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EXAME FÍSICO ABDOMINAL

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Exame físico: Abdominal 
 
Anamnese 
Dados do paciente: inclui questões sobre os hábitos 
relacionados ao funcionamento do trato digestório, sinais e 
sintomas, queixa atual, início, duração e intensidade dos 
sintomas. 
 Mudança de apetite 
 Disfagia 
 Intolerância e/ou alergia a alimentos e medicamentos 
 Dor 
 Náuseas/ vômitos 
 Hábitos intestinais 
 Condições retais 
 Histórico de doenças prévias e atuais 
 Medicações 
 Uso de álcool, fumo e outras drogas 
 Avaliação nutricional 
Investigação 
Nutrição: 
 Sr (a) sente dificuldade em se alimentar sozinho (a) 
 Quantas refeições faz por dia? 
 O que pode comer? 
 Tem preferência por alguns alimentos? 
 O que é proibido comer na sua alimentação? 
 Segue alguma dieta especial? sim ou não (se não, 
porque?) 
 Você sente dificuldade na digestão? sim ou não (qual-
is?) 
 
Eliminação: 
 Sr (a) sente dificuldade em evacuar? sim ou não 
 
Para realização do exame físico abdominal devemos 
posicionar nosso paciente em decúbito dorsal, com um 
travesseiro sob a cabeça para maior conforto. 
O cliente não deve estar com a bexiga cheia ou ter se 
alimentado antes da realização do exame. 
Solicitar que os braços sejam posicionados ao lado do 
corpo ou cruzados sobre o tórax. 
 
Inspeção 
Forma: 
 Globoso 
 Escavado 
 Protuberante 
 Plano 
 
Flacidez ou excesso de gordura: obesidade, gestação, 
ascite ou distenção abdominal; 
 
Indivíduos magros: bom tônus muscular e peso regular; 
 
 Na pele deve-se verificar a existência de: 
 cicatrizes 
 estrias 
 movimentos peristálticos visíveis 
 veias dilatadas 
 hérnias 
 
Ausculta 
A ausculta abdominal dever ser feita nos quatro 
quadrantes de forma superficial avaliando: 
 Os ruídos 
 Sopros 
 Fluxos 
Para identificação de alterações através da ausculta é 
necessário avaliar os ruídos hidroaéreos descrevendo: 
 Duração 
 Frequência 
 Intensidade 
 Existência de sopros 
 Íleo paralitico 
 Peristaltismo 
 
Palpação 
A utilização do tato e palpação abdominal é muito 
importante, pois é possível avaliar a sensibilidade, 
integridade e o grau de distensão do mesmo e deve ser 
realizada de duas formas: superficial e profunda. 
 
 Na palpação superficial procuramos identificar regiões 
que possam apresentar hipersensibilidade, verificamos 
a resistência muscular e a possível presença de 
algumas massas abdominais. 
 Já na palpação profunda, verificamos os órgãos e 
definimos as massas que foram porventura detectadas 
na palpação superficial. 
 
Os pacientes que apresentam dores abdominais devem se 
posicionar em decúbito dorsal para iniciar a palpação, 
identificando primeiro qual dos quadrantes o paciente está 
desconfortável. 
 
Nos pontos dolorosos é possível fazer hipóteses 
diagnosticas, por exemplo no ponto cístico abdominal, deve 
ser palpado em busca do Sinal de Murphy que pode 
significar uma colecistite aguda. O paciente sente dor após 
a descompressão brusca do ponto cístico. 
 
Existem outros pontos dolorosos com sinais como ponto de 
Mcburney, dor nessa região pode sugerir apendicite aguda, 
o Sinal de Blumberg funciona da mesma forma o paciente 
sente dor a descompressão sendo encontrado na palpação 
profunda. 
Percussão 
 
É possível identificar presença de ar livre, líquidos e 
massas intra-abdominais. A técnica é digito-digital, em 
que o examinador posiciona uma das mãos sobre o 
abdome e percute com o dedo indicador. 
Normalmente a região abdominal apresenta-se timpânica, 
mas em alguns locais também podemos localizar sons 
maciços devido à presença de líquidos e fezes. Além disso, 
auxilia a demarcação da região onde existem massas que já 
foram previamente detectadas na palpação. 
 Som normal: maciço (baço e fígado), timpânico 
(vísceras ocas); 
 Percussão normal: macicez hepática no 
hipocôndrio direito; timpanismo no espaço de 
Traube, timpanismo nas demais regiões. 
 Massas abdominais sólidas ou líquidas (ascite) são 
maciços. 
 Timpanismo generalizado pode indicar obstrução 
* A presença de vascularização visível em parede 
abdominal indica obstáculo na circulação venosa 
profunda. As veias que conduzem um aumento são 
caracterizadas pela sua tortuosidade e dilatação; deve-
se definir o sentido da corrente sanguínea para 
identificar qual dos sistemas venosos está obstruído. 
 
Para isto utiliza-se a manobra de esvaziamento de um 
segmento venoso dilatado: 
 
Exercer pressão sobre o vaso que se quer estudar, 
separando um segmento venoso com o indicador; 
deslize o indicador da outra mão sobre o tronco venoso 
para esvaziá-lo. A seguir, deixa-se de exercer o deslize, 
observe se o vaso se enche ou continua vazio. Fazer a 
mesma manobra em ambos os lados do ponto 
pressionado a fim de verificar a direção que a corrente 
sanguínea tem no vaso estudado. Correlacionar com o 
sentido normal da corrente sanguínea do abdome. 
 
ABDOME NORMAL: plano, sem lesões de pele, 
cicatrizes, circulação colateral, retrações ou 
abaulamentos. Peristalse não identificável à inspeção. 
Ruídos hidroaéreos presentes nos quatros quadrantes. 
Ausência de timpanismo difuso e macicez em flancos. 
Traube livre. Fígado e baço não palpáveis. Abdome 
indolor à palpação profunda e superficial.

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