro valor da Apple no campo educacional é em dois 
aspectos muito específicos: a promoção da App Store e a acessibilidade de seus 
produtos. A empresa dos EUA apoia desenvolvedores de maneiras diferentes 
para gerar software valioso para ambientes educacionais. Assim, emergem 
soluções como iStudiez Pro ou Human Anatomy Atlas, duas soluções de grande 
valor no ambiente educacional. 
Finalmente, o maior fabricante mundial de laptops, a Lenovo, também é 
um dos maiores impulsionadores da tecnologia na educação. Além de patrocinar 
e promover eventos que servem como uma confluência de ideias educacionais, 
a Lenovo também oferece vários programas como o Lenovo Acadêmico 
Networks, que promove o desenvolvimento de aplicações e de aprendizagem é 
tão importante quanto a matéria de programação. 
Destaca-se o caso da Espanha, a Lenovo também colabora com várias 
organizações oficiais para equipar equipes em ambientes educacionais. Um 
exemplo relativamente recente é o acordo fechado com a Universidade de 
Castilla-La Mancha, para o qual foram oferecidos 2.100 ultrabooks aos 
estudantes de graduação e pós-graduação. 
 
 
Além disso, a Lenovo mantém contato direto e permanente com escolas 
e instituições oficiais (comunidades autônomas, principalmente). O objetivo não 
é senão o desenvolvimento de novos projetos em comum que permitam integrar, 
cada vez mais, a tecnologia nas salas de aula. 
Finalmente, a Lenovo também coloca grande ênfase no desenvolvimento 
de equipes separadas para atender às demandas de estudantes e professores. 
Este é o caso de seus computadores portáteis robustos - preparados para os 
alunos mais pequenos -, o 2 em 1 e os múltiplos dispositivos táteis que eles 
oferecem em seus catálogos. 
 
 
 
 Por fim, as empresas se preocupam cada vez mais com uma forma onde 
se alinhe desenvolvimento educacional pautado na tecnologia de qualidade com 
vistas ao cognitivismo. 
 
 4 OS TRÊS PONTOS EM COMUM DE TODAS AS SOLUÇÕES 
TECNOLÓGICAS PROJETADAS PARA O CAMPO EDUCACIONAL 
 
 A maioria das propostas citadas acima compartilha uma série de pontos 
comuns que refletem perfeitamente como a tecnologia que está chegando às 
escolas. Estes são os três aspectos principais, segundo os ensinamentos de 
LIBÂNEO (2001): 
 
Modularidade 
Ele aduz que até o presente momento todos os alunos seguiram o mesmo 
ritmo na sala de aula: aquele ditado pelo professor. No entanto, esta metodologia 
pode gerar diferentes dificuldades em estudantes com necessidades especiais 
Destaca-se o caso da Espanha, a Lenovo também colabora 
com várias organizações oficiais para equipar equipes em 
ambientes educacionais. Um exemplo relativamente recente é 
o acordo fechado com a Universidade de Castilla-La Mancha 
 
 
 
e / ou capacidades (ver frustração, indiferença, desinteresse, etc.). Em vez disso, 
com o advento da tecnologia para escolas e mudança metodológica, o ritmo fica 
marcado pelo estudante dentro suas próprias margens, eliminando a possível 
frustração e aumentando a percentagem de conteúdos e habilidades 
desenvolvidas . Desta forma, certos alunos podem trabalhar em uma série de 
conteúdos, enquanto outros investem seu tempo no desenvolvimento ou no 
trabalho de outros tipos de habilidades. 
 
Controle total 
A segurança e monitoramento do aluno é um dos principais aspectos da 
incorporação de tecnologia nas escolas. Portanto, todas as empresas envolvidas 
oferecem soluções diferentes para monitorar o uso que os alunos fazem dessas 
ferramentas. 
 
Simplicidade 
Apesar do treinamento ministrado aos professores, a simplicidade de uso 
é uma característica essencial para o triunfo da tecnologia nas escolas. Libâneo 
destaca que o software complexo limita e dificulta a penetração da tecnologia 
nas escolas, provocando a rejeição de novas metodologias e falhando nesta 
transição progressiva. 
Todas essas iniciativas e programas desenvolvidos por empresas de 
tecnologia e instituições oficiais se comportam como o eixo central da mudança 
educacional que nos espera, abrindo assim um novo mundo de possibilidades, 
benefícios e, claro, barreiras para resolver. O treinamento de professores e, em 
alguns casos, a oposição à mudança é uma das principais dificuldades dessa 
transição. 
Sendo assim, tanto as empresas de tecnologia como os centros 
educacionais fazem frente a essa mudança de paradigma de forma satisfatória. 
Por um lado, é necessário treinamento técnico para permitir aos professores 
extrair o máximo desempenho de ferramentas tecnológicas. Por outro lado, um 
treinamento de nível metodológico é exigido. 
 
 
 
 
É este último tipo de treinamento que apresenta as maiores dificuldades, 
já que vai muito além de distribuir e transmitir conteúdos através de novas 
ferramentas. Para CASTELLS (2003): 
 
Trata-se de transformar o papel do professor na sala de aula, que deve 
abandonar seu papel de líder e fonte de conhecimento para se tornar 
simplesmente um companheiro que promove autonomia, criatividade e 
interesse dos estudantes no campo. O professor deve deixar de ser o 
centro da sala de aula para transformar o aluno no epicentro do método 
educacional. Ele também exige uma mudança profunda nos conteúdos 
ensinados na sala de aula. 
(CASTELLS, 2003, p.43) 
 
Vale destacar que as apresentações em slides, experiências, conteúdos 
audiovisuais e trabalhos de pesquisa são alguns dos modelos a seguir. O 
conteúdo deve ser mais prático, dinâmico e, acima de tudo, atraente. A 
realização de mais projetos de pesquisa ou trabalhos cooperativos na sala de 
aula são alguns dos exemplos dos métodos que os professores devem promover 
neste novo paradigma educacional. E é que eles são desafios mais próximos 
daqueles que o aluno terá que enfrentar ao longo de sua vida pessoal e 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No entanto, esta mudança metodológica é irrelevante sem uma evolução 
paralela dos sistemas de avaliação. O sistema clássico (classificação numérica 
baseada em um teste oral, prático ou escrito) é incompatível com este novo 
paradigma porque exclui outros parâmetros como a participação dos estudantes, 
Trata-se de transformar o papel do professor na sala de aula, 
que deve abandonar seu papel de líder e fonte de 
conhecimento para se tornar simplesmente um companheiro 
que promove autonomia, criatividade e interesse dos 
estudantes no campo. O professor deve deixar de ser o centro 
da sala de aula para transformar o aluno no epicentro do 
método educacional. Ele também exige uma mudança 
profunda nos conteúdos ensinados na sala de aula. 
(CASTELLS, 2003, p.43) 
 
 
 
a autonomia na sala de aula, a velocidade com que resolve os desafios 
colocados pelo professor , o interesse no assunto, a atitude deles nos

Outros materiais