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Lara de Aquino Santos Cimentação em Prótese Parcial Fixa DESAFIOS DA CIMENTAÇÃO: → Escolher o cimento certo; → Preparar a peça; → Adaptar bem as margens; → Preparar o substrato; → Controlar a umidade; → Acertar a cor; → Garantir longevidade. É uma das etapas mais críticas do tratamento. Importante se Perguntar: → O que estou cimentando? → Onde vou cimentar? → Qual cimento vou utilizar? CIMENTAÇÃO PROVISÓRIA: → É a fixação de próteses provisórias com agentes cimentantes classificados como provisórios; → Estes devem ser biocompatíveis, ser de fácil remoção (solúveis) e limpeza, e não interferir na cimentação definitiva. Tipos de Cimentos: 1. À base de hidróxido de cálcio; 2. À base de óxido de zinco e eugenol; 3. À base de óxido de zinco sem eugenol. CIMENTO À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (Hydro C): → Indicado para dentes com sensibilidade dentinária; → Contraindicado para cimentação de pilares múltiplos, pois eles se tornam bastante rígidos após a polimerização e com isso pode causar retenção ou fratura nos pilares. CIMENTOS À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL (Temp Bond-Kerr): → Indicado para dentes com hipersensibilidade dentinária e pilares múltiplos; → Contraindicado para casos em que será realizado a cimentação definitiva com cimentos resinosos ou em núcleos de preenchimento, pois o eugenol interfere na polimerização. Lara de Aquino Santos CIMENTOS À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO SEM EUGENOL (Temp Bond NE-Kerr): → Indicado para núcleos de preenchimento e cimentação com cimentos resinosos. DESAFIOS E EVOLUÇÃO DA CIMENTAÇÃO DEFINITIVA: → A interface de cimento é o elo mais crítico na união cerâmica-cimento-dente de restaurações indiretas, principalmente quando o cimento fica em contato com a dentina. O sucesso e a longevidade dos trabalhos protéticos se dão pela evolução dessas três categorias de materiais. Sistemas Cerâmicos: → Permitiram utilizar estruturas mais finas e resistentes; → Proporcionaram uma estética mais avançada (metal free) e resistência mecânica; → Excelente adaptação marginal. Cimentos Resinosos: → Cimentos resinosos duais permitiram a cimentação em qualquer situação, como por exemplo, em regiões úmidas; → Proporcionaram a adesão química à estrutura dentária e a polimerização mesmo sem luz; → Aumentou a versatilidade de utilização. Sistemas Adesivos: → Adesivos autocondicionantes proporcionaram a adesão micromecânica (monômero ácido ligado ao Ca do esmalte e dentina). CIMENTAÇÃO DEFINITVA: → Todos os cimentos definitivos devem apresentar biocompatibilidade, adesão, baixa solubilidade, resistência à compressão, tração e cisalhamento, apresentar radiopacidade, estética e espessura adequada. Tipos de Cimentos Definitivos: 1. Cimento de fosfato de zinco; 2. Cimentos resinosos. CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO: Indicação: Somente para a cimentação definitiva de próteses protéticas. → Coroas metalocerâmicas; → Núcleos metálicos; → Preparos com retenção suficiente. Lara de Aquino Santos Características: → Apresenta baixo custo; → Não requer isolamento absoluto; → Técnica de inserção fácil: Não é necessário preparar a peça ou fazer tratamento superficial (basta limpar e controlar a umidade). Composição: → Pó: Óxido de zinco, oxido de magnésio, óxido de bismuto e sílica; → Líquido: Ácido fosfórico, água, fosfato de alumínio e fosfato de zinco; → A mistura do pó sob o líquido causa uma reação exotérmica. Possui uma baixa solubilidade, por ser um cimento definitivo. Porém, dentre os cimentos definitivos ele apresenta uma solubilidade importante, por conta da presença da água em sua composição. E é isso que faz com que ele possa ser utilizado em áreas em que não se tem o controle da umidade. Manipulação: Importante: → Utilizar a colher dosadora da marca comercial; → Placa de vidro deve estar resfriada (quando armazenadas em locais quentes); → Manipular com a espátula 24; → Respeitar a divisão do pó e o tempo de manipulação; → Espalhar o material, usando toda a área da placa de vidro; → Manipular sempre da porção menor, para a porção maior. Proporção: → Colher dosadora menor: 1 medida de pó para 3 gotas de líquido (1:3); → Colher dosadora maior: 1 medida de pó para 4 gotas de líquido (1:4). Tempo de Presa: → Longo – de 8 a 10 minutos; → Importante controlar a umidade e segurar a peça com firmeza, no seu local de assentamento. Propriedades: → Acidez (pode causar uma sensibilidade pós-operatória); → Solubilidade (é uma desvantagem para ele); → Adesão por retentividade (mecânica); → Necessário preparos agressivos (convencionais – para permitir a retenção/adesão mecânica); → Boa resistência a compressão; → Baixa resistência a tensão (soltar). CIMENTOS RESINOSOS: Vantagens da Cimentação Adesiva: → União química na cimentação; → Preparos mais conservadores; → Menores falhas; → Maior resistência mecânica; → Melhores propriedades. Lara de Aquino Santos Composição: → Matriz resinosa; → Monômeros de baixa viscosidade (escoamento); → Solventes orgânicos (adesão ao dente); → Cargas inorgânicas (resistência mecânica e adesão a peça); → Amina terciária (iniciadora da reação química de presa); → Canforoquinona (iniciador através da luz - fotopolimerização). Versatilidade de Indicações: → Inlay e onlay; → Coroas cerâmicas; → Facetas; → Laminados cerâmicos; → Pinos intrarradiculares; → Restaurações indiretas de resina; → Próteses metálicas; → Bráquetes ortodônticos. Vantagens: → Diferentes modos de ativação; → Possibilidades de cores; → Alta resistência; → Baixa solubilidade em meio bucal; → Alta retenção; → Resistência de união. Desvantagens: → Alto custo; → Alta contração de polimerização (a linha de cimentação deve ser mínima); → Tendência a irritação pulpar; → Limitadas características de manipulação. CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS RESINOSOS: Quanto à Presa: 1. Cimentos autopolimerizáveis; 2. Cimentos fotopolimerizáveis; 3. Cimentos duais. Quanto à Composição: 1. Adesivos (convencionais); 2. Autoadesivos (autocondicionantes). CIMENTOS AUTOPOLIMERIZÁVEIS: → Ao misturar a base e o catalisador a reação de presa inicia; → Eles passam por uma reação química de presa; → Utilizar em regiões em que a luz visível não tem acesso pela espessura ou opacidade da cerâmica, como por exemplo, em restaurações posteriores e restaurações metálicas. Amina terciária inicia a reação de presa. Manipulação: → Pó e líquido ou duas pastas; → Mistura de ambos sob um bloco de papel ou nas pontas misturadoras; → 20 a 30 segundos; → Deve-se remover o excesso de cimento imediatamente após o assentamento da prótese. CIMENTOS FOTOPOLIMERIZÁVEIS: → A presa é iniciada pela luz; → Utilizar em restauração onde a translucidez do material restaurador permite a passagem de luz para completa polimerização, como por exemplo, em facetas e laminados cerâmicos. Canforoquinona inicia a reação de presa. Lara de Aquino Santos Manipulação: → Único componente, em uma bisnaga; → Tempo de exposição à luz nunca deve ser inferior a 40 segundos, em cada face; → Deve-se remover o excesso de cimento imediatamente após assentamento da prótese ou pré-polimerização (5s). A luz do refletor pode iniciar a fotopolimerização, deve-se ter cuidado; → Algumas marcas possuem o sistema try in: Bisnagas para teste com a coloração final do cimento após a polimerização. CIMENTOS DUAIS: → 2 Reação de presa: Química (sozinha) e por meio da luz (fotopolimerizador); → Cimentação em que há comprometimento da intensidade normal da energia de polimerização; → Utilizar em casos em que não se tem a certeza de que a luz chegará,como por exemplo, pino de fibra de vidro. Possui amina terciária e canforoquinona; Não esquecer de fotopolimerizar. Manipulação: → Em bisnagas separadas ou duplas; → A ativação química é bastante lenta; → Deve-se complementar a fotopolimerização por fotoativação; → Deve-se remover os excessos somente após o completo assentamento da prótese. CIMENTOS ADESIVOS (Convencionais): → Uso de ácido e adesivo no dente e na peça; → No dente: Utiliza-se ácido fosfórico; → Na peça que contém cerâmica: Utiliza-se ácido fluorídrico, silano e adesivo; → Operatória da técnica fica sensível; → A umidade deve ser controlada ao máximo. CIMENTOS AUTOADESIVOS (Autocondicionante): → O próprio material realiza o condicionamento da dentina e a adesão, ou seja, não necessita de adesivo e condicionamento (em esmalte é necessário); → Necessário só uma limpeza do substrato; → União por ligações iônicas com o Ca da estrutura dental e carga inorgânica de dióxido de silício e partículas vítreas; → Suprime uma interface de união e suas possíveis falhas (técnica simplificada); → Desmineralizam o substrato e penetram na estrutura da dentina e do esmalte; → Proporciona uma menor sensibilidade (devido à ausência de condicionamento ácido na dentina), maior tolerância à umidade (devido à ausência do adesivo – mas é importante controlar ela ao realizar a cimentação) e liberação de flúor.
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