Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TXXIV Larissa Cardeal 3. ANEMIAS HIPOPROLIFERATIVAS - são anemias devido à diminuição da eritropoiese - podem ser por: > deficiência na produção > doenças que atingem a medula > deficiência de hormônio > deficiência de ferro > alterações no metabolismo - são anemias reticulopênicas > reticulócitos < 0,5% - anemas hipoproliferativas são classificadas pelo VCM (tamanho/volume eritrocitário): → Macrocíticas, quando o VCM >100 → Microcíticas quando o VCM <75 → Normocítica quando o VCM 75 – 100 | 1. ANEMIAS MACROCÍTICAS – VCM >100 I. ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS - célula já sai grande da medula óssea, ou seja, já é produzida maior - problemática presente no núcleo - precursor do eritroblasto tenta fazer mitose, há problemas na condensação do núcleo > quando a hemácia fica pronta, ela recebe estímulo de expulsão do núcleo – a expulsão desse núcleo grande (sem se condensar) gera produção de uma hemácia grande > essa expulsão ocorre pela escassez de substrato para produção de nucleotídeos (falta de substrato para a mitose) – ácido fólico e cobalamina (vit B12) - em geral, todas as anemias macrocíticas são do grupo das anemias megaloblásticas > anemia macrocítica é qualquer anemia com hemácias de tamanho e volume aumento, ou seja, com VCM aumentado > anemia megaloblástica é uma das causas principais de anemia macrocítica - produção de nucleotídeos resumida > a produção se inicia a partir de uma cadeia de AA simples existente no corpo dos indivíduos, que é a homocisteína > o organismo transforma essa homocisteína em metionina por meio da ação de uma molécula de vit B12 (doadora de carbono para produção de uma proteína mais estruturada) > a metionina é uma proteína que entra no ciclo do folato, de forma que esse doa elétrons para a produção de nucleotídeos, até que haja a formação de diidrofolato > a vit B12 e o ácido fólico são substratos que são consumidos na reação que gera produção de nucleotídeos - as células sanguíneas são as células mais produzidas no organismo humano > a longo prazo, há diminuição na produção de bainhas de mielina, células de mucosas, TXXIV Larissa Cardeal diminuição de produção de células de renovação do tegumento - macrócito em seta preta - obs: se houver quantidade de macrócitos até 14%, ainda há normalidade - anisocitose elevada (células com volumes diferentes) - VCM elevado > células com volume aumentado - a anemia megaloblástica se inicia nas células vermelhas e se estende para as outras células do sangue > pode haver leucócitos e plaquetas baixos também > pode haver inicialmente uma anemia macrocítica que evolui para uma pancitopenia macrocítica (aplasia macrocítica) - ocorre ainda uma problemática na medula óssea, a qual denominamos de deseritropoiese > a MO é hipercelular – há células e há inúmeros precursores celulares > há precursores megaloblásticos na MO (representados em A = megaloblastos) – inúmeros precursores degenerados (alterados) – muitos desses já morrem na MO > deseritropoiese: MO cheia de precursores vermelhos (megaloblastos) e com escassez de células vermelhas no sangue periférico - há necessidade de ácido fólico e de cobalamina também para a produção de leucócitos > começa haver problemáticas na produção de leucócitos > os leucócitos começam a segmentar mais os núcleos – são denominados de pleocariócitos > leucócitos normais possuem até 3, 4 segmentações nucleares; nos pleocariócitos, há mais do que 4 segmentações – células hipersegmentadas TXXIV Larissa Cardeal - os pleocariócitos são marcadores de anemia megaloblástica - os linfócitos também começam produzir núcleos grandes, com cromatina frouxa em seu interior - 3 marcadores básicos da anemia megaloblástica: > macrófagos no sangue periférico > pleocariócitos > megaloblastos | ETIOLOGIAS: - a cobalamina é uma vitamina de difícil absorção - principal fonte de vitamina B12 é por alimentação: carnes vermelhas, peixe, leite e derivados, ovos, cereais e frango - com o envelhecimento, há diminuição na absorção de alimentos, o que, aliado à diminuição da ingesta de alimentos ricos em vit B12, pode ser um combo para a produção de anemia em idosos (sintomas mais comuns são os neurológicos, com dificuldade cognitiva, desequilíbrio) - estado de má absorção > raro – doença no íleo > há diarreia crônica, desnutrição, perda de proteínas, perda de sangue pelas fezes - bactérias e outros parasitas usufruem do mesmo mecanismo para a produção de nucleotídeos > na presença de parasitose ou de infecção, há competição pelo uso dos substratos - aumento de consumo de substratos ocorre quando há aumento na produção de DNA, que ocorre em gestação, hipertireoidismo e CA disseminado - para que haja uma adequada absorção de vit B12, o estômago deve estar funcionando em sua integridade e normalidade, visto que essa vit. TXXIV Larissa Cardeal encontra-se presa às proteínas animais, no meio dos AA, sendo difícil sua retirada e absorção > há necessidade de presença e ação do ácido que quebra a proteína > há necessidade de enzimas que lisam a proteína para que haja liberação da vit. B12 no lúmen gástrico > necessidade do fator intrínseco (glicoproteína do trato digestivo, produzida pelas células parietais do estômago) – o fator intrínseco liga-se à cobalamina (vit B12), de forma que permite a sua absorção por ligação chave- fechadura ao receptor da cobalamina no íleo > a maioria dos casos de anemia megaloblástica são por falha de absorção - obs: uso crônico de IBP produz morte de células parietais > isso gera inibição da produção de fator intrínseco e da produção de ácido por inibição da bomba de prótons - na população geriátrica há déficit natural de fator intrínseco em decorrência do envelhecimento > quadro denominado de síndrome desabsortiva da cobalamina alimentar - é a principal causa de deficiência de vit. B12 no BR - trata-se de uma anemia clássica por deficiência de absorção de vit. B12 em decorrência de gastrite atrófica por um componente de autoimunidade, que se apresenta como uma anemia megaloblástica > ocorre dificuldade da absorção de vit. B12 - o diagnóstico é feito pela detecção do autoanticorpo presente no sangue - predomina em homens - obs: há necessidade de Vit. B12 e de cobalamina para a produção de mielina > sintomas neurológicos associados > ocorre desmielinização dos axônios longos da medula, que permitem a percepção de sensibilidade pelo paciente – paciente terá parestesia > inicia pela porção mais distal dos pés e vai ascendendo – tratos mais longos para mais curtos - pode gerar atrofia no córtex cerebral (principalmente de idosos) > região formada por substância branca (mielina) – pode precipitar quadro demencial em pacientes idosos - macrocitose (VCM elevado), anemia arrastada e pouco sintomática, presença de pleocariócitos, anisocitose (RDW aumentado) - pode evoluir com pancitopenia - quadro crônico promove acúmulo de homocisteína (transformada em metionina por ação da vit. B12) TXXIV Larissa Cardeal - ácido metilmalônico elevado > é transformado a ácido succínico (que participa do ciclo de Krebs) por ação da vit. B12 - a cobalamina é hidrossolúvel > perda de excesso na urina > positivo: dosagem presente na urina, absorção normal de cobalamina > negativo: dosagem ausente na urina, absorção anormal de cobalamina - tratar causa base - não é indicada a reposição vitamínica para pacientes com CA - origem alimentar do folato em alimentos fermentados (cervejas, pães, bolos) > os farináceos são acrescidos de folato - alcóolatras geralmente nãose alimentam - lactentes em fase de expansão da dieta - dietas à base de folhas - a absorção de folato é fácil e ocorre no duodeno e jejuno proximal > pode haver competição do receptor de folato com medicamentos (antiepilépticos e anticonvulsivantes mais antigos, ACO) > obs: o estrogênio é também um inibidor da eritropoiese – mulheres podem ter Hb mais baixa - a produção de leite consome folato - antagonistas do ácido fólico > quimioterápicos – inibição da produção de DNA por rompimento do folato > ex: metotrexato, ciclofosfamida, etc > pacientes em quimioterapia fazem anemia megaloblástica - inibidores metabólicos > antivirais e antirretrovirais | reposição de folato por VO - paciente 35a, M, chegou com sintomas de fadiga, palpitação, edema, palidez | Hb = 4,8; VCM = 104; RDW = 23 - normocromia > sem alteração na hemoglobina - pouca presença de linfócitos TXXIV Larissa Cardeal - presença de bilirrubina total às custas de aumento de bilirrubina indireta e direta > ainda não chega a ser anemia hemolítica - presença de DHL alta > marcador de hematopoiese > quando aumenta a produção de sangue, a produção de DHL também aumenta > é um marcador de aumento de produção de células vermelhas - paciente com homocisteína elevada por acúmulo > acúmulo começa ocorrer em deficiência crônica - pacientes com anemia megaloblástica possuem aumento da produção de células vermelhas, e, em consequência, aumenta a absorção de Fe em depósitos - após a reposição de vit. B12 ocorre aumento da produção de células vermelhas - ocorre aumento de reticulócitos | 2. ANEMIAS MICROCÍTICAS - VCM <75 A. ANEMIA FERROPRIVA - microcitose + ferropenia > pensar em anemia ferropriva - ferrocinética é a absorção do ferro - absorção dependente de inúmeros fatores, como por exemplo, do pH - a absorção de Fe é maior em crianças, devido à presença dos hormônios do crescimento; já os adultos, absorvem menos o Fe > por isso, a quantidade do Fe é praticamente estável no organismo dos indivíduos, exceto em pessoas que têm muita massa muscular - a dieta deve ter entre 8 e 15mg ferro por dia para que seja considera suficiente > apenas 2 a 3mg de Fe é absorvido por dia - 2/3 Fe estão nas hemácias > quando degradadas, são transportados ligados à proteína transferritina que capta o Fe e distribui, para as células musculares, medula e fígado, onde há uma reserva dessa subst. – reservada na proteína ferritina (proteína ligadora do ferro - “guarda” o Fe) > quando a Ferritina cai abaixo de 10, há produção de anemia TXXIV Larissa Cardeal > se há muito ferro, começa haver acúmulo/impregnação de órgãos endócrinos ou na pele > o organismo pode exceder o acúmulo de Fe e produzir doenças | o depósito de Fe deve ser REGULADO e estável, sendo prejudicial sua reserva em excesso - a maior porção de Fe fica armazenada no interior de vasos sanguíneos, no interior das células sanguíneas, sendo por elas, utilizadas - absorção de Fe ocorre na mucosa do TGI na membrana em borda em escova (vai sendo absorvida com a ascensão celular na proliferação da borda em escova, conforme ela vai para o ápice da borda, vai absorvendo o ferro) > com a perda da mucosa GI há perda de Fe - as mulheres têm um débito mensal fisiológico na menstruação, por isso, a curva feminina tende a diminuir um pouco - esquematização de um enterócito - na alimentação, ingerimos o férrico (verdura) e o ferroso (carne – é oxidado) > há necessidade de alguns mecanismos para que o Fe adentre na célula sanguínea > há necessidade de saliva – indivíduos que fumam têm deficiência de uma proteína na saliva > após ser ingerido, o Fe é absorvido apenas se há falta de estoque - há reguladores de Fe no organismo: hepcidina e ERFE > hepcidina – proteína produzida e liberada pelo fígado quando o estoque de ferro está normal no organismo humano – atua no enterócito “quebrando” a porta de entrada do Fe, de forma que o Fe não adentre na célula, sendo li > equilíbrio do Fe é “fechado” – a regulação é fechada > quando se está com anemia, há diminuição da liberação de hepcidina, de forma que haja presença da porta de entrada do Fe normal no enterócito, de forma que o organismo absorve e capta o Fe – anemia é o maior estímulo > há diferenças entre anemia e deficiência de ferro > na anemia ocorre estímulo para a absorção - ERFE > tem uma secreção basal diária, que não é suficiente para inibir a produção de hepcidina, age sobre o fígado, quando ocorre um sangramento ou escassez de Fe no organismo enviando sinais de que há necessidade de cessar a liberação de hepcidina > ocorre após menstruação feminina TXXIV Larissa Cardeal - grande depósito do Fe é o sangue - quando a célula vermelha fica senil é degrada pelo macrófago, que guarda o Fe > possui uma portoferrina, que tende a liberar o Fe para a transferrina > a transferrina distribui esse Fe – músculos, enterócitos, MO, coração, fígado > férrico praticamente não é absorvido; ferroso é absorvido de acordo com os estoques > quando há depósito normal de Fe, a Hepcidina impede a absorção do Fe; a ERFE permite a absorção > se há perda de Fe por sangramento, há liberação de eritropoietina, que age sobre a medula óssea, visando a produção de células sanguíneas e o organismo produz ERFE, estimulando a absorção de Fe - a testosterona estimula a eritropoietina > homens que têm índices mais alto de testosterona tendem a absorver mais Fe | DEFICIÊNCIA DE FERRO (diferente de anemia) - não é normal, mas esperado que uma paciente mulher, idosa, tenha deficiência de ferro - pode haver encontro de deficiência de Fe em crianças de 0 a 3 anos > crescimento é muito rápido nessa fase > vit B12, Cálcio, Ferro – são muito necessários nessa fase - durante a gestação, há dependência da quantidade de Fe com relação à materna > mulheres perdem o Fe para doar para o bebê > mulheres com 2 filhos ou mais podem ter deficiência de Fe, tendo que fazer suplementação > há lactoferrina no leite materno > crianças com deficiência de Fe em amamentação, deve-se oferecer Fe para a mãe > bebês/crianças com deficiência ferropriva deve receber fórmula de leite: ferro ferroso é presente nessas fórmulas, mas para serem absorvidos dependem do pH; no duodeno, o ferroso vira férrico e não é absorvido; o melhor local para absorção do Fe é logo na saída do estômago – o pH da fórmula é alcalino, o ferro ferroso vira férrico já no preparo > ferro com comida e com leite é difícil de ser absorvido – deve estar livre de álcalis para ser absorvido > ácidos são facilitadores da absorção de Fe – água com gás (ácido carbônico), suco de laranja - final do estirão (13, 14a) pode haver deficiência de Fe pelo crescimento elevado - há indivíduos que são ferropênicos de forma crônica > geralmente, são crianças que já não conseguem estocar o Fe – deficiência materna > bebê nasce deficiente > não há reposição pela deficiência materna na amamentação > dificuldade de absorção na criança pelo crescimento > início da menstruação e vida adulta > deficiência crônica - mulheres que menstruam muito podem ter deficiência de Fe TXXIV Larissa Cardeal - indivíduos que doam sangue devem fazer reposição de Fe > já na 2º doação, as mulheres podem apresentar deficiência de Fe > homens, começam apresentar deficiência de Fe após 7º, 8º doação de sangue - populações com baixo nível de saneamento, econômico e educacional têm tendência à deficiência de Fe > dietas pobres em Fe > parasitas intestinais > nutrição inadequada, com baixa ingesta de carne > dieta vegetariana pode produzir deficiênciaferropriva - perda excessiva de sangue (perda de B12 e de Fe) > esofagite crônica, gastrites de repetição por AINEs, gastrites crônicas erosivas, úlceras, melena, esôfago de Barret, hemorroida, mioma uterino, laqueadura (aumenta fluxo), DIU de cobre (aumenta fluxo) > obs: principal manifestação de CA de intestino é a deficiência de Fe - gastrectomia, by-pass gástrico, metaplasia intestinal > ausência de ativação do Fe pelo ácido, que gera deficiência de absorção > comum em mulheres, que perdem sangue - hematúria pode gerar deficiência de Fe - corticoides, AINEs lesam a mucosa gástrica - famílias ferroprivas (anemia ferropriva refratária à reposição de Fe) > genética – deficiência de transferrina, defeitos na portaferrina, defeitos no receptor de ferro – nesses indivíduos, se se faz infusão de Fe, há absorção do Fe em glândulas, pois não entram no sangue – deve haver transfusão sanguínea - parasitas intestinais geram sangramento e se alimentam de sangue - Dieta mínima 2.000 kcal > 15% absorção sem inibidores 1,8 mg Fe e com inibidores < 1 mg > Facilitadores (não-heme) da absorção de ferro = carne + ac. Ascórbico, ácidos em geral (limão, vinagre, etc) → auxiliam na transformação do ferro férrico em ferroso > não fazer reposição de Fe com alimento > Inibidores = polifenóis, fitatos, fibras, cálcio, gorduras, carboidratos, excesso de verduras (polifenóis). Além disso o cálcio também inibe a absorção de ferro – tomar cuidado com crianças que não são alimentadas com leite materno, pois o ferro contido nas fórmulas se tornam férrico devido ao ambiente alcalino, e não são bem absorvidos devido a presença de cálcio | CLÍNICAS - SUSPEITA DE ANEMIA FERROPRIVA: - Síndrome de Plummer-Vinson > tríade: disfagia cervical, anemia ferropriva e presença de membrana esofágica – pode haver associação com glossite atrófica e queilite angular > não pode dar Fe por ingestão oral, pois não irá absorver pela glossite atrófica - Atrofia mucosa TGI → quando falta ferro a mucosa do TGI atrofia (atrofia de mucosa da boca até o ânus) > quanto mais atrófico → menor absorção TXXIV Larissa Cardeal >obs: atrofia das papilas linguais associada gera má absorção - Pica = perversão do apetite (ou picacismo) → depravação da alimentação por falta de ferro – paciente começa a comer coisas estranhas (ex: desejos de gravida estranhos) - obesidade geralmente cursa com perversão do apetite > obesidade mórbida pode cursar com deficiência de Fe > a deficiência de Fe pode gerar um aumento do apetite na busca pelo organismo por Fe, mas o indivíduo come alimentos gordurosos, que não soluciona o problema | HEMOGRAMA: - Anemia Hipocrômica (HCM diminuído) e Microcítica VCM<75 - é proporcional > há queda de todas os fatores - pode haver plaquetose > acabam “sobrando” plaquetas pela deficiência de Fe - células claras > hemácias hipocoradas | LABORATÓRIO: > Concentração de ferro sérico: Em geral baixa (abaixo de 10 é deficiência), mas pode estar normal > isoladamente não diagnostica > Capacidade de ligação total da transferrina (TIBC): aumentado (quando falta ferro a TXXIV Larissa Cardeal capacidade de ligação está aumentada) – avalia a saturação da transferritina - saturação deve estar entre 20 e 50% > Ferritina: níveis inferiores a 10g/L – avalia estoques de ferro - atenção: doenças inflamatórias, neoplasias, IRC, hepatites e administração de ferro | TRATAMENTO: - obs: ferritina abaixo de 10, escolher via parenteral - língua atrofiada, escolher via parenteral | 3. ANEMIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS - VCM e HCM normal - reticulócitos baixos - pode ser que pacientes internados, graves, desenvolvam anemia > febre diminui a viabilidade da enzima (não é um bom marcador para a célula vermelha, a destrói) > há medicamentos que são prejudiciais para a série vermelha > há infecções hemolíticas (strep. Beta- hemolíticos) > citocinas inflamatórias – macrófagos ficam ávidos por atuação, podem degradar mais rapidamente as células vermelhas > medula desviada para leucócitos (granulócitos, monócitos...) TXXIV Larissa Cardeal | à medida que a inflamação progride, há progressão da anemia - proteínas inflamatórias de fase aguda liberadas pelo fígado > PCR: aumenta em situações inflamatórias; é uma proteína do sistema fibrinolítico (desliga o fator V e VIII) > ferritina > fibrinogênio > hepcidina – independente do depósito de ferro, há liberação de hepcidina em casos de inflamação – impedem absorção de ferro (não deve-se repor ferro em inflamações, pois o organismo não irá absorver) – retiram da circulação sanguínea, mandam embora pelas fezes | mecanismo de defesa, pois as bactérias utilizam o ferro – obs: hemocromatose primária e pacientes politransfundidos possuem muito Fe estocado, o que pode ser prejudicial para o organismo, medicamento de hepcidina seria bom para esses pacientes - o macrófago quebra hemácias, teoricamente liberaria o Fe pela portoferrina – níveis de hepcidina muito altos > macrófago começa estocar o Fe em depósitos no sistema reticuloendotelial - baixo ferro circulante, saturação normal pra baixa e ferritina alta - hepcidina quebra proteína > impede absorção > Fe fica em depósitos - com a resolução da inflamação, há resolução desse mecanismo de defesa - anemias crônicas de doença inflamatórias e anemias crônicas de deficiência de ferro - a deficiência de ferro se instala mais precocemente, mas nem sempre é mostrada no hemograma, pois pode gerar índices de normalidade TXXIV Larissa Cardeal - receptores da transferrina podem ser dosados > não alteram com inflamação - deficiência de Fe > começa haver aumento de receptor de Fe - ausência de Fe gera aumento da protoporfirina, que é ligada ao Zn > Zn, Al podem substituir o Fe > Al pode gerar intoxicação – raspar panela de Al; filtros de diálise - na inflamação o ferro não é absorvido pela ação da hepcidina > Ferritina está elevada em inflamação > Fe está baixo em inflamações - inflamação crônica: > diminuição de ferro intensa – Fe em depósitos, começa haver escassez de ferro > deficiência interna de Fe – microcitose - a partir de 50 e 30% de queda de TFG começa haver queda na produção de eritropoietina pelo fígado >> pacientes têm anemia (que aparece antes da azotemia) > cuidado com pacientes diabéticos – anemia pode ser primeiro indicio de perda renal - pacientes com 30a têm queda na TFG, com consequente diminuição da produção de eritropoietina > queda funcional pela idade – pessoas mais idosas têm Hb mais baixa – não deve-se repor eritropoietina em pacientes assintomáticos, apenas em alguns casos é bom indicar a reposição, especialmente em pacientes com déficit cardíaco ou doenças demenciais - U > 100 pode gerar sangramento (é antiagregante plaquetária) e pode gerar anemia - diálise há perda de um pouco de sangue > pode ser necessária a reposição de Fe > há pacientes que podem se intoxicar com Al a longo prazo > hiperparatireoidismo pode gerar fibrose medular - ácido fólico sempre deve ser reposto, pois é dializável - deve haver reposição de Ca para evitar o hiperparatireoidismo que pode fibrosar medula óssea - testosterona (androgênio em dose pequena) para pacientes com doença renal ou anemia > é um hormônio que potencializa a ação da eritropoietina > mielodisplasia, doença renal crônica, anemias de doença inflamatória crônica, uso crônico de metotrexato > deve ser dado para mulheres e homens mais novos > para homens idosos não pode ser dado – a próstata atrofia e fecha o canal urinário > doenças hepáticas e cardíacas não podemreceber testosterona TXXIV Larissa Cardeal - hiperpotassemia com produção de acidose - Cl Cr = 38 > grau III de DRC - Hb = 15 > já começou cair - deve-se avaliar se deve-se repor ou não > paciente com feridas crônicas, úlceras devem receber reposição – se a Hb estiver baixa, não se fecham essas lesões - finasterida inibe a testosterona > Hb fica mais parecida com o aspecto da de mulheres - hormônio tireoideano é potencializador da eritropoietina também > pacientes com hipotireoidismo podem ter anemia - “toda grávida é anêmica” > pela hemodiluição; pelo estrogênio e progesterona que inibem a eritropoietina; uremia que abaixa a produção sanguínea > anemia aparece depois do 3º trimestre > a Hb cai de 10 a 12% durante a gestação (de forma fisiológica) – paciente já deve começar com Hb boa | risco em pacientes que já começam gestação com anemia > abaixo de 7, começa haver dificuldade de irrigação placentária > reposição de Fe é indicada pelo programa de saúde da mulher a partir do 3º mês – antes disso, gera hiperêmese gravídica
Compartilhar