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Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação

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Indaial – 2021
Tecnologias da informação
e comunicação aplicadas
à educação
Prof.ª Karen Cris Sartori Frederico
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Karen Cris Sartori Frederico
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
F852t
 Frederico, Karen Cris Sartori
 
 Tecnologias da informação e comunicação aplicadas à educação. 
/ Karen Cris Sartori Frederico – Indaial: UNIASSELVI, 2021. 
 
 205 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-845-4
 ISBN Digital 978-65-5663-840-9 
 
 1. Tecnologia e educação. - Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
 CDD 370
apresenTação
Olá, acadêmico. A generalização da internet como um potente 
recurso a serviço da sociedade do conhecimento está fomentando o 
desenvolvimento de novos cursos, como os on-line, os programas de 
educação a distância e as aplicações de tecnologias educacionais nos 
cursos presenciais. Por isso, apresentamos a você o livro de Tecnologias da 
Informação e Comunicação Aplicadas à Educação. Seja bem-vindo!
Na Unidade 1, intitulada Comunicação, Tecnologia e o Ensino: 
processo de conexão entre mensagens, abordaremos os conceitos básicos 
de tecnologias da informática, as tecnologias da informática aplicadas 
à educação, as implicações do uso das Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) no processo de ensino e aprendizagem e o desempenho 
e a formação docente no universo digital frente à informação na nova era. 
Aprenderemos também sobre a democratização do acesso à informação e as 
tecnologias e o fazer pedagógico do docente.
Na Unidade 2, com o título de Produção Didático-Pedagógica 
Digital de Materiais Instrucionais, aprenderemos sobre comunicação digital 
(mídia, cultura e subjetividade), convergência tecnológica, organizacional, 
profissional e cultural (tecnologias e ferramentas visuais) e, por fim, sobre 
ciberespaço (educação e produção do conhecimento em ambientes virtuais e 
aprender e desafiar a aprender em ambiente híbrido).
Por último, na Unidade 3, que recebe o título de Ferramentas 
pedagógicas e suas possibilidades, aprenderemos sobre como utilizar 
as redes sociais, os ambientes virtuais de aprendizagem e os softwares e 
aplicativos educativos (conceitos, tipos e ferramentas).
Esperamos que você aproveite ao máximo o conteúdo deste livro. 
Qualquer dúvida, lembre-se, estaremos sempre à disposição. Bons estudos!
Prof.ª Karen Cris Sartori Frederico
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO
 DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS ................................................................. 1
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO .......................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 CONCEITOS BÁSICOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .......................................... 3
2.1 DADOS ............................................................................................................................................. 4
2.2 INFORMAÇÃO .............................................................................................................................. 7
2.3 CONHECIMENTO ........................................................................................................................ 9
3 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO APLICADAS À EDUCAÇÃO.............................. 11
4 IMPLICAÇÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
 E COMUNICAÇÃO (TIC’S) NO PROCESSO DE ENSINO
 E APRENDIZAGEM .......................................................................................................................... 14
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 21
TÓPICO 2 — A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO ................................ 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs)
 NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO ............................................................................................ 23
2.1 EDUCAÇÃO CONSEQUÊNCIA DE UMA NOVA SOCIEDADE - A SOCIEDADE
 DA INFORMAÇÃO .................................................................................................................... 24
3 A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO POR DIFERENTES
 MEIOS TECNOLÓGICOS E DIGITAIS ....................................................................................... 26
4 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A COMUNICAÇÃO
 NO CONTEXTO EDUCACIONAL ................................................................................................ 29
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 35
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 36
TÓPICO 3 — AS TECNOLOGIAS E O FAZER PEDAGÓGICO ................................................ 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 39
2 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA
 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DO PROFESSOR ..................................................39
3 AS TECNOLOGIAS NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ....................................... 43
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 49
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 60
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 61
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 63
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓCICA DIGITAL DE MATERIAIS .............. 71
TÓPICO 1 — MÍDIA, CULTURA E SUBJETIVIDADE ................................................................ 73
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 73
2 COMUNICAÇÃO DIGITAL ......................................................................................................... 73
2.1 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ........................................................................................... 74
2.1.1 O Ser Humano e a Comunicação ....................................................................................... 76
2.1.2 Educação, Cultura e Comunicação Digital ...................................................................... 84
2.2 CULTURA x TECNOLOGIA DIGITAL ..................................................................................... 86
3 O RELACIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES COM SEUS PÚBLICOS
 NO AMBIENTE DIGITAL .............................................................................................................. 91
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 95
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 97
TÓPICO 2 — CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA, ORGANIZACIONAL,
 PROFISSIONAL E CULTURAL ................................................................................ 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 TECNOLOGIAS E MEDIAÇÃO ESCOLAR ............................................................................... 99
2.1 MEDIAÇÃO ESCOLAR ............................................................................................................ 100
3 FERRAMENTAS VISUAIS PARA CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS ................................. 101
3.1 FERRAMENTAS PARA CONSTRUÇÃO DE TEXTOS ......................................................... 101
3.1.1 Editores de textos ............................................................................................................... 101
3.1.2 Editores de Apresentação ................................................................................................. 103
3.1.3 Elementos Gráficos ............................................................................................................ 104
3.1.4 Redes Sociais ...................................................................................................................... 106
3.1.5 Ambientes virtuais de aprendizagem ............................................................................ 108
4 DESIGNER INSTRUCIONAL/EDUCACIONAL ...................................................................... 109
4.1 DESIGNER INSTRUCIONAL ................................................................................................... 110
4.2 DESIGNER EDUCACIONAL ................................................................................................... 112
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 115
TÓPICO 3 — EDUCAÇÃO E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
 EM AMBIENTES VIRTUAIS .................................................................................. 117
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 117
2 CIBERESPAÇO: RELAÇÃO ENSINANTE/APRENDENTE.................................................... 117
3 COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM: A CONSTITUIÇÃO DE REDES 
 SOCIOCOGNITIVAS E AUTONOMIA EM AMBIENTES VIRTUAIS
 DE APRENDIZAGEM ................................................................................................................... 120
4 APRENDER E DESAFIAR A APRENDER EM AMBIENTE HÍBRIDO ................................ 128
4.1 METODOLOGIAS ATIVAS ....................................................................................................... 129
4.2 ENSINO HÍBRIDO ..................................................................................................................... 131
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 134
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 137
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 139
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 140
UNIDADE 3 — FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS E SUAS POSSIBILIDADES ................ 147
TÓPICO 1 — FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS E SUAS POTENCIALIDADES ............... 149
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 149
2 CONCEITOS E UTILIZAÇÃO DE REDES SOCIAIS ............................................................. 149
2.1 REDES SOCIAIS DIGITAIS: TIPOS E POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO .................... 153
2.1.1 Facebook ............................................................................................................................ 154
2.1.2 Twitter.................................................................................................................................. 155
2.1.3 YouTube............................................................................................................................... 156
2.1.4 Instagram ............................................................................................................................ 156
2.1.5 Pinterest ............................................................................................................................... 157
3 REDES SOCIAIS POUCO CONHECIDAS, MAS COM POTENCIAL PEDAGÓGICO ......... 159
3.1 TIKTOK ........................................................................................................................................ 159
3.2 FOURSQUARE ............................................................................................................................ 159
3.3 MYSPACE .................................................................................................................................... 160
3.4 TUMBLR....................................................................................................................................... 160
3.5 PARLER ........................................................................................................................................ 161
3.6 LINKEDIN ................................................................................................................................... 161
3.7 BRAINLY...................................................................................................................................... 161
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 163
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 164
TÓPICO 2 — AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM ............................................... 167
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 167
2 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM-CONCEITOS E FINALIDADES ............... 167
3 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM – TIPOS E POSSIBILIDADES ................ 169
3.1 MOODLE .................................................................................................................................... 170
3.2 BLACKBOARD ........................................................................................................................... 172
3.2.1 Totalmente on-line ............................................................................................................. 173
3.2.2 Híbrido ou mesclado ......................................................................................................... 173
3.2.3 Aprimorado pela web ....................................................................................................... 174
3.3 CANVA......................................................................................................................................... 175
4 PLATAFORMAS DE APRENDIZAGENS (AVAS): AMBIENTES
 DE COLABORAÇÃO E PARTILHA ............................................................................................ 176
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 178
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 179
TÓPICO 3 — SOFTWARES E APLICATIVOS EDUCATIVOS ................................................. 181
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 181
2 SOFTWARES E APLICATIVOS – CONCEITOS E ESPECIFICIDADES ............................. 181
2.1 SOFTWARES EDUCACIONAIS ............................................................................................... 182
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SOFTWARES ..................................................................................... 183
2.3 SOFTWARES EDUCACIONAIS EXISTENTES NO MERCADO E SUAS 
ESPECIFICIDADES .................................................................................................................... 185
3 AVALIAÇÃO DE SOFTWARE ..................................................................................................... 187
3.1 AVALIANDO SOFTWARES ATRAVÉS DE CRITÉRIOS E MODELOS ............................. 189
3.1.1 Norma ISO de produto de software................................................................................ 189
3.2 O MODELO TUP ........................................................................................................................ 190
3.3 O MODELO DE REEVES .......................................................................................................... 192
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 197
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 200
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 201
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 203
1
UNIDADE 1 — 
COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E 
ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO 
ENTRE MENSAGENS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os aspectos relacionados aos conceitos de tecnologia, educação 
e o processo de informação na construção do saber;
• entender o papel do docente frente aos processos de sua formação e a 
importância da comunicação para a construção de um processo eficaz 
de ensino;
• compreender a relação entre educação, tecnologia e informação para a 
elaboração de uma comunicação eficaz através das mídias digitais;
• entender a importância do papel do professor na utilização dos meios 
para a educação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
TÓPICO 2 – A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO
TÓPICO 3 – AS TECNOLOGIAS E O FAZER PEDAGÓGICO DO DOCENTE
2
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, estamos iniciando os estudos da disciplina 
Tecnologia da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação e queremos, 
neste tópico, apresentar a você, alguns conceitos relacionados à tecnologia com 
foco na comunicação alinhada à educação. Assim, a compreensão dos conceitos 
sobre tecnologia na educação e a democratização da educação farão parte do 
nosso estudo nesta unidade para embasar a prática docente.
Afinal, a educação e a formação docente estão intimamente ligadas ao ato 
de se comunicar e é significativa a relação entre o tripé: Tecnologia, Educação e 
Informação, sem entendermos essa tríade o fazer pedagógico fica comprometido 
na era digital.
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos os conceitos de tecnologias, mas 
sob o olhar da educação e como é a sua aplicabilidade, no Tópico 2 iremos nos 
focar na informação, no viés da construção do conhecimento numa era em que 
o fazer se faz tão importante e no Tópico 3, iremos nos ater no fazer do docente 
unindo os conceitos trabalhados focando na aplicabilidade.
Cabe ressaltar, prezado acadêmico, que você está sendo convidado a 
analisar, refletir, questionar, pesquisar e construir novas ideias a partir do material 
aqui apresentado, então faça um ótimo estudo! 
Vamos à leitura!
2 CONCEITOS BÁSICOS DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO 
Ao falarmos em tecnologia da informação, com certeza pensamos 
no profissional da TI, o que não está errado, afinal o conceito de Tecnologia 
da Informação é mais abrangente do que os de processamentos de dados, 
sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto 
de hardware e software, pois também envolve aspectos humanos, administrativos 
e organizacionais (KEEN, 1993).
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
4
Ao analisarmos pelo olhar de Alter (1992), o qual faz distinção 
entre Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, restringindo à primeira 
expressão apenas os aspectos técnicos, enquanto à segunda corresponderiam as 
questões relativas ao fluxo de trabalho, pessoas e informações envolvidas.
O termo Tecnologia da Informação serve para designar o conjunto de 
recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. A TI 
está fundamentada nos seguintes componentes: hardware e seus dispositivos 
periféricos; software e seus recursos; sistemas de telecomunicações; gestão de 
dados e informações. Cerqueira e Fonseca (2009, p.130) afirmam que:
Um importante ponto a ser observado é que se conceituando a 
Tecnologia da Informação, temos, além dos equipamentos (hardware) 
e programas (software), a comunicação dos dados. Atualmente 
diversastecnologias são empregadas para o tráfego de informações 
nas organizações, podendo ser citadas as redes de computadores, 
sistemas de transmissão por fibras óticas, Bluetooth, micro-ondas, 
telefonia móvel e VoIP. É um verdadeiro arsenal disponível para o 
funcionamento adequado das empresas, dentro das novas demandas 
do mercado.
Ao falarmos em tecnologia da Informação estamos falando em dados, em 
fluxo e principalmente em tráfego de conhecimento, e para entender como ocorre 
é preciso o entendimento da sua evolução, que como todo o processo teve seus 
momentos.
A evolução da Tecnologia da Informação passa por basicamente 
quatro períodos, sendo que o último se caracteriza pelo surgimento 
de novos modelos de negócio, onde a ênfase está no atendimento 
das necessidades de toda a cadeia de valor agregada ao produto 
da empresa. Os aspectos importantes envolvidos nesta cadeia são 
o crescimento do grupo de clientes que necessitam de atendimento 
(demanda), aumento dos canais de distribuição, maior concorrência, 
utilização ampla da tecnologia para ganho de tempo e velocidade e 
maior relacionamento com fornecedores e parceiros (MURPHY, 2002 
apud ALBERTIN, 2004, p. 30).
Assim, cabe salientarmos que o conceito de Tecnologia da Informação 
tem sua base no conhecimento refletido em equipamentos e programas, criados 
e desenvolvidos para ambientes coorporativos, visando maximizar o “poder da 
informação” alinhada à segurança dele, seja em empresas ou em instituições 
educacionais.
2.1 DADOS
Para podermos ter uma informação é preciso entender que ela será 
composta de um dado, mas o que seria isso?
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
5
Dado é qualquer indício ou registro que permita identificar alguma 
característica de uma entidade ou evento.
• “indício ou registro”: porque um dado não é, necessariamente, 
resultado de uma intenção de registrar alguma coisa – um som 
qualquer, uma pegada, a sombra de um objeto, o aspecto de uma 
rocha, podem ser dados;
• o dado não precisa ser um registro físico – uma imagem ou um 
valor, guardados na memória de uma pessoa, ou transmitidos 
verbalmente, podem ser dados;
• “entidade” está representando qualquer coisa, concreta ou abstra-
ta, sejam objetos, entes, ideias, fatos, situações etc. (HASHIMOTO, 
2003, s.p.).
Segundo Ferreira et al. (1999, p. 602), dado é o “princípio em que se 
assenta uma discussão” ou o “elemento ou base para formação de um juízo”. A 
informação, segundo Ferreira et al. (1999, p. 1109), é o “ato ou efeito de informar 
(-se)”, ou seja, o ato de tomar conhecimento, de inteirar-se ou instruir-se sobre 
algo. No que diz respeito ao conhecimento Ferreira et al. (1999, p. 529) diz que é o 
“ato ou efeito de conhecer” ou “ideia, noção”.
FIGURA 1 - BOLAS DE GOLFE NUM MERCADO. FOTO DE KAPTAIN KOBOLD/FLICKR (CC)
FONTE: <https://escoladedados.org/tutoriais/o-que-sao-dados/>. Acesso em: 23 maio. 2021
Analisando a imagem nos deparamos com os seguintes questionamentos 
no tutorial da Escola de Dados (2021, p. 5):
https://escoladedados.org/tutoriais/o-que-sao-dados/
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
6
O que você pode dizer sobre essas bolas? Elas são bolas de golfe, 
correto? Logo, um dos primeiros dados que temos é que elas são 
usadas para o golfe, um tipo de esporte. Isso já nos ajuda a classificá-
las numa taxonomia. Mas há mais coisas. Sabemos a cor delas: branca. 
A condição delas: usada. Todas têm um tamanho, há um número 
determinado delas, provavelmente elas têm um valor monetário, e 
por aí vai. Mesmo os objetos mais comuns levam com eles um monte 
de dados. Você, também. Você tem um nome (muitas pessoas têm 
um nome e um sobrenome), uma data de nascimento, peso, altura, 
nacionalidade etc. Tudo isso são dados. Pelo exemplo das bolas, já 
é possível ver que há diferentes tipos de dados. As duas principais 
categorias são dados qualitativos e dados quantitativos.
Ao falarmos em dados quantitativos e qualitativos lembra também quan-
do realizamos uma pesquisa, então não fica tão longe das paredes das instituições 
educacionais, mas vamos depurar melhor para entender a linha de raciocínio 
deste tutorial.
Segundo a Escola de Dados (2021, p. 6):
Dados qualitativos: tudo o que se refere à qualidade de algo. Uma 
descrição de cores, textura, uma descrição de experiências, uma 
entrevista. Tudo isso é dado qualitativo.
Dados quantitativos: dados que se referem a números. O número de 
bolas de golfe, o tamanho, o preço, a nota em uma prova etc.
Há outras categorias com as quais você provavelmente vai se deparar:
Dados categóricos: são os que categorizam o item que você está 
descrevendo. A condição de “usadas” das bolas de golfe, por exemplo. 
Outros exemplos poderiam ser bolas novas, bolas quebradas etc.
Dados discretos: são dados numéricos com brechas na sequência entre 
eles. Por exemplo, a contagem das bolas de golfe. Só pode haver um 
número inteiro de bolas de golfes (0,3 bolas seria impossível). Notas de 
prova e tamanhos de calçados são outros exemplos.
Dados contínuos: são dados em que todos os valores são possíveis. Não 
há brechas entre eles. O tamanho das bolas de golfes pode ser qualquer 
valor, 10,53 mm, 10,54 mm ou 10,536 mm. O tamanho do pé é outro 
exemplo, ao contrário do tamanho do calçado, que é um dado discreto.
Então, podemos dizer que para a tecnologia da informação temos dados 
estruturados, aqueles que o computador consegue ler, dados semiestruturados 
tem alguma estrutura mão não está limitada e rígida e o dado não estruturado, 
aquele que o computador não lê, como nos explica Rocha (2021, p. 4):
Dado estruturado
Estrutura e organização rígidas e previamente definidas;
Dados organizados em relações semânticas (tabelas), com os mesmos 
atributos para cada registro de dados;
Facilmente interpretados por linguagem de máquina;
Exemplo: banco de dados.
Dado semiestruturado
Representação Estrutural Heterogênea;
Definição de estrutura à posteriori (estrutura é geralmente definida 
após a existência e análise dos dados, pois pode estar implícita entre 
eles, sendo auto descritivos);
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
7
Exemplo: XML.
Dado não estruturado
Não possuem estrutura e formato previamente definidos;
Não são de fácil interpretação por ferramentas convencionais;
Representam a maioria dos dados corporativos gerados;
Exemplos: relatórios, vídeos, fotos e áudios.
FIGURA 2 - COMPARAÇÃO ENTRE OS DADOS - AUTOR KÁSSIO H. SOBRAL ROCHA
FONTE: <https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/dados-estruturados-e-nao-
estruturados/>. Acesso em: 27 maio. 2021
2.2 INFORMAÇÃO 
Ao analisar a palavra na sua origem, vamos nos deparar que, segundo 
Houaiss et al. (2001, p. 1615) ela é “o conhecimento obtido por meio de investigação 
ou instrução”. 
A informação pode ser entendida como o conjunto de Dados, antes de 
forma bruta e agora tratados e aplicados de forma homogênea a um contexto. 
Ferreira et al. (1999, p. 1109) afirmam que a informação constitui de “dados 
acerca de alguém ou de algo” ou “conhecimento, participação”. Houaiss et al. 
(2001, p. 1615) afirmam que a informação é “o conhecimento obtido por meio de 
investigação ou instrução”. Dessa maneira, a Informação é formada por dados 
relacionados entre si a respeito de algo ou alguém.
Ao trabalharmos com a informação como algo que percorre as instituições 
educacionais de forma síncrona ou assíncrona podemos dizer conforme Messias 
(2005, p. 10), em que a informação é composta de palavras, ou seja, “a palavra 
de fácil pronúncia e difícil definição tem sido alvo de investigação em diversos 
campos científicos, gerando polêmicas no meio acadêmico/científico. O motivo 
associa-se a sua imprecisão conceitual”.
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/dados-estruturados-e-nao-estruturados/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/dados-estruturados-e-nao-estruturados/
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
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Forma síncrona: quando estamos simultaneamentecom alguém nos comunicando ao 
vivo como no telefone.
Forma assíncrona: ocorre ao contrário da síncrona, ou seja, não é realizada de forma ao 
vivo ao mesmo tempo, é o processo interacional entre indivíduos ou grupos em que o 
receptor da mensagem não a receberá ou responderá imediatamente, ou seja, o outro 
interlocutor não replicará simultaneamente, como nas conversas habituais.
IMPORTANT
E
Ainda nesse pensamento, segundo Francelin e Pellegatti (2004, p. 124), 
“numa disposição formal, o fenômeno da informação é estudado em disciplinas 
diversas, confirmando assim as ramificações complexas e muitas manifestações 
a ele associadas”.
Seguindo o pensamento de H ashimoto (2003, s.p.):
• Informação é uma visão pessoal sobre um conjunto de dados – as 
relações percebidas associam ao dado um significado próprio, na 
medida em que são específicas para cada indivíduo, pois dependem 
de suas experiências anteriores, do que ele tem armazenado em sua 
memória e de sua capacidade de estabelecer essas relações. Assim, 
um mesmo conjunto de dados não gera a mesma informação para 
diferentes pessoas. Nos casos mais simples, envolvendo dados 
e relações menos complexas, as informações percebidas por 
diferentes pessoas poderão ser mais semelhantes. Quanto maior 
a complexidade da Informação, mais ela dependerá do repertório 
anterior e da capacidade de cada indivíduo de estabelecer essas 
relações e, portanto, mais pessoal será.
• Informação é, portanto, a leitura que cada indivíduo faz de um 
conjunto de dados, é o significado que lhe atribui ao “internalizar” 
esses dados.
• As relações mencionadas podem ser percebidas intuitivamente, 
e assim permanecerem, podem ser interpretadas posteriormente, 
ou podem ser estabelecidas pela reflexão. Em geral haverá 
uma mistura de todas essas situações. Quando as relações são 
predominantemente intuídas, e assim permanecem, podemos 
caracterizar a informação como tácita. Quando grande parte 
das relações é determinada conscientemente, ou interpretada 
conscientemente a partir da percepção inicial, ela é explicitável. 
Em geral a explicitação não pode ser total, pois raramente todas 
as relações serão determinadas ou interpretadas conscientemente 
– algumas delas podem permanecer inconscientes ou difíceis de 
descrever, ou podem estar associadas a impressões, lembranças 
etc., também difíceis de verbalizar.
Sendo assim, a informação faz parte de uma comunicação, seja verbal ou 
não, mas estabelece relações com os dados estruturados ou não, para podermos 
construir o conhecimento.
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
9
2.3 CONHECIMENTO 
O conhecimento é algo que não temos como concreto se tornando 
totalmente abstrato, mas de fácil percepção quando estamos imergidos ou 
em contato com ele. Alguns autores irão demonstrar de diversos vieses o seu 
significado e tipos para compreendermos.
Segundo Davenport (1998 apud CARVALHO, 2012), conhecimento é 
a informação que, devidamente tratada muda o comportamento do sistema. 
O conhecimento é o resultado de um processamento complexo e subjetivo da 
informação, pois quando a informação é absorvida por um sujeito, ela interage 
com processos mentais lógicos e não lógicos, experiências anteriores, insights, 
valores, crenças, compromissos e vários outros elementos que fazem parte da 
mente do sujeito, pois consciente ou não ele usa seu conteúdo psíquico para 
trabalhar a informação e como base nisso tomar uma decisão de acordo com o 
contexto no qual ele está envolvido.
Segundo Polanyi (1966 apud CARVALHO, 2012) e Nonaka e Takeuchi 
(1997 apud CARVALHO, 2012), o conhecimento é formado por uma estrutura 
paradoxal, na qual se identifica dois componentes aparentemente opostos: o 
conhecimento tácito e o conhecimento explícito.
Para Carvalho (2012), o conhecimento tácito não é um conhecimento 
palpável, e nem explicável. Esse tipo de conhecimento é profundamente pessoal 
e por este motivo muito mais difícil de ser compartilhado.
[…] é altamente pessoal e difícil de formalizar, tornando-se de comu-
nicação e compartilhamento dificultoso. As intuições e os palpites 
subjetivos estão sob a rubrica do conhecimento tácito. O conheci-
mento tácito está profundamente enraizado nas ações e na experiên-
cia corporal do indivíduo, assim como nas ideias que ele incorpora. 
(NONAKA; TAKEUCHI, 2008 apud CARVALHO, 2012, p. 12).
Para Carvalho (2012), o conhecimento tácito é empírico e prático. Seu 
contexto é daqui e agora, aborda as sensações e emoções do indivíduo, como 
também suas crenças, intuições, habilidades e experiência informais, modelos 
mentais e percepções.
Para Cruz (2002), o conhecimento tácito é aquele que todos nós acumula-
mos dentro de nós mesmos, ele é fruto do aprendizado, da educação, da cultura 
e da experiência de vida de cada um. Segundo ele, esse tipo de conhecimento é 
muito comum em qualquer tipo de organização e considera esse tipo de conhe-
cimento como informal. Por esse motivo um dos grandes desafios que qualquer 
organização tem é o de coletar, organizar e utilizar esse tipo de conhecimento.
Quando falamos em conhecimento explícito, Carvalho (2012) afirma que 
ele pode ser mensurado, além de ser mais racional e teórico.
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
10
Para Cruz (2002), o conhecimento explícito é aquele compartilhado, que é 
passado a outros para que esses também desenvolvam suas habilidades e possam 
gerar mais conhecimento e ser passado a outros e assim por diante formando 
uma cadeia de desenvolvimento científico, cultural, organizacional, emocional 
etc. Ele considera esse tipo de conhecimento como formal.
Para Carvalho (2012), o conhecimento não é só tácito e nem só explícito, o 
conhecimento é a soma desses dois tipos, o Quadro 1 mostra a diferença entre os 
dois componentes do conhecimento.
QUADRO 1 – COMPONENTES DO CONHECIMENTO
FONTE: Nonaka e Takeuchi (1997 apud CARVALHO, 2012)
Cruz (2002) traz um olhar para o conhecimento que será explicito no 
Quadro 2, o qual tomando como base um ambiente organizacional tanto o 
conhecimento tácito quanto o conhecimento explícito podem ser classificados 
quanto ao seu uso em três distintos grupos.
QUADRO 2 – GRUPOS DO CONHECIMENTO EXPLÍCITO
Conhecimento Estratégico Conhecimento Operacional
Conhecimento 
Emocional
Serve para avaliar os setores: 
econômico, político, social, 
tecnológico, entidades reguladoras, 
governo, fornecedores, cliente e 
concorrentes permitindo que qualquer 
empresa possa tomar decisões 
de longo prazo, criar cenários, 
desenvolver estratégias de atuação, 
definir políticas, criar produtos e 
definir o modus operandi.
Absolutamente 
tudo que se faz em 
qualquer empresa, 
em qualquer 
organização, está 
inserido num 
processo de negócio.
Considera que é 
preciso levar em 
conta aspectos 
socioeconômicos, 
culturais, religiosos 
e políticos que serão 
atingidos por tais 
conteúdo.
FONTE: Adaptado de Cruz (2002)
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
11
Sendo assim, segundo McGarry (1999), podemos compreender que 
o conhecimento é um processo que envolve representações mentais. O ato de 
conhecer visa o desenvolvimento e a emancipação do sujeito, sendo então a 
construção do conhecimento um aspecto relevante na prática escolar. Para tal 
procedimento ocorre a aprendizagem significativa que desafia a criação e 
recriação de conceitos e soluções para situações problemas.
3 AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO APLICADAS 
À EDUCAÇÃO
Num mundo em que a tecnologia se faz presente num simples controle 
remoto para adentrar uma porta, as famosas fechaduras de tags, como não 
refletirmos o seu uso na e para educação?
Todo e qualquer recurso bem como ferramenta necessita de utilização da 
tecnologia da informação, ou seja, dos conceitos trabalhados sobre tecnologia, 
dado, informação e conhecimento para que possamos entender as transformações 
de nossa sociedade e as relações.
Oliveira (2015, p. 2) afirma que “com o avanço tecnológico dispomos de 
uma infinidade de equipamentose ou ferramentas com a finalidade de facilitar 
os afazeres no dia a dia, tanto em nossa casa, quanto no trabalho como também 
inclusive, no ensino”. Ainda Oliveira (2015, p. 3), “a escola, muitas vezes, 
eximindo-se de seu papel social, tem deixado de lado a utilização das tecnologias 
para o ensino, mesmo dispondo minimamente de tais recursos”.
Os avanços científicos e tecnológicos impactam diretamente na área 
social e consequentemente nos processos educativos da escola. As tecnologias 
educacionais produzem possibilidades de interações entre educador e educando 
através do uso de “computadores pessoais em rede” permitindo assim o 
desenvolvimento de diferentes capacidades tanto na vida pessoal e quanto 
profissional dos sujeitos (ABEGG, 2009).
Oliveira (2015, p. 5) aponta que os “Parâmetros Curriculares Nacionais 
(1996) estabelecem que o uso das tecnologias de informação e comunicação 
na educação possibilitam o desenvolvimento intelectual, cultural e social dos 
educandos”. Na Base Nacional Comum Curricular, encontraremos o olhar para 
as tecnologias nas competências gerais: 
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
12
Competências gerais de forma resumida:
1. Conhecimento.
2. Pensamento científico, crítico e criativo.
3. Repertório cultural.
4. Comunicação.
5. Cultura digital.
6. Trabalho e projeto de vida.
7. Argumentação.
8. Autoconhecimento e autocuidado.
9. Empatia e cooperação.
10. Responsabilidade e cidadania.
Competências gerais de forma ampla, conforme texto da BNCC:
• Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, 
social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e 
processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), 
colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo 
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar 
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções 
com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações 
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas 
diversificadas da produção artístico-cultural.
• Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como 
Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para 
expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes 
contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
• Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, 
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.
• Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos 
e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho 
e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com 
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar 
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os 
direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, 
com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
• Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas 
emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a 
pressão do grupo.
• Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar 
e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de 
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem 
preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, 
convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de 
uma coletividade com a qual deve se comprometer.
UNI
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
13
• Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e 
determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, 
segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
FONTE: <https://bit.ly/3nw6fwc>. Acesso em: 6 out. 2021.
Então, a tecnologia da informação aplicada à educação ganha um olhar 
especial uma vez que, segundo Abegg (2009, p. 20), “o processo de escolarização 
necessita do uso de tecnologias como forma a disseminar a informação e 
comunicação, através de “redes de produção colaborativa de conhecimento””. 
Hoje a forma como nos conectamos com o mundo é complexa e em forma 
de uma grande teia ou rede mesmo na qual a forma de comunicar-se não linear e 
sim através de links e pensamentos através de conectores, mudando inclusive as 
relações e a cultura.
Pretto (2011) e Fileno (2007) afirmam que a forma de escrever hoje se 
modificou com o uso de celulares, tablets e notebooks criando, assim, novas e 
diferentes linguagens e/ou formas de comunicação. Conforme Pretto (2011), 
os adolescentes e jovens vão além do consumo de informações, há uma 
produção de conhecimento e de cultura através da apropriação destes recursos 
tecnológicos, assim para a escola as tecnologias de informação e comunicação 
devem ser entendidas como “elementos de cultura, e não apenas como aparatos 
tecnológicos [...] que ilustram ou facilitam os processos escolares” (PRETTO, 
2011, p. 110). A respeito da cultura, Fileno (2007) afirma que escola e a cultura 
estão intrinsecamente interligados devendo dessa forma haver uma integração 
do meio no qual o educando está inserido.
Analisando o que os autores nos remetem, hoje os estudantes têm 
acesso muito mais rápido e fácil às informações, esse fator tornou as aulas 
expositivas desinteressantes e assim sua presença se tornou limitada, aos eventos 
protocolares como: exames e atividades extraclasses. O horizonte de uma criança, 
de um jovem, hoje em dia, ultrapassa claramente o limite físico da sua escola, 
da sua cidade ou de seu país, quer se trate do horizonte cultural, social, pessoal 
ou profissional. Diante disso é importante lembrarmos que os professores não 
nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
Segundo Xavier (2005), as novas gerações têm adquirido o letramento 
digital antes mesmo de ter se apropriado completamente do letramento alfabético 
ensinado na escola. Essa intensa utilização do computador para a interação entre 
pessoas a distância, tem possibilitado que crianças e jovens se aperfeiçoem em 
práticas de leitura e escrita diferentes das formas tradicionais de letramentos 
e alfabetizações. Essas inúmeras modificações nas formas e possibilidades de 
utilização da linguagem em geral são reflexos incontestáveis das mudanças 
tecnológicas que vem ocorrendo no mundo desde que os equipamentos 
informáticos e as novas tecnologias de comunicação começaram a fazer parte 
intensamente do cotidiano das pessoas.
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
14
Sendo assim, a aprendizagem intermediada pela tecnologia da informa-
ção aplicada à educação com suas linhas conceituais, gera profundas mudanças 
no processo de produção do conhecimento, se antes as únicas vias eram de sala 
de aula, o professor e os livros didáticos, hoje é permitido ao estudante navegar 
por diferentes espaços de informação, que também nos possibilita enviar, receber 
e armazenar informações virtualmente. 
4 IMPLICAÇÕES DO USO DAS TECNOLOGIAS DA 
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO(TIC’S) NO PROCESSO 
DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A educação e principalmente as salas de aula gritam por mudanças, e nos 
últimos tempos com os avanços tecnológicos e a própria pandemia do Covid-19, 
as instituições se obrigaram a colocar em prática tudo que vínhamos estudando, 
dialogando e pesquisando nas últimas décadas.
Nesse momento, fez-se necessário mais que reflexões sobre as práticas 
pedagógicas, mas principalmente sobre como deveríamos utilizar e através desta 
discussão percebeu-se as grandes lacunas educacionais.
Para Lorenzato (1995, p. 4), 
Os recursos interferem fortemente no processo de ensino e aprendiza-
gem; o uso de qualquer recurso depende do conteúdo a ser ensinado, 
dos objetivos que se deseja atingir e da aprendizagem a ser desenvol-
vida, visto que a utilização de recursos didáticos facilita a observação 
e a análise de elementos fundamentais para o ensino experimental, 
contribuindo com o aluno na construção do conhecimento.
De acordo com Sancho (2001), o quadro de giz é o meio mais acessível, 
mais econômico e mais fácil de usar, apesar do inconveniente do professor ficar 
de costas para os alunos enquanto faz anotações, mas se torna funcional para 
demonstrações.
O giz é muito utilizado nas aulas expositivas, Libâneo (1994) afirma 
que os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou 
demonstradas pelo professor e a atividade dos estudantes é receptiva, embora 
não necessariamente passiva. Diz também que o método expositivo é bastante 
utilizado nas escolas, apesar das críticas, principalmente por não levar em conta 
o princípio da atividade do estudante e que apesar desta limitação, é um impor-
tante meio de obter conhecimentos. Entre as formas de exposição, menciona a 
exposição verbal, a demonstração, a ilustração e a exemplificação. Essas formas, 
segundo o autor, em geral, podem ser conjugadas possibilitando o enriqueci-
mento da aula expositiva.
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
15
Para uma sociedade em que muitas escolas não conseguem ter acesso ao 
recurso do wi-fi, a aula expositiva é a que alcança o maior público. Temos outras 
questões como a formação dos professores, a utilização de ambientes com inter-
net e principalmente a desigualdade econômica das famílias.
Para Moraes (1997, p. 12), “o simples acesso à tecnologia, em si, não é o as-
pecto mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem 
e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas”.
Na organização de um novo olhar com a utilização, é preciso compre-
ender o fluxo entre ensino e aprendizagem. Masetto (2000, p. 140) afirma que o 
processo de ensino e de aprendizagem: “considero haver uma grande diferença 
entre o processo de ensino e o processo de aprendizagem quanto as suas finalida-
des e à sua abrangência, embora admita que seja possível se pensar num processo 
interativo de ensino aprendizagem”.
Importante entendermos que ao compreender o processo de ensino apren-
dizagem também teremos que analisar a mudança cultural que essa geração do 
século XXI sofreu, afinal nasceram em uma sociedade tecnológica e conectada, 
o uso de dispositivos tecnológicos durante a difusão do uso de tecnologias no 
processo de ensino e de aprendizagem. O que causa o choque com as pessoas nas-
cidas anteriormente ao século XXI desenvolveram uma relação com a tecnologia 
conforme descrita por Prensky (2010, p. 10):
Nativos digitais e imigrantes digitais são termos que explicam as dife-
renças culturais entre os que cresceram na era digital e os que não. Os 
primeiros, por causa de sua experiência, têm diferentes atitudes em 
relação ao uso da tecnologia. Hoje, há muito mais adultos que migra-
ram e, nos Estados Unidos, quase todas as crianças em idade escolar 
cresceram na era digital. Pode ser que em alguns lugares os nativos 
sejam separados dos imigrantes por razões sociais.
Essa articulação entre o entendimento das relações das gerações com a 
evolução das tecnologias e sua utilização mostra segundo Serres (2013, p. 22), 
acrescenta que: 
[...] essa geração que chega à escola é completamente diferente em re-
lação às gerações que a antecederam; os alunos e alunas têm outra 
cabeça, maneiras diferentes de pensar, de conviver, de relacionar, de 
interagir e de aprender.
As grandes barreiras que a educação enfrenta, além da econômica, é a 
dependência e a sua utilização conforme aponta Kenski (2007, p. 19):
[...] as tecnologias invadem as nossas vidas, ampliam a nossa memó-
ria, garantem novas possibilidades de bem-estar e fragilizam as capa-
cidades naturais do ser humano. Somos muito diferentes dos nossos 
antepassados e nos acostumamos com alguns confortos tecnológicos 
– água encanada, luz elétrica, fogão, sapatos, telefone – que nem pode-
mos imaginar como seria viver sem eles.
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
16
Desse modo, embora a tecnologia já faça parte do contexto cultural e social 
das pessoas, em que principalmente os mais jovens fazem parte de uma cultura na 
qual as pessoas ficam conectadas em rede por longos períodos, podem aproveitar 
esta ferramenta para a educação. Porém, os muros das diferenças sociais, das gera-
ções e do olhar da escola podem tornar os grandes empecilhos para sua utilização, 
além da formação e compreensão adequada por parte do corpo docente.
TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO 
CONTEXTO ESCOLAR: POSSIBILIDADES
Ao longo das últimas décadas, as tecnologias digitais da informação e 
comunicação, também conhecidas por TDICs, têm alterado nossas formas de 
trabalhar, de se comunicar, de se relacionar e de aprender. Na educação, as 
TDICs têm sido incorporadas às práticas docentes como meio para promover 
aprendizagens mais significativas, com o objetivo de apoiar os professores 
na implementação de metodologias de ensino ativas, alinhando o processo 
de ensino-aprendizagem à realidade dos estudantes e despertando maior 
interesse e engajamento dos alunos em todas as etapas da Educação Básica.
As razões pelas quais as tecnologias e recursos digitais devem, cada 
vez mais, estar presentes no cotidiano das escolas, no entanto, não se esgotam 
aí. É necessário promover a alfabetização e o letramento digital, tornando 
acessíveis as tecnologias e as informações que circulam nos meios digitais e 
oportunizando a inclusão digital. 
Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular contempla 
o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso 
crítico e responsável das tecnologias digitais tanto de forma transversal 
– presentes em todas as áreas do conhecimento e destacadas em diversas 
competências e habilidades com objetos de aprendizagem variados – quanto 
de forma direcionada – tendo como fim o desenvolvimento de competências 
relacionadas ao próprio uso das tecnologias, recursos e linguagens digitais, ou 
seja, para o desenvolvimento de competências de compreensão, uso e criação 
de TDICs em diversas práticas sociais, como destaca a competência geral 5:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação 
e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas 
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, 
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, 
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida 
pessoal e coletiva (BNCC, 2018).
Nesse contexto, é preciso lembrar que incorporar as tecnologias digitais 
na educação não se trata de utilizá-las somente como meio ou suporte para 
promover aprendizagens ou despertar o interesse dos estudantes, mas sim de 
utilizá-las com os estudantes para que construam conhecimentos com e sobre o 
uso dessas TDICs.
TÓPICO 1 — A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
17
Para apoiar a construção de currículos escolares e de propostas 
pedagógicas que contemplem tal uso “ativo” das TDICs nas escolas, o Centro 
de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) elaborou e disponibilizou de 
forma aberta e gratuita o Currículode Referência em Tecnologia e Computação 
(2018), que prevê eixos, conceitos e habilidades alinhadas à BNCC e voltadas 
exclusivamente para o desenvolvimento de competências de exploração e de 
uso das tecnologias nas escolas, além de propor uma reflexão sobre os usos 
das TDICs.
Os eixos propostos nesse currículo perpassam todas as etapas da 
educação básica, e são:
Basear-se nesses eixos e nas habilidades propostas neste Currículo de 
Referência pode dar norte aos gestores e professores para implementar o uso 
de tecnologias no contexto escolar não somente como meio para promoção 
de aprendizagem ou como forma de estímulo e engajamento dos estudantes, 
mas também como objeto de conhecimento em si, preparando os alunos para 
o uso das TDICs nas esferas pessoais e profissionais.
Uma discussão importante que se tem feito nos últimos anos e que 
vale destacar é que não se deve prezar somente pela utilização das tecnologias 
em si, mas sim pela reflexão crítica e pelo uso responsável. Assim, cabe 
aos professores trabalharem também conceitos relacionados a segurança 
na rede, cyberbullying, checagem de fatos (com ênfase nas famosas fake 
news) e informações e o uso da tecnologia como ferramenta de construção 
e compartilhamento de conhecimentos. Nesse cenário, o professor não 
precisa ser o detentor do conhecimento técnico sobre o uso das ferramentas 
disponíveis, mas sim o mediador que vai auxiliar os estudantes na reflexão 
sobre os melhores usos possíveis das TDICs. 
Nas práticas apresentadas no Caderno dos Anos Iniciais destacam-
se tanto as práticas com usos das TDICs transversalmente ou para apoiar a 
implementação da sequência didática, ou seja, sendo suporte para promover a 
construção de conhecimentos e aprendizagem, quanto as práticas cujo objeto 
do conhecimento é a própria tecnologia.
No relato Sustentabilidade x Educação: Preservar É Nossa Missão! 
por exemplo, a professora utilizou uma página em uma rede social “para 
expandir as práticas pedagógicas e alcançar mais pessoas”. Em Professores 
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
18
Mirins e Alunos Escritores de HQ e Informação, apresenta-se o uso de softwares e 
aplicativos como meio para promover a aprendizagem e estimular a prática 
da escrita.
Já na prática Inclusão Digital como Inovação para Combater o Déficit de 
Leitura, Produção e Sistematização, o destaque está no uso das TDICs como 
meio para a promoção de aprendizagem sobre outro objeto de conhecimento, 
como objetivo de aprendizagem em si e, ainda, como fator motivacional para 
engajar e envolver os estudantes no tema da sequência didática. No relato, 
a professora responsável pela prática afirma: “Destaco o uso das TIC como um 
dos pontos positivos do projeto, pois gerou maior interatividade durante as aulas e, 
consequentemente, maior interesse e facilidade na compreensão dos componentes 
curriculares”.
Em resumo, incorporar as TDICs nas práticas pedagógicas e no 
currículo como objeto de aprendizagem requer atenção especial e não pode 
mais ser um fator negligenciado pelas escolas. É preciso repensar os projetos 
pedagógicos com o olhar de utilização das tecnologias e recursos digitais tanto 
como meio, ou seja, como apoio e suporte à implementação de metodologias 
ativas e à promoção de aprendizagens significativas, quanto como um fim, 
promovendo a democratização ao acesso e incluindo os estudantes no mundo 
digital. Para isso, é preciso fundamentalmente revisitar a proposta pedagógica 
da escola e investir na formação continuada de professores.
Além do uso das tecnologias para apoio à prática do ensino, como 
apresentações digitais, mostras de vídeos etc., e para o desenvolvimento de 
pesquisas, alguns relatos propõem o uso das TDICs para promover a criação 
de conteúdos digitais. Uma possibilidade para isso é o uso de softwares para 
a elaboração de histórias em quadrinhos (HQs). Outra possibilidade está 
na criação de conteúdos midiáticos ou multimidiáticos. Com o uso de 
ferramentas simples e acessíveis, os alunos podem criar áudios e vídeos para 
compartilhar as aprendizagens de uma aula ou sequência didática. Que tal 
conhecer algumas dessas possibilidades?
FONTE: <https://bit.ly/3vKNYyZ>. Acesso em: 1 jun. 2021
19
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• O conceito de Tecnologia da Informação é mais abrangente do que os de 
processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, 
informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve 
aspectos humanos, administrativos e organizacionais.
• Dados são códigos que constituem a matéria prima da informação, ou seja, é a 
informação não tratada que ainda não apresenta relevância. Eles representam 
um ou mais significados de um sistema que isoladamente não pode transmitir 
uma mensagem ou representar algum conhecimento.
• O dado é o menor e mais simples elemento dessa hierarquia, é uma unidade 
indivisível, objetiva e abundante. Por esse motivo, o dado é o elemento mais 
fácil de ser manipulado e transportado, seja em um meio de transporte concreto 
(de um lugar para outro), seja de uma forma abstrata (de um sistema para 
outro ou de uma pessoa para outra).
• A informação seria qualquer estruturação ou organização desses dados.
• O conhecimento é a informação processada e transformada em experiência 
pelo indivíduo. O conhecimento é a capacidade que, o processamento da 
informação adicionado ao repertório individual, nos dá, de agir e prever 
o resultado dessa ação. Aprendizagem seria, então, toda exposição a 
novas informações que, a partir daí, modificam o nosso comportamento e 
relacionamento com o meio ambiente.
• A tecnologia da informação é o conjunto de recursos tecnológicos e compu-
tacionais para geração e uso da informação, utilizando também um conjun-
to de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento 
e comunicação da informação, bem como o modo como esses recursos estão 
organizados em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas.
• A preocupação com o impacto que as mudanças tecnológicas podem causar 
no processo de ensino-aprendizagem impõe a área da educação a tomada 
de posição entre tentar compreender as transformações do mundo, produzir 
o conhecimento pedagógico sobre ele auxiliar o homem a ser sujeito da 
tecnologia, ou simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa 
sociedade baseada na informação. 
20
• As tecnologias proporcionam que cidadãos construam seus saberes a partir de 
comunicação e interações com um mundo de pluralidades, no qual não há limi-
tes geográficos, culturais e a troca de conhecimentos e experiências é constante.
• Na sociedade atual em que estamos vivendo, por muitas vezes a diversidade 
cultural, social e econômica são pontos cruciais de distanciamentos, cabe 
ao homem à tarefa de ser criativo, ter boas ideias. Na era da informação e 
comunicação é indispensável que as pessoas saibam e consigam identificar o 
que há de essencial.
21
1 Sabemos que a tecnologia da informação é uma área que utiliza a 
computação como um meio para produzir, transmitir, armazenar, aceder 
e usar diversas informações. Como a tecnologia da informação pode 
abranger e ser usada em vários contextos, a sua definição pode ser bastante 
complexa e ampla. Sobre a definição de tecnologia da informação, assinale 
a alternativa CORRETA:
a) ( ) Análise de dados para respostas rápidas.
b) ( ) Designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para 
geração e uso da informação
c) ( ) Palavras e frases com efeitos tecnológicos.
d) ( ) Pesquisa Operacional com tratamento de dados binários.
2 (ENEM, 2013) A tirinha retrata as questões da influência do uso das 
tecnologias da informação e da comunicação nas vidas das pessoas. Com 
base no exposto e na figura, assinale a alternativa CORRETA:
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://tirasnacionais.blogspot.com>. Acesso em: 13 nov. 2011
A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frenteao uso social 
da tecnologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é 
expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude.
a) ( ) Crítica, expressa pelas ironias.
b) ( ) Resignada, expressa pelas enumerações.
c) ( ) Indignada, expressa pelos discursos diretos.
d) ( ) Agressiva, expressa pela contra-argumentação.
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3 Trabalhar com Tecnologia da Informação aplicada a Educação é um 
caminho que deve ser percorrido do dado até chegar ao conhecimento, 
passando por questões tecnológicas e estruturais. Na sua concepção, como 
seria esse percurso? Disserte sobre isso.
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TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, discutiremos temáticas que envolvem as questões sobre 
o acesso à informação, as formas como elas chegam até nós e principalmente 
como as transformamos em conhecimento numa era digital tão complexa em 
suas relações.
Além desses itens, é importante prestar atenção aos detalhes que abordam 
a educação como grande mentora do processo de democratização e processo de 
ensino e aprendizagem do saber.
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos a utilização das tecnologias 
da informação e da comunicação (TICs) na sociedade do conhecimento, como 
elas podem auxiliar neste processo e o papel da escola como grande centro da 
alfabetização tecnológica. 
Um ótimo estudo!
2 AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO (TICs) NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO 
Os avanços entre as gerações, as mudanças ocorridas nos processos de 
desenvolvimento e suas consequências na democracia e cidadania, principalmente 
após março de 2020 com o COVID-19, concorrem para uma sociedade 
caracterizada pela crescente influência dos recursos tecnológicos e pelo avanço 
exponencial das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), com impacto 
nas relações sociais, e principalmente nas instituições sejam elas, empresariais ou 
educacionais.
As TICs foram e podem ser consideradas um dos fatores mais impor-
tantes para as profundas mudanças nas relações educacionais e, com a dinâ-
mica da inovação, tornam-se imprescindíveis para as novas transformações e o 
desenvolvimento direto no que tange a sociedade. É a partir da década de 1990 
que a educação, a inovação contínua e os avanços tecnológicos passaram a ser 
vistos como as forças motrizes do desenvolvimento e alicerce no processo de 
ensino e aprendizagem. 
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UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
Ao abordarmos o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação 
como ferramentas de geração do desenvolvimento social e intelectual, com 
ênfase na construção do saber olhando o percurso em que a união tem o foco 
na finalidade e nas relações existentes entre tecnologia e desenvolvimento, 
buscando analisar como são conjeturadas as formas de utilização das TICs 
pelos grupos como docentes e discentes para promover o desenvolvimento e 
reduzir as desigualdades educacionais promovendo a alfabetização tecnológica. 
A sociedade da informação é uma nova forma de organização da economia e 
da sociedade. É entendida como um estágio de desenvolvimento social que é 
realizado pela capacidade dos indivíduos de adquirir e compartilhar informações 
(PALHARES et al., 2018).
2.1 EDUCAÇÃO CONSEQUÊNCIA DE UMA NOVA 
SOCIEDADE - A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
As relações na busca e na organização de como interagimos entre a 
informação e o conhecimento são diversas, ainda mais numa sociedade que 
podemos ter acesso à informação de diversas formas. Essas informações podem 
ser adquiridas em variados meios de comunicação, como a Internet, a televisão 
e o rádio. Os benefícios que essas tecnologias proporcionam para a sociedade 
podem comprometer o enriquecimento cultural dos indivíduos. A mídia 
frequentemente confere a tudo aquilo que parece ter valor objetivo e publicitário 
uma subjetividade, que tende, portanto, a escravizar a sociedade além de fazer 
com que esta adquira um caráter consciente (TARGINO, 1995).
Segundo Silveira (2019, p. 2):
na “sociedade de informação” em que vivemos é baseada na 
informação e conhecimento, o que é diferente da antiga “sociedade 
industrial” em que tinha como base a produção e capital. Dessa 
forma, conforme Silveira (2019), vivemos em uma sociedade em 
que a informação chega a todo instante com algo novo e sempre 
atualizado em alta velocidade. As tecnologias estão presentes em 
todos os ambientes, inclusive na Educação.
A união e integração da tecnologia de informação e comunicação na 
educação favorece, em muito, a aprendizagem podendo aproximar e quebrar 
barreiras, uma vez que a tecnologia proporciona através do meio tecnológico a 
possibilidade da construção do conhecimento através interação, troca de ideias e 
experiências. 
Numa sociedade em que o conhecimento é e será tão valorizado o saber 
lidar com a ferramenta e suas potencialidades será o grande diferencial, exemplo 
disso, é o computador. Ele se tornou um grande aliado na busca do conhecimento, 
tratando de uma ferramenta que auxilia na resolução de problemas e até mesmo 
no desenvolvimento de projetos. As TICs têm como característica o fazer e 
o refazer, transformando o erro em algo que pode ser refeito e reformulado 
TÓPICO 2 — A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO
25
instantaneamente para produzir novos saberes, cada indivíduo que explora 
as tecnologias de informação e comunicação se torna um emissor e receptor 
de informações, mais especificamente leitor, escritor e comunicador, esse 
emaranhado de possibilidade ocorre graças ao poder persuasivo das informações 
contidas nas TICs que envolve o sujeito incitando-o à leitura e à expressão através 
da escrita textual e hipertextual (RAMOS; CARMO, 2009).
Quando analisamos os fatores da educação no que tange a evolução 
da sociedade e as questões que permeiam as relações com os meios que o 
conhecimento vai ser construído, notamos que o avanço das sociedades atuais 
em direção a sociedades futuras pode seguir múltiplas vias, cujo eixo central 
é diferentes apostas na forma de organizar os recursos de matéria, de energia 
e informação utilizados em benefício dessas sociedades. Uma das vias desse 
desenvolvimento pode ser a construção de sociedades baseadas no uso das 
tecnologias de informação e orientadas pelo conhecimento científico nas decisões 
que tomam sobre a sua própria organização: sociedades cujo funcionamento 
terá como suporte fundamental a informação transformada em conhecimento 
fundamentado, em princípio, no nível das ciências que são o núcleo central da 
sua cultura e modo de ver a realidade (MASSON; MAINARDES, 2011).
Ainda nessa linha de pensamento, Santos e Weber (2013) relatam que, 
a partir do final do século XX, a intensificação e a abrangência de avanços 
tecnológicos relacionados à computação têm produzido transformações em 
diversos meios sociais, tanto presenciais quanto virtuais. Uma das tecnologias que 
proporcionou o avanço e abrangência atual do ensino a distância é a Internet, que 
permite a troca de informações entre os participantes de forma rápida e eficiente.
Ao alinharmos as formas de construirmos o conhecimento Silveira (2019, 
p. 10) aponta:
a tecnologia não pode ser excluída do modelo pedagógico e comuni-
cativo das escolas. Nesse caso, a tecnologia deve ser um aparato para 
melhorar, transformar e modernizar o ensino, e não para a transfor-
mação das estruturas metodológicas e das práticas de aprendizado. 
Diante desse cenário, a distância transacional pode ser um problema 
ligado a comunicação na educação.
Atualmente, a sociedade está imersa pela era digital que perpassa a 
tecnologia e suas ferramentas para podermos ter acesso às informações, sejam 
elas uma simples receita de ovo frito até mesmo um complexo circuito elétrico. A 
tecnologia é o agente das transformações e o responsável pela criação de novas 
linguagens, contribuindo para mudar o ambiente natural, os padrões de trabalho, 
os padrões de consumo e os padrões de lazer exercendo influênciaao homem de 
maneiras diferenciadas (TARGINO, 1995).
 
As novas formas de nos relacionarmos com a informação e como estamos 
nos conectando nesta sociedade presenciamos inúmeras mudanças em diversas 
áreas do conhecimento humano. As tecnologias de informação e comunicação 
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UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
têm provocado mudanças de conduta, de costumes, de consumo, no lazer, nas 
relações entre os indivíduos e nas formas como eles se comunicam. Recriando, 
então, novas identidades, novos hábitos sociais, novas formas de interação.
3 A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO POR 
DIFERENTES MEIOS TECNOLÓGICOS E DIGITAIS
Quando falamos em democratização do acesso estamos falando 
diretamente ao direito do cidadão em ter a informação inclusive de inclusão. 
Marques (2019) aponta que os avanços da tecnologia mudaram drasticamente as 
relações e devido aos avanços tecnológicos houve a necessidade de compartilhar 
conhecimentos, utilizando novos recursos e possibilitando a criação de um 
ambiente virtual de aprendizagem.
Para Marques (2019, p. 1):
com o desenvolvimento dos meios de comunicações a internet mudou 
a forma de comportamento da sociedade atual. Por ser uma ferramenta 
que permite a interação e criação de novas linguagens, levando a 
reflexões, posicionamentos críticos no processo de construção e difusão 
do saber. Esse processo vai além da esfera municipal, estadual e 
nacional, rompe com paradigmas cria novos espaços para a produção, 
possibilitando a comunicação a fim de viabilizar a autoformação do 
aprendizado por interação entre os colegas.
Nessa relação de mudanças e visando a maior conectividade entre as 
pessoas, encontramos dentro do território brasileiro diferentes realidades de 
acesso, sendo que antes do COVID-19, em 2018, segundo o IBGE, 4 em cada 
10 brasileiros não tinham acesso a internet, um dado que por si só justifica o 
investimento em políticas de inclusão digital, mas o fato de não terem acesso a 
internet não quer dizer exatamente que não tenham acesso a tecnologia, já que 
segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas de abril/2019 o Brasil tem 
230 milhões de smartphones ativos. 
Segundo o IRIS (Instituto de Referência em Internet e Sociedade), Carmo 
et al. (2019, p. 4):
Estamos no final da segunda década do século XXI, que é descrita com 
grande frequência como a “era digital” ou “sociedade da informação 
e do conhecimento”. Esses são termos relacionados a uma tecnologia 
que surgiu há algumas décadas, com a ideia principal de ser uma rede 
onde outras redes pudessem operar. A “rede das redes” foi chamada 
de internet e conquistou escala global graças as suas características 
predominantes: abertura, acesso e ligação fim-a-fim. Elas se refletem 
na possibilidade de qualquer dispositivo conectado à rede poder ter 
acesso exatamente ao mesmo conteúdo ou serviço de qualquer outro, 
independente de sua localização geográfica, e que a circulação entre 
esses dispositivos seja recebida da forma como foi enviada.
 
TÓPICO 2 — A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À INFORMAÇÃO
27
Para entendermos a democratização e o acesso à informação é preciso 
retomar os dados e isso Carmo et al. (2019, p. 6) fazem muito e nos traz que: 
em 2018, a União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência 
da Organização das Nações Unidas (ONU), estimou que 3.9 
bilhões de pessoas estão conectadas à internet. Quando este dado é 
representado em porcentagem, percebe-se que 51,2% da população 
mundial possui acesso à internet.
Esse dado nos mostra que as pessoas estão muito conectadas e buscando 
interagir através da tecnologia em diferentes espaços e ferramentas. Segundo 
Gamboa (2012, p. 33), “o advento da internet é considerado ponto de inflexão para 
o surgimento de revoluções de várias ordens - como a revolução informacional”.
Segundo o IBGE (2017), nas últimas cinco décadas, estudos foram 
desenvolvidos em busca de respostas às perguntas originadas do uso da internet 
e da adoção de novos processos tecnológicos pela sociedade, por exemplo, 
segundo pesquisas do IBGE, são consideradas conectadas à internet as pessoas 
que utilizaram a rede ao menos uma vez nos últimos três meses.
Com esses dados notamos que a população e a sociedade em si, num 
modo geral, utilizam da internet para obter informação e interagir com o mundo, 
mas Carmo et al., (2019, p. 14) exploram:
a adoção das novas tecnologias e o uso da internet por governos, 
empresas, organizações, professores ou indivíduos possui um 
denominador comum: a inclusão digital. Ou seja, usufruir das 
novas formas de geração de renda, conhecimento e relações pessoais 
possibilitadas pela internet perpassa um processo anterior de inserção 
dos indivíduos ou grupos no ciberespaço. Esse processo pode ser 
coordenado pelo próprio indivíduo, por inclusão voluntária, ou 
estimulado por algum ente - como governos ou organizações sociais 
- que perceba a importância de oferecer e de inserir cidadãos nos 
espaços virtuais.
 
Segundo Mori (2021, p. 238):
a inclusão digital é recorrentemente compreendida de três formas. 
A primeira delas entende o significado de inclusão digital como a 
democratização do acesso às TIC, ou seja, fazer com que a tecnologia 
chegue até o indivíduo no âmbito de infraestrutura, incluindo, por 
exemplo, a aquisição de computadores com softwares atualizados 
e a presença de redes telefônicas na região do usuário. A segunda, 
entendida como alfabetização digital, compreende que é preciso 
desenvolver habilidades específicas para usufruir do meio digital, 
e essas competências são tão importantes quanto a possibilidade 
do acesso. A última delas aponta para a inclusão digital como a 
apropriação das TIC pelo indivíduo, quando ele deixa de ser somente 
um receptor, mas passa a se valer das ferramentas se valendo de sua 
capacidade criativa e de sua subjetividade.
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UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E ENSINO: PROCESSO DE CONEXÃO ENTRE MENSAGENS
Estamos percebendo que a democratização da informação vai além do 
meio, ou seja, do ter o celular, mas da condição do acesso e da oportunidade de po-
der entender e inclusive de chegar o sinal em determinadas regiões do nosso Brasil. 
O acesso às Tecnologias da Informação é condição primeira para o 
esforço da inclusão digital, a falta de infraestrutura compromete todo 
o processo subsequente. Entretanto, na sociedade da informação 
a inclusão digital deve ser compreendida como um passo além do 
acesso: a plena capacidade do indivíduo interagir, criar e consumir 
conteúdos, bem como desempenhar tarefas on-line. A inclusão 
digital dos indivíduos pode significar uma mola propulsora para o 
seu desenvolvimento em múltiplas esferas, possibilitando o acesso 
à informação e ao conhecimento, aos serviços prestados on-line, à 
economia digital, entre outras ferramentas que possibilitam maior 
qualidade de vida aos sujeitos que interagem com o meio virtual 
(CARMO; DUARTE; GOMES, 2019, p. 22).
O Instituto IRIS mostra algumas alternativas e possibilidades para 
integrar e incluir para democratizar a informação através das tecnologias, como 
retrata em sua página que aponta para a importância do olhar da sociedade para 
as políticas públicas e para programas outrora considerados obsoletos, como 
a rede “Telecentros” são tão necessários ainda hoje, existe um abismo entre ter 
acesso a tecnologia, saber usar basicamente alguns recursos para comunicação e 
ser fluente na tecnologia.
O Instituto IRIS (CARMO; DUARTE; GOMES, 2019, p. 2) mencionou 
também que:
uma das experiências que considero mais incríveis para inclusão 
tecnologia é a formação de comunidades sobre temas específicos, 
isso porque o conhecimento circula de maneira horizontal, e fugimos 
do modelo tradicional e verticalizado da educação, isso porque as 
comunidades entendem o valor da partilha, não criamos apenas ilhas 
de excelência apenas, isso reduz desigualdades e promove autonomia 
dos indivíduos.
Então, é importante entender que se antes da

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